20 de novembro de 2007

Relato: Pico do São Sebastião + Pico do Baepi - No topo de Ilhabela/SP pela 2ª vez

Aqui é um relato da subida desses dois picos, localizados em Ilhabela. 
Estavam comigo a Márcia, o Jorge Soto e o Eric. Os 2 picos fizemos em 3 dias.
Tivemos sorte porque pegamos dias de muita chuva, mas que só ocorriam durante a noite. 
Durante o dia a caminhada era sempre com Sol castigando.
O acesso ao Pico do Baepi é por trilha bem demarcada e sem problemas de navegação. 
Já o acesso ao Pico São Sebastião é bem mais difícil. 
Em vários trechos, a trilha se fechou, por isso não é recomendo para qualquer pessoa. Era a minha segunda vez no Pico do Baepi e no Pico do São Sebastião, sendo que na primeira vez do São Sebastião tivemos alguns problemas por não achar a continuação da trilha junto a uma enorme rocha, quase já chegando no topo. O relato é esse aqui.

Foto acima, no topo do Pico do São Sebastião mostrando o canal que separa Ilhabela do continente.


Fotos + imagens do Google Earth: Clique aqui

Tracklog para GPS da trilha do Pico do Baepi: Clique aqui

Alguns dias antes do feriado de Finados, o Jorge Soto me pediu algumas informações sobre o Pico de São Sebastião, em Ilhabela e como eu já estive lá no início de 2000, disse que não sabia como estava a trilha, mas que era fácil encontrá-la. 
Nessa época eu tinha me perdido a cerca de 300 metros antes do topo, mas que tinha encontrado a trilha para subida depois de uma demorada procura.
Passei algumas informações de como chegar no início da trilha desse pico e do Baepi (esse já tinha ido 2x). 
Depois disso o Jorge mandou o convite para uma lista de trekking, da qual faço parte e eu disse que até iria, mas que dispunha somente da Quinta, Sexta e Sábado, pois no Domingo eu teria de trabalhar. 
Ficamos aguardando outras pessoas confirmarem a subida e só o Eric e a Márcia aceitaram. Ficou assim então: sairíamos na Quinta pela manhã, subindo o Pico do Baepi no mesmo dia e no dia seguinte fazer o Pico do São Sebastião. Era meio loucura subir um pico de pouco mais de 1000 metros em cerca de 5 horas direto e no dia seguinte fazer a outra subida do São Sebastião com altitude de 1350 metros em apenas 1 dia também. 
E isso sem saber como estava a trilha. Eu e o Jorge aguentamos qualquer parada, então topamos na hora. 
O desafio maior seria da Márcia, que no final até que se comportou bem e o Eric, que iria nos acompanhar. E lá fomos nós.
Chegando na balsa
Na Quinta eu e a Márcia acordamos pouco depois das 04:00 hrs da manhã porque tínhamos passagens marcadas para o horário das 06:00 hrs, chegando em Ilhabela por volta das 09h30min e na Rodoviária do Tietê encontramos o Jorge. A viagem foi tranquila e com alguns assentos vazios.
Só iríamos encontrar o Eric lá na balsa, em São Sebastião. 
O acesso à trilha do Pico do Baepi passa próximo a sede do PE Ilhabela e eu sabia que eles poderiam criar problemas para quem sobe sem acompanhamento de guia, mas por relatos recentes de quem foi para lá, isso mudou. Atualmente o Parque está até sinalizando a trilha.
Descendo no ponto de ônibus
Ao descermos da balsa, tomamos o ônibus que seguia para o centro de Ilhabela e assim que ele chegou na Praia de Itaguaçu, ao lado da Igreja Assembleia de Deus, descemos. 
Eram pouco depois das 10h40min e aqui tomamos a rua que sai da praia e se inicia ao lado dessa Igreja, sempre subindo.
A rua segue morro acima, passando próximo a sede do PE.
A rua que sobe até o início da trilha é a Morro da Cruz e tem um trecho muito íngreme logo depois de passar pela sede do PE e algumas vezes tivemos que parar para recuperar o fôlego, pois todos os 4 estavam com mochilas cargueiras.
Passamos ao lado de 2 reservatórios da SABESP e aqui é o único ponto de água de toda a subida (pegue água aqui, porque ao longo da trilha não tem). 
Subindo pela trilha
A estrada continua subindo e logo passa a ser de terra e termina em frente a uma área de vegetação baixa. 
Aqui existe uma trilha que sobe a encosta da direta e que deve levar a alguma cachoeira e outra que segue em frente. 
Para seguir para o Baepi é só ir em frente, passando ao lado de uma cerca de arame (que marca a altitude de 200 metros e a partir daqui você está entrando na área do PE.
A trilha segue pela vegetação baixa e com uma mata do lado direito e olhando para trás já dá para ver Ilhabela e algumas praias lá embaixo (com visual muito bonito por sinal). 
Por volta das 12h10min passamos ao lado de um banco de madeira (estrategicamente colocado para descanso da longa subida). 
Parada para descanso com Baepi ao fundo
Aqui já dá para ver bem a frente o imponente Pico do Baepi, mas ainda restam uns 700 metros de subida íngreme.  
O Eric disparou com sua mochila na frente e eu, a Márcia e o Jorge ficamos para trás. Depois de uns 10 minutos, a trilha entra na mata fechada e nós 3 fomos encontrar um lugar onde pudéssemos esconder as mochilas, levando para o topo somente água e alguma coisa para comer.
Como o ritmo meu e o da Márcia era menor, o Jorge seguiu em frente, logo atrás do Eric. 
A trilha vai ficando íngreme conforme vai subindo, tendo alguns trechos bem difíceis e na subida a Márcia deparou com uma cobra Jararaca e alguns lagartos que apareciam de vez em quando na trilha. 
Depois de pegar um trecho de bambuzal bem fechado, onde tivemos que nos arrastar, chegamos no topo pouco depois das 15:00 hrs. 
Apreciando a vista do topo do Baepi
O visual daqui é de 360 graus, visualizando a maior parte das praias do centro e algumas ao sul e ao norte de Ilhabela. 
No Baepi existem dois topos (um logo que a trilha termina e outro mais ao norte onde se chega através de uma outra trilha). 
Ficamos aqui em cima por quase 1 hora e pouco antes das 16:00 hrs iniciamos a descida porque o Sol castigava muito e não tínhamos muita água. 
Depois de pegarmos as mochilas, que estavam escondidas, voltamos para a trilha e continuamos descendo até o reservatório da SABESP, onde chegamos pouco depois da 17h30min. 
O Sol já tinha ido embora e ao longe já podíamos ver que a chuva estava chegando e depois de passarmos em frente a sede do PE tivemos que colocar as capas das mochilas porque a chuva veio muito forte. 
Dia de chuva
Continuando a descida, logo chegamos ao ponto de ônibus e lá a chuva piorou. Tínhamos a pretensão de chegar naquele mesmo dia até o início da trilha do Pico São Sebastião, com a intenção de não caminharmos tanto no dia seguinte, porque a altitude do São Sebastião era bem maior (por volta de 1350 metros). 
No ponto de ônibus, ficamos aguardando pouco tempo e assim que passou o circular Borrifos, embarcamos.
Ele nos deixou na entrada da bifurcação para a Cachoeira 3 Tombos e o Chalé Recanto dos Pássaros. Essa bifurcação fica pouco depois da Praia do Portinho e pouco antes da entrada da Praia da Feiticeira, tendo um portal de concreto bem no início da estrada. 
Chegamos aqui pouco antes das 19:00 hrs e sem chuva, mas só foi iniciar a subida que a chuva voltou novamente. 
Barracas na trilha
O caminho é sempre subindo e desprezando as bifurcações e a indicação de uma placa marcada “CACHOEIRA” à direita (essa é uma cachoeira menor e fica bem mais abaixo). 
A chuva forte ia e voltava e já anoitecendo, ainda estávamos na estrada asfaltada, mas decididos a acampar próximo da cachoeira, por isso seguimos em frente mesmo no escuro. 
Chegamos em um ponto da estrada onde a mata tomava conta e aí não teve jeito, tivemos que usar as lanternas. 
Ainda caminhamos uns 15 minutos pela estrada tomada pelo mato e chegamos ao local onde íamos acampar. 
Eram pouco depois das 20:00 hrs e na altitude de + - 200 metros montamos nossas barracas na estrada próximas da Cachoeira.
Trilha pela mata
Eu, o Jorge e o Eric ainda fomos tomar banho na cachoeira e pegamos água para o jantar e por ter sido um dia muito puxado, todos caíram no sono logo.
E claro, ajudou também a chuva forte que caiu a noite toda em cima das barracas. 
Por volta das 07:00 hrs de Sexta-feira todos já estavam de pé e se preparando para a grande caminhada do dia: chegar ao topo do São Sebastião antes do anoitecer, mesmo sabendo que as dificuldades seriam muito maiores que as do Baepi. 
Pelo menos o clima ajudava, pois não havia qualquer indício de chuva e o Sol já estava bem forte. 
Por volta das 08:00 hrs iniciamos a subida, mas logo já tomamos um pequeno susto: uma cobra cega estava atravessada na trilha e provavelmente tinha se escondido embaixo da minha barraca. 
Na base da Cachoeira 3 Tombos
Iniciando a subida da trilha, em + - 3 minutos chegamos na base da Cachoeira 3 Tombos, onde tiramos algumas fotos.
Voltamos para trilha e seguimos para o topo da cachoeira, onde sai uma trilha à esquerda do rio e que segue rente a ele, sempre subindo.
Em poucos minutos a trilha entra na mata, chegando em uma árvore onde existe uma enorme raiz. Aqui tem uma indicação marcada com tinta vermelha de F4 P2 com a seta para a direita (não siga por aqui, provavelmente leva a algumas cachoeiras e poções). 
Volte uns 5 metros da árvore e bem do lado esquerdo existe um vestígio de trilha que sobe uma encosta. E tomando o cuidado de não escorregar, lá fomos nós. 
Trilha verdadeira é à esquerda
A trilha possui um aclive muito forte e lá no topo é só seguir para direita, já por trilha demarcada. 
Aqui um alerta: em vários pontos a trilha possui pequenas bifurcações que podem confundir, mas tendo experiência e faro de trilha, não terá problemas. 
Nesse início da trilha o Eric resolveu esconder a mochila e subir sem nada (não deveria ter feito isso) e dessa forma estávamos só eu, a Márcia e o Jorge. 
A subida da trilha não dá trégua e é sempre em aclive acentuado e em vários trechos, tivemos que passar se arrastando por debaixo de bambuzal, e isso sem contar os espinhos. 
Por volta das 11:00 hrs encontramos o Eric retornando, dizendo que encontrou um trecho da trilha onde não achava a continuação dela. 
Era um local de vegetação baixa e para que não ficasse perdido sozinho na mata, resolveu retornar. Aqui ficou como lição e depois dessa nunca mais o chamei para alguma caminhada.
Nascente embaixo da pedra
Era a primeira baixa do dia e eu, a Márcia e o Jorge resolvemos seguir em frente.
Pouco antes do meio dia chegamos na altitude de + - 800 metros, onde encontramos água à esquerda da trilha, embaixo de algumas pedras e a uns 50 metros da trilha, mas em pouca quantidade. 
Aqui paramos para fazer um lanche e descansar. A trilha do pico é toda em mata fechada e foram poucas as vezes em que pudemos ver o litoral, mas o que compensa é a temperatura amena, apesar do forte calor, e a exuberância da mata atlântica
Depois de um belo lanche, voltamos para a trilha e só foi a gente caminhar uns 50 metros chegamos no que parece ser o ponto onde o Eric não encontrou mais a continuação da trilha. 
Melhor local de camping
A vegetação aqui é um pouco mais baixa, batendo na altura da cintura, o que dificulta encontrar a continuação da trilha. 
Com poucas árvores pelo local, ficava difícil encontrar fitas antigas presas e por isso perdemos um certo tempo aqui. 
Procura daqui, procura dali até que achamos uma fita amarela bem antiga amarrada em uma árvore, um pouco à esquerda. Era a continuação da trilha e daqui para frente ainda encontramos outras fitas, o que nos ajudou bastante. Na primeira vez que passei aqui, a vegetação estava muito mais baixa e era relativamente fácil identificar a trilha.
Fomos subindo por ela sem grandes dificuldades e pouco antes das 14:00 hrs e na altitude de 1040 metros, chegamos em uma enorme pedra que pode ser usada como abrigo.
Montamos as barracas nesse local e só eu e o Jorge resolvemos continuar até o topo do São Sebastião (a Márcia disse que estava exausta). 
Trecho íngreme
Água aqui não tem, por isso resolvi levar algumas garrafas vazias para pegar água próximo do topo. 
Quando fiz essa caminhada no início do ano de 2000, eu e um colega tivemos certa dificuldade nesse trecho da trilha para encontrar a continuação dela e por isso resolvemos acampar por aqui para no dia seguinte subir até o topo. 
Daqui para frente é um trecho de muito bambuzal e bem íngreme, seguindo pela mata fechada. 
A trilha que segue para o topo sai à direita da pedra e não tem erro. Aqui existem algumas fitas amarradas nas árvores para orientar a subida. 
Quando estiver vindo pela trilha, ao chegar na pedra, vá contornando ela pela direita, até chegar a um vale do outro lado. 
No topo do São Sebastião
Ali é só ir seguindo na direção sudeste e em frente, procurando fitas em algumas árvores. Com aclive bem forte, fomos subindo a trilha, passando ao lado de enormes pedras e uma grande quantidade de bambus. 
Além da cobra encontrada no início da trilha passamos ao lado de um mutum (ave totalmente negra e muito grande) e em vários momentos tivemos que nos arrastar por entre o bambuzal e só fomos chegar ao topo às 15h20min com Sol muito forte. 
 Aqui o altímetro marcou por volta de 1350 metros, mas segundo a carta topográfica do IBGE, a altitude aqui é de 1375 metros. 
Na última vez que cheguei no topo, eram raros os lugares planos para acampar e atualmente abriram um descampado onde cabe mais de uma barraca e a água se consegue descendo na direção sudeste por uns 150 metros, como se estivesse indo em linha reta para a Praia do Bonete, vista daqui bem ao longe. 
Vista para a Praia do Bonete
Para se chegar a esse ponto onde tem água  deve-se descer na direção sudeste até algumas enormes pedras, onde era possível bivacar (talvez hoje em dia não mais, já que o mato tomou conta de tudo) e dali continuar descendo até chegar ao ponto de água, que é uma nascente. 
Nesse trecho a mata tomou conta e é até difícil seguir até lá, mas é a única opção de conseguir água. 
Mas pode ir tranquilo, não tem erro; É só ir quase que em linha reta e a nascente está em um enorme buraco no meio de algumas rochas (no álbum de fotos fiz um croqui com imagens do Google Earth para chegar nesse ponto de água). 
Depois de pegar a água voltei ao topo e fui apreciar o visual que compensa qualquer esforço. Daqui se consegue ver até a Serra da Mantiqueira, bem ao longe. 
Camping embaixo do pedrão
As 16h30min eu e o Jorge iniciamos a descida, chegando nas barracas pouco depois das 17h30min, mas só foi chegar lá e o tempo fechou completamente, com a chuva retornando assim que começou a escurecer. 
Esse foi o dia mais exaustivo para todos e por isso, depois do jantar de macarrão com salame, fomos dormir marcando para acordar por volta das 07:00 hrs da manhã. 
No dia seguinte ainda chovia um pouco e por isso ficamos esperando um certo tempo até a chuva diminuir e as 08h15min iniciamos a descida, chegando na Cachoeira 3 Tombos por volta da 11h30min. 
O Jorge resolveu ficar em um poção um pouco antes da cachoeira e eu e a Márcia ficamos tomando Sol um pouco mais abaixo. 
No topo da Cachoeira 3 Tombos
Logo depois chegou um grupo de turistas e aí resolvemos iniciar a descida até a avenida da orla saindo da cachoeira por volta de 13:00 hrs e chegando lá embaixo pouco antes das 14:00 hrs. 
Ficamos aguardando o circular para a balsa que passou cerca de 20 minutos depois. Próximo da balsa existe uma agência da empresa Litorânea, onde compramos a passagem das 16h30min para São Paulo e depois pegamos a balsa e em São Sebastião procuramos algum lugar onde pudéssemos comer. 
Depois disso pegamos o ônibus que nos deixou no Tietê por volta das 20:00 hrs daquele final de Sábado.


Algumas dicas e informações úteis (Atualizado Julho/2020)

O Bruno Vaps, que subiu até o topo do Pico São Sebastião, me passou o tracklog para GPS, criado por ele. Tá em arquivo kmz e pode ajudar quem queira subir até o topo. Download do arquivo: clique aqui.

No topo do Pico do Baepi não existem lugares planos. Se quiser acampar terá de ser um pouco mais abaixo em um pequeno descampado, junto da trilha. O problema é que lá no topo não existe água.

A subida do Pico do Baepi leva em média 4 horas com algumas paradas, porém a trilha é extremamente íngreme no trecho final. Lembra muito a do Pico do Corcovado de Ubatuba pela declividade, porém com a mata bem mais fechada.

A navegação pela trilha do Baepi é bem tranquila, já que o pessoal do Parque sempre está fazendo manutenção dela. Em vários trechos é possível encontrar degraus de madeira e alguns bancos em locais estratégicos para descanso. 

A trilha do Pico São Sebastião é extremamente difícil, pois em vários trechos o mato tomou conta e é preciso ter faro de trilha, além do problema dela ser totalmente em mata fechada. 

Outro problema grave na trilha do São Sebastião é a falta de água, que também pode ser um empecilho para alguém ir lá. Por isso eu só recomendo fazer essa caminhada em grupo ou quem tem boas noções de navegação e experiência de trilha em mata fechada.

# Água pode ser encontrada em 3 pontos na trilha do Pico São Sebastião: na Cachoeira 3 Tombos; outro ponto na altitude de + - 800 metros à esquerda da trilha em pouca quantidade (muito cuidado porque algumas pessoas tentaram chegar nesse ponto e não conseguiram) e o último ponto descendo do topo rumo sudeste por uns 10 minutos e passando por algumas pedras que servem de bivaque. No álbum de fotos tem um croqui de como chegar nesse ponto de água. 

Os melhores lugares para acampar na trilha do São Sebastião são: no início, pouco antes de chegar na cachoeira; na altitude de + - 1050 metros, embaixo de uma enorme pedra e no topo do Pico e áreas próximas, onde existem alguns descampados abertos pela galera.

No topo do São Sebastião existe uma clareira que suporta umas 3 ou 4 barracas. Poucos metros antes, dá para acampar em outros pontos planos também.

# Junto ao topo da Cachoeira 3 Tombos é complicado acampar, já que não existe lugares planos. O ideal é ficar no final da antiga estrada, junto ao início da trilha.

Até dá para fazer a subida da trilha do São Sebastião em um único dia (creio em + - 8 hrs), mas subindo e descendo no mesmo dia é muito puxado, por isso não recomendo.

Existe também um pequeno problema na trilha do São Sebastião de só haver fitas amarradas nas árvores no trecho final. No início da trilha essas fitas são raras.

# Um par de luvas é essencial, já que nos trechos de bambuzais existem inúmeros espinhos que podem machucar.

Na Cachoeira 3 Tombos existem alguns grampos fixados na rocha. Regularmente algumas agências fazem rapel no local. Para quem gosta é uma boa opção.

# Ilhabela é um lugar que possui uma quantidade maior de animais peçonhentos (principalmente as jararacas) em comparação com outros lugares de mata atlântica.
Talvez por ser uma ilha, esses animais tenham se reproduzido mais facilmente. 
Por isso muito cuidado com elas. 
Eu recomendo que só vá para lá com uma polaina ou uma perneira.

# Uma praga que está na Ilha aos milhões são os borrachudos. Repelente é um item obrigatório. 


13 comentários:

  1. Olá Augusto tudo bem? Acompanho seu blog a muitos anos, não este né mas os outros que você mudou por que a plataforma até acabou rs. E desde já agradeço pelas ótimas informações até hoje.

    Queria saber se você consegue me passar o track log do Pico do São Sebastião e saber se é possível acampar na trilha do Baepi. Quantos minutos antes do cume? Será que tem problema com fiscalização?

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  2. Blz Raphael.
    Muito legal que vc acompanha desde o falido Multiply.
    Lá era uma boa página, mas o blogger tem muito mais ferramentas.
    Na verdade até demorei p/ migrar o conteúdo p/ cá.

    Qto ao tracklog do São Sebastião, p/ te enviar precisaria do seu e-mail.

    Sobre camping na trilha do Baepi, eu nunca encontrei. O trecho final é muito íngreme e impossível ter um local plano.
    No topo também não tem.
    Talvez vc encontre lugares no inicio da trilha, antes de entrar na mata, mas aí vc está muito longe do cume.
    Essa trilha é muito usada por guias de ecoturismo. Eles ficam disponíveis em muitas pousadas p/ levarem um ou outro hospede.
    E a sede o PE de Ilhabela está bem próxima dessa trilha, por isso se for acampar, que seja às escondidas.
    Se te pegarem, acho que eles vão te encher o saco sim.
    Talvez se for montar a barraca só a noite e desmontar logo pela manhã, não terá problemas.


    Abcs

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  3. Olá Augusto, sabe me dizer se para a trilha do PICO DO BAEPI, é necessaio um guia da região? Pois da última vez que estive em ILHABELA, eu fui no posto de informações da cidade e eles me informaram que só era possível dessa forma, parece que é uma AGÊNCIA faz o percurso e eles cobram cerca R$ 70 por pessoa. Saberia me informar, pois eu quero fazer essa trilha mas não com AGÊNCIA?

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    1. Oi Roberto, tudo bom?

      Não é obrigatório a contratação de guias para subir o Pico do Baepi.
      Normalmente os postos de informações turísticas sempre passam esse tipo de informação.
      É uma forma das pessoas contratarem os guias locais, já que a maior parte das pessoas que visitam a ilha para subir o pico, não querem carregar peso e muito menos ter alguma dificuldade.
      Mas pode ir tranquilo.
      A trilha é bem demarcada e não existem bifurcações depois que vc entrar no trecho de mata fechada.
      Seguindo pela íngreme Rua Morro da Cruz até o final dela, onde está um Reservatório de Água, é só procurar a trilha, à esquerda e seguindo em meio a vegetação baixa até entrar na mata fechada e dali seguir até o topo.
      Na dúvida, é só abrir o tracklog no Google Earth e visualizar a trilha, que é bem nítida no trecho de campo aberto.

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  4. Augusto, enfim fizemos a trilha do Pico de São Sebastião!!! Suas dicas foram valiosas!!! Valeu!

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    1. Parabéns pela conquista Bruna e por não desistirem, mesmo com as dificuldades.
      E muito legal que o relato e as dicas foram úteis para vcs.
      São poucos os que voltam de lá depois de chegarem no topo.
      Não é uma trilha para qqer um.


      Abcs

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    2. Augusto, parabéns pela iniciativa do blog! Faz um tempo que estamos amadurecendo a idéia de subir o São Sebastião e o seu relato de subida por enquanto é a nossa maior referência. Se vc puder me passar por e-mail (rmunin@gmail.com) o tracklog dessa trilha com certeza irá nos ajudar mais ainda. E gostaria de saber da Bruna, que esteve recentemente na trilha, como estão as condições gerais atualmente para a subida.

      Um grande abraço a todos.

      Rodrigo

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    3. Oi Rodrigo, tudo bom?

      Legal que o relato tá te ajudando. É uma pena que os que estão indo lá, poucos publicam em algum blog.
      Mas segundo o Raphael e a Bruna, a trilha está melhorando.
      Depois daquela enorme pedra, eles encontraram muitas fitas marcando a trilha.
      E eles foram quase no final do ano passado lá e publicaram relatos nos blogs deles.
      Então são relatos bem fresquinhos.
      Os endereços são esses abaixo.
      Espero que te ajude também.

      http://trilhegal.blogspot.com.br/2014/12/pico-de-sao-sebastiao.html
      http://coconomato.com.br/relato-pico-sao-sebastiao/

      Qto ao tracklog da trilha do SS, já te enviei no seu e-mail, ok.



      Abcs e boa sorte

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  5. Olá Augusto, antes de mais nada gostaria de parabenizar pelo relato. Muito bacana!
    Moro no Rio e agora em maio devo passar alguns dias na Ilha Bela, depois de fazer a Travessia da Juatinga. Será que você poderia me enviar o tracklog do São Sebastião? Meu e-mail é o thiagorh@bol.com.br
    Obrigado!

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    1. Oi Thiago, tudo bom?
      Escolheu um bom lugar para passar vários dias.
      Ilhabela tem muita coisa p/ aproveitar.
      Vários picos e muitas praias, sendo algumas literalmente desertas.
      Só tome cuidado com os borrachudos. Eles estão na ilha aos milhões.

      Já enviei a vc o arquivo por e-mail.
      Quem fez foi o Bruno Vaps e espero que ajude.
      Resolvi também disponibilizar o download dele no relato p/ quem quiser.

      abcs

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  6. ola Augusto, tudo bem?
    poderia, por gentileza, enviar o tracklog do Pico de Sao Sebastiao para o meu e-mail?
    victor.prates@hotmail.com
    Muito obrigado!

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    1. Blz Victor.
      Eu deixei esse tracklog no meu google drive.
      Não tenho mais ele no meu PC.
      Tá nesse link:
      https://drive.google.com/file/d/0Bz--sz3OPoWrVlQ2U01Ed1dhaFU/view

      Abcs

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    2. Muito obrigado amigo!

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