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17 de maio de 2017

Relato: Travessia da Serra dos Poncianos – São Francisco Xavier/SP x Monte Verde/MG

Em Julho de 2012 ao completar a Travessia Rebouças-Mauá, no Parque do Itatiaia finalizei 13 caminhadas na região da Serra da Mantiqueira e disse a mim mesmo que iria dar um tempo nessa serra e explorar outros ambientes, mas foi difícil manter a palavra.
Naquele mesmo ano até tentei finalizar uma travessia que ficou faltando, mas por causa da chuva, resolvi abortar quando já estava na crista da serra. Era a Travessia da Serra dos Poncianos e prometi que um dia retornaria, mas somente com previsão de tempo bom. 
A Serra dos Poncianos segue de leste a oeste e é curta, tendo uma extensão de pouco mais de 6 km, de acordo com a carta topográfica do IBGE. Ela é só uma das muitas serras que é sobreposta pela extensa Mantiqueira. 
O roteiro tradicional dessa travessia se inicia em São Francisco Xavier (Distrito de São José dos Campos), subindo a serra pela Trilha do Jorge até o topo da Pedra da Onça e lá caminhando pela crista, rumo oeste até a Pedra Partida. Em seguida passando pela Pedra Redonda e dali com a opção de finalizar em Monte Verde ou continuar pela crista, passando pelo Chapéu do Bispo e chegar até o Pico do Selado. 
São trechos que alternam trilha demarcada com vara mato e pode ser feita em 2 dias.
E por eu dispor de 3 dias, seria desperdício de tempo fazer essa travessia, finalizando em Monte Verde, por isso planejei fazer um circuito. Chegando em Monte Verde eu retornaria a São Francisco Xavier por outra trilha: a do Jorge. 

Fotos acima do topo da Pedra da Onça e da crista da Mantiqueira vista da Pedra Partida


Fotos dessa caminhada: clique aqui

Vídeo completo dessa travessia: clique aqui
Gravei vídeos em 2 lugares: Bosque dos Duendes: clique aqui e
No topo da Pedra da Onça: clique aqui
Tracklog para GPS: clique aqui


A roteiro seria esse: sair de SP em direção a S. José Campos. Lá embarcar no circular para S. Francisco Xavier e nesse Distrito iniciar a caminhada em direção a Pedra da Onça, acampando no topo, para no dia seguinte fazer a travessia pela crista rumo oeste até a Pedra Partida, descendo em seguida até Monte Verde para acampar no inicio da Trilha do Jorge e somente no último dia seguir por ela, voltando para S. Francisco Xavier e depois S. José Campos. 
A data escolhida foi a Pascoa e para essa caminhada chamei um velho parceiro de trilha: Marcelo Gibson.
E na Sexta pela manhã encontrei ele na Rodoviária do Tietê e embarcamos as 09:00 hrs em direção a S. José Campos pela Pássaro Marrom. Por ser um feriado prolongado imaginei que teria trânsito na saída da cidade, mas foi bem tranquilo e as 10h30min já estávamos desembarcando na Rodoviária de S. José.
Sem demora seguimos para o Terminal de circulares, que é anexo a Rodoviária e lá fomos checar o horário da saída do circular para S. Francisco, que ia sair as 12:00 hrs. Para o retorno à Sampa no Domingo, compramos antecipadamente a passagem para o horário do final da tarde, então todo nosso planejamento tinha que dar certo.
Praça central de S. Francisco Xavier
O circular da Cidade Natureza saiu no horário e relativamente vazio e dentro dele só nos dois com mochilas cargueiras.
Depois de sair de S. José Campos, o ônibus segue pelo trecho de uma Rodovia cheia de curvas e bem perigosa, onde caí no sono e tirei um belo cochilo.
Depois de passar pela Rodoviária de Monteiro Lobato, chegamos a S. Francisco Xavier pouco depois das 13h30min. Agora era arrumar as mochilas e pé na estrada. Com o celular em modo avião, liguei o GPS dele para gravar o tracklog dessa travessia e fui tirar alguns clics na praça central do Distrito. E as 13h55min iniciamos a pernada rumo Cachoeira Pedro David e Joanópolis, mas seguimos pela estrada somente por uns 10 minutos e em uma bifurcação viramos a direita na Estrada dos Ferreiras, se orientando pelas placas de Pousada Itaky e Fazenda Monte Verde. 
Na subida da serra
A altitude aqui é de cerca de 730 metros e devemos chegar a quase 1950 metros, que é o topo da Pedra da Onça. 
Assim que iniciamos pela Estrada dos Ferreiras, ignoramos uma bifurcação à direita  e continuamos nos asfalto. Daqui em diante é só subida, que inicialmente segue por trecho íngreme, mas que não demora muito e dá uma aliviada, se tornando uma estrada de terra. 
O Sol não dá trégua e só nos preocupava a espessa neblina que tomava conta de toda a crista da serra. De repente um carro para ao nosso lado e eu já pensando que iriam oferecer carona até o inicio da trilha, ledo engano. Só queriam saber para onde estávamos indo e outras coisas mais sobre trilhas. 
Fazenda Monte Verde
E para nosso azar, estavam em um Sítio a poucos metros dali, então mesmo oferecendo carona, ela chegou tarde.

27 de julho de 2012

Relato: Travessia São Francisco Xavier/SP x Monte Verde/MG pela Trilha do Jorge

Assim que retornei do Parque do Ibitipoca (relato aqui), já queria fazer uma outra caminhada, mas dessa vez na Serra da Mantiqueira. Minha intenção era a travessia de São Francisco Xavier/SP a Monte Verde/MG pela Serra dos Poncianos. 
A logística para essa travessia era relativamente fácil: sair bem cedo de SP em direção a São José dos Campos a tempo de pegar o circular das 10:00 hrs para São Francisco Xavier e de lá cruzar a Serra da Mantiqueira na direção norte para chegar em Monte Verde. Não dei muita sorte porque a Natureza só mandou chuva e com isso essa caminhada não terminou como eu tinha imaginado.

Foto acima: na Trilha do Jorge, antes de chegar na Pedra da Onça

Fotos dessa caminhada: clique aqui
Tracklog para GPS: clique aqui


Ruas de São Francisco Xavier
Meu planejamento era esse: ao chegar em S. Francisco Xavier, seguir até a crista da serra pela Trilha do Jorge e acampar na Pedra da Onça, que é também conhecido pelo nome de Mirante. 
No dia seguinte seguir a trilha à sudoeste pela crista, na direção da Pedra Partida e de lá desceria até o centro de Monte Verde para depois retornar pela Trilha do Jorge e acampar novamente no Mirante ou em algum outro ponto da trilha.
E no outro dia descer para S. Francisco Xavier, completando o circuito. 
No retorno para S. Francisco Xavier encontraria a Márcia e a Sophia e ficaríamos por alguns dias para aproveitar as férias de ambos.
Como ia ser minha primeira vez, já fui com a expectativa de pegar uma trilha fechada com vara mato e alguns perdidos, porém o que me preocupava mais eram as chuvas. Não poderia adiar essa travessia, porque 1 semana depois dessa caminhada tinha agendado a Rebouças-Mauá, no Parque do Itatiaia (relato aqui).
Segundo a meteorologia, apesar da região da Mantiqueira estar nublada a vários dias, havia a perspectiva de melhoras no meu segundo dia na serra e agora era torcer para que as previsões estivessem certas.

30 de março de 2005

Relato: Picos de Monte Verde/MG e Travessia até São Francisco Xavier/SP pela Fazenda Santa Cruz

Esse é um relato das caminhadas pelos picos de Monte Verde/MG (Pico do Selado, Chapéu do Bispo, Pedra Redonda e Pedra Partida) e posterior travessia até São Francisco Xavier/SP, passando pela Fazenda Santa Cruz, que eu e a Márcia fizemos em um feriado prolongado. 
Não demos muita sorte porque pegamos dias de chuva, que atrapalhou totalmente a caminhada, impedindo qualquer visual lá da crista da serra, mas conseguimos completar o que tínhamos planejado.

Foto acima, um colchão de nuvem visto da crista da Serra da Mantiqueira


Fotos + croqui: clique aqui


Feriado da Pascoa chegando e eu sem ter o que fazer. Como eram apenas 3 dias naquele mês de Março não dava para fazer caminhadas longas e ficar em casa não estava nos meus planos. Agora para onde ir?

Eu e a Márcia ficamos conversando sobre qual destino escolher. Pensei Bocaina, um retorno para o Frade, Serra Fina ou Monte Verde. Para o Frade e a Serra Fina, o ideal é ter no mínimo 4 dias, mas só tínhamos 3. A Serra da Bocaina eu já conhecia. Sobrou Monte Verde emendando com a travessia até São Francisco Xavier. Já tinha ido uma vez em Monte Verde e conhecia alguns picos da região, mas a travessia nunca tinha feito e como a Márcia não conhecia a região, então foi uma boa escolha. 
Chamei algumas outras pessoas que até se comprometeram a ir, mas depois desistiram, talvez pela previsão de chuvas. 
Portal de Monte Verde
Novamente o nosso guia seria o relato do Sérgio Beck, no livro Caminho da Aventura. Lá ele descrevia em detalhes toda as trilhas pela crista e a descida até SF Xavier.
A intenção era fazer a travessia dos picos de Monte Verde (Pico do Selado, Chapéu do Bispo, Pedra Redonda e Pedra Partida) de um extremo ao outro e depois descer até SFX pela trilha que sai ao lado da Pedra Redonda, passando pela Fazenda Santa Cruz. E assim estava planejada a trip.
De Sampa até Monte Verde não existe ônibus direto. Todos eles seguem até Camanducaia, então tivemos que comprar para o horário das 07h30min de Sexta com ônibus cheio. A empresa é a Viação Cambuí, saindo do Terminal Tietê. 
Chegamos em Camanducaia pouco depois das 09h30min, mas agora tinha um outro problema: o ônibus que vai para Monte Verde só ia sair as 11h30min. 
Íamos perder muito tempo. Tínhamos uma informação de que havia uma van que faz a mesma linha para Monte Verde, mas que o valor era muito alto. 
Subindo pela estrada
Ficamos aguardando outros passageiros chegarem e conseguimos reunir alguns e no final pagamos um valor bem baixo. Estava de bom tamanho. 
A van era uma Kia que já estava quase caindo aos pedaços, de tanto rodar. 
Boa parte do percurso entre Camanducaia e Monte Verde era feito por estradas ruins e quando existia asfalto, era de péssima qualidade (atualmente essa estrada está bem diferente. Todo o trecho até MV está com asfalto de boa qualidade). 
Saímos de Camanducaia as 10h15min e chegamos em Monte Verde as 11:00 hrs. 
Descemos em frente ao Portal de Monte Verde e depois de alguns clics seguimos para o centro da cidade que se resume a uma Avenida Principal com algumas lojas, restaurantes e pousadas.