20 de julho de 2014

Relato: Trilha do Rio Mogi - Descendo a Serra do Mar de Paranapiacaba/SP

Das trilhas que eu fazia em Paranapiacaba na década de 80 sempre eram no vale do Rio Quilombo: Cachoeira da Pedra Lisa e o Poço das Moças, mas nunca trilhei o outro vale ao norte - o do Rio Mogi. E com os aumentos de roubos nas trilhas aí é que deixei de visitar o lugar por décadas.
Fiz até algumas caminhadas, mas bem longe dali, na Calçada do Lorena e Estrada Velha de Santos. E somente em Setembro de 2013 voltei a Paranapiacaba com um pessoal para fazer a Travessia da Funicular no vale do Rio Mogi, mas só chegamos até o 4º Patamar (relato com fotos: clique aqui), por isso voltamos alguns meses depois com parte dessa mesma galera e alguns outros corajosos, finalizando com sucesso a Funicular (relato com fotos: clique aqui). 
Mas faltava uma das principais trilhas do vale do Mogi: a descida do rio até Cubatão, seguindo por todo o vale. 

Foto acima, com o Marcelo em primeiro plano, descendo o Rio Mogi


Fotos dessa caminhada: clique aqui



Mirante
Da trupe que fez comigo a Funicular, somente o Marcelo estaria nessa trilha do Rio Mogi, além da Gisely, o Junior (namorado da Gisely) e o Rafael. Uma pena o Rodrigo e a Rosana, que tinham prometido fazer essa trilha comigo não puderam ir. 
Vale do Rio Mogi
Considerada uma trilha histórica, ela era usada desde a época da fundação da cidade de São Paulo, sendo conhecida por vários nomes: Trilha dos Tupiniquins, Trilha dos Goianases, Caminho do Peabiru, Caminho de Piaçaguera, mas os trilheiros a chamam de Trilha do Rio Mogi ou Trilha da Raiz da Serra.
Desde o início dela, próximo ao Cemitério de Paranapiacaba, são 15 km de caminhada com pouco mais de 800 metros de desnível até a rotatória da COSIPA, que podem ser divididos em 3 partes: 4 km de trilha pela mata em um desnível de mais de 500 metros, mais 7 km pulando as pedras pelo leito do Rio Mogi e finalizando com mais 4 km por uma estrada de terra até a rotatória, onde fica um ponto de ônibus. 
São inúmeras pequenas cachoeiras, poços, ilhas no meio do rio e muitos trepa pedras. 
Descendo pela trilha
Essa é um trilha proibida e só pode ser feita com guias credenciados da Vila de Paranapiacaba. Na internet se encontra inúmeros relatos dessa caminhada; alguns com guias e outros não.
Marcamos de todos se encontrarem na Estação de Rio Grande da Serra por volta das 06h30min do Domingo, mas por um problema no Metrô, só fomos reunir toda a galera já por volta das 08:00 hrs.
Com o ônibus lotado de trilheiros, que iam fazer a Cachoeira da Fumaça, saímos de Rio Grande da Serra com o receio de encontrar a viatura do Instituto Florestal bem no início da Trilha do Rio Mogi, mas demos sorte ao chegarmos as 08h30min. Normalmente eles ficam parados próximos ao mirante barrando qualquer pessoa que não esteja com um guia credenciado e naquele Domingo, a Natureza nos brindou com um lindo dia de Sol e depois de algumas fotos básicas de todo o vale, iniciamos a descida pela trilha as 08h40min.
Linha férrea ao fundo
Nesse trecho inicial seguíamos por trilha bem demarcada e sem dificuldades de navegação. De vez em quando surgia alguma nascente cruzando a trilha ou alguma bifurcação à esquerda que leva até algum poção do Rio Mogi.
Alguns mirantes também surgem, onde é possível observar todo o restante do vale e as duas linhas férreas do outro lado do rio: a Cremalheira e a Funicular um pouco mais acima. 
Depois de passar ao lado da segunda torre, a trilha parece retornar para Paranapiacaba, mas é só por alguns metros e logo volta a descer a serra, quase que em linha reta.
Sem perceber passamos pela bifurcação que nos levaria ao leito do Rio Mogi e só quando a trilha começou a se desviar para a direita é que o Marcelo disse que não deveríamos chegar até ali.
Trilha pela mata para chegar no Rio Mogi
Tivemos então que retornar uns 10 minutos até encontrar uma trilha bem íngreme em direção ao rio. É um trecho que se assemelha a uma erosão causada pela enxurrada, mas é ali que devemos descer.
Segurando nas raízes e em alguns galhos, levamos uns 5 minutos até o leito pedregoso do Rio Mogi, onde chegamos às 10h40min.
Junto de uma pequena cachoeira, descemos por uma encosta rochosa do rio até um local sombreado, onde paramos para um merecido descanso e um lanche. Aqui já sentimos que os pernilongos seriam nossos acompanhantes e aproveitamos também para passar repelente e protetor solar, já que o Sol não daria trégua.
Descansando no leito do Rio Mogi
E pouco antes das 11h30min retomamos a caminhada, que na verdade foi uma desescalaminhada - nem sei se no dicionário existe essa palavra – já que de agora em diante era um sucessão de trepa pedras, sempre descendo.
A cada pequena cachoeira que aparecia, o Marcelo se esbaldava e entrava de corpo e alma nelas e sempre com sua GoPro à tiracolo. Eu já evitava a todo custo, por causa da água gelada.
É um trecho muito perigoso, porque qualquer escorregão pode resultar em alguma fratura e adeus caminhada. Seguindo pelas laterais do rio, o caminho é sempre evitar as grandes pedras e saber onde pisa. O lado negativo foi notar restos da linha férrea que possivelmente tenham vindo com a enxurrada dos rios da Funicular.
Banho em um dos tantos poços do Rio
Por volta das 13h30min paramos novamente para um lanche bem ao lado de um lindo poção e dessa vez não resisti e quase todos entraram na água, mas nesse não ficamos muito tempo e logo voltamos a caminhar.
A partir desse trecho, a caminhada é feita já sem as grandes pedras e pequenas cachoeiras e com isso o ritmo era mais rápido. 
Alguns pequenos remansos vão surgindo e de pequenas aberturas na trilha deu para ver o Terceiro Patamar do Sistema Funicular.
E as 15:00 hrs chegamos na Prainha, onde as trilhas se encontram e quem estiver vindo pela mata é obrigado a daqui em diante seguir pelo leito do rio. No local 3 trilheiros estavam acampando em selvagem e tinham deixado para secar as roupas nas pedras, que mais parecia um varal.
Pedra do Pulo
Uns 20 minutos depois chegamos na Pedra do Pulo, ao lado de um enorme poção, que é perfeito para mergulhos - água verdinha e com visual até o fundo. 
Paramos para um pequeno descanso, mas ninguém quis arriscar um mergulho.
Ao lado dele existe um enorme descampado no meio da mata para dezenas de barracas, que provavelmente deve ser usado como bivaques, já que algumas cobertas e panelas velhas estão presas nas árvores dando a impressão de que são usadas regularmente. 
Só ficamos aqui por alguns minutos e voltamos a caminhar pelo leito do rio, cruzando outros poções e algumas nascentes.
Terminal de Conteineres
Pouco depois das 16:00 hrs passamos pela entrada do Vale da Morte à direita, que pode ser uma futura travessia.
Daqui em diante, na minha opinião é um dos piores trechos, já que a caminhada se alterna pelo leito pedregoso do rio, onde não se vê o fundo e pelas suas laterais de pequenas pedras. 
Mais alguns minutos e surge à direita o depósito de contêineres e não sei se era o cansaço ou sensação de que a caminhada estava chegando ao fim, mas era horrível caminhar pelo rio que vai aumentando de volume e não se consegue ver o fundo para saber onde se estava pisando. 
O solado da minha bota Quechua já tinha ido para o saco e eu rezava para que esse trecho terminasse logo.
Antiga estação Raiz da Serra
E poucos minutos antes das 17:00 hrs, assim que o rio surgiu com uma curva para a direita, encontramos um pequeno riacho que desagua no Rio Mogi à esquerda. Do lado dele nota-se um vestígio de trilha que subia a encosta, nos levando até a antiga Estação Raiz da Serra. 
O prédio da Estação é de 1891, estando totalmente abandonado e devido a um trem de carga que estava chegando na Estação, descendo a serra, passamos correndo por ali para contornar a subestação de energia e acessar a estrada de terra, junto ao pátio de manobra dos trens para que nenhum funcionário da MRS viesse nos proibir de passar por ali. Na verdade eles poderiam até falar, mas não ia adiantar muito, porque já estávamos de saída do lugar.
Trecho final pela estrada de terra
Depois de algumas fotos com toda a galera, paramos para comer o último lanche e pela estrada de terra, seguíamos já no final de tarde. 
Só tivemos um pequeno probleminha para cruzar a linha férrea, já que inúmeros vagões de carga estavam estacionados junto ao viaduto da Rodovia Piaçaguera-Guarujá, mas assim que contornamos para a encosta à esquerda, junto ao final da Funicular, conseguimos chegar sem maiores problemas na rotatória da COSIPA, onde encontramos outros trilheiros que tinham terminado a Funicular quase no mesmo horário que a gente. 
Dali só foi pegar um ônibus circular até próximo a Rodoviária de Cubatão, embarcando por volta das 19:00 hrs em um ônibus em direção a SP.


Algumas dicas e informações úteis (Atualizado Julho/2020)


# Essa é uma caminhada que só pode ser feito com acompanhamento de guias credenciados. Se quiser contratar um, segue contato. 
AMA Paranapiacaba: R. Direita, 344 - Paranapiacaba 
Tel: (11) 4439-0155 / (11) 99532-9721 e (11) 97065-9540 
E-mail: ama.paranapiacaba@hotmail.com
Página no Face: Clique aqui

# Dessa trilha eu tenho uma recordação triste. Em Novembro de 2011 o Eduardo Minduim (colega de trilha que já tinha feito comigo a Cachoeira do Elefante, em Bertioga) foi fazê-la sozinho e provavelmente teve algum problema, vindo a falecer e seu corpo só foi encontrado alguns dias depois em uma pequena praia dessa trilha.
No relato da Cachoeira do Elefante - clique aqui - eu conto a estória do que pode ter acontecido. 

Essa é uma trilha para ser feita em grupo, nunca sozinho, já que os riscos de acidentes são muito grandes.


# Obrigatório o uso de uma bota, já que a maior parte da caminhada pelo leito do rio é sempre por cima das pedras.


# Os melhores locais de camping selvagem que encontramos nessa trilha são:

- Junto das torres, antes de iniciar a trilha pelo rio.
- No final da trilha pela mata, em um local chamado de Prainha.
- Ao lado da Pedra do Pulo existe um grande descampado para inúmeras barracas.

# Procure evitar o trecho final pelo rio, pouco depois da entrada do Vale da Morte. O rio é muito pedregoso e não é possível ver o fundo dele. Fique atento a uma saída por uma encosta à esquerda que leva até a antiga Estação Raiz da Serra, por onde saímos.


# De maneira nenhuma faça essa trilha com chuvas ou mesmo com uma pequena garoa. Nos trechos onde a caminhada é pelas pedras, elas estão muito escorregadias e acidentes são comuns. Além do fato de que nas chuvas o Rio Mogi aumenta muito de volume e cruzá-lo pode ser um problema.


# O ideal é trazer água ou pegar nas nascentes pouco depois do início da trilha. Eu não recomendaria tomar a água do Rio Mogi.


# Devido a algumas bifurcações na trilha e a dificuldade de caminhar pelo leito do rio, só recomendo que se faça essa caminhada com pessoas experientes em trilhas.


21 comentários:

  1. Olá Augusto.

    Muito bom o seu Blog! Impressionante as dicas e detalhes das caminhadas.
    Uma vez eu ouvi falar sobre uma trilha que saía de Marsilac e chegava a Itanhaém. Não acreditei muito na possibilidade, mas aquilo me deixou meio intrigado e curioso: como pode alguém sair de Marsilac e ir até Itanhaém pelo meio do mato? Pouco tempo depois, li uma reportagem no estado de SP sobre umas pessoas que haviam se perdido em uma travessia proibida na serra do mar e precisaram ser resgatadas. O trajeto colocado na reportagem era Parelheiros – Itanhaém. A partir deste dia, acho que foi em 2008, passei a ter certeza que a tal “trilha proibida” existia.
    Recentemente de novo ouvi falar sobre esta trilha. Pesquisei na internet, achei alguns relatos, mas nada tão detalhado quanto ao seu relato. Depois de ler, a curiosidade sobre a “trilha proibida” se transformou em vontade de realizá-la.
    Augusto, poderia acompanhá-lo em alguma trilha que pretende fazer? Quem sabe mais para frente eu esteja “apto” a realizar o desafio de Marsilac até Itanhaém....

    Abraços

    Felipe

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    1. Oi Felipe.
      Essa Trilha do Rio Mogi, apesar de ser proibida, é possível fazê-la com guias credenciados e com valores que nao sao tão altos.
      No link que eu coloquei acima, é ligar naquele telefone e marcar um dia.
      Mas não recomendaria p/ vc.
      Se vc for pela trilha na mata aí é mais tranquilo e dá p/ fazer em apenas 1 dia.
      Já a Trilha do Rio Branquinho é coisa p/ 3 dias e bem mais puxado.
      Não sei se vc já fez alguma trilha, mas recomendo iniciar pelas caminhadas mais tranquilas.
      Aí com o tempo vc vai aumentando de dificuldade.
      Tente se inscrever em alguma lista de trekking ou algum fórum de caminhadas.
      É a melhor maneira de vc conseguir amizade e se encaixar em algum grupo que sempre tá fazendo caminhadas.

      Abcs

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  2. Como sempre seus relatos arrasam ,Show!!!

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    1. Oi Gisely.
      Esse é o espírito.
      Sempre coloca o maior numero de informações possíveis.

      Mas seus relatos são muito bons também.
      E parabéns em dobro porque os blogs de trekking onde as autoras são mulheres conheço poucos.
      Fica parecendo que o trekking é só para os homens.
      E que não é nada disso.


      Gde abc

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  3. Olá Augusto.

    Conhece algum link onde posso me inscrever em alguma lista de trekking ou algum fórum de caminhadas.
    Obrigado pelas dicas.
    Felipe

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    1. Blz Felipe.

      Eu recomendo 2 listas de trekking:
      https://pt-br.facebook.com/exploradoressp
      https://groups.google.com/forum/#!forum/trekking_e_travessias

      E um fórum muito bom é Mochileiros.
      http://www.mochileiros.com/

      Com certeza em alguma dessas listas ou do Fórum vc consegue se encaixar em alguma trip.
      É só ir se enturmando.

      Abcs

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  4. Este comentário foi removido pelo autor.

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  5. Parabéns Augusto o relato ficou show, e as fotos também!
    Abraço e até a próxima!

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  6. Valeu Junior.
    A cia de vcs é que fez essa caminhada ter dado tudo certo.

    Abcs

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  7. Muito bom o relato. Estava pesquisando na net porque vou lá em breve com uns amigos e estava curioso. Gostei bastante do seu post. Abraço.

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    1. Mas lembre-se de uma coisa. É uma trilha que só pode ser feita com acompanhamento de guias de Paranapiacaba.
      Boa sorte.

      Valeu

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  8. Boa noite Augusto,
    Parabéns pelo site, sem duvida a melhor compilação do gênero na internet.
    Estou programando com mais três amigos de realizar a descida entre Paranapiacaba e Cubatão. Como não temos experiências em trilhas da Serra do Mar gostaria de sua opinião quanto a melhor opção: Funicular ou Rio Mogi ?
    Nossa idéia é realizar em abril 2016. Por acaso você estará por aqueles lados ? Seria um grande aprendizado ter sua companhia conosco nesta empreitada...rsrrsr
    Além do link com a relação de guias da AMA, você conhece mais alguém para indicar ?
    Att,


    Carlos





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    1. Blz Carlos.
      Valeu pelos parabéns, mas o blog é só uma forma de relatar as minhas trips.
      Não tenho a intenção de ganhar dinheiro com isso.

      Sem experiencia em trilhas, não recomendo de jeito nenhum a Funicular.
      O risco de queda nas pontes é muito grande e vc pode morrer, além do fato que a trilha em vários trechos está muito fechada.
      Seguir pelo leito do Rio Mogi é um pouco mais tranquilo, mas é perigoso também.
      Muito trepa pedra e se chover, o risco de ficar isolado é grande.
      A não ser que vc siga pela trilha até a Prainha e de lá continue pelo leito do rio até o final.
      Mas quando chove o Rio sobe de volume muito rápido. Atente a isso.
      Não gosto muito de repetir caminhadas, por isso contrate um guia na Vila de Paranapiacaba.
      É a melhor opção para quem nunca fez trilhas na região.
      Pessoas já se perderam por lá e os acessos são complicados.
      Abcs

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  9. ola Augusto...parabens pelo seu blog...vc conhece a trilha do rio mogi a partir da Solvay entre rio grande e paranapiacaba? Fiz essa trilha varias vezes...atualmente estou no rio de janeiro. pretendo ir a sp em dezembro e quero voltar la...vc pode me dar informações se ainda é possivel fazer essa trilha? agradecido...

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    1. E aí blz?
      Agradeço o elogio cara.
      Essa trilha que vc se refere é a da Cachoeira do Fumaça ou se quiser caminhar um pouco mais se torna a da Ferradura.
      Pelo que eu sei todas as trilhas na região de Paranapiacaba e ali em Rio Grande da Serra são proibidas.
      Na do Rio Mogi é facil encontrar os fiscais do IF ou da Guarda Civil de Sto André na entrada da trilha.
      E lá também no acesso a Cachoeira da Fumaça.
      Mas é contar com a sorte deles não estarem na região fiscalizando.
      Eu não arriscaria.
      Isso sem contar os assaltos.

      Eu praticamente iniciei no trekking ali em Paranapiacaba. Era maravilhosa aquela época.
      Mas nos últimos anos estão proibindo tudo por lá.
      Uma pena.

      Abcs

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    2. obrigado pelo retorno...Cara, estou com a nitida sensação de que te conheço...por acaso numa ocasião que não me lembro o ano, voce foi na cachoeira do Itapanhau com uma moça, 4 crianças e outras pessoas...não lembro quantos eram...mas lembro das crinças...

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    3. Acho que fui umas 3 ou 4x na Cachoeira do Itapanhaú, mas não era um passeio com crianças.
      Em 2x o grupo era grande e tinha umas 5 a 10 pessoas - não lembro muito bem.

      Abcs

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  10. Este comentário foi removido pelo autor.

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  11. Augusto, tenho 27 anos e três anos atrás quando nasceu meu interesse por acampar acabei chegando no seu blog e descobrindo minha paixão por trilhas e, principalmente, travessias.

    Minha primeira foi o 4º patamar da Funicular sozinho. Depois uma Lapinha-Tabuleiro (pelo Breu) sozinho e despreparado, uma aventura maluca, teve até noite perdido, de lá pra cá não parei mais. Já foi Marins-Itaguaré, Serra Fina, Serra dos Orgãos, Papagaio, Lopo, Macela, outras duas Lapiha-Tabuleiro...

    Já usei muito seus relatos pra me informar, mas uso mais ainda pra me inspirar.

    Obrigado por manter o blog e compartilhar seus relatos, nem sempre percebemos a influência que podemos ter na vida de outros.

    Desci o Rio Mogi ontem até Cubatão, com pernoite na prainha ainda, que paraíso.

    Nos encontramos por aí, de preferência no alto da Mantiqueira, um abraço!

    Victor Curzio
    @coturzio

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    1. E aí Victor, blz.
      Agradeço muito pelas palavras.
      Valeu mesmo.

      Nunca pensei em servir de inspiração para outras pessoas. Meu intuito é o de apenas ajudar com informações para que outras pessoas possam ter a oportunidade de conhecer esses lugares por onde passei.

      Nunca percebi essa influencia e fico muito lisonjeado.
      Eu sou apenas um reles trilheiro que gosta de escrever e compartilhar essas informações.
      Não sou adepto de que certas trilhas só podem ser conhecidas por esse ou aquele fulano.
      Mas infelizmente vivemos em um mundo egoísta, onde alguns se acham dono de certas trilhas.
      Presenciei inúmeras situações assim.

      Eu cresci nas trilhas de Paranapiacaba e a um bom tempo já não retorno lá. Ainda está na minha lista pelo menos mais umas 2 ou 3 descidas da Serra.
      Funicular e Rio Mogi são obrigatórios mesmo. Se puder retorne lá para fazer todo o trecho da Funicular.
      É muito perigoso e para quem tem coragem, mas vai ficar na memoria.

      E por falar em Mantiqueira, acho que não volto lá tão logo. Creio que fiz todas as caminhadas possíveis e permitidas.
      Sei que existem algumas inéditas para mim, mas não quero ficar correndo de fiscais ou proprietários de fazendas da região.
      Só lamento quando fico sabendo que alguns trilheiros tentaram refazer trilhas que já fiz e encontram o lugar tomado pelo mato. É uma pena mesmo.
      A Mantiqueira é um lugar lindo. E o visual nem se fala.

      Atualmente e sempre que posso estou caminhando na região da Serra do Mar de Biritiba Mirim, até pelo acesso fácil e nenhuma proibição ou normas.

      E novamente agradeço pelo texto que escreveu.
      E boas caminhadas.


      Gde abc

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  12. Galera, como vai?
    Por acaso teria alguém ai interessado em fazer essa trilha? eu já fiz a do Funicular e agora fiquei com muita vontade de fazer essa. Segue o meu whats 11 94809-0164 - caso tenha alguém interessado é só me chamar.

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