7 de julho de 2012

Relato: Travessia Pindamonhangaba x Campos do Jordão pelo Pico do Itapeva

Este é o relato de uma das travessias que já estava na minha lista a muitos anos. É uma das caminhadas que me faltava na região de Campos do Jordão, mas sempre vinha adiando. Minha intenção sempre foi de subir a serra por uma trilha que finaliza próximo do Pico do Itapeva e depois descer por uma outra, completando o circuito.
Reuni uma galera e foi o que a gente fez: saímos de Pindamonhangaba (no Vale do Paraíba) subindo a serra pela trilha das Borboletas até o Pico do Itapeva e depois uma parte do pessoal desceu a serra pela trilha da Fazenda Hare Krishna, completando o circuito, enquanto que eu continuei a caminhada pela crista da serra por uma trilha chamada Sertão dos Moreiras até chegar próximo ao Horto Florestal e de lá desci pela trilha da pequena Usina Hidrelétrica Izabel.

Na foto acima, o pessoal subindo a serra pela Trilha das Borboletas


Fotos: clique aqui
Tracklog para GPS dessa caminhada: clique aqui

Em 2006, ao final da travessia do Pico do Carrasco, de Piquete até Campos do Jordão (relato aqui) eu e a Márcia finalizamos no Horto Florestal. 
Naquele dia até cogitamos em continuar a caminhada rumo oeste pela crista para quem sabe chegar no Pico do Itapeva, mas como terminamos com chuvas, nem discutimos a possibilidade. 
Pensei comigo: um dia ainda volto aqui para continuar essa caminhada pela crista, mas sempre fui deixando de lado.
E depois de várias tentativas infrutíferas resolvi fazer essa caminhada, mas da seguinte forma: saindo de Pindamonhangaba, subiria a Serra da Mantiqueira pela trilha das Borboletas até chegar no Pico do Itapeva e de lá continuaria pela trilha do Sertão dos Moreiras, seguindo pela crista rumo leste até chegar próximo ao Horto Florestal, descendo depois a serra pela trilha da pequena Usina Hidrelétrica Izabel
Do trecho de subida, tinha conseguido um tracklog plotado numa carta topográfica com o Lexus (site dele aqui), cuja caminhada iniciava próximo do Bar do Edmundo, em Ribeirão Grande (um bairro de Pindamonhangaba). 
E claro não poderia deixar de citar o montanhista Sérgio Beck, que no livro Caminhos da Aventura relata a subida dessa trilha, passando ao lado do Morro do Pinga.
Com um tracklog e o relato do Beck não precisava de mais nada.
Essa trilha de subida pode ser feita em apenas 1 dia e termina próximo ao Pico do Itapeva.
Agora era reunir um bom grupo que topasse qualquer perrengue e chamei para essa caminhada o Marcelo Gibson, o Sandro (Fórum Mochileiros) e um velho conhecido de muitas mensagens de e-mails: o Rodrigo, que toparam na hora. O Rodrigo, por sua vez chamou sua namorada - a Rosana e um amigo dele - o Renan e com isso a trupe estava formada.
Rosana, Rodrigo, Marcelo Gibson, Sandro, eu e o Renan
E num Sábado de Junho marcamos de todos se encontrar na Rodoviária do Tietê para embarcar às 07h45min em direção a Pindamonhangaba. 
A viagem foi tranquila e pouco depois das 09h30min já estávamos desembarcando na Rodoviária da cidade.
Aqui tínhamos ainda um trecho de caminhada até chegar ao ponto inicial do circular e lá fomos nós seguindo a pé para a antiga Estação Ferroviária da cidade, onde o ônibus para Ribeirão Grande sairia as 11:00 hrs. 
O percurso até que foi rápido e pouco depois das 11h30min já estávamos desembarcando do circular ao lado do Bar do Edmundo (nesse ponto), onde paramos para tomar alguma coisa.
Seguindo pela estrada até o início da trilha
Em seguida só foi cruzar o Ribeirão Grande por uma pequena ponte de pedestres e de costas para o rio, seguimos à esquerda por uns 100 metros até virarmos à direita na estrada, no sentido da serra. 
A estrada é plana e alguns minutos depois paramos em uma bica de água do lado esquerdo, onde enchi meus pequenos cantis.
Aqui se inicia a Trilha das Borboletas
Passando ao lado de alguns sítios, a crista da serra surge em vários momentos à frente e pouco antes das 13:00 hrs chegamos na entrada de um sítio à esquerda, com a numeração de 25.500.
Aqui é o início da trilha das Borboletas que sobe a serra. Seguimos agora, passando ao lado de uma casa à esquerda e depois cruzando uma porteira de arame até chegar no Ribeirão da Borboleta, onde são poucos os pontos onde se atravessa sem molhar a bota.
Trilha das Borboletas
A Rosana foi pular algumas pedras e levou um tombo filmado pelo Rodrigo, mas é um rio bem rasinho e sem perigo algum.
Conforme íamos nos distanciando do Ribeirão à direita, a trilha seguia cada vez mais para esquerda até chegar em uma cerca de arame. 
Ainda no plano
Aqui existem 2 trilhas: uma que sobe o morro à frente e uma outra que segue rente a cerca de arame para a direita, vale acima até o topo do selado. 
Na dúvida, seguimos pela trilha íngreme que sobe o morro à esquerda, mas logo percebemos o erro e tivemos que descer toda a trilha novamente até interceptar a trilha correta um pouco mais à frente, junto a uma área de brejo, as 13h30min. Deveríamos ter seguido pela trilha da direita, que segue rente a cerca de arame, mas tudo bem. Já estávamos nela agora.
Início da trilha no fundo do vale
Nesse ponto paramos ao lado de um riacho do lado direito para comermos alguma coisa e daqui em diante a trilha vai ficando cada vez mais íngreme e íamos parando em vários momentos. 
Pedra do Gomeral
Atrás de nós a Pedra do Gomeral se destacava cada vez mais à nordeste e ao longo dessa subida cruzamos com umas 2 nascentes, que são bons locais para pegar água.
Em alguns pontos da trilha é possível ver marcas de pneus de moto e pegadas de cavalos e com isso a trilha está ficando bem erodida em um ou outro trecho.
Pouco antes das 16:00 hrs já estávamos no topo do selado, que divide o vale do Ribeirão da Borboleta à leste do Ribeirão do Oliveira à oeste. 
Descampado no final da primeira subida da trilha
O desnível foi de uns 400 metros e aqui a trilha termina em uma estrada que desce para Piracuama, à esquerda, na direção oeste. 
Depois de um breve descanso, seguimos na estrada para a direita, pegando um leve trecho de subida íngreme até cruzar um pequeno riacho e terminar em um enorme descampado, onde recentemente houve a colheita de milho. No local existia até um arado.
Procura daqui, procura dali e nada de achar a continuação da trilha e definitivamente ela saia da estrada em algum ponto, que deixamos passar despercebido.
Retornamos pela estrada por uns 500 metros até o momento em que ela começava a ficar mais íngreme e aqui encontramos a trilha, do lado direito, na direção oeste.
Totem de concreto no meio da trilha
Nesse ponto da estrada entramos na trilha e seguimos serra acima pelo meio das samambaias, passando ao lado de alguns marcos de concreto e de uma seqüência de eucaliptos (nesse erro perdemos cerca de 30 minutos que seriam necessários no final daquele dia). 
Se não quiser cometer o mesmo erro, faça o seguinte: assim que finalizar a trilha na estrada e continuar a subida íngreme, fique atento a eucaliptos que estão à esquerda. É só procurar a trilha por ali.
Seguindo serra acima pelo meio de samambaias, não demorou muito e encontramos as 17:00 hrs a bifurcação da Trilha das Oliveiras que vinha do Bairro de Piracuama. 
O grosso da subida era daqui para frente, pois a trilha se tornava cada vez mais íngreme e sem vestígio de água em toda essa subida. 
Escurecendo na trilha
Por ter sofrido uma pequena torção do tornozelo dias atrás, meu ritmo era mais lento e sempre ia ficando para trás. 
O problema é que começou anoitecer e a trilha continuava muito íngreme, inviabilizando qualquer tentativa de acampar naquele trecho dela.
A mata era bem fechada e só com lanternas para fazer esse trecho. 
As 19:00 hrs eu e o Gibson, que estávamos por último, chegamos em um descampado e ao longe ouvíamos a galera gritar que tinham chegado na parte plana da trilha. 
Foi um alívio, porque você caminhar no meio da escuridão sem saber quando terminaria o trecho íngreme era desanimador. 
O lugar plano era ao lado de enormes árvores de pinhos e aqui cada um foi procurar o melhor lugar para montar sua barraca, pois mesmo o terreno sendo plano, não era o suficiente para caber todas as barracas juntas. 
Acampados junto da trilha
Ao norte não era possível ver muita coisa, mas para o sul víamos a maioria das cidades do Vale do Paraíba iluminadas.
Depois de um jantar “quase coletivo”, todos fomos para as barracas dormir com uma noite bem agradável.
Apesar de estarmos em um local desprotegido, não ventou muito e pouco depois das 06:00 hrs todos já estavam de pé para apreciar o nascer do Sol que foi surgindo atrás da Pedra do Gomeral. 
Amanhecendo
O Vale do Paraíba estava totalmente sem nuvens e conseguíamos visualizar inúmeras cidades da região. Era possível ver também ao fundo a Serra da Bocaina e seus picos, inclusive a Pedra do Frade (onde já tinha chegado no topo). 
Depois de um café da manhã, fomos desmontar as barracas e as 08h30min seguimos para o Pico do Itapeva.
Trilha bem demarcada
A partir daqui a trilha parecia uma antiga estrada de tão erodida que estava, mas pelo menos os trechos de subida tinham terminado.
As 08h45min chegamos em uma bifurcação à direita, marcado por um enorme descampado junto da cerca de arame. 
Descampado ao lado trilha
Seguindo em frente é a Trilha da Onça que finaliza no Pico do Diamante à esquerda, mas nossa direção eram as torres do Itapeva, bem visíveis à direita.  
Então cruzamos a cerca de arame, passando ao lado do enorme descampado. Mais alguns metros e chegamos a um pequeno sítio, onde o proprietário (Sr. José Antônio) estava com seu cachorro do lado de fora da casa. 
Só demos um bom dia e nem paramos para conversar, porque nosso objetivo ainda não estava próximo.
Residência do Sr. José Antônio
Depois de cruzar a porteira do pequeno sítio, íamos seguindo por uma estrada até passar ao lado de um riacho, que nada mais é do que a saída de água do lago, localizado próximo do Pico do Itapeva, então não é uma água potável (recentemente esse local agora se tornou área do Parque Pico do Itapeva).
Já na estrada asfaltada, em direção ao pico, fomos parando para alguns clics e as 09:55 hrs chegamos na feirinha do Itapeva onde comemos algumas coisas (atualmente o local está com um grande muro bloqueando o acesso ao topo e a feirinha não existe mais).
Retomamos a pernada, agora pela estrada de terra à leste do pico, inicialmente por trecho de suave declive até chegar no plano e dali até o início da trilha sem maiores subidas ou descidas. 
Caminhada pela estrada
Nos dois lados da estrada, cercas de arame isolam as propriedades de intrusos e as 10h45min passamos ao lado de uma bela casa vazia do lado esquerdo. 
Mais alguns metros pela estrada e chegamos em uma bifurcação onde seguimos para a direita até chegarmos em uma porteira.
A partir daqui entramos em área de reflorestamento de pinhos de propriedade da Fibria Celulose. 
Essa é a famosa trilha da Fazenda Hare Krishna, muito usada por agências de ecoturismo para descer a serra (no google dá para encontrar várias dessas caminhadas guiadas). Cruzamos com um riacho onde pegamos água e as 11h15min chegamos numa bifurcação à esquerda, que eu tanto esperava. 
Trilha em meio aos pinheiros
Se tivéssemos chegado aqui no final da tarde, minha intenção era descer com o pessoal por essa trilha, mas como eram pouco mais de 11:00 hrs eu tinha ainda umas 4 ou 5 horas de caminhada até a Represa da Usina Hidrelétrica Izabel.
O trecho pela crista da serra seria por trilhas e depois por estradas de terra, passando pela Fazenda Lavrinhas. 
Depois de me despedir do pessoal, as 11h25min peguei a bifurcação, seguindo na direção nordeste e as vezes para o norte. Já o restante do pessoal desceu a serra na direção da Fazenda Hare Krishna.
A trilha que eu segui é conhecida como Sertão dos Moreiras e na verdade era uma antiga estrada que segue pelo interior da mata e com algumas poucas aberturas na vegetação.
Trilha pela crista da serra
Encontro também marcas de pneus de carros e motos na trilha, mas parecem que são antigas, pois em alguns trechos a vegetação está se recompondo. 
Uns 10 minutos de trilha e cruzo com o último riacho e daqui para frente só vou encontrar água de qualidade próximo da Represa da UH Izabel.
Com alguns pequenos aclives e declives, a trilha segue pela mata fechada, onde os eucaliptos e os pinheiros são maioria.
As 12h20min chego em uma bifurcação marcada por uma placa de metal, com as inscrições de FAZENDA SÃO SEBASTIÃO DO RIBEIRÃO GRANDE de propriedade da Fibria Celulose S/A. 
Bifurcação na trilha
Aqui tomei a bifurcação da esquerda, seguindo rente a uma cerca de arame do lado direito. 
Mais alguns metros à frente, do lado esquerdo a paisagem se abre à oeste e ao norte e logo a trilha vira para a direita, seguindo a cerca de arame que vai na mesma direção. 
A partir desse ponto a vegetação muda um pouco e bambus e outras espécies de árvores vão surgindo, bem diferente dos reflorestamentos que eu encontrei no início da trilha.
Mesmo nos trechos onde a cerca de arame desaparece, a trilha é bem demarcada e quase sempre na direção nordeste, por isso não tem segredo.
Trilha demarcada
A trilha é uma sucessão de sobe morro/desce morro e em um dos inúmeros declives piso em falso e viro o pé justamente no mesmo lugar, onde dias atrás tive uma torção no tornozelo. 
Por eu ter amarrado bem forte a bota em volta do tornozelo, só levo um tombo, mas a lesão pelo menos não se agrava. 
Vou sentindo um pouco de dor e por isso diminuo um pouco o ritmo, já que não queria terminar essa caminhada logo à frente por causa da lesão.
Alguns locais planos vão surgindo, perfeitos para camping, mas sem água por perto. 
Encontrei também trilhas paralelas, mas que se encontravam com a principal alguns metros à frente.
Final da trilha aqui
As 13h50min a cerca de arame surge novamente do lado direito da trilha e eu já imaginando que o final dela estava próximo, mas em vão. 
Ainda me restam algumas subidas para chegar no final e as 14h30min finalmente termino a caminhada junto da estrada de terra e ao lado do portão de entrada da Fazenda Céu Estrelado.
O Horto Florestal está a alguns minutos descendo para esquerda, mas minha direção é para direita e novamente uma pequena subidinha me aguarda. 
Logo à frente a paisagem se abre e depois de mais um aclive chego na bifurcação da Fazenda Lavrinhas as 15:00 hrs. 
Mirante São José dos Alpes
O local é o Mirante S. José dos Alpes e na bifurcação para esquerda, a estrada segue para o Bairro do Gomeral e de lá desce para Guaratinguetá e Aparecida, mas essa não é a minha intenção. 
Nessa bifurcação sigo para a direita por tediosa estrada de terra e a caminhada é desanimadora, pois o visual são morros e mais morros desnudos e sem sombra nenhuma até a Represa.
Engraçado que a Fazenda Lavrinhas fixou dezenas de placas indicando que o local é uma APA (Área de Proteção Ambiental) e com alertas de que é proibido caçar, pescar e cortar árvores. 
Caminhada pela estrada
Mas caçar em uma área de pasto? Só se for quero-queros.
Pescar onde, se não tem nenhum rio. E proibido cortar árvores, mas como? Se não existe mais nenhuma. Os caras já cortaram tudo. 
Veja no álbum as fotos.
E teve outra também. Inúmeros vigias, mas para fiscalizar o que? 
Em uma das guaritas ao longo da estrada encontrei umas 3 motos e com alguns vigias dentro.
Em outra guarita encontro um vigia que só está ali para controlar as pessoas que querem chegar em um mirante, a uns 10 metros à frente. 
A conclusão que eu chego é que a região deve ser alvo constante de ladrões. Pensava que só acontecesse nas grandes cidades, mas até aqui. Uma pena mesmo. 
Represa da Usina Hidrelétrica Izabel
Pergunto a um dos vigias o que a Fazenda produz e ele me diz que criação de caprinos. Deve ser para produção leiteira.
Reflexões à parte, vou caminhando pela estrada com o Sol muito forte e as 15h35min chego no final dela, onde encontro a placa de “Repreza” para o lado direito.
Agora sigo por precária estrada até avistar a represa no meio do fundo do vale.
Passo por alguns carros estacionados de pessoas que estão pescando e logo chego no acesso à represa da EMAE, mas surge uma dúvida. 
Represa da Usina
São 15h50min e eu tinha intenção de acampar aqui, ao lado da represa, porém contava em estar chegando nesse ponto por volta das 17:00 hrs ou 17h30min (já quase anoitecendo).
E aí pensei, pensei e quer saber de uma coisa. 
Vou descer a serra agora mesmo e talvez acampar na Fazenda Hare Krishna ou até voltar para Pindamonhangaba.
Por dentro da área da Represa
Cruzando um pequeno canal de água com comportas que sai da Represa, vou seguindo por trilha ao lado o rio que vai descendo a serra. 
Já do lado esquerdo dele, que segue por imensas cachoeiras rio abaixo, vou apreciando a linda vista que vai se descortinando abaixo. 
A trilha logo vira uma calçada e vou circundando o morro da esquerda sem perder muita altitude. 
Trilha concretada
Algumas nascentes aparecem à esquerda e são bons lugares para reabastecer de água. 
Do lado direito temos um belo visual de todo o trajeto que fizemos no dia anterior, dando para ver até as instalações da Fazenda Nova Gokula (Hare Krishna). 
Vista do Vale
Pelo horário (16h15min) creio que o Sandro, Gibson, Rodrigo e Cia estejam saindo da Fazenda ou ainda comendo a tão famosa coxinha de jaca e só de pensar na hora me deu fome, mas eu tinha uma longa descida, por isso só tomei bastante água. 
As 16h25min chego no final do calçamento, onde um enorme cano de captação de água desce a serra em um declive bastante acentuado.
Descendo em zig zags
A trilha que eu devo seguir é facilmente encontrada do lado direito, poucos metros antes de chegar no final do calçamento e aqui só paro para alguns clics e inicio a forte descida, que é uma sucessão de zig zags pela mata.
Vou sempre acompanhando o cano de captação de água, às vezes pelo lado direito, às vezes pelo lado esquerdo. 
Eu, que já estava com o meu tornozelo meio baqueado, agora eram os joelhos e os dedos dos pés que estavam sofrendo e depois de passar por dois abrigos na descida, perfeitos para um bivaque, chego ao final da descida as 17h45min, já anoitecendo.
Instalações da Usina Hidrelétrica
Passo ao lado da Casa das Máquinas e de várias residências, todas vazias. 
Alguns cachorros notam minha presença, mas nem se importam comigo (tinha lido em alguns relatos que o lugar possui vigilantes, mas no dia e horário em que eu passei, eles não estavam lá - leia no final do relato algumas informações importantes).
Já do lado de fora, passo ao lado de um Pesqueiro do lado esquerdo, totalmente no escuro e só de lanternas.
Ainda me restam uns 4 Km até o ponto de ônibus do circular que me levará de volta à Pindamonhangaba.
A estrada é bem chatinha porque é toda de cascalho com pedras soltas e só fui chegar no ponto de ônibus depois das 18h30min (ao retornar para SP fico sabendo depois que se estivesse chegado no ponto de ônibus uns 20 minutos antes teria encontrado o pessoal aguardando o mesmo ônibus). 
Eles tiveram um pequeno probleminha ao passar pela Fazenda Cristalina (no relato do Sandro clique aqui, ele detalha a situação que eles passaram). 
Fico no ponto por pouco mais de 1 hora e as 19h40min embarco no circular para o centro de Pinda e lá pego outro, que me deixa na Rodoviária da cidade.
Compro a passagem pela Pássaro Marrom, embarcando as 20h40min para SP com uma p. sorte, pois era o último do dia.


Algumas dicas e informações úteis (Atualizado Julho/2020)

# A empresa que faz a linha até Ribeirão Grande é a Viva Pinda. No site é possível ver os horários. www.vivapinda.com.br.

# A trilha da Fazenda Nova Gokula (Hare Krishna) está fechada pelo proprietário da Fazenda Cristalina. 
Segundo o que o Sandro apurou, existe um processo movido pela Fazenda Nova Gokula contra o proprietário da Fazenda Cristalina.
Enviei alguns e-mails para a Fazenda Hare Krishna e eles confirmaram que essa trilha está fechada em definitivo.

Na Fazenda Hare Krishna eles oferecem algumas opções de hospedagem, inclusive uma área de camping.
www.novagokula.com.br

# Outra opção de subir a Serra até o Pico do Itapeva é pela Trilha das Oliveiras que se inicia no Bairro de Piracuama, porém é uma caminhada longa por estradas de terra.

# Pontos de água só existem na Trilha das Borboletas. Depois que iniciar a subida íngreme seguindo pela crista, não encontrará água.

# Relatos recentes de pessoas que passaram pela Trilha do Sertão dos Moreiras dizem que ela tá fechada em alguns trechos, obrigando a varar mato ou pegar algumas bifurcações na direção norte - leia os comentários nessa página.

# No dia e horário que eu passei pela Usina Izabel não encontrei com vigilantes e a Usina estava inoperante, mas relatos recentes dizem que os vigias estão na área da Represa e na base da Usina. E com isso não estão deixando ninguém passar por lá, obrigando quem chegar na Represa a retornar.

Pelo que eu pude saber a Usina voltou a funcionar alguns anos depois que fiz essa caminhada e está ativa, produzindo energia elétrica. No site da EMAE tem maiores detalhes: clique aqui.

Por isso não recomendo fazer esse trecho final de descida. É preferível finalizar essa caminhada na parte alta, junto da Represa e dali seguir por 2 opções: retornar pela estrada até o Horto Florestal ou seguir para o Bairro do Gomeral e de lá descer para Pindamonhangaba.

# O Francisco Rafael Trevisan acampou perto da Represa e deparou com um vigilante no local. 
Então com isso se torna inviável qualquer tentativa de chegar no mirante da parte alta, onde se inicia a longa descida. 
www.youtube.com/watch?v=-Gc5fkhqvrk


Curiosidades sobre a Usina Hidrelétrica Izabel:
Até a década de 1950, uma única hidrelétrica abastecia as cidades paulistas de Taubaté, Pindamonhangaba, Lorena e Tremembé: a Usina Izabel. 
Instalada aos pés da Serra da Mantiqueira, em Pindamonhangaba, sua construção era para aproveitar a maior queda livre de água da América do Sul e a 3ª do mundo, com quase 1 Km de desnível.
Com maquinário todo importado, geradores canadenses e turbinas alemãs, as estruturas da usina estendem-se ao longo do Ribeirão Sacatrapo, afluente do Rio Paraíba.

A história da Usina teve início em 1911, quando foi criada, na Capital, a Empresa de Eletricidade São Paulo & Rio. Naquele mesmo ano, a companhia obteve 20 alqueires da Fazenda Ribeirão Grande, local de construção da usina. 
Em 1913, a empresa se preparava, com a montagem da hidrelétrica e das obras correlatas - as subestações de energia em Lorena e Taubaté -, para ampliar o fornecimento de eletricidade à região. 
Naquele ano, dos 4.500 prédios existentes nas cidades de Taubaté, Tremembé e Lorena, apenas 1.000 possuíam sistema de luz instalada - até então, a energia consumida provinha de duas termoelétricas e um gasômetro.

A Usina Izabel iniciou suas operações em 1º de maio de 1915, com capacidade de geração de 2,6 megawatts/hora. 
Izabel era uma homenagem à esposa do diretor da Empresa São Paulo & Rio, Ataliba Valle. 
Em 1927, o grupo Light adquiriu o controle acionário da companhia e, em 1929, a usina foi interligada ao sistema elétrico do conglomerado canadense.

Após décadas de operação, a hidrelétrica foi desativada por completo em 1979, e reinserida no sistema de geração em 1986, já sob o controle da Eletropaulo - Eletricidade de São Paulo S.A., permanecendo operante até 1994. 
Em 1998, com a privatização e divisão da estatal em quatro empresas, a Usina Izabel passou à geradora EMAE - Empresa Metropolitana de Águas e Energia S.A. 

Em 2017, a usina foi integrada ao patrimônio da SZO Empreendimentos LTDA, sendo religada no ano de 2020, mantendo o maquinário original preservado. E continua produzindo energia elétrica desde então.

31 comentários:

  1. Olá Augusto, tudo bem? Gostaria de saber se você tem o traçado da trilha que desce a serra junto ao cano desde a represa lá no alto até a usina Santa Izabel, e se saberia informar (ou indicar quem possa saber) sobre as condições dela, se está limpa ou muito suja... pretendo fazer uma travessia saindo de Wenceslau Braz a Aparecida, passando pelo bairro do Charco e seguindo pela crista da serra até chegar na represa.
    Desde já, muito obrigado!

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    1. Fala Marcelo, blz?

      O inicio da descida que passa pelos canos da Usina de Santa Izabel não tem segredo nenhum.
      É só chegar na represa da usina e dali é só seguir a trilha que segue ao lado do rio. É bem tranquila e facil.
      Por isso que eu nem coloquei um traçado da trilha. Ela é super facil de achar. É só seguir o relato.
      Como a represa está eu não sei.
      Mas lembre-se que a descida por essa trilha é proibida hein.
      Eu dei sorte porque passei ali em um Domingo e não havia seguranças, mas normalmente eles estão ali na parte baixa.


      Abcs

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  2. Augusto boa noite! sou de Pinda e gostaria muito de fazer a travessia da trilha da borboleta ate o pico do Itapeva vc poderia nos ceder os mapas com as coordenadas?? grato

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  3. Oi Celso, tudo bom?
    O que eu tenho são imagens de satélite com a trilha plotada em cima.
    Elas estão no álbum de fotos. É só clicar no link e pode copiar à vontade.

    Já o tracklog dessa trilha p/ GPS é do Sandro, que estava no grupo. Ele disponibilizou no fórum mochileiros.
    Na parte final do relato, onde estão informações úteis, vc encontra o link dele.
    É só fazer o download e abrir no google earth p/ ver a trilha.


    Boa sorte.


    Abcs

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    1. valeu, vc saberia dizer mais ou menos quantos km são percorridos nesta trilha?

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    2. Nas trilhas (entre subida, caminhada pela crista de depois descida) deve ter chegado a uns 30 Km.
      O problema é a declividade que é muito alta, tanto p/ subir, qto para descer.


      Abcs

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  4. Augusto boa noite! não ligue se a pergunta é meio bizarra, mas lá vai! Da pra usar um gps de carro garmin no modo de caminhada pra fazer essa trilha???

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    1. Oi Celso.
      Sua pergunta não é bizarra não. É uma pergunta muito útil e tem muita gente com essa mesma duvida.
      Usar um GPS automotivo em trilhas de trekking é possível sim, mas existem alguns problemas.
      Não é todo e qqer GPS automotivo que permite fazer o downloads dos tracklogs de trilhas.
      Para isso é preciso que vc instale um programa de navegação que visualize essas trilhas. Procurando na internet dá p/ achar vários. O GPS Trackmaker é um deles.
      Outro problema é a duração da bateria. Normalmente o automotivo é só carregar no acendedor de cigarros, mas e no meio do mato, como vc vai fazer?
      Se vc descobrir que o seu GPS automotivo não permite instalar programas de navegação por GPS, tem a opção dos celulares.
      Hoje em dia existem vários telefones celulares com GPS
      É só instalar um programinha e abrir o tracklog.

      Abcs

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    2. Ola Celso e Augusto Blz!.Augusto gostaria de saber no seu relato próximo a casa e sitio do (Sr. José Antonio) antes um pouco tem a trilha que leva ao pico do diamante...da pra emendar essa trilha e fazer numa boa ela leva mesmo ate o pico do diamante...Aguardo...Atenciosamente.....

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    3. Celso blz...se já fez esta trilha...ainda esta pra fazer? Aguardo...

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    4. Oi Alexandre, blz?
      Dá para emendar essa caminhada com a Trilha do Pico do Diamante sim.
      A do Pico do Diamante é até mais demarcada porque é muito usada por bikers e alguns motoqueiros.
      No relato eu coloquei essa bifurcação que leva ao Pico e tá bem próxima da casa do Sr. José Antônio.
      Pode ficar tranquilo.

      Abcs

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  5. Olá, fiz a trilha partindo do centro de campos do jordão até o horto florestal e depois subindo até o mirante de são josé dos alpes e a represa da usina santa izabel, onde pude refrescar e hidratar, voltando pelo mesmo caminho. Fiz a trilha de mountain bike e as fotos do google Earth me ajudaram a planejar tudo. o topo da serra da Mantiqueira é muito lindo. Parabéns pela coragem e pelo relato. Abraços Leonardo Sokolnik

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    1. Creio que até dava para refazer o mesmo percurso saindo do Pico do Itapeva até o Mirante S.J. Alpes e de bike.
      Em vários trechos da trilha pela crista o percurso é por antiga estrada. Só o trecho final mesmo que é uma trilha, mas sem maiores dificuldades.
      Veja nas fotos.
      E tem o trecho vindo do Pico do Diamante.
      Valeu pelo incentivo.

      Abcs

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  6. Ola Augusto, tudo bem? vi seu relato sobre a travessia pinda/campos do jordao e me interessei mto em fazer o mesmo percurso.

    sou morador de pinda, vi que voce falou em começar a travessia pelo bairro do pinga (porém mais longa) por onde iniciaria ? sendo pelo pinga. se fosse iniciar no bairro do pinga e terminar no hari sem passar pela usina, seriam 3 dias de travessia?

    se puder me passar um email para contato ou um telefone ficarei mto grato.

    Luiz Milan.

    meu e-mail pessoal é lisguto@gmail.com

    vi em seu blog que tu nao tem facebook. mas caso tenha hoje em dia
    esta o link de meu perfil.

    https://www.facebook.com/luizmilanfotografia

    Obrigado.

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    1. Oi Luiz, tudo bom?
      Vc vai me desculpar, mas não conheço nada de Pindamonhangaba.
      Quem me passou as informações dessa trilha foi o Lexus, que tá no relato.
      Começamos a caminhada no Bar do Edmundo.
      Dali seguimos por uma estrada, que eu não conheço, e no numeral 25500 iniciamos a trilha.
      Não conheço também o Bairro do Pinga e muito menos o Hari.
      E por isso não saberia também se seriam 3 dias.

      Lamento não poder te ajudar.

      Abcs

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    2. ok Augusto sem problemas...

      se for repetir esta trilha e eu puder acompanhar me avise por favor...
      grato.

      att. Luiz Milan

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    3. Oi Luiz.
      Nao costumo repetir as caminhadas.
      Sempre estou atrás de trilhas inéditas.

      Abcs

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  7. Ola, como a historia de minha familia esta ligada ao Ribeirao Grande e Sao Jose dos Alpes, pois a fazenda onde se encontra a trilha das bicas , a usina , os canos e a represa pertencia ao meu avo, Cel Benjamin Bueno. Quando crianca subi do Rob Grante ate o Pico do Itapeva a pe' , era um grupo da escola, tinhamos de 13 a 15 anos de idade. Desejo fazer do Rib Grande ate o Horto (Fazenda da Guarda)a cavalo pois a idade ja nao permite andar tanto, como meu avo e meu pai faziam, As dicas que deram sao otimas. Andei tb a cavalo um trecho do Itapeva pela crista, em direcao ao Sao Jose dos Alpes e retrnei pelo Canhambora. Gostaria de ter o e-mail dos amigos trilheiros que fizeram e relataram a jornada. No aguardo , Bemjamin Bueno

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    1. Blz Benjamin.

      Pretende subir até o Horto pela Trilha das Oliveiras?
      Ou pelo Gomeral?
      A das Oliveiras é muito ingreme hein.
      E para piorar, quando chegar perto da crista vai se deparar com o Parque do Itapeva, que é particular.
      Não sei se deixarão vc passar, ainda mais com cavalos.
      Mas se for por outros acessos, então blz.

      De todo aquele grupo, só mantenho contato mais frequente com o Rodrigo.
      Ele tem um blog também.
      www.exploradores.com.br

      Abcs

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  8. Grato Augusto. Ontem fui de carro ate o Rib Grande, conversei novamente com o Edmundo que e' parente distante, ele lembra de alguns grupos que passaram la.
    Ele falou que a trilha da Borboleta ja ate e uma estrada e facil. O que ele me informou, que tem uma trilha que sai da Graminha , que e das BIcas, que desvia antes do Gomeral, a esquerda e sobe saindo no Sao Jose dos Alpes e que naoe a da Usina, que agora e particular, pois era da CESP. Conversei com moradores e encontrei um neto de um amigo, que reside la e tem um restaurante, entao ele me arrumara um cavaleiro que conhece tudo por ali, para nos acompanhar, Depois contarei para vc a esperienca, Grato

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    1. Oi Benjamin, blz?
      Pela Trilha das Borboletas e Oliveiras é tranquila mesmo, mas não com cavalos.
      Alem ser íngreme no trecho final, vc cruza uma cerca de arame e finaliza no Parque do Itapeva. É quase certeza que irão te barrar.
      Olhando em imagens de satélite, é possível evitar o parque e finalizar próximo do topo do Pico Itapeva.
      Talvez seja uma opção, mas na caminhada.
      Ja subindo lá pela região do Gomeral creio que é possível sim.
      Tem aquela estrada que termina ali perto de S.J. Alpes.
      E ali tem algumas trilhas também.
      Mas cuidado que ali tem a Fazenda Lavrinhas.
      Talvez seja essa que seu parente comentou.
      Outra opção é a Trilha dos Romeiros que não é muito longe dali.
      Já Cruzei com ela no alto da serra, mas também não sei se é possível fazê-la a cavalo.
      Se puder, volte aqui e conte como foi.
      Boa sorte.

      Abcs

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  9. Augusto,
    Quando foi do Itapeva ate S Jose dos Alpes a trilha estava boa? Estando no S Jose dos Alpes nao encontrou problema (cerca ou porteira) para acessar a trilha da represa e a qual voce desceu saindo na Usina? A descida e' muito ingreme? Ja estou em contato com o pessoal da Usina para tentar ordem de passagem. Ai subiremos por ela, que era caminho de meu avo e de meu pai e muitos outros que acessavam a Fazenda da Guarda.

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    1. Blz Benjamin?
      A trilha do Itapeva até SJ Alpes era um pouco fechada quando passei lá. Existiam trechos de antigas estradas, mas relatos de pessoas que passaram por lá recentemente disseram que a trilha se fechou completamente em alguns trechos.
      O trecho final é o mais complicado.
      Se vc tem experiencia em trilhas, leve alguns tracklogs recentes.
      Só seguindo o relato vc terá problemas.
      Por isso não recomendo.
      Já na Usina, a trilha era bem demarcada e não tive nenhum problema lá.
      É facil identificá-la e a descida é ingreme, mas sem grandes dificuldades.
      Fui terminá-la durante a noite e usei lanterna no final da descida.
      Tente obter autorização porque fiquei sabendo que estão barrando o pessoal lá em cima, antes até de iniciar a trilha pela Usina.
      Que vc consiga.

      Abcs

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  10. Grato. Hoje desci de carro pelo Gomeral e fui ate o Ribeirao Grande, 40 km.
    Mas ouvi de um caboclo que trabalhou na Usina que a trilha e muito boa, a que faz zigue zaque pois direto pelo canos e muito ingreme.+

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    1. Aquela estrada pelo Gomeral permite uma linda vista do Vale.
      Mas por ser de terra, é complicado em épocas de chuvas.
      A descida pela Usina tem essas 2 opções: pelo cano e pela trilha em zig zag.
      Sem duvida nenhuma pelo cano é muito mais difícil, isso sem contar o risco de queda.

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  11. Olá Augusto,

    Porque ela está desativada? Qual a história dessa USINA?

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    1. E aí EPD, blz?

      Essa usina foi fechada em 94, mas mantinha os equipamentos e um vigilante sempre ficava na parte baixa, onde está o gerador. No dia que passei lá, acho que ele tinha ido ao banheiro ou algum outro lugar, porque passei sem ser incomodado.
      Se não me engano, ela foi religada no final de 2017 ou 2018.
      E fornece energia para as cidades ao redor.
      No final do relato eu coloquei algumas curiosidades sobre essa Usina.

      Abcs

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  12. la em são jose dos alpes é cheio de seguranças porque roubaram vacas e carneiros de uma fazenda um amigo meu era segurança la é propriedade do comendador eles tem autorizaçaõ para atirar em qualquer um que atravessar as cercas andam fortemente armados a fazenda fica a esquerda da fazenda lavrinhas logo em frente

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    1. Essa situação deve ser bem recorrente e não é de hoje.
      Quando passamos lá pela Lavrinhas, encontramos inúmeros seguranças em várias guaritas.
      Lamentável isso acontecer.
      Dou razão para o pessoal dessa Fazenda.

      Valeu

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  13. A travessia por dentro da Fazenda Cristalina não está autorizada. Ela acaba atraindo mais trilheiros que geram dano ao gado, cercas e vegetação. Já perdemos animais que comeram saco plástico e que definham até a morte. As vezes precisamos procurar animais que saem por buracos abertos na cerca. Ainda, houveram queimadas causadas por cigarro.

    Muitas vezes, há grupos que ficam perdidos no mato a noite ou que precisam de socorro. Isso acaba destacando equipes de bombeiros para achar perdidos na mata.

    Também estamos passando por uma época de crescimentos do furto de propriedade no Ribeirão Grande, o que poem qualquer indivíduo estranho transitando sem autorização sob suspeita.

    Então reafirmos que a passagem por la não esta autorizada, nem passando na surdina como malandro. Já temos de lidar com palmiteiros, caçadores e furtos na propriedade, não precisamos de mais trabalho.

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