20 de julho de 2004

Relato: Perrengue brabo na Pedra do Frade - Serra do Mar de Angra dos Reis/RJ

Este relato é sobre a tentativa de se chegar ao topo da Pedra do Frade, localizado na Serra do Mar de Angra dos Reis/RJ em Julho de 2004. 
Para alguns era primeira vez e tivemos vários problemas. 
O ponto de partida foi por Bananal/SP e finalizamos no Bairro do Perequê, já em Angra dos Reis, na estrada que marca o final da Trilha do Ouro, próximo ao Rio Mambucaba, de quem faz a travessia do Parque Nacional da Serra da Bocaina.

Na foto acima, em um momento raro de abertura do tempo, pude pegar um pouco da Pedra do Frade


Fotos e os croquis dessa trilha: Clique aqui

Tracklog para GPS: Clique aqui

Durante muito tempo tentei várias vezes obter informações, 
algum mapa ou croqui da trilha que leva até o topo da Pedra do Frade, saindo de Bananal/SP. O Sérgio Beck (famoso montanhista) tinha descrito essa subida saindo do Hotel do Frade, em Angra dos Reis/RJ, mas já tinha a informação de que a subida pelo Hotel não era mais permitida (diziam que eram por questões de segurança). 

O jeito era conseguir informações dessa trilha saindo de Bananal, passando pela Pousada Brejal. As que consegui eram sempre informações básicas. 
Entrei em contato com alguns guias que já tinham acompanhado pessoas nessa trilha, mas sempre encontrava dificuldades – raramente algum guia passa informações detalhadas de trilhas onde ele sempre tá caminhando; isso é normal, é o ganha pão deles; não os critico por isso. 
Igreja de Bananal
Acabei conseguindo um croqui básico da trilha com um colega de uma lista de discussão sobre trekking (Rogério), que me passou também as coordenadas da trilha mapeada em GPS.
E através dessa lista de discussão também fiquei sabendo que o Rogério e o Maurício tinham tentado realizar essa trilha saindo de Bananal, mas devidos às chuvas não chegaram até o topo. Troquei vários e-mails com os dois e dessa forma marcamos para subir a Pedra no feriado de 09 de Julho (feriado somente no Estado de SP, devido a Revolução Constitucionalista). 
O Felipe que também estava no grupo que tentou a primeira subida me enviou um croqui mais detalhado de toda a trilha feito pelo Carlinhos (dono da Pousada Brejal). Já tínhamos os croquis e o Rogério estava levando o GPS dele com o tracklog que ele criou quando tinha ido lá. Agora era contar com tempo bom. 
Éramos eu, a Márcia, o Rogério e o Maurício e nossa pretensão era a de entrar por Bananal, passando pela Pousada do Brejal e subir o Frade para depois descer até Angra dos Reis, completando a travessia. 
Com o croqui e o tracklog para GPS do Rogério com certeza não teríamos problemas de navegação na subida até o topo da Pedra; já para a descida não tínhamos informação nenhuma. 
Eu e a Márcia saímos de Sampa em direção a Bananal e lá aguardaríamos na Praça Principal de Bananal o Rogério e o Maurício que viriam do RJ para subirmos até a Pousada Brejal, localizada no alto da Serra da Bocaina, que estava a cerca de 1 hora e 30 minutos.
Coreto de Bananal
Existe um circular que sai da praça principal de Bananal e chega + - próximo da Pousada do Brejal, mas com horários um pouco ingratos (06h30min e 14h30min) o que nos obrigou a arranjar um transporte. 
No dia combinado (09/07) por volta das 21:00 hrs os dois chegaram em uma Kombi e seguimos em direção a Pousada Brejal. 
Havia um pequeno problema de que naquele dia havia chovido na cidade, mas seguimos conforme o planejado.
A subida da serra foi tranquila pela SP 247 e chegamos na Pousada por volta das 23:00 hrs.
O Carlinhos já nos aguardava com um farto jantar que incluía uma truta assada e um vinho que o Rogério trouxe. O valor da diária incluía 1 refeição e café da manhã. 
Na Pousada Brejal
A Pousada também dispõe de uma área de camping. Os quartos são coletivos, assim como o banheiro, mas era o ideal para a gente. Fomos dormir com uma noite toda estrelada.
Acordamos pouco depois das 07:00 hrs com um tempo que estava perfeito para a caminhada. 
O céu totalmente sem nuvens e um Sol que prometia perdurar por dias. 
Só prometia, porque não foi o que aconteceu.
Comemos um farto café da manhã, arrumamos nossas mochilas e seguimos em direção à Pedra do Frade, onde planejávamos chegar antes do fim da tarde. 
Com algumas dicas e novas informações passadas pelo Carlinhos, saímos da Pousada por volta das 09:00 hrs.
Seguindo pela estrada
A caminhada até o início da trilha segue pela estrada de terra, rumo sul e depois de uns 15 minutos já pudemos observar toda imponente a Pedra do Frade logo à frente. Mais alguns minutos de caminhada passamos pela Fazenda Seda Moderna e um pequeno cruzeiro à esquerda no alto de um pequeno morro, visto da estrada. 
Mais alguns minutos e chegamos no marco que indica o final da Rodovia SP 247. Aqui é a divisa SP/RJ. 
A estrada ainda segue em frente até chegar em uma porteira de madeira, à esquerda que indica Pousada do Rio Mimoso a 1,5 Km, mas o caminho segue para a direita, atravessando uma cerca de arame farpado, passando próximos a algumas casas do lado esquerdo e chegando em uma outra porteira, indicando Propriedade Particular. 
A partir desse ponto a estrada já começa a ficar precária, com vários pontos de alagamento e alguns brejos. Cerca de 20 minutos depois da Porteira haverá uma pequena ponte com troncos de árvores sobre um riacho e a frente aparece o Rio Bonito, logo à esquerda. 
Uns 2 minutos à frente abandonamos a precária estrada e atravessamos o Rio Bonito para seguir por trilha do outro lado. 
O rio tem cerca de uns 10 mts de largura com água até o joelho (aqui não existe ponte). É bem fácil identificar a continuação da trilha do outro lado do rio, pois existem algumas araucárias bem visíveis a cerca de 50 metros do rio.
Ao chegar nessas inúmeras araucárias, a trilha segue por campo aberto, virando à direita, ao lado de uma enorme araucária e depois para esquerda, seguindo sentido sul por alguns minutos até a trilha cruzar com um riachinho, onde existe um brejo e daqui para frente a trilha entrará em mata fechada.
Daqui em diante é um trecho que passa por diversas áreas de brejo (literalmente metemos o pé na lama). Cerca de 30 minutos desde o Rio Bonito, a trilha cruzará com outro rio, o Goiabeira, com uns 5 metros de largura, este bem mais raso, onde é possível cruzá-lo sem molhar os pés, pulando as pedras.
Ponta do Frade ao fundo
Atravessando o rio, surgirão mais brejos e uma bifurcação à direita e à esquerda um pouco fechadas. A trilha principal está um pouco mais demarcada e sem maiores problemas para encontrá-la. 
Mais alguns minutos à frente quando a trilha chegar em um pequeno riachinho, seguimos à direita para mais a frente chegar em um enorme local de descampado, onde tem-se a 2ª visão da Pedra. 
Um riacho atravessa o descampado e aqui paramos para um descanso. 
Seguindo a trilha pelo descampado à sudoeste logo entramos pelo interior da mata e mais uns 20 minutos chegamos a um outro enorme descampado, com solo irregular e bem menor que o primeiro. Aqui se tem a última visão da Pedra, que aparece bem ao sul.
Entrando novamente na mata, alguns minutos à frente haverá bifurcações à direita e à esquerda, mas a trilha correta é sempre em frente e na trilha demarcada e nítida, com uma ou outra subida.
Aproximadamente 1 hora desde o 1º descampado encontra-se uma enorme árvore caída do lado esquerdo, com as raízes formando uma espécie de gruta. 
Nem paramos aqui e caminhando mais 1 hora se chega a uma bifurcação bem nítida do lado direito que leva até o bairro do Perequê, no final da travessia da Serra da Bocaina, junto ao Rio Mambucaba, segundo o Carlinhos. 
É uma trilha de umas 5 horas que usamos ao voltarmos da Pedra. 
Passando essa bifurcação e mais uns 20 minutos chegamos a uma pequena clareira no meio da mata, onde existe outra bifurcação. Nesse local haverá uma inscrição em uma árvore das letras “PF” e uma seta indicando para a bifurcação da direita. A trilha da esquerda nem procuramos saber para onde seguiria. Nesse trecho o mato estava alto e aqui é um dos pontos que muita gente não consegue passar e alguns voltam. 
Seguindo por essa trilha da direita, logo cruzamos com um riacho.
Mais alguns minutos e um pequeno rio passará ao longo da trilha pelo lado esquerdo, com algumas bifurcações, que devem ser desprezadas. 
Logo a trilha inicia uma pequena subida de um morro e a partir daqui a chuva começou a cair, fazendo com que aumentássemos o ritmo. O Maurício foi à frente, como se estivesse correndo. Eu, logo atrás e depois o Rogério e a Márcia. Nossa pretensão era chegar em um local chamado de Gruta dos Alemães, antes que a chuva piorasse, mas não deu tempo. 
Passamos por uma bifurcação que desce a 90° do lado direito e seguimos em frente. Paramos um pouco para colocar nossas capas de mochila, porque vimos que a chuva não ia dar trégua mesmo. Poucos minutos depois dessa bifurcação existe uma descida bem íngreme em frente que vai sair em um pequeno vale, numa espécie de grota, que em épocas de chuvas intensas deve virar um riacho. Do lado esquerdo parece existir uma trilha, mas seguimos para a direita, onde o GPS apontava. Poucos metros à frente encontramos uma enorme árvore caída com algumas bifurcações que confundiam e nesse ponto a gente se perdeu da trilha. O Rogério tentou de várias maneiras fazer com que o GPS pegasse alguns satélites para nos levar de volta para trilha, mas a mata fechada não deixava. E nada do GPS apontar o caminho. Agora f...
O croqui não mencionava esse trecho, talvez porque ainda não existia a árvore caída. Esse ponto de toda a trilha foi o mais difícil para a gente, pois é muito fácil pegar uma bifurcação errada por aqui. Graças a Deus o Rogério conseguiu pegar alguns satélites e o GPS nos salvou, por isso muita atenção nesse ponto. No croqui que eu fiz, deixei indicado algumas dicas desse local.
Perdemos algum tempo nisso até que conseguimos encontrar a trilha certa. Pulamos o tronco da árvore caído no meio da trilha e depois seguimos para a esquerda. De repente a trilha inicia uma pequena subida e mais a frente passa por um pequeníssimo vale.
Seguindo em frente haverá algumas subidas e descidas bem leves e logo se chegará a um riacho que possui troncos de árvores para ajudar a atravessá-lo. 
Tome muito cuidado, pois alguns troncos estão podres, e se alguém cair aqui ficará com água até acima do joelho. Desde a bifurcação da árvore com a seta e as letras PF até esse riacho foram quase 1 hora e 20 minutos (isso sem contar o tempo perdido onde o GPS falhou). Uns 5 minutos depois desse riacho haverá outra bifurcação à esquerda (que pode ser a trilha que o Sérgio Beck relatou na sua revista).
Nessa bifurcação estava amarrado junto a uma pequena árvore uma sacolinha plástica, servindo para marcar a bifurcação. Seguindo em frente, não entrando na bifurcação da esquerda, logo a trilha passa a ser feita em um leito de um pequeno riacho. Como tinha chovido bastante, pode ser que em épocas secas não exista o riacho. De vez em quando um pequeno rio aparecia do lado esquerdo da trilha.
E depois de pouco mais de 1 hora e 30 minutos desde a bifurcação da árvore com “PF” chega-se na Gruta dos Alemães, bem à esquerda. Ela é enorme, mas o piso é bem irregular, por isso quem quiser acampar com barraca aqui, só se for do lado de fora. Se quiser ficar dentro da gruta, só com bivaque.
Aqui é o último ponto de água. Fora da gruta existe um pequeno descampado onde dá para montar algumas barracas, mas um pouco desconfortável. Quando chegamos aqui, a chuva deu uma diminuída, mas não parava de cair. Enchemos nossos cantis e seguimos em frente.
Mais uns 20 metros pela trilha existe uma bifurcação de 90° à esquerda, que inicia uma subida bem íngreme. Logo que se entra nessa bifurcação caminhando mais alguns metros, haverá uma outra para a esquerda. A trilha correta é a da direita e seguindo por ela poupe seu fôlego, porque daqui para frente a subida é bem íngreme, passando ao lado de enormes matacões (pedras) e alguns pequenos abrigos nas pedras. 
Até o mirante, de onde se tem a visão da Pedra do Frade e todo o litoral de Angra dos Reis são pouco mais de 40 minutos.
Quando chegamos aqui, o litoral estava quase todo encoberto e somente uma parte da Pedra do Frade dava-se para se ver. Desse mirante até a base da Pedra foram mais uns 15 minutos, onde se chega pelo lado direito dela.
Logo que chegamos na base, por volta das 17:00 horas, já procuramos algum lugar para montar as barracas, porque a chuva não dava trégua. Encontramos um grande espaço, encostado na Pedra, onde não chovia. Aparentemente o local estava seco e parecia ser um lugar perfeito para nos abrigar e montar nossas barracas. Estávamos errados.
Logo o final da tarde chegou e começou a escurecer. E de dentro das barracas já podíamos ver a noite estrelada, o que nos deixou radiantes de alegria, pois planejávamos subir a Pedra até o topo antes do amanhecer para ver o nascer do Sol. 
Tentando se proteger da chuva
Ficamos conversando por um bom tempo ainda fora das barracas e depois cada um foi fazer a sua comida e em seguida fomos dormir pensando no Domingo maravilhoso que ia ter no dia seguinte. 
Por volta das 2 horas da madrugada eu notei que embaixo da barraca, em que eu e a Márcia estávamos, passava um pequeno filete de água. Saí e vi que a chuva tinha retornado. Tentei abrir uma canaleta em volta da barraca para a água da chuva escoar.
Conforme a chuva ia aumentando, a canaleta em volta da barraca já não dava mais conta e para piorar ainda mais, o lugar onde estávamos era fechado e não havia lugar para a água escorrer. Não ia demorar muito e todo aquele lugar iria virar uma piscina. A barraca do Rogério, que estava na parte mais baixa foi a primeira a se encher de água. 
Ele tirou a principais coisas de dentro da barraca e a deixou flutuando numa espécie de piscina que se formou no lugar e depois foi tentar dormir em cima de uma pedra, onde não estava chovendo. A barraca que eu e a Márcia estávamos até tentei levar para uma parte alta, mas cedo ou tarde iria ficar alagada também. A única que ficou totalmente livre da chuva e sem alagar foi a do Maurício e logo que a água começou a invadir a nossa barraca, o Maurício nos chamou para ficarmos na dele e tentarmos dormir o resto da madrugada. 
Era uma pequena barraca, mas deu para caber nós três, apesar de que desconfortavelmente. 
Como a chuva não parava de cair, nossos planos para subir a Pedra já tinham ido por água abaixo e o Maurício decidiu que as 08:00 hrs ele desmontaria a barraca e desceria para Angra dos Reis, pois teria que trabalhar no dia seguinte, na Segunda-feira. Eu e a Márcia, até pretendíamos ficar, mas como a chuva não parava e o grupo iria se separar, resolvemos seguir o Maurício e o Rogério na descida. Quando saímos, as 09h30min, o lugar onde tínhamos montado nossas barracas estava com água até os joelhos - parecia um dilúvio no local onde estávamos. Parecia que toda a agua que caia no topo da Pedra canalizava exatamente para aquele ponto. Estávamos todos frustrados, por chegarmos tão perto do topo e a chuva nos impedir, mas era muito arriscado se separarmos do grupo e também porque só o Rogério estava com o GPS e o croqui que estava comigo não tinha nada de informação da descida para o litoral. Ia ser um desafio dali para frente. 
No retorno, a chuva deu uma pequena trégua por um tempo, por isso paramos um tempo na Gruta dos Alemães para comermos alguma coisa e depois seguimos em frente. Não tivemos problemas para encontrar a trilha de volta, mas paramos algumas vezes para descansar. Da base da Pedra até a bifurcação da trilha para o bairro do Perequê levamos quase 3 horas, chegando lá por volta das 12h30min. 
Inicialmente a trilha segue por pequenas descidas e subidas, sendo que a parte mais íngreme se inicia depois de mais ou menos 1 hora. Ela tem a vantagem de ser bem demarcada, com verdadeiras voçorocas em certos lugares e pegadas de cavalos ou mulas, talvez por ser muito usada por palmiteiros que levam o produto serra abaixo nos ombro de mulas e cavalos ou até por caçadores. No final dela, onde há uma plantação de bananas, existem várias bifurcações que levam a pequenos sítios e nos perdemos em algumas delas e como o Maurício estava mais à frente, acabamos nos separando dele. Em uma das tantas bifurcações, eu, o Rogério e a Márcia pedimos informação em uma pequena casa, junto a um rio. 
Era um senhor de idade que nos indicou o caminho certo até o final da trilha, junto à estrada de terra que leva ao bairro do Perequê. 
Quem já fez a Travessia da Serra da Bocaina saindo de São José do Barreiro conhece muito bem essa estrada. Para não ter dificuldades, o ideal é pedir informações em um dos vários sítios que existem por lá, ou assim que se chegar nas plantações de bananas, seguir nas bifurcações sempre para a direita, passando por algumas cercas de arames. O nosso erro foi que pensávamos que um rio que estava à esquerda da trilha fosse o Mambucaba e por isso sempre íamos para a esquerda, mas a trilha correta é seguindo para a direita. 
Fomos chegar na estrada por volta das 18:00 hrs, já no escuro e sem o Maurício. Lá ficamos aguardando passar algum carro para nos dar uma carona até a Rodovia, o que acabou acontecendo logo. Já no bairro do Perequê o Rogério tomou um ônibus de volta para o Rio de Janeiro e eu e a Márcia ficamos em uma pousada, junto da Rodovia, para no dia seguinte seguirmos em direção à Paraty. 
Fomos saber depois que o Maurício tinha se perdido e não encontrou a trilha correta, já que tinha anoitecido rapidamente. Então ele resolveu montar a barraca dele próximo do sítio onde tínhamos pedido informação e terminou a trilha no bairro do Perequê no dia seguinte (Segunda-feira) de manhã. De lá seguiu em direção à Paraty para depois retornar a São Paulo. Eu e a Márcia pretendíamos fazer a Travessia da Joatinga, mas se chegássemos no Domingo à tarde em Paraty, o que acabou não acontecendo. E como tínhamos mais 2 dias de folga, resolvemos ficar em Paraty.

1 ano depois dessa caminhada, eu retornei para essa Pedra, mas dessa vez estava com a Márcia e o Jorge Soto. O Rogério e o Maurício não puderam ir.
Pegamos uma janela do tempo muito boa e conseguimos chegar no topo sem chuvas, permitindo lindas fotos do topo. O relato é esse: http://trilhasetrips.blogspot.com.br/2013/04/relato-retorno-pedra-do-frade-dessa-


Algumas dicas e informações úteis (Atualizado Julho/2020)

# Criei croquis detalhados dessa trilha, saindo da Pousada Brejal. Eles estão no álbum de fotos.

# Não posso dizer que o GPS do Rogério nos deixou na mão em alguns trechos. Era um Garmin Etrex (aquele amarelinho). Creio que se fosse de outro modelo e o clima também não ajudasse, teríamos o mesmo problema.

# Naquela época existia um circular que saia do centro de Bananal e seguia até o Bairro Brastel, no alto da serra, que fica próximo da Pousada Brejal. Talvez os horários não sejam os mesmo que coloquei no relato. Qualquer dúvida, ligue na Rodoviária: Tel: (12) 3116-1274.

Tive retorno de algumas pessoas que tentaram fazer essa trilha e retornaram porque ela está muito fechada em alguns trechos (mas sempre tem gente fazendo). Por isso, essa caminhada não é para qualquer um.

# Um dos trechos mais difíceis dessa travessia está junto da árvore com a inscrição de "PF". O mato está muito alto e fechou totalmente a trilha. Algumas pessoas fizeram uma marcação com papel higiênico. É um trecho pequeno onde a trilha some no meio da densa mata. Se conseguir achar a continuação da trilha a partir dali já vai encontrar a trilha mais aberta.

# Hospedagem: Pousada Brejal, pertencente ao Carlinhos: clique aqui ou aqui.

Além da possibilidade de finalizar essa travessia no Bairro do Perequê, como nós fizemos, ou voltar para a Pousada Brejal e lá próximo pegar o circular para o retorno à Bananal, existe uma outra opção: seria o de descer para o Hotel do Frade, pegando a trilha que sai ao sul da base da Pedra do Frade (veja no croqui), mas avisando que ao chegar no Hotel os caras vão encher o saco, já que para eles é invasão de propriedade. Se quiser arriscar, é por sua conta e risco.

# No wikiloc existem alguns arquivos de GPS recentes que podem ajudar, já que o meu é um pouco antigo.

# Se for de carro para lá, procure deixar em algum estacionamento em Bananal e depois subir a Serra de ônibus, mas antes ligue na Rodoviária para saber se o circular até o alto da serra está operante. Ou se quiser economizar algumas horas de caminhada, deixe o carro com o Carlinhos, da Pousada Brejal.

2 comentários:

  1. Bom dia, Augusto.

    Moro no Parque Mambucaba mas nunca fui à Pedra. Como você classifica o trajeto indo e voltando por lá, visto o Sertãozinho não ser uma boa opção?
    Desde já, obrigado.

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    1. E aí blz?
      Sinceramente não recomendaria subir a Pedra iniciando em Mambucaba.
      São varias bifurcações que encontramos nesse trecho de descida até a Estrada do Sertão de Mambucaba. E nos perdemos em algumas delas.
      Tivemos que contar com a ajuda de um morador para finalizar.
      Se tivemos problemas para achar a trilha correta nesse trecho de descida, para a subida é pior ainda. Eu não recomendaria de jeito nenhum.
      O retorno da Pedra talvez seja mais fácil por ali, pois todas as trilhas descendo irão finalizar lá na Estrada.
      Ou se tiver algum problema, dá para encontrar algum morador pelo caminho que pode ajudar.

      Pelo Sertãozinho do Frade me disseram que a trilha passa próximo de uma comunidade onde os traficantes tomaram conta. É arriscado.
      Já pelo Hotel do Frade é complicado demais. Questões de segurança.
      Então o que sobra mesmo é fazer essa Trilha por Bananal e retornar pelo mesmo caminho ou descer até Mambucaba, como nós fizemos.
      Se fizer uma pesquisa de arquivos de GPS na internet vai encontrar inumeros e muitos deles bem recentes.
      E quase a maioria fazendo o percurso por Bananal.

      Precisando de mais ajuda, é só perguntar.

      Abcs

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