30 de março de 2005

Relato: Picos de Monte Verde/MG e Travessia até São Francisco Xavier/SP pela Fazenda Santa Cruz

Esse é um relato das caminhadas pelos picos de Monte Verde/MG (Pico do Selado, Chapéu do Bispo, Pedra Redonda e Pedra Partida) e posterior travessia até São Francisco Xavier/SP, passando pela Fazenda Santa Cruz, que eu e a Márcia fizemos em um feriado prolongado. 
Não demos muita sorte porque pegamos dias de chuva, que atrapalhou totalmente a caminhada, impedindo qualquer visual lá da crista da serra, mas conseguimos completar o que tínhamos planejado.

Foto acima, um colchão de nuvem visto da crista da Serra da Mantiqueira


Fotos + croqui: clique aqui


Feriado da Pascoa chegando e eu sem ter o que fazer. Como eram apenas 3 dias naquele mês de Março não dava para fazer caminhadas longas e ficar em casa não estava nos meus planos. Agora para onde ir?

Eu e a Márcia ficamos conversando sobre qual destino escolher. Pensei Bocaina, um retorno para o Frade, Serra Fina ou Monte Verde. Para o Frade e a Serra Fina, o ideal é ter no mínimo 4 dias, mas só tínhamos 3. A Serra da Bocaina eu já conhecia. Sobrou Monte Verde emendando com a travessia até São Francisco Xavier. Já tinha ido uma vez em Monte Verde e conhecia alguns picos da região, mas a travessia nunca tinha feito e como a Márcia não conhecia a região, então foi uma boa escolha. 
Chamei algumas outras pessoas que até se comprometeram a ir, mas depois desistiram, talvez pela previsão de chuvas. 
Portal de Monte Verde
Novamente o nosso guia seria o relato do Sérgio Beck, no livro Caminho da Aventura. Lá ele descrevia em detalhes toda as trilhas pela crista e a descida até SF Xavier.
A intenção era fazer a travessia dos picos de Monte Verde (Pico do Selado, Chapéu do Bispo, Pedra Redonda e Pedra Partida) de um extremo ao outro e depois descer até SFX pela trilha que sai ao lado da Pedra Redonda, passando pela Fazenda Santa Cruz. E assim estava planejada a trip.
De Sampa até Monte Verde não existe ônibus direto. Todos eles seguem até Camanducaia, então tivemos que comprar para o horário das 07h30min de Sexta com ônibus cheio. A empresa é a Viação Cambuí, saindo do Terminal Tietê. 
Chegamos em Camanducaia pouco depois das 09h30min, mas agora tinha um outro problema: o ônibus que vai para Monte Verde só ia sair as 11h30min. 
Íamos perder muito tempo. Tínhamos uma informação de que havia uma van que faz a mesma linha para Monte Verde, mas que o valor era muito alto. 
Subindo pela estrada
Ficamos aguardando outros passageiros chegarem e conseguimos reunir alguns e no final pagamos um valor bem baixo. Estava de bom tamanho. 
A van era uma Kia que já estava quase caindo aos pedaços, de tanto rodar. 
Boa parte do percurso entre Camanducaia e Monte Verde era feito por estradas ruins e quando existia asfalto, era de péssima qualidade (atualmente essa estrada está bem diferente. Todo o trecho até MV está com asfalto de boa qualidade). 
Saímos de Camanducaia as 10h15min e chegamos em Monte Verde as 11:00 hrs. 
Descemos em frente ao Portal de Monte Verde e depois de alguns clics seguimos para o centro da cidade que se resume a uma Avenida Principal com algumas lojas, restaurantes e pousadas. 

25 de setembro de 2004

Relato: Travessia da Ponta da Joatinga - Paraty/RJ + Trilha Trindade-Camburi - Divisa SP/RJ

Esse é um relato de mais duas travessias (Ponta da Joatinga e Trindade-Camburi) que eu e a Márcia fizemos no feriado de 7 de Setembro na região de Paraty e Ubatuba. As duas eu já conhecia bem. A Joatinga já tinha feito anos atrás (relato aqui) e é bem tranquila. A Trindade-Camburi também já tinha feito, mas no sentido inverso (relato aqui). Pegamos dias de muito Sol na Joatinga, mas passamos por apuros em uma delas e a experiência que tivemos serviu como lição.

Foto acima: Márcia na trilha com a Praia de Ponta Negra ao fundo


Fotos da Travessia da Joatinga: clique aqui
Tracklog para GPS da travessia da Ponta da Joatinga: clique aqui

Fotos + croqui da trilha Camburi-Trindade: clique aqui
Tracklog para GPS da travessia Camburi-Trindade: clique aqui
Seguindo de barco para a Praia do Pouso
Saímos de São Paulo de ônibus no feriado da Independência bem de manhãzinha e chegamos em Paraty por volta das 14:00 hrs. Como pretendíamos retornar a SP no Domingo, resolvemos comprar as passagens para o horário das 16h30min. Cinco dias de caminhada eram mais do que o suficientes para fazermos as 2 travessias.
Estávamos com dúvida se ainda conseguiríamos algum barco que nos deixasse na Praia do Pouso da Cajaíba, mas assim que chegamos no cais, encontramos uma escuna que estava retornando para a Praia do Pouso. 

20 de julho de 2004

Relato: Perrengue brabo na Pedra do Frade - Serra do Mar de Angra dos Reis/RJ

Este relato é sobre a tentativa de se chegar ao topo da Pedra do Frade, localizado na Serra do Mar de Angra dos Reis/RJ em Julho de 2004. 
Para alguns era primeira vez e tivemos vários problemas. 
O ponto de partida foi por Bananal/SP e finalizamos no Bairro do Perequê, já em Angra dos Reis, na estrada que marca o final da Trilha do Ouro, próximo ao Rio Mambucaba, de quem faz a travessia do Parque Nacional da Serra da Bocaina.

Na foto acima, em um momento raro de abertura do tempo, pude pegar um pouco da Pedra do Frade


Fotos e os croquis dessa trilha: Clique aqui

Tracklog para GPS: Clique aqui

Durante muito tempo tentei várias vezes obter informações, 
algum mapa ou croqui da trilha que leva até o topo da Pedra do Frade, saindo de Bananal/SP. O Sérgio Beck (famoso montanhista) tinha descrito essa subida saindo do Hotel do Frade, em Angra dos Reis/RJ, mas já tinha a informação de que a subida pelo Hotel não era mais permitida (diziam que eram por questões de segurança). 

O jeito era conseguir informações dessa trilha saindo de Bananal, passando pela Pousada Brejal. As que consegui eram sempre informações básicas. 
Entrei em contato com alguns guias que já tinham acompanhado pessoas nessa trilha, mas sempre encontrava dificuldades – raramente algum guia passa informações detalhadas de trilhas onde ele sempre tá caminhando; isso é normal, é o ganha pão deles; não os critico por isso. 
Igreja de Bananal
Acabei conseguindo um croqui básico da trilha com um colega de uma lista de discussão sobre trekking (Rogério), que me passou também as coordenadas da trilha mapeada em GPS.
E através dessa lista de discussão também fiquei sabendo que o Rogério e o Maurício tinham tentado realizar essa trilha saindo de Bananal, mas devidos às chuvas não chegaram até o topo. Troquei vários e-mails com os dois e dessa forma marcamos para subir a Pedra no feriado de 09 de Julho (feriado somente no Estado de SP, devido a Revolução Constitucionalista). 
O Felipe que também estava no grupo que tentou a primeira subida me enviou um croqui mais detalhado de toda a trilha feito pelo Carlinhos (dono da Pousada Brejal). Já tínhamos os croquis e o Rogério estava levando o GPS dele com o tracklog que ele criou quando tinha ido lá. Agora era contar com tempo bom. 
Éramos eu, a Márcia, o Rogério e o Maurício e nossa pretensão era a de entrar por Bananal, passando pela Pousada do Brejal e subir o Frade para depois descer até Angra dos Reis, completando a travessia. 
Com o croqui e o tracklog para GPS do Rogério com certeza não teríamos problemas de navegação na subida até o topo da Pedra; já para a descida não tínhamos informação nenhuma. 
Eu e a Márcia saímos de Sampa em direção a Bananal e lá aguardaríamos na Praça Principal de Bananal o Rogério e o Maurício que viriam do RJ para subirmos até a Pousada Brejal, localizada no alto da Serra da Bocaina, que estava a cerca de 1 hora e 30 minutos.
Coreto de Bananal
Existe um circular que sai da praça principal de Bananal e chega + - próximo da Pousada do Brejal, mas com horários um pouco ingratos (06h30min e 14h30min) o que nos obrigou a arranjar um transporte. 
No dia combinado (09/07) por volta das 21:00 hrs os dois chegaram em uma Kombi e seguimos em direção a Pousada Brejal. 

28 de maio de 2004

Relato: No topo da Pedra do Baú - São Bento do Sapucaí/SP

Não era a minha primeira vez no Baú. Ao longo da década de 90, usando o relato do Sérgio Beck, subi a Pedra pelo lado sul, acampando no topo e depois desci pelo lado norte, mas nem escrevi relato dessa caminhada.
Dessa vez estava com a Márcia e subimos em um fim de semana de tempo bom, entrando por São Bento do Sapucaí e acampando novamente no topo
Foi uma subida inesperada. já que nossa intenção era fazermos a travessia Marins-Itaguaré, mas devido a alguns pequenos problemas não pudemos realizar. 

Na foto acima, a Márcia subindo pelas escadas no lado sul da Pedra do Baú

Fotos: clique aqui

Em um Sábado, saímos de Sampa no ônibus das 07h30min em direção a
 S. Bento do Sapucaí, pela empresa Expresso Mantiqueira.
Já na subida da Serra notamos que o tempo não estava tão bom e só torcíamos para que pelo menos não chovesse.
Chegamos em S. Bento por volta das 10h30min e logo compramos nossa passagem de volta para as 15:00 hrs do dia seguinte (Domingo).
Passamos na Lanchonete/Restaurante “Ocê qui sabe” que fica ao lado da Rodoviária e comemos alguma coisa, pois teríamos uma longa caminhada de cerca de 5 horas até o topo da Pedra do Baú.
Caminhada pela estrada
Assim que saímos da cidade (por volta das 11h15min), caminhamos cerca de 5 Km pela estrada que leva a Pedra do Baú e ao Paiol Grande.
Ao passarmos pela Placa do Km 5 e pelo Restaurante Sabor com Arte, do lado direito, saímos do asfalto à direita e iniciamos a longa subida íngreme por uma estrada de terra.
Passamos pela bifurcação que acessa a Cachoeira dos Amores, à esquerda.
Cruzamos o Ribeirão do Paiol e com cerca de 30 minutos chegamos no asfalto, já na metade da subida, que segue íngreme.
Mais 20 minutos e chegamos na bifurcação que leva ao Restaurante Pedra do Baú (lado esquerdo) e ao estacionamento Chico Bento (lado direito). Os dois levam ao mesmo acesso norte da Pedra, mas para quem prefere certo conforto e uma infraestrutura melhor, indicaria seguir para o Restaurante, porém lá existe a cobrança de uma taxa. 
Nós preferimos seguir na bifurcação da direita que leva a um estacionamento e com mais 15 minutos chegamos nele, as 15:00 hrs.
O estacionamento é grande e não existe controle de acesso. Nenhuma infraestrutura.
De frente para a Pedra do Baú
Cruzamos uma porteira de arame e vamos subindo por uma trilha em meio a alguns eucaliptos e pasto ralo e desse ponto já era possível notar vários escaladores na Pedra Chata e nenhum no Baú.
Tínhamos a pretensão de pernoitar no topo e existiam poucos lugares para montar  barracas.
Pegamos cerca de 5 litros de água junto a uma bica de água e seguimos em frente pela trilha.

15 de abril de 2004

Relato: Encharcado no Pico do Paraná - Serra do Mar/PR

O livro Caminhos da Aventura do montanhista Sérgio Beck é um prato cheio de roteiros de caminhadas. Já fiz vários deles só usando os relatos que estão no livro. 
Dessa vez escolhi um no meu Estado natal, mas como iria fazer a caminhada sozinho, levei também um outro relato mais recente dele que fazia parte da Revista Aventura Já. Com os dois relatos impressos, pelo menos não teria problemas de navegação, mas um problema surgiu quando cheguei lá: o clima. 
Esse não dá para evitar. Foram chuvas torrenciais, o que causou alguns problemas.
Mas como já tinha marcado alguns dias de folga no trabalho, não tinha como mudar as datas e o jeito era ir assim mesmo.
Pelos relatos do Beck, dizia que a caminhada era puxada, mas o visual compensava, então fui para lá animado.


Foto acima: na subida da crista com Pico do Paraná bem ao fundo

Fotos e um croqui estão nesse álbum: Clique aqui


 
Saí de São Paulo em direção à Curitiba em um Domingo, planejando retornar na Quarta ou Quinta-feira.
No Terminal Tietê peguei o ônibus das 07:00 hrs e já quase na divisa de SP/PR peguei chuva forte, o que já era um mau presságio.
No posto do Tio Doca, de bandeira Shell (atual Posto Mahle), no Km 48 já no PR, cheguei por volta das 12:00 hrs com tempo bom. O posto é bem fácil de encontrar, pois é muito grande e fica logo após a Represa do Capivari. 
Descendo no Posto tive que retornar uns 2 Km até a 2ª ponte, junto ao Km 46, onde se inicia a estrada de terra à direita em direção à Fazenda Pico do Paraná.  Já na estrada de terra, cerca de uns 15 minutos depois de iniciada a caminhada, passei ao lado de vários pés de caquis ao longo da estrada, que estavam abarrotados. 
Porteira da Fazenda PP
Mais 15 minutos de caminhada existe uma bifurcação à esquerda que leva a alguns sítios e chácaras, mas o caminho é sempre seguindo em frente, se orientando pela placa Fazenda Pico do Paraná. 
Passei ao lado de uma Igreja da Assembléia de Deus à esquerda e mais alguns minutos uma outra bifurcação, onde sigo para a esquerda novamente. 
Daqui para frente o trecho começa a ficar mais íngreme e será assim até a porteira de entrada da Fazenda, onde termina a estrada, cerca de 1 hora e 30 minutos desde a Rodovia, chegando aqui pouco depois das 14:00 hrs.
Assim que se passa a porteira existe uma descida forte até a sede da Fazenda e à direita já é possível ver uma pequena crista por onde passa a trilha, conhecido como Morro do Getúlio e com alguns picos ao fundo (Caratuva e Itapiroca em primeiro plano).
Finalizado o trecho de descida, cruzo com um riacho e chego na sede da Fazenda, onde se deve pagar uma taxa.
O lugar também dispõe de um grande estacionamento, lanchonete e camping com chuveiros. 
Existe um controle de acesso com cadastro e não vejo necessidade de pegar água aqui, pois é um peso extra à toa, já que a cerca de 2 horas à frente, a trilha passa ao lado de uma bica dágua.
No dia que passei aqui o estacionamento tinha aproximadamente uns 10 carros, então eu iria cruzar com muita gente voltando do Pico.