1 de fevereiro de 2021

Dicas: Praias desertas na Trilha da Ponta da Espia - Praias de Fora, Tapiá, Itapecerica e Godói - Ubatuba/SP

Aqui é a segunda parte da trip por algumas praias desertas de Ubatuba. 
Mesmo Cedrinho ser de fácil acesso pela trilha ou barco, não dá para dizer que é uma praia totalmente deserta. Baguari de Fora se incluiria, já que a trilha de acesso não é tão demarcada.
Mas as praias ao longo da Trilha da Ponta da Espia são todas literalmente desertas e até complicado de acessar algumas. 
Praias de Fora, Amor, Tapiá (ou Xandra), Itapecerica e Godói não é para qualquer um e exige um certo esforço, além do perigo de encontrar com algumas Jararacas, que foi o nosso caso.
Para quem conhece a Trilha das 7 Praias desertas (nesse link), talvez veja alguma semelhança.


Foto acima, na Praia do Godói


Fotos dessas praias: clique aqui
Vídeo: clique aqui
Tracklog de acesso a essas praias: clique aqui



Logística

# O acesso às praias da trilha da Ponta da Espia só pode ser feito no canto esquerdo da Praia da Enseada, nesse ponto.

Estacionamento próximo da Praia da Enseada
#
Para quem vem de carro, é possível deixá-lo em algumas das ruas, próximo da praia e foi o que fizemos. É bem seguro.

# A trilha que passa por essas praias também é conhecida por outros 2 nomes: 
- Trilha da Praia da Enseada.
- Trilha da Praia de Fora.

26 de janeiro de 2021

Dicas: Praias desertas de Ubatuba/SP: Cedrinho e Baguari de Fora

Com essa pandemia não dá para aproveitar muita coisa nesse verão, mas uma praia deserta acaba se tornando uma boa opção e sem pensar 2x, o que me veio na cabeça foram algumas de Ubatuba, já que a cidade possui inúmeras que só podem ser acessadas por trilhas. 
Ainda tenho algumas inéditas na minha lista para conhecer nessa cidade e uma trip por essas praias era perfeito, pois dava para se livrar das típicas aglomerações e emendar com uma caminhada.
O problema é que Ubatuba não tem o apelido de Ubachuva à toa. No verão o tempo nublado e a chuva são uma rotina. Paciência. 
Em cada dia fizemos um circuito de praias diferentes: Praias do Cedrinho e Baguari de Fora em um dia e no outro as praias ao longo da Trilha da Ponta da Espia: Praia de Fora, Amor, Tapiá (ou Xandra), Itapecerica e Godói. 
Com exceção do Cedrinho, cujo acesso é relativamente fácil, as outras praias já possuem certa dificuldade para chegar nelas. E não recomendo para famílias com crianças, já que encontramos uma cobra Jararaca no meio da trilha da Ponta da Espia.
Para não ficar grande demais, nesse post só vou relacionar informações de acesso à Praia do Cedrinho e a Baguari de Fora.


Foto acima, Praia do Cedro e abaixo a do Baguari de Fora

Fotos dessas praias: clique aqui
Vídeo: clique aqui
Tracklog de acesso as essas 2 praias: clique aqui



# Em Ubatuba existem 2 praias com o mesmo nome de Cedro. Uma que se localiza já quase na divisa com Caraguatatuba, ao longo da Trilha das 7 Praias desertas e é conhecida como Cedro do Sul.

# Já a outra Praia fica próxima ao centro, sendo conhecida como Cedrinho e é nessa que a gente foi. Se quiser saber mais sobre a Cedro do Sul, veja nesse link, pois já fiz caminhada por lá: clique aqui

24 de setembro de 2020

Relato: Trilha da Praia das 7 Fontes + Gruta do Pirata - Ubatuba/SP

2020 está sendo marcado por uma pandemia nunca vista no planeta. Se chama 
Covid-19 e colocou o mundo de ponta cabeça fazendo um estrago muito grande e as viagens foram uma das mais afetadas.
Das várias trips que planejei nesse ano fui obrigado a cancelar todas. 
Riscos de contaminação, bloqueios em cidades, logística alterada, proibição do funcionamento de pousadas e campings, parques fechados, etc. Foram inúmeros problemas causados. Minha última caminhada foi em Novembro de 2019 e lá se foi quase 1 ano sem fazer alguma outra. Por isso, quando minha namorada chamou para irmos viajar no feriado de Setembro, não pensei 2x. 
Teoricamente estávamos no inverno, mas tinha que ser no litoral e a escolha foi Ubatuba. Desde a metade da década de 90 essa é a cidade que eu mais curto para fazer caminhadas. E lá tem para todos os gostos e bolsos: praias desertas e selvagens, trilhas históricas, cachoeiras de difícil acesso, poções escondidos e muito verde. São tantas opções disponíveis que, mesmo conhecendo muitas trilhas por lá, ainda tenho algumas inéditas para fazer. 
E a trilha da Praia das 7 Fontes é uma que sempre faltou completar na minha lista. Ela se inicia no Saco da Ribeira, onde está localizada a maior e mais movimentada marina da cidade e segue por trilha até 7 Fontes, passando pelas Praias do Ribeira e do Flamengo, cujos acessos são apenas por barcos ou à pé. 
E próximo da 7 Fontes tem uma atração curiosa: a Gruta do Pirata, que na verdade é uma fenda escondida pela mata, que se localiza junto do costão, sendo dividida em 3 pequenos salões, onde é necessário o uso de lanternas. O percurso é de pouco mais de 12 Km entre ida e volta e perfeito para um feriado de Sol. 


Nas fotos acima, cena do filme Titanic junto do costão da Gruta do Pirata e a Praia do Flamengo

Fotos dessa caminhada: clique aqui
Vídeo com depoimentos: clique aqui
Tracklog para GPS de todo o percurso: clique aqui


Como nosso planejamento era para ficar somente 2 dias na cidade, fui atrás de opções de campings próximos do Saco da Ribeira, já que pousada estava fora de cogitação, mesmo tendo sido liberada pela prefeitura da cidade.
Dos vários campings que entrei em contato, alguns estavam fechados ou com capacidade reduzida e o que consegui vaga foi no Camping Guarani, que não fica muito longe do Saco da Ribeira.
Até tive retorno do proprietário de um camping de frente para a Praia da Sununga que me conhecia e que, mesmo fechado, aceitava eu ficar no local.  Porém, por obra do destino não deu certo de acampar lá. E só tenho a agradecer ao Daniel, que fiz questão de conhecê-lo quando fui na praia.
Já em relação à trilha, eu já sabia que era tranquila, mas nunca é demais ir prevenido e levei um tracklog do trecho até a Gruta do Pirata.

12 de dezembro de 2019

Relato: Perrengue na Trilha do Telégrafo – Paraty x Ubatuba pela Serra do Mar


Era a 5ª vez que caminhava nessa região e alguns trechos dessa trilha já eram bem familiares. Nas outras 4x eu estava em busca da Trilha do Corisco (trilha histórica que liga Paraty até Picinguaba, em Ubatuba) e numa dessas incursões encontrei trechos da Trilha do Telégrafo, que liga Paraty até o Bairro de Ubatumirim. E isso ficou na minha cabeça como uma trilha a ser finalizada, mas o tempo foi passando e deixei de lado. Até que pouco mais de 1 ano atrás, troquei várias mensagens com a Emanuele (montanhista do RJ), dizendo que pretendia fazer essa trilha e só não a acompanhei devido ao meu trabalho. Com a ajuda de um morador local, o grupo teve sucesso na empreitada e com isso ela disponibilizou o arquivo GPS dessa trilha no site wikiloc. Agora estava fácil e só me faltava encontrar alguma data com clima favorável e alguns dias de folga no trabalho para fazer essa trilha, mas na Natureza as coisas não são tão fáceis assim. Não é à toa que a última cidade do litoral norte de SP recebe o apelido de Ubachuva. 
O relato abaixo é sobre os problemas que tive nessa trilha e as consequências da minha teimosia que quase me levou para um hospital.


Foto acima, no marco de concreto da divisa RJ/SP

Fotos dessa caminhada: clique aqui
Vídeo gravado ao longo dessa caminhada: clique aqui

Naquele mês de Novembro de 2019 peguei 15 dias de férias e fiquei com minha namorada por quase 1 semana curtindo algumas praias no sul da Bahia e quando retornei, ainda restavam 5 dias. Tinha que fazer alguma coisa. O problema de planejar uma caminhada é sempre o clima, já que fazer trilha com chuvas pode se tornar um perrengue daqueles e uma perda de tempo. Na minha lista tinham várias opções para os últimos dias das férias e todas relativamente próximas de São Paulo, mas a previsão de chuvas me fez desistir de algumas delas. E depois de consultar vários sites de previsão do tempo, escolhi a Trilha do Telégrafo, ligando Paraty até Ubatuba pela Serra do Mar. A logística é tranquila e achei melhor ir de ônibus.
No meio da semana, embarquei durante à noite no Terminal Tietê em direção à Paraty, chegando ainda de madrugada na cidade e na mesma Rodoviária peguei o primeiro circular para o Bairro do Coriscão, por volta das 05h30min da manhã.

Ponto final da linha Coriscão
O trajeto foi rápido e pouco depois das 06:00hrs já desembarcava no ponto final da linha. 
Nos dias anteriores estava chovendo naquela região e nos sites de clima que eu tinha pesquisado, diziam que exatamente naquele dia a chuva iria cessar. Eu confiei, mas quando desci do ônibus caia uma leve garoa e uma neblina cobria a região, o que não era um bom sinal. 
Mesmo assim segui conforme o planejado, colocando a capa de chuva e iniciei a caminhada em direção ao alto da serra seguindo pela estrada, que de agora em diante era de terra.

3 de setembro de 2019

Relato: Travessia da Serra de São José/MG – Prados x Tiradentes até a Cachoeira Bom Despacho

Todo ano a dúvida sobre que lugar escolher para uma caminhada nas minhas férias do meio do ano.
Há vários anos que venho tentando fazer algumas no sul do país, mas não dou muita sorte. De vez em quando o clima ajuda, como na Travessia da Serra do Quiriri (divisa de PR/SC) que completei anos atrás.
E para esse ano coloquei novamente como plano "A" outra travessia nessa região, mas como não dá para confiar 100% no clima, deixei como plano "B" uma travessia em MG e a Serra de São José, localizada próxima de Tiradentes/MG, era perfeita.
E para essas 2 opções fui atrás de relatos, dicas, tracklogs e troquei várias mensagens com o Otávio Luiz (montanhista paranaense da AMC – Associação Montanhistas de Cristo), Francisco (blog Chico Trekking) e o Rodrigo (blog Exploradores).
Escolhi como plano "B" a Serra de São José por ter vegetação de cerrado e campos rupestres semelhante a de outras que já fiz: Lapinha-Tabuleiro e Itumirim-Carrancas que permitem caminhar com visual panorâmico pela crista. E claro que ajudou também a logística fácil para chegar ou sair de lá. 
Para quem está em Tiradentes, a Serra de São José se assemelha a uma muralha, próxima da cidade que segue na direção sudoeste-nordeste por cerca de 12 Km. 
Organizei a mochila e deixei para os últimos 2 dias a decisão de seguir o plano "A" ou o "B", mas a previsão não mudou para o sul do país, prometendo chuvas no dia que eu iria viajar. Agora era partir para o plano "B" e lá o clima estava ajudando com previsão de tempo bom que já perdurava há vários meses.
Serra de São José lá vamos nós e dessa vez estava indo com a Vera, parceira de outras caminhadas pela Serra do Mar.

Fotos acima: crista da Serra de São José, com São João del-Rei ao fundo e as ruas de Tiradentes, com a muralha da serra


Fotos dessa travessia: clique aqui

Tracklog para GPS dessa caminhada: clique aqui
Vídeo completo da travessia: clique aqui


A logística era chegar pela manhã na Rodoviária de São João del-Rei (SJDR) e de lá embarcar no ônibus circular para Prados, onde iniciaria a caminhada próximo da entrada da cidade até chegar no topo da serra, seguindo pela crista na direção sudoeste até o outro extremo, onde está localizada a Cachoeira Bom Despacho, já próximo da divisa com São João del-Rei para finalizar em 2 ou 3 dias.

Na data marcada fiz uma última revisão nas coisas da mochila, coloquei alguns tracklogs do wikiloc na memoria do celular e fui para o Terminal Tietê, onde encontrei a Vera e embarcamos por volta das 22:00hr com previsão de chegada em SJDR por volta das 06:00hr.
A viagem foi tranquila com algumas poltronas vazias e fizemos uma parada no Graal Bela Vista e outra na Rodoviária de Lavras chegando a SJDR pouco depois das 05:00hr, ainda na completa escuridão. Foi uma viagem rápida e até deu para dormir em alguns momentos, mas tivemos que aguardar até as 07h30min quando o ônibus saiu da Rodoviária em direção à Prados.
Serra de São José
O percurso seguiu por Rodovia que beirava o lado norte da Serra de São José e da janela do ônibus já presenciava um céu totalmente azul, perfeito para caminhadas.
Quando o ônibus entrou na área urbana de Prados, fui checando o GPS do celular o ponto exato onde desembarcaríamos e em frente ao Lar dos Idosos Monsenhor Assis, descemos do ônibus.