20 de abril de 2001

Relato: Travessia Itaguaré x Marins que terminou durante a noite, sem lanternas e sem água

Era a minha primeira incursão pela região do Marins e logo de cara resolvi fazer a travessia Marins-Itaguaré, mas no sentido inverso, entrando pelo Pico do Itaguaré.
Como era uma semana de recesso na faculdade por causa da Semana Santa, consegui também algumas folgas no meu trabalho e com isso tinha uma disponibilidade de alguns dias para fazer essa travessia. Estava indo para lá com a pretensão de fazer essa travessia em no mínimo 3 dias, sem correria. Quem também resolveu embarcar nessa comigo foi o Sérgio (amigo de faculdade e de trilhas).

Na foto acima, o Pico do Itaguaré visto da travessia.

Fotos, croquis e coordenadas geográficas: clique aqui
Tracklog para GPS da trilha do Pico do Marins: clique aqui

Para essa trilha só estava levando o relato do Sérgio Beck (famoso montanhista) publicado no livro Caminhos da Aventura que iria ser nossa referência, mas na dúvida resolvi ligar para o Maeda do CEC (Centro Excursionista de Campinas). Foi ele, junto com o pessoal do CEC que abriu essa travessia no início da década de 90 e fuçando na Internet achei o telefone dele - atualmente ele possui uma pousada/camping na região, no lado norte do Pico do Marinzinho.
Conversando com ele por telefone, perguntei sobre como estava a trilha e a minha intenção de fazer a travessia e o que ele me disse já me deixou mais tranqüilo. Mesmo dizendo que ia ser minha primeira lá, o Maeda falou para eu ficar sossegado. 
A trilha estava bem demarcada. O problema era só a distância entre os picos para ser feito em apenas 1 dia. Talvez esse tenha sido nosso erro.
Início da caminhada próximo da Rodovia
Nosso objetivo era chegar no topo do Pico do Itaguaré no primeiro dia e no dia seguinte realizar a travessia.
No dia combinado, encontrei o Sérgio na Rodoviária do Tietê por volta das 07h30min e embarcamos em direção a Passo Quatro/MG no ônibus das 08:00 hrs (um pouco tarde, mas era a única opção).
Depois que terminamos a subida da Serra da Mantiqueira, passamos ao lado de um Monumento que fica bem na divisa SP/MG e daqui para frente a estrada ainda passa ao lado de um posto de gasolina e depois de seguir no plano por uns 5 Km, pedimos para descer (esse acesso fica pouco mais de 1 Km antes de chegar no Bairro do Pinheirinho - o primeiro de Passa Quatro).
Serra Fina ao fundo
Aqui existe uma estradinha que desce à esquerda em direção ao Bairro de Caxambú (pertencente a Passa Quatro). 
Saltamos aqui por volta das 12:00 hrs e ainda tínhamos uma pequena descida até um pequeno vale e lá embaixo depois de cruzar uma linha férrea iniciamos uma caminhada pelo plano até passar ao lado de uma pequena igrejinha.
Passado esse trecho do Bairro, acaba a alegria e iniciamos a longa subida íngreme que vai nos levando serra acima. 
A todo momento olhava para trás para ver como o Sérgio estava aguentando a subida e sempre ouvia dele as mesma palavras: “tô animado.....tô animado.....” . 
Depois de uns 40 minutos de subida fiz uma burrada, que depois iria nos custar muito caro: recusei uma carona em uma picape. Disse para o motorista que a gente queria caminhar, já que era a primeira vez naquela região, imaginando que a subida não fosse tão forte assim (não deveria ter feito isso, mas já era tarde). 
Expliquei ao Sérgio o que tinha feito e ele entendeu (naquele momento tudo bem, mas creio que até hoje ele se arrepende, como eu também).
Parece ser o Pico do Capim Amarelo bem ao fundo
A caminhada vai seguindo rumo acima tendo um rio à direita, no fundo do vale e com belas vistas da Serra Fina atrás da gente. Ao longo da subida, o Sol vai castigando porque são pastos à esquerda e à direita. A água que tínhamos trazido era de são Paulo e estava acabando e segundo o relato do Beck, logo encontraríamos o precioso líquido quase no final da subida. Conforme avançávamos, a estrada seguia para a esquerda, mas sempre rumo ascendente.
Pouco depois das 14h30min chegamos a uma pequena bica de água do lado direito da estrada e aqui já seguíamos por mata fechada, com o Sol dando uma aliviada.
Mais uns 10 minutos e terminamos a subida, marcada por um mata-burros e logo a frente chegamos na primeira bifurcação e aqui existe uma placa apontando uma Fazenda que produz mel para a direita, mas nossa direção é seguir em frente.  Mais alguns minutos e já quase se avista um grande lago à direita e a estrada vai seguindo próximo a ele.
Mais duas bifurcações aparecem a esquerda, mas nosso caminho é seguir acompanhado o lago à direita. A estrada segue agora por plantações de eucaliptos à direita e à esquerda e cerca de 1 hora depois do final da subida chegamos em uma outra bifurcação para a direita que leva a algumas casas, que ignoramos e continuamos seguindo em frente. Alguns pequenos riachos cruzam com a estrada e logo chegamos em uma porteira que estava fechada a cadeado, mas um pequeno portão ao lado permite o acesso e junto dele existem outras casas do lado direito e o trecho é todo no plano e com isso resolvemos apertar o passo.
Pico do Marinzinho já surgindo
O relógio marcava 16:00 hrs e ainda tínhamos uma boa caminhada pela frente.
Mais uns 30 minutos e chegamos a outras casas e a uma outra porteira fechada a cadeado. 
Daqui já é possível avistar o Pico do Itaguaré bem a esquerda e ao fundo o Pico do Marinzinho. A estrada termina nessa porteira e cruzando ela, se chega a uma outra que vem da direita e segue para esquerda e foi por onde seguimos, ainda sempre no plano (aqui não tem erro, é sempre seguir na direção leste).
Logo cruzamos uma ponte sobre um rio e bem mais a frente aparece uma bifurcação à direita que nos confundiu e por isso paramos por um certo tempo para estudar a carta topográfica e o relato do Beck. 
Retomamos a caminhada pela estrada principal até chegarmos ao descampado à esquerda que marca o início da trilha de subida até o topo do Pico do Itaguaré. O problema era o horário: 17h15min e com isso talvez não conseguiríamos chegar no topo antes do anoitecer.
O descampado é um gramado perfeito para um acampamento, já que ele é todo plano e com um pequeno riacho bem ao lado.
Depois de um pequeno descanso e com cantis reabastecidos, iniciamos a caminhada pela mata fechada.
A trilha segue à esquerda do riacho, passando por uma canaleta e uns 5 minutos de trilha já temos de cruzar o riacho para a direita.
Seguindo por trilha demarcada e mais uns 40 minutos depois, passamos ao lado de uma enorme pedra do lado direito e a partir daqui a subida íngreme se inicia.
A trilha é bem fácil de visualizar já que ela está quase que totalmente erodida e só tínhamos um pequeno problema: o Sol já estava se pondo e logo chegaria a noite.
Talvez não conseguiríamos chegar no topo antes do anoitecer, por isso mesmo que cansados começamos a subir mais rápido, passando ao lado de algumas pedras a direita que podem servir de bivaque ou até acampar, mas resolvemos continuar a caminhada.
Pouco depois das 18:00 hrs começou a escurecer e resolvi ligar a lanterna, torcendo para que chegássemos logo e pouco antes das 19:00 hrs chegamos na base das primeiras lajes de pedras que é a base de um pico menor que o do Itaguaré. Aqui era até perigoso subir pelas pedras porque só tínhamos 1 lanterna (outra cagada minha).
Conversei com o Sérgio e pedi para ele ficar aqui na base das lajes com as mochilas, enquanto eu ia subindo até procurar um local plano para montarmos a barraca e passarmos a noite.
Acampando no Pico do Itaguaré
Depois de uns 20 minutos voltei com a notícia de que havia um local por entre a vegetação, onde poderíamos acampar.
Não era um local perfeito, por não ser a base do Itaguaré (lá sim, existiam bons lugares para acampar), mas que serviria para dormirmos aquela noite.
Depois de montada a barraca e um jantar merecido, a temperatura diminui bastante e nem saímos para apreciar a noite.
Por volta das 08:00 hrs do dia seguinte acordamos e pudemos presenciar ótimos visuais, já que ao redor do pico estava tudo encoberto pela neblina (na verdade estávamos acima dela) e olhando para sul e sudeste, só víamos um colchão de nuvens por sobre o Vale do Paraíba.
Amanhecendo no Pico do Itaguaré
Para o norte só víamos algumas nuvens que iam se dispersando.
Depois do café da manhã e desmontada a barraca, fomos seguir para a travessia até o Pico do Marins e conforme íamos subindo, alguns totens orientavam a trilha e depois de uns 10 minutos (por volta das 09h30min) chegamos na base do Pico do Itaguaré.
Aqui existem 3 topos (um ao sul, mas um pouco mais abaixo do Itaguaré, outro mais baixo ainda, pelo lado norte, próximo de onde tínhamos acampado e outro o próprio cume do Itaguaré à oeste) e com um pequeno riacho em um vale entre eles. A água é de pouca quantidade e no inverno não é bom confiar, pois a nascente pode secar.
Pico do Itaguaré encoberto
O Itaguaré é bem fácil de identificar, pois está bem a oeste, mas ainda existe uma longa subida e resolvemos seguir para o topo e procurar a continuação da trilha (se tivéssemos olhado o croqui e as anotações do Beck não teríamos cometido essa burrada).
Na subida existem alguns trechos perigosos, sendo que em um deles tivemos de pular de uma pedra para outra por um precipício, que só de olhar já dava medo.
Paredão do Pico do Itaguaré
Próximo ao topo, tínhamos uma linda vista para o sul, oeste e ao leste, mas nada de trilha, então chegamos a conclusão que trilha aqui não existe.
Depois de checar as anotações do Beck vimos a cagada que tínhamos feito e descemos até a base, mas perdemos tempo precioso que nos atrasaria na travessia (já eram quase 10h30min).
Na descida do Itaguaré encontramos um grupo que tinha vindo pela mesma trilha que a gente e disseram que tinham deixado o carro lá no descampado, junto da estrada. 
Nos despedimos de todos e enquanto eles subiam, agora era procurar a trilha em direção ao Marins e foi bem fácil, já que existem inúmeros totens.
A trilha se inicia bem a direita da base do Itaguaré e os totens existentes podem orientar melhor por qual caminho seguir e foi o que fizemos (isso pouco depois das 11:00 hrs).
Sérgio com Pico do Marins e Marinzinho ao fundo
Nossa direção agora era descer por uns 15 minutos até chegarmos em um trecho onde as pedras dificultam muito a passagem e aqui foi preciso tirar as mochilas e içá-las para transpor as pedras e já na saída desse trecho os totens ajudam a se orientar. 
Continuamos descendo ainda mais até atravessarmos um trecho de bambuzal.
Até aqui foi só descida e daqui para frente seguimos subindo se orientando por algumas fitas presas nos galhos até emergirmos por entre as lajes de pedras, onde pode-se apreciar a vista do Itaguaré.
Crista da serra com Marinzinho ao fundo
Nesse trecho ele aparece em todo o seu esplendor atrás e vale alguns minutos para contemplá-lo. 
Nesse ponto o pessoal que encontramos na descida do Itaguaré já estava no topo e que mereceu uma bela foto.
A trilha aqui é por entre a vegetação baixa de arbustos e não mais que 20 minutos começamos a descer de novo e por volta das 12h30min chegamos numa área com lugares planos (alguns acampam aqui, porque encontramos vestígios de camping).
Outra pequena subidinha básica e mais um trecho de bambuzal, mas esses de troncos bem finos e se orientando por alguns totens que são vistos em cima das lajes de pedras.
Não chegamos ainda no topo da crista, mas vamos subindo para chegar lá e a trilha vai seguindo para esquerda evitando um vale muito grande à direita. 
Pelo menos a subida deu uma aliviada, mas havia uma outra que levava até a Pedra Redonda.
A trilha é um pouco confusa e vamos procurando pelas fitas brancas e amarelas e alguns totens que vão nos orientando.
Conforme vamos subindo já conseguimos ver a Pedra Redonda lá em cima à esquerda, mas antes passamos por um trecho de capim elefante bem alto, onde encontramos alguns descampados perfeitos para montar inúmeras barracas protegidas pela vegetação. O problema é a falta de água. 
Quando passamos próximo a esses descampados cruzamos com um mochileiro que estava fazendo a travessia, vindo do Marins e que pretendia chegar no Itaguaré no final da tarde.
Desde o Itaguaré já passamos por inúmeros vales, mas todos com subidas e descidas tranquilas e por volta das 14h30min estávamos subindo o acesso final para a Pedra Redonda, localizada bem na crista e no topo do morro.
Aqui o visual é de 360º e para quem vê ao longe a Pedra Redonda tem a impressão que a mesma é redonda, mas não é. 
Na verdade ela está rachada ao meio e fizemos uma parada para um lanche. Embaixo da pedra encontramos uma caixa que continha um livro de anotações com várias mensagens de quem passou por aqui e deixamos nossas contribuições também.
Depois de um descanso e pouco antes das 15:00 hrs seguimos em direção ao Marins que aparecia bem visível à sudeste e a oeste o Pico do Marinzinho dava a impressão de estar muito próximo.
A trilha agora vai descendo a crista, seguindo para a direita com vistas ao norte e passando ao lado de matacões com totens servindo de orientação, sem maiores dificuldades.
A vegetação é sempre de arbustos e com vários trechos de bambuzal e uma coisa nos preocupava: o horário.
Só de olhar a íngreme subida do Pico do Marinzinho já sentíamos cansaço e o cair da noite poderia nos pegar antes de chegar no Marins. A partir da Pedra Redonda a trilha já fica mais fácil, pois as subidas e descidas mais difíceis acabaram.
Cachorro na trilha na subida do Marinzinho
Por volta das 17:00 hrs pegamos o último trecho de descida onde encontramos uma corda que ajuda na descida até o fundo do vale. A água já estava acabando e tínhamos ainda uma longa subida da encosta do Marinzinho à frente.
Como já estávamos bem cansados, fomos parando em diversos momentos para retomar o fôlego, o que nos fez demorar ainda mais para subir esse trecho.
Aqui na subida existe um trecho quase vertical, onde foi colocado uma corda, que estava em perfeitas condições e logo que atravessamos esse trecho demos de cara com um cachorro, que provavelmente tinha chegado até ali, mas não conseguiu descer.
Tentamos por várias vezes fazer o bicho voltar para o topo, mas sem sucesso, por isso desistimos.
Começou a surgir um problema: a neblina já começava a tomar conta de todo o lado leste e ainda não tínhamos chegado no topo e depois de pouco mais de 1 hora, terminava a última subida.
Aqui existem alguns lugares planos e protegidos, mas sem o precioso líquido seria complicado ficar aqui, por isso continuamos a descer e não demorou nem uns 10 minutos o Rei Sol se escondia no horizonte.
Pensamos: agora ferrou, mas não tínhamos opção, pois era acampar aqui sem água ou descer até a base do Marins.
Escolhemos a segunda opção e com a ajuda da lanterna que já dava sinais de esgotamento das pilhas eu e o Sérgio fomos descendo, seguindo no rumo da direita para evitar as lajes de pedra.
Por essa direção havia vegetação e logo chegamos em um trecho intransponível e aqui não tinha como passar, então voltamos um pouco e seguimos bordejando para a direita. 
Pelo menos já conseguíamos ver algumas luzes de barracas que estavam junto ao riacho da base do Marins e fomos nos orientando por elas.
Porém surgiu um problema que não contávamos. Pilha da lanterna tinha esgotado. Agora fu.....
Na total escuridão, íamos descendo se orientando somente pelas luzes das lanternas do pessoal lá embaixo. A gente nem procurava a trilha e os totens. Nossa direção era sempre em linha reta, as vezes evitando alguma encosta à direita ou à esquerda.
Com as luzes das barracas bem próximas resolvemos descer em direção à nascente do riacho, à esquerda e não foi fácil.
O relógio marcava por volta das 19:00 hrs e eu ainda tinha a pretensão de acampar no topo do Marins, mas o Sérgio só pensava em chegar nas barracas e em um trecho onde a encosta era bem íngreme, ele escorregou e foi cair em um pequena piscina, onde se molhou até quase a cintura. Pensei comigo: acho melhor acamparmos na base mesmo, porque depois dessa o Sérgio com certeza não queria pegar a trilha até o topo com a roupa toda encharcada.

Camping na base do Pico do Marins
Exaustos pelo cansaço e na total escuridão chegamos nas barracas, com sede e famintos, mas felizes.
Depois de conhecer a galera que ajudou a nos orientar na descida fomos montar a barraca e fazer o jantar.
Tínhamos levado quase 9 horas de caminhada desde o Itaguaré e aquele dia tinha servido de lição, pois tínhamos cometido várias cagadas e no final poderia ter acabado de uma forma até pior.
Combinei com o Sérgio que assim que acordasse seguiria para o topo do Marins e depois desceríamos em direção a Rodovia.
Neblina sobre a região
Logo pela manhã, tentei fazer com ele subisse comigo, mas em vão. A subida é super fácil e a trilha bem demarcada com totens (até desnecessários). 
Lá no topo o local estava cheio de barracas e seria até complicado encontrar uma vaga para a nossa barraca na noite anterior. Voltei para a base e a galera que estava ao lado nos ofereceu carona até a Rodovia, que aceitamos na hora (eles tinham vindo de Kombi e deixaram ela um pouco abaixo do Morro do Careca).
Vale do Bairro do Marins, em Piquete
Mochilas nas costas, seguimos descendo a trilha com a galera e íamos contornando o morro a noroeste com trechos bem íngremes. Bem demarcada, com totens e algumas setas pintadas nas pedras, a trilha é bem tranquila.
E logo chegamos no Morro do Careca e de Kombi seguimos para a Rodovia, onde chegamos por volta das 11:00 hrs e aqui só foi aguardar o ônibus que seguia direto para Sampa, vindo de Itajubá.
Ficou como lição essa travessia e depois dessa sempre carreguei 2 lanternas na mochila com pilhas e sempre de um ponto de água a outro, carreguei mais que o necessário.

Depois dessa travessia voltei lá por mais duas vezes, sendo que a segunda eu fui sozinho (não dei muita sorte porque tive alguns problemas por causa das chuvas e ainda por cima perdi a capa da minha barraca no meio da travessia e tive que improvisar quando cheguei no Itaguaré) e na terceira eu estava fazendo a Transmantiqueira - Marins-Itaguaré, Serra Fina e Serra Negra todas juntas - relato: clique aqui.


Dicas e informações úteis (Atualizado Julho/2020)

# Procure sempre fazer essa travessia no Outono ou Inverno (o tempo é mais seco e quase não chove).

# Mesmo chegando até no máximo 12:00 hrs no início da estrada, junto ao Bairro Caxambú, dá para chegar no topo do Itaguaré antes do anoitecer.

# A trilha saindo do Itaguaré não é tão difícil encontrar (o problema nosso foi o de não ter lido as anotações do Beck).

# Não é bom contar com água da base do Itaguaré, pois o filete que existe lá é muito pequeno, principalmente em épocas secas (quando chove a água fica acumulada). Recomendo que traga água do descampado próximo da estrada de terra.

# Em toda a travessia não existe pontos de água (alguns dizem que pode ser encontrado próxima ao acampamento da Pedra Redonda, mas nunca procurei).

# Atualmente a água do riacho, localizada na base do Marins está poluída (existe até uma placa lá indicando isso), por isso tome cuidado (leve hidrosteril se for usar essa água).

# Água de qualidade só no descampado, junto da estrada, antes de iniciar a trilha de subida para o Itaguaré.
Já do lado do Marins a melhor opção de água é no Morro do Careca, ao lado da placa com os tempos de subida do Marins. É só descer ao norte por uma pequena trilha ao lado, que se chega a uma nascente.

Um pouco abaixo do Morro do Careca existiu por alguns anos o Acampamento Base Marins que dispunha de camping e toda uma infraestrutura para quem quisesse deixar o carro por lá. 

O proprietário era o Milton Gouveia. Mas infelizmente não funcionou por muito tempo. Depois que o Milton deixou o local, começou a funcionar em 2014 o Marins West Face, que era administrado pelo Denes Ramos, de Marmelópolis/MG. 
Mas também só funcionou por alguns meses. Depois passou a ser administrado pelo Paulo e pela Márcia: (12) 99606-2531.
Em 2020 parece que a Base virou o Refúgio Marins (12) 99799-7524

# Uma outra boa opção para quem pretende fazer a travessia Marins-Itaguaré é ficar na Pousada do Maeda, que foi a pessoa que abriu a travessia Marins-Itaguaré junto com o CEC (Centro Excursionista de Campinas). 
Ela se localiza no lado norte do Pico do Marinzinho e pode economizar tempo: 

Nenhum comentário:

Postar um comentário