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10 de fevereiro de 2025

Relato: Pico Mitra do Bispo - Alagoa/MG

Assim que retornei da longa caminhada no litoral sul da Bahia (neste relato) não queria ver praias por um bom tempo e só queria mesmo fazer alguma trilha leve e curta, que tivesse um belo visual e emendando com algum passeio turístico. E que não fosse muito longe de SP.
Tirando Serra do Mar e partes da Serra da Mantiqueira com Serra Fina, Itatiaia, Monte Verde, Papagaio e arredores não sobrava muita opção. Serra do Cipó tinha feito a poucos meses atrás e repetir caminhadas estava totalmente fora dos planos
Lembro que ao fazer a Travessia da Serra do Papagaio dava para ver em vários trechos dela um pico com um formato pontiagudo bem ao sul, na região da cidade de Alagoa/MG. Nem sabia qual era o nome e depois de pesquisas na época descobri que se chamava Pico Mitra do Bispo e nunca me interessei por conhecer o lugar, já que chegar em Alagoa não era fácil, devido às condições da estrada de acesso e para piorar também não existia transporte público. 
E antes de fazer o trekking do Descobrimento na Bahia, nas férias de 2024, tinha que deixar todas as caminhadas planejadas e assim comecei a pesquisar sobre esse pico e como eram os acessos.
Pelo menos a estrada saindo de Itamonte até Alagoa já estava toda pavimentada com bloquetes de concreto e encontrei arquivos de GPS da trilha que leva ao topo do pico. 
Minha intenção era se hospedar na cidade e fazer a Mitra do Bispo num bate e volta no mesmo dia, já que a trilha era 
demarcada, com pouco menos de 4 Km e nível relativamente moderado.
O problema foi conseguir uma janela do tempo que não estivesse chovendo e tive que adiar por 3 dias o início da viagem até Alagoa e quando o clima melhorou prometendo dias de Sol nos próximos dias na região de Alagoa, peguei o meu carro e tomei a estrada.


Nas fotos acima Mitra do Bispo vista da cidade e o visual do topo


Fotos dessa caminhada: clique aqui

Tracklog para GPS: clique aqui


Tive que acordar por volta das 06:00 hrs numa quinta feira e depois de um belo café da manhã peguei um transito bem tranquilo pela Via Dutra. O caminho que segui foi subindo pela Garganta do Embaú para cruzar a divisa SP/MG, em seguida Passa Quatro e Itanhandu para chegar em Itamonte as 10:00hrs. Depois de abastecer na cidade foi bem fácil encontrar o caminho até Alagoa. A estrada possui trechos de asfalto precisando de manutenção e blocos de concreto como pavimento recém colocados.
Alagoa
E por volta das 11:00 hrs vou adentrando as ruas do centro de Alagoa indo direto para Pousada que já tinha reservado.
A cidade é conhecida como a terra do queijo tipo parmesão produzido de forma artesanal nos vários sítios e fazendas da região, inclusive tendo algumas lojas na cidade que são especializadas na venda desse tipo de queijo e de outros produtos.
Depois de conversar com a proprietária, deixo minhas coisas na pousada e segui direto para a trilha.
Coloquei no GPS do celular a Mitra do Bispo e o Google Maps me indicou uma rota de 20 minutos até o início da trilha, passando por um bairro chamado Corguinho. A estrada é toda de terra com alguns trechos íngremes e muitas pedrinhas soltas, mas qualquer veiculo consegue passar sem dificuldades (se chover pode complicar um pouco). Cruzando rios, fazendas e pousadas fui chegar no início da trilha exatamente as 12h30min nesse ponto: 22°10'36.3"S 44°33'54.7"W, onde o trecho de subida termina.
Início da trilha
Deixei o meu carro ao lado de um portão de fazenda e embaixo de algumas sombras de pinus. Do outro lado da estrada a trilha se inicia junto a uma encosta íngreme. É bem fácil identificar porque o início dela é bem demarcado. A altitude do GPS do celular marca 1641 mts e tenho de chegar a 2200 mts, no topo.
Esse é o lado sul do pico e nos primeiros minutos vou subindo por trechos em meio aos arbustos, tomando rumo para esquerda.
Logo vou adentrando o trecho de mata fechada, mas a trilha é bem aberta. 
Único riacho na trilha
Não dá nem 10 minutos e cruzo um pequeno riacho, onde encho minhas garrafinhas de água, já que esse é o único ponto de toda a trilha. E vou seguindo sem ganhar muito altitude e ao sair novamente numa área de vegetação de arbustos, encontro uma antiga placa de madeira fixada em um galho. Tá bem deteriorada e de agora em diante tomo rumo para esquerda e a trilha vai ficando mais íngreme. Mais alguns metros e outra placa de madeira. Marcações com fitas plásticas também podem ser encontradas em algumas árvores e o paredão sul do pico pode ser visualizado bem em frente. 
Trecho plano da trilha
Vou adentrando um pequeno trecho no plano por uma floresta de encosta até voltar a subir em meio à mata fechada. Por ser uma trilha bem demarcada, dava para perceber que tá sendo muito usada, o que é bom. Só é preciso muita atenção em algumas bifurcações à esquerda que talvez sejam um outro acesso ou levem à algum mirante (não fui ver para comprovar). 
Fitas pretas na trilha
Vi algumas fitas plásticas na cor preta em alguns pontos e o aclive vai aumentando a cada passo, me obrigando a parar em alguns momentos para retomar o folego. Num espesso bambuzal é necessário se agachar para seguir em frente, mas a trilha é tranquila.
E pouco minutos depois das 14:00 hrs chego na crista com altitude de 2080 mts e daqui em diante sigo para direita, na direção leste. É um trecho curto de mata fechada até sair numa área de vegetação arbustiva com vistas amplas para oeste e norte. 
Visual
O topo ainda está um pouco mais acima e passando por rochas expostas e arbustos vou subindo até chegar numa pequena clareira cercada de árvores que impedem a vista para todos os lados.
São 14h20min e o GPS do celular marca 2187 mts. O lugar é protegido, mas não é o que eu imaginava. As árvores e os arbustos tomaram conta e para montar uma barraca tem de fazer uma grande limpeza, retirando a vegetação. E arrisco a dizer que já fazem alguns anos que ninguém acampa aqui.
Topo
Seguindo a trilha na direção leste, saio numa área com ampla visão e em declive. Deve ser outro ponto para subir até aqui.
Retorno para o lado oeste do topo, onde existe algumas rochas expostas e um lindo visual do Pico do Papagaio e o contorno de toda a sua Serra ao norte e oeste. Alagoa tá bem fácil identificar incrustada num fundo de vale à oeste.
Serras e mais serras
Consigo visualizar também recortes da Serra de Itatiaia e bem ao fundo a Serra Fina. Não é aquele lindo visual, mas valeu a pena chegar aqui. Levei cerca de 1h50min até o topo com algumas paradas e por trilha demarcada.
Com tempo aberto, fico aqui um certo tempo só admirando o lugar.
Depois de uns 30 minutos visualizo uma área de chuva à oeste e percebo que ela vai aumentando de tamanho vindo na direção do Pico.
Chuva logo ali
Era hora de descer, mas a chuva é mais rápida e me pega na parte aberta da trilha. A capa de chuva me protege um pouco e ao chegar no carro, ela já tinha se dispersado.
Desci do topo em cerca de 40 minutos e só tive um pouco de dificuldade pela estrada, já que estava bem enlameada e com várias poças de água. 
Fiquei hospedado por 2 noites na cidade e no segundo dia fui explorar cachoeiras próximas e comprar alguns queijos e doces, retornando a SP na manhã do terceiro dia.



Algumas dicas e informações úteis

A estrada entre Itamonte e Alagoa está totalmente pavimentada e é o melhor acesso. Só tome muito cuidado com quedas de barreiras depois de chuvas intensas. Já o trecho entre Alagoa e Aiuruoca é todo em estrada de terra.

# Não recomendo fazer essa caminhada no período de chuvas. O acesso pela estrada saindo da cidade se torna escorregadio com trechos de muita lama. A não ser que faça todo o percurso na caminhada até o início da trilha, lembrando que são quase 10 Km em desnível de quase 600 mts.

# A cidade é muito famosa pelo seu queijo tio parmesão, fabricado artesanalmente. Em algumas lojas e comércios da cidade é fácil encontrar esse tipo de queijo. Se puder faça visitas a alguns sítios e chácaras que produzem e vendem o queijo direto ao consumidor.

# As opções de hospedagem no centro da cidade são poucas e as pousadas são simples. Na zona rural dá para encontrar uma quantidade maior.

# A cidade possui muitas cachoeiras não muito longe do centro e podem ser boas opções. No meu segundo dia fiz a trilha da Cachoeira do Zé Guedes.

19 de dezembro de 2023

Relato: Caminho do Frei Galvão - São Bento do Sapucaí/SP até Guaratinguetá/SP na caminhada

Quando finalizei o Caminho da Fé em 2007, ficou na minha cabeça retornar para essas caminhadas de peregrinação pelo país algum dia. E são muitas rotas: Caminho da Luz, Caminho das Missões, Caminho de Aparecida, Caminho do Sol, Passos de Anchieta, Caminho do Frei Galvão e muitas outras que foram criadas. E dentre essas, uma delas me chamou a atenção porque o trajeto se inicia e segue na totalidade pela Serra da Mantiqueira em trechos que eu não conhecia. É o Caminho do Frei Galvão e imediatamente já coloquei na minha lista de futuras caminhadas.
O Caminho de Frei Galvão é uma rota frequentada por peregrinos e caminhantes cujo trajeto segue em sua maioria por estradas de terra e trilhas, na região da Serra da Mantiqueira, abrangendo municípios de SP e MG.
Alguns trechos são antigas trilhas tradicionais que eram utilizadas por tropeiros em séculos passados, cruzando com lindos cenários naturais como: riachos de água cristalina, cachoeiras, fazendas, pequenas vilas e muito sobe/desce de serras. Em geral é para quem busca um contato mais próximo com a Natureza.
O percurso tem cerca de 135 km no total e pode ser realizado a pé ou de bike, atravessando a Serra da Mantiqueira em vários lugares e sua orientação é seguir as setas azuis, que estão sendo desgastadas pelo tempo, infelizmente. 
Iniciando em São Bento do Sapucaí/SP, o Caminho passa por Brazópolis, no Distrito de Luminosa, Piranguçu, Wenceslau Braz e a Fazenda Boa Esperança em Delfim Moreira, todas essas cidades mineiras até chegar em Guaratinguetá, no Vale do Paraíba.
Desse total percorrido, apenas 3 trechos são por estradas asfaltadas: pequeno trecho de 1,8 Km próximo de Luminosa, outro de 16 Km antes de chegar na pousada em Wenceslau Braz e ao sair dela e o último que é o trecho final de 15 Km antes de chegar no centro de Guaratinguetá. 
Quem criou o Caminho e demarcou com setas azuis foi Luiz Zingra, porém de alguns anos para cá ele se afastou da responsabilidade e atualmente quem é o encarregado pela manutenção, fornecimento da credencial e de um pequeno croqui do percurso é Ademilson Claro Santos, também conhecido como Brinco. Tanto Luiz quanto Ademilson são moradores de São Bento do Sapucaí/SP, onde se inicia essa caminhada.
Ao longo do percurso é necessário que se carimbe a credencial em cada pousada que pernoitar para que no final da caminhada, na antiga casa de Frei Galvão, o caminhante/peregrino receba o último carimbo e um certificado.
Para quem pretende fazer essa caminhada, o roteiro mais recomendado é esse abaixo, apesar que algumas pessoas passam direto pela Fazenda Boa Esperança e seguem até Pilões, finalizando em 5 dias:
1ª dia- São Bento do Sapucaí – Distrito de Luminosa (Brazópolis/MG).
2ª dia - Luminosa - Piranguçu/MG
3ª dia - Piranguçu - Wenceslau Braz/MG
4ª dia - Wenceslau Braz - Fazenda Boa Esperança (Delfim Moreira/MG)
5ª dia - Fazenda Boa Esperança - Bairro dos Pilões (Guaratinguetá/SP)
6ª dia - Bairro dos Pilões – Centro de Guaratinguetá

Um pouco de história
Para quem não conhece, Frei Antônio de Sant'Anna Galvão nasceu na cidade de Guaratinguetá/SP em 1739 e sua família de formação cristã, lhe passou valores e fidelidade a Cristo. 
Depois de passar por congregações religiosas, foi ordenado sacerdote e em 1774 fundou o que é conhecido atualmente como "Mosteiro da Luz", na cidade de São Paulo, prédio esse considerado como Patrimônio Cultural da Humanidade pela UNESCO.
O edifício abriga um Convento, a Igreja e o Museu de Arte Sacra de São Paulo, sendo visitado por muitos peregrinos e fieis em agradecimento às graças alcançadas, como também para obter das freiras as famosas e milagrosas “Pílulas do Frei Galvão”.
Sua morte ocorreu em 1822 no Mosteiro, quando já tinha 83 anos. Com vários milagres atribuídos a ele, em 2007 foi canonizado pelo Papa Bento XVI vindo a se tornar santo e nesse mesmo ano foi criado o Caminho em sua homenagem com início em São Bento do Sapucaí e tendo ponto final a Casa onde nasceu, na cidade de Guaratinguetá. 

Nas fotos acima trechos do Caminho 

Fotos da caminhada dividido em 2 partes
Primeiras 500 fotos: clique aqui
Últimas 500 fotos:    clique aqui

Vídeo da caminhada: clique aqui

Tracklog para GPS: clique aqui



Relato
Naquele mês de Outubro, quando voltei da travessia dos Lençois Maranhenses, ainda tinha uns 15 dias de férias e só contava que o clima melhorasse para fazer essa caminhada. Na região sudeste estavam ocorrendo chuvas e com isso tive que adiar por alguns dias o início da caminhada.
Enquanto isso fui ligando em todas as pousadas ao longo do Caminho para posterior reservas e saber os valores. Apenas em uma pousada tive que fazer um pagamento de 50%. As outras só reservaram e pagamento foi na hora por PIX.
Contatei também o Ademilson e conversei com ele sobre alguns detalhes, tirando todas as minhas dúvidas.

17 de maio de 2017

Relato: Travessia da Serra dos Poncianos – São Francisco Xavier/SP x Monte Verde/MG

Em Julho de 2012 ao completar a Travessia Rebouças-Mauá, no Parque do Itatiaia finalizei 13 caminhadas na região da Serra da Mantiqueira e disse a mim mesmo que iria dar um tempo nessa serra e explorar outros ambientes, mas foi difícil manter a palavra.
Naquele mesmo ano até tentei finalizar uma travessia que ficou faltando, mas por causa da chuva, resolvi abortar quando já estava na crista da serra. Era a Travessia da Serra dos Poncianos e prometi que um dia retornaria, mas somente com previsão de tempo bom. 
A Serra dos Poncianos segue de leste a oeste e é curta, tendo uma extensão de pouco mais de 6 km, de acordo com a carta topográfica do IBGE. Ela é só uma das muitas serras que é sobreposta pela extensa Mantiqueira. 
O roteiro tradicional dessa travessia se inicia em São Francisco Xavier (Distrito de São José dos Campos), subindo a serra pela Trilha do Jorge até o topo da Pedra da Onça e lá caminhando pela crista, rumo oeste até a Pedra Partida. Em seguida passando pela Pedra Redonda e dali com a opção de finalizar em Monte Verde ou continuar pela crista, passando pelo Chapéu do Bispo e chegar até o Pico do Selado. 
São trechos que alternam trilha demarcada com vara mato e pode ser feita em 2 dias.
E por eu dispor de 3 dias, seria desperdício de tempo fazer essa travessia, finalizando em Monte Verde, por isso planejei fazer um circuito. Chegando em Monte Verde eu retornaria a São Francisco Xavier por outra trilha: a do Jorge. 

Fotos acima do topo da Pedra da Onça e da crista da Mantiqueira vista da Pedra Partida


Fotos dessa caminhada: clique aqui

Vídeo completo dessa travessia: clique aqui
Gravei vídeos em 2 lugares: Bosque dos Duendes: clique aqui e
No topo da Pedra da Onça: clique aqui
Tracklog para GPS: clique aqui


A roteiro seria esse: sair de SP em direção a S. José Campos. Lá embarcar no circular para S. Francisco Xavier e nesse Distrito iniciar a caminhada em direção a Pedra da Onça, acampando no topo, para no dia seguinte fazer a travessia pela crista rumo oeste até a Pedra Partida, descendo em seguida até Monte Verde para acampar no inicio da Trilha do Jorge e somente no último dia seguir por ela, voltando para S. Francisco Xavier e depois S. José Campos. 
A data escolhida foi a Pascoa e para essa caminhada chamei um velho parceiro de trilha: Marcelo Gibson.
E na Sexta pela manhã encontrei ele na Rodoviária do Tietê e embarcamos as 09:00 hrs em direção a S. José Campos pela Pássaro Marrom. Por ser um feriado prolongado imaginei que teria trânsito na saída da cidade, mas foi bem tranquilo e as 10h30min já estávamos desembarcando na Rodoviária de S. José.
Sem demora seguimos para o Terminal de circulares, que é anexo a Rodoviária e lá fomos checar o horário da saída do circular para S. Francisco, que ia sair as 12:00 hrs. Para o retorno à Sampa no Domingo, compramos antecipadamente a passagem para o horário do final da tarde, então todo nosso planejamento tinha que dar certo.
Praça central de S. Francisco Xavier
O circular da Cidade Natureza saiu no horário e relativamente vazio e dentro dele só nos dois com mochilas cargueiras.
Depois de sair de S. José Campos, o ônibus segue pelo trecho de uma Rodovia cheia de curvas e bem perigosa, onde caí no sono e tirei um belo cochilo.
Depois de passar pela Rodoviária de Monteiro Lobato, chegamos a S. Francisco Xavier pouco depois das 13h30min. Agora era arrumar as mochilas e pé na estrada. Com o celular em modo avião, liguei o GPS dele para gravar o tracklog dessa travessia e fui tirar alguns clics na praça central do Distrito. E as 13h55min iniciamos a pernada rumo Cachoeira Pedro David e Joanópolis, mas seguimos pela estrada somente por uns 10 minutos e em uma bifurcação viramos a direita na Estrada dos Ferreiras, se orientando pelas placas de Pousada Itaky e Fazenda Monte Verde. 
Na subida da serra
A altitude aqui é de cerca de 730 metros e devemos chegar a quase 1950 metros, que é o topo da Pedra da Onça. 
Assim que iniciamos pela Estrada dos Ferreiras, ignoramos uma bifurcação à direita  e continuamos nos asfalto. Daqui em diante é só subida, que inicialmente segue por trecho íngreme, mas que não demora muito e dá uma aliviada, se tornando uma estrada de terra. 
O Sol não dá trégua e só nos preocupava a espessa neblina que tomava conta de toda a crista da serra. De repente um carro para ao nosso lado e eu já pensando que iriam oferecer carona até o inicio da trilha, ledo engano. Só queriam saber para onde estávamos indo e outras coisas mais sobre trilhas. 
Fazenda Monte Verde
E para nosso azar, estavam em um Sítio a poucos metros dali, então mesmo oferecendo carona, ela chegou tarde.

1 de agosto de 2014

Dicas: Campos do Jordão/SP - 3ª vez curtindo a cidade em família por novos roteiros

Como não dá para levar a minha filha Sophia para algumas trilhas, sempre acaba sobrando o mês de Julho para fazermos alguma viagem.
E como ela tem apenas 5 anos de idade, os passeios têm que ser algo que ela goste e Campos do Jordão é sempre uma excelente opção, já que são muitas atrações para todas as idades, gostos e bolsos e que não fica muito longe da cidade de SP.
Era a terceira vez na cidade. Em 2008 estava somente com a Márcia e ficamos por 5 dias (relato aqui). Já em 2012 com a Sophia, ficamos por 3 dias curtindo outros passeios (relato aqui). 
E quem acha que Campos do Jordão é uma cidade muita cara para se hospedar, se alimentar e se divertir, é possível sim visitá-la sem gastar muito dinheiro e curtir bastante. 

Foto acima: Museu Felicia Leirner, com esculturas a céu aberto em meio à araucárias


Fotos dos lugares que visitamos: clique aqui


Atualizado Julho/2020

Do topo do Morro do Elefante
Viajamos para lá na primeira semana de Julho de 2014 e por ser época de Copa do Mundo, encontramos a cidade quase vazia e devido ao mau tempo, a garoa era uma convidada indesejável que aparecia sempre no final de tarde, o que fez a gente alterar um pouco o roteiro que tínhamos planejado. 
E para não repetir as mesmas atrações, escolhemos algumas que não conhecíamos e que a Sophia também gostasse. 
Abaixo seguem algumas boas dicas e informações e se puder leia os outros dois relatos, que estão com passeios diferentes e bem legais também.

Nosso roteiro foi:

30 de julho de 2012

Relato: Travessia Rebouças - Mauá via Rancho Caído - Parque Nacional do Itatiaia

Em 1998 conheci pela primeira vez o Parque Nacional do Itatiaia (PNI) e gostei muito do lugar, voltando depois em 1999, 2003 e 2010.
Na minha primeira vez em 98 e só subi o Pico das Agulhas Negras. 
1 ano depois, em 99, voltei lá e fiz o Agulhas Negras novamente e o Morro da Massena NO, ao lado da antiga Pousada Alsene. 
Em 2003 passei pelo Parque para fazer a Travessia da Serra Negra, que era parte da Transmantiqueira que eu tinha iniciado lá no Pico do Marins, passando pelo Pico do Itaguaré e Serra Fina, em um total de 9 dias caminhando pela crista da Serra. Era a última parte dessa mega caminhada. 
Quando retornei em 2010 com o Sandro (do Fórum Mochileiros) foi para fazer 2 travessias juntas: a da Serra Negra “oficial”, dessa vez iniciando na Vila de Maromba, passando pela Cachoeira do Aiuruoca e a Rui Braga, que liga a parte alta à parte baixa do PNI. 
E o retorno dessa vez era especial, já que iria fazer uma das últimas travessias que me restavam na Serra da Mantiqueira: a Rebouças-Mauá, que passa pelo Rancho Caído.


Foto acima: na trilha, passando ao lado da Pedra do Altar




Rodoviária de Itanhandu
E junto com essa travessia planejava também subir o Morro do Couto e a Pedra do Altar.
E não daria para fazer todo esse roteiro em apenas 1 fim de semana, como a maioria faz; eu precisava de mais alguns dias.
Até convidei algumas pessoas, mas a dificuldade em dispor de alguns dias de folga em dias de semana era um empecilho para muitos, fazendo muitos se recusarem.
Minha intenção era fazer a travessia da seguinte forma: chegar no Posto Marcão (Portaria da parte alta do PNI) numa Sexta à tarde, a tempo de subir o Morro do Couto e depois ficar no Abrigo ou no Camping do Rebouças.
E no Sábado pela manhã iniciar a caminhada até o Rancho Caído onde acamparia, passando antes pelo topo da Pedra do Altar.
Já no Domingo pela manhã desceria até a Vila de Maromba, passando pela Cachoeira do Escorrega e ficando em uma pousada da Vila, retornando a São Paulo na segunda-feira.
Não saiu tudo do jeito que eu queria, mas não tive do que reclamar, já que os dias foram de muito Sol, que valeram muito a pena.
Com quase 1 mês de antecedência, enviei para o Parque a solicitação para a travessia, que é obrigatória. Para variar, demoraram um pouco para responder e com isso tive que ligar lá, mas consegui sem problemas.
Serra Fina ao fundo
Para o Abrigo Rebouças não reservei porque era dia de semana e estava crente que o lugar estivesse com vagas no Abrigo ou pelo menos no Camping. 
Quanto à questão do transporte, fui pesquisar alguns taxistas de Itamonte e marquei com um (Marquinhos), que me cobrou um valor bem baixo, para me deixar junto do antigo Alsene - pesquisei vários outros e todos eram bem caros. Não faltava mais nada e com a Natureza ajudando, prometendo vários dias de Sol, comprei a passagem de SP para Itanhandu/MG saindo Sexta pela manhã.
Novamente os relatos do Sérgio Beck seriam os meus guias. E não dava para reclamar, pois eram 2: um no livro Caminhos da Aventura e outro bem mais recente (ano 2003) na Revista Aventura Já. 
E no dia combinado estava embarcando as 08:00 hrs no Terminal Tietê pela Viação Cometa em direção a Itanhandu. 
A viagem foi tranquila e por volta das 12h30min desembarcava na Rodoviária da pequena cidade e aqui só foi aguardar o circular da empresa Delfim sair as 13h15min em direção a Itamonte.

27 de julho de 2012

Relato: Travessia São Francisco Xavier/SP x Monte Verde/MG pela Trilha do Jorge

Assim que retornei do Parque do Ibitipoca (relato aqui), já queria fazer uma outra caminhada, mas dessa vez na Serra da Mantiqueira. Minha intenção era a travessia de São Francisco Xavier/SP a Monte Verde/MG pela Serra dos Poncianos. 
A logística para essa travessia era relativamente fácil: sair bem cedo de SP em direção a São José dos Campos a tempo de pegar o circular das 10:00 hrs para São Francisco Xavier e de lá cruzar a Serra da Mantiqueira na direção norte para chegar em Monte Verde. Não dei muita sorte porque a Natureza só mandou chuva e com isso essa caminhada não terminou como eu tinha imaginado.

Foto acima: na Trilha do Jorge, antes de chegar na Pedra da Onça

Fotos dessa caminhada: clique aqui
Tracklog para GPS: clique aqui


Ruas de São Francisco Xavier
Meu planejamento era esse: ao chegar em S. Francisco Xavier, seguir até a crista da serra pela Trilha do Jorge e acampar na Pedra da Onça, que é também conhecido pelo nome de Mirante. 
No dia seguinte seguir a trilha à sudoeste pela crista, na direção da Pedra Partida e de lá desceria até o centro de Monte Verde para depois retornar pela Trilha do Jorge e acampar novamente no Mirante ou em algum outro ponto da trilha.
E no outro dia descer para S. Francisco Xavier, completando o circuito. 
No retorno para S. Francisco Xavier encontraria a Márcia e a Sophia e ficaríamos por alguns dias para aproveitar as férias de ambos.
Como ia ser minha primeira vez, já fui com a expectativa de pegar uma trilha fechada com vara mato e alguns perdidos, porém o que me preocupava mais eram as chuvas. Não poderia adiar essa travessia, porque 1 semana depois dessa caminhada tinha agendado a Rebouças-Mauá, no Parque do Itatiaia (relato aqui).
Segundo a meteorologia, apesar da região da Mantiqueira estar nublada a vários dias, havia a perspectiva de melhoras no meu segundo dia na serra e agora era torcer para que as previsões estivessem certas.

15 de julho de 2012

Dicas: Campos do Jordão/SP - 2ª vez curtindo a cidade em família por novas atrações

Novamente estava de volta à Campos do Jordão com a Márcia e dessa vez só ficamos por 3 dias. 
Fizemos circuito diferentes do que tínhamos feitos anos atrás (relato aqui), quando ficamos por 5 dias na cidade.
E estávamos com a Sophia (nossa filha) também, o que nos fez incluir no roteiro passeios tipicamente infantis e que ela pudesse gostar.
Fomos para lá na primeira semana de Julho e sempre pela manhã iniciávamos nossos passeios, retornando a noite.

Foto acima: na base da Cachoeira dos Serranos (ou do Tobogã) em São Bento do Sapucaí


Fotos dos lugares visitados: clique aqui


Atualizado Julho/2020

Parque Floresta Encantada
Nosso roteiro foi:
1º dia: Parque Floresta Encantada e Borboletário Flores que Voam.
2º dia: Cachoeiras do Poção e dos Serranos em São Bento do Sapucaí.
3º dia: Pico do Itapeva e região.


Alimentação
Funciona na cidade o Shopping Market Plaza, localizado no Capivari. Tinham alguns restaurantes na pequena praça de alimentação, semelhantes aos shoppings de São Paulo.

# Restaurantes do bairro do Jaguaribe e Abernéssia são boas opções e a maioria deles fica na avenida principal. Algumas cantinas, pizzarias e churrascarias são boas opções.
Já comemos na Cantina Nonna Mimi, que possui valores justos e boa comida e também no Restaurante Querença da Serra, ambos no Bairro da Abernessia.
Cantina Nonna Mimi: Clique aqui
Querença da Serra: Clique aqui
Cachoeira do Poção
# O Capivari até seria uma boa opção, mas seus preços são bem altos e só compensa para passeios durante a noite ou comer um fondue, que não será barato.


No segundo dia almoçamos em São Bento do Sapucaí no Restaurante e Pizzaria Sabor da Serra - um dos melhores da cidade. Fica próximo do centro.
www.restaurantecomidamineira.com

Hospedagem

# A maioria das pousadas da cidade são extremamente caras.
Se ficar vários dias na cidade, compensa se hospedar em Santo Antônio do Pinhal, onde as diárias chegam a ter os preços abaixo da metade em comparação com as pousadas de Campos do Jordão. E a qualidade é a mesma.
Entre uma cidade e outra são apenas uns 20 minutos. 

# Na cidade existem 2 campings:
- CCB, que fica próximo do Horto Florestal e um pouco longe do cento do Capivari. Só para quem quer sossego mesmo. Clique aqui.
- E o Camping da Malu, que costuma servir de Parking Trailer, onde é possível encontrar algumas vagas. A área de camping é separada e conta com banheiros e chuveiros.
Se localiza próximo à colônia de férias do funcionários públicos de SP e a cerca de 500 metros do centro do Capivari. 
(12) 99749-8167 / (12) 99756-2578 / (12) 98126-0773. (segundo informações recentes, o lugar está fechado - confirme antes de ir).

Abaixo as dicas dos lugares por onde passamos nesses 3 dias:

7 de julho de 2012

Relato: Travessia Pindamonhangaba x Campos do Jordão pelo Pico do Itapeva

Este é o relato de uma das travessias que já estava na minha lista a muitos anos. É uma das caminhadas que me faltava na região de Campos do Jordão, mas sempre vinha adiando. Minha intenção sempre foi de subir a serra por uma trilha que finaliza próximo do Pico do Itapeva e depois descer por uma outra, completando o circuito.
Reuni uma galera e foi o que a gente fez: saímos de Pindamonhangaba (no Vale do Paraíba) subindo a serra pela trilha das Borboletas até o Pico do Itapeva e depois uma parte do pessoal desceu a serra pela trilha da Fazenda Hare Krishna, completando o circuito, enquanto que eu continuei a caminhada pela crista da serra por uma trilha chamada Sertão dos Moreiras até chegar próximo ao Horto Florestal e de lá desci pela trilha da pequena Usina Hidrelétrica Izabel.

Na foto acima, o pessoal subindo a serra pela Trilha das Borboletas


Fotos: clique aqui
Tracklog para GPS dessa caminhada: clique aqui

Em 2006, ao final da travessia do Pico do Carrasco, de Piquete até Campos do Jordão (relato aqui) eu e a Márcia finalizamos no Horto Florestal. 
Naquele dia até cogitamos em continuar a caminhada rumo oeste pela crista para quem sabe chegar no Pico do Itapeva, mas como terminamos com chuvas, nem discutimos a possibilidade. 
Pensei comigo: um dia ainda volto aqui para continuar essa caminhada pela crista, mas sempre fui deixando de lado.
E depois de várias tentativas infrutíferas resolvi fazer essa caminhada, mas da seguinte forma: saindo de Pindamonhangaba, subiria a Serra da Mantiqueira pela trilha das Borboletas até chegar no Pico do Itapeva e de lá continuaria pela trilha do Sertão dos Moreiras, seguindo pela crista rumo leste até chegar próximo ao Horto Florestal, descendo depois a serra pela trilha da pequena Usina Hidrelétrica Izabel
Do trecho de subida, tinha conseguido um tracklog plotado numa carta topográfica com o Lexus (site dele aqui), cuja caminhada iniciava próximo do Bar do Edmundo, em Ribeirão Grande (um bairro de Pindamonhangaba). 
E claro não poderia deixar de citar o montanhista Sérgio Beck, que no livro Caminhos da Aventura relata a subida dessa trilha, passando ao lado do Morro do Pinga.
Com um tracklog e o relato do Beck não precisava de mais nada.
Essa trilha de subida pode ser feita em apenas 1 dia e termina próximo ao Pico do Itapeva.
Agora era reunir um bom grupo que topasse qualquer perrengue e chamei para essa caminhada o Marcelo Gibson, o Sandro (Fórum Mochileiros) e um velho conhecido de muitas mensagens de e-mails: o Rodrigo, que toparam na hora. O Rodrigo, por sua vez chamou sua namorada - a Rosana e um amigo dele - o Renan e com isso a trupe estava formada.
Rosana, Rodrigo, Marcelo Gibson, Sandro, eu e o Renan
E num Sábado de Junho marcamos de todos se encontrar na Rodoviária do Tietê para embarcar às 07h45min em direção a Pindamonhangaba. 
A viagem foi tranquila e pouco depois das 09h30min já estávamos desembarcando na Rodoviária da cidade.
Aqui tínhamos ainda um trecho de caminhada até chegar ao ponto inicial do circular e lá fomos nós seguindo a pé para a antiga Estação Ferroviária da cidade, onde o ônibus para Ribeirão Grande sairia as 11:00 hrs. 
O percurso até que foi rápido e pouco depois das 11h30min já estávamos desembarcando do circular ao lado do Bar do Edmundo (nesse ponto), onde paramos para tomar alguma coisa.

30 de junho de 2011

Relato: Cruzando a Serra da Mantiqueira de norte a sul pela antiga linha férrea Passa Quatro/MG-Cruzeiro/SP

Depois de ter feito a trilha do Rio Branquinho, descendo a Serra do Mar de Sampa até Itanhaém (relato aqui), onde alguns trechos seguem por linha férrea, me deu vontade de fazer alguma outra caminhada que também fosse por trilhos de trem.
Como o tempo estava colaborando e prometia ser de muito Sol no feriado de Corpus Christi, escolhi a caminhada de Passa Quatro (MG) a Cruzeiro (SP) pela antiga linha do trem. 
Essa caminhada até dá para se fazer em apenas 1 dia, mas acho muito puxado, por isso resolvi fazê-la em 2 dias. 
Com apenas 1 pernoite e a fartura de água na trilha, a mochila foi com o mínimo de peso, colocando só o básico.
Nem chamei outras pessoas porque organizei a caminhada quase em cima da hora e resolvi ir sozinho.


Foto acima, na entrada do Túnel da Mantiqueira, na divisa MG/SP


Fotos dessa caminhada + imagens de satélite com trilha plotada: clique aqui
Tracklog para GPS dessa caminhada: clique aqui


Estação de Passa Quatro
Do trecho entre Passa Quatro até quase a divisa MG/SP, junto ao túnel da Mantiqueira, uma empresa (ABPF - Associação Brasileira de Preservação Ferroviária) opera trens turísticos só nos fins de semana com 2 vagões para cerca de 150 pessoas com uma Maria Fumaça puxando.
Já a partir da divisa até Cruzeiro seria de muito vara-capim e alguns vara-mato, mas sem problemas de navegação já que eu seguiria pelos antigos trilhos que ainda estavam lá.
Linhas na direção do túnel
Comprei a passagem para o horário das 07:00 hrs pela Viação Cometa, numa Sexta-feira saindo do Terminal Tietê em SP e pouco antes do meio dia já desembarcava em Passa Quatro. Fui ainda conhecer a estação ferroviária de onde sai o trem turístico até o túnel da Mantiqueira e como era um feriado prolongado, iria sair um as 14h30min, mas já estava lotado.
Depois de comprar água e alguns clics, inicio a caminhada pelos trilhos às 12h10min, saindo da altitude de 915 metros. 

30 de julho de 2010

Relato: Travessia Rui Braga – da parte alta do Parque Nacional do Itatiaia até a parte baixa

Este é o relato da continuação da travessia da Serra Negra.
Tínhamos terminado junto à antiga Pousada  Alsene e correu tudo como planejado (relato aqui).
Estávamos com a Autorização para a travessia da Rui Braga para fazê-la em 2 dias, pernoitando em algum dos Abrigos Massenas ou Macieiras, apesar de que a Rui Braga dá para ser feita em apenas 1 dia de caminhada.
Pegamos dias nublados, mas para sorte nossa, só estava chovendo durante a noite.

Foto acima, vale do Rio Campo Belo visto depois de alguns minutos do Abrigo Massenas


Fotos: clique aqui

Tracklog para GPS dessa travessia: clique aqui


Chegando na Portaria do Parque Nacional
A Quarta-feira amanheceu com tempo nublado, mas pelo menos sem chuvas e nesse dia iríamos fazer a travessia Rui Braga em 2 dias, já que a Márcia estava nos aguardando no dia seguinte na parte baixa do PNI.
Na travessia da Serra Negra ficamos sem sinal de celular por 2 dias e só contávamos que na Rui Braga conseguíssemos, para dar sinal de vida aos nossos familiares. 
Mochilas prontas, pouco depois das 09:00 hrs seguimos para a portaria do PNI (posto Marcão) e lá entregamos a Autorização da travessia, pagando pelo pernoite no Abrigo e a taxa de ingresso no Parque.
O lugar estava deserto e parece que éramos os únicos a fazer alguma travessia no Parque.
Pela estrada do Parque
O funcionário só demorou um pouco para nos liberar porque na solicitação que eu enviei, não tinha colocado que iriamos pernoitar no Parque e depois de acionar o pessoal da Administração do PNI pelo rádio, recebemos a autorização para fazer a travessia. 
Estávamos na altitude de pouco mais 2400 metros e nosso plano era caminhar até o Abrigo Macieiras, na altitude de 1850 metros. 
O total da caminhada, se fossemos direto até o final da trilha, junto ao Piscinão de Maromba seria de uns 30 Km, mas era muito para apenas 1 dia (até dá para fazer, já que boa parte da trilha é sempre descendo, mas tem de entrar bem cedo no Parque).
Abrigo Rebouças
Mochilas nas costas de novo, saímos da Portaria as 09h50min e seguimos em direção ao Rebouças pela estrada, onde chegamos as 10h20min e daqui só víamos uma neblina espessa sobre o Agulhas Negras.
Passamos direto e continuando pela estrada que na verdade é a Rodovia BR 485 (coisas do Pres. Getúlio Vargas) que em alguns pontos ainda apresentam trechos de asfalto em bom estado de conservação, mas perde um pouco da magia, já que é uma aberração construir uma estrada em um lugar como esse. 
Tendo o Rio Campo Belo do lado esquerdo, logo passamos pela Cachoeira das Flores e as 10h50min chegamos ao final da estrada e na bifurcação para o Pico das Prateleiras.