Tudo começou em Novembro de 99 em um trabalho de
campo de Faculdade da disciplina de Biogeografia que durou 2 dias em Ilhabela.
Nossa intenção era fazer um estudo sobre a topografia e a cobertura vegetativa da Ilha.
Ali já me
criou a ideia de subir o pico, mas não tinha noção nenhuma onde a trilha
começava, então perguntei algumas coisas básicas sobre a trilha e voltei para
SP com o intuito de retornar uma outra vez para Ilhabela.
Alguns dias depois voltei a Ilha para conhecer o início da trilha do Pico São Sebastião e falar com o Viny sobre a autorização para se fazer a caminhada até o topo, já que o pessoal do parque proíbe que se faça trilhas na Ilha sem autorização.
Essa autorização na verdade é uma forma do parque não se responsabilizar por eventuais acidentes ou qualquer problema que aconteça com alguém na trilha. Nada de mais. Muitos parques fazem isso.
Desprezando sempre as bifurcações, a estrada
asfaltada segue sempre subindo e chega em um momento onde as casas e
construções acabam (na subida existe uma placa indicando cachoeira à direita –
não siga por ela, pois essa fica bem mais abaixo).
A trilha é bem íngreme e cheia de raízes e uns 10 minutos
depois já estávamos no topo da Cachoeira.
Como já passava das 15:00 hrs, nós dois chegamos
a conclusão que era melhor a gente acampar por aqui e só no dia seguinte
descansados e com a cabeça mais fria procurar novamente a continuação da trilha
(nessas horas o cansaço e o stress faz com que tomemos atitudes erradas, por
isso de trilha para aquele dia, já era o suficiente).
Depois de curto trecho no plano começamos a
descer um pequeno vale, orientado por algumas fitas presas nas árvores. Esse
trecho é quase todo feito por entre o bambuzal e em vários momentos tivemos de
seguir arrastando.
Segundo o Viny, encontraríamos água descendo
rumo sudeste por uns 10 minutos passando por várias pedras e alguns abrigos e
foi onde encontrei, numa espécie de gruta, em um buraco por entre algumas
pedras.
Não cheguei a pegar o nascer do Sol e as 07h30min iniciamos a descida pela trilha, que foi bem mais rápida. Só é complicado
mesmo nos trechos em que o bambuzal toma conta da trilha. Saí de lá com as calças em frangalhos. Toda rasgada.
Pouco depois das 11:00 hrs chegamos na Cachoeira 3 Tombos onde ficamos por um bom tempo e resolvemos tomar um banho de cachoeira, mesmo com a água bem gelada.
# Na Cachoeira 3 Tombos existem alguns grampos fixados na rocha. Regularmente algumas agências fazem rapel no local. Para quem gosta é uma boa opção.
Nossa intenção era fazer um estudo sobre a topografia e a cobertura vegetativa da Ilha.
Como era dentro do Parque Estadual, tivemos a
ajuda de um funcionário do Parque chamado Viny.
Foto acima no topo do Pico São Sebastião com vista
para nordeste, com toda a parte urbana da Ilha e o continente ao fundo
Fotos e croquis dessa trilha: clique aqui
Na ilha, um dos lugares que o Viny nos levou foi
no Pico do Baepi, mas como boa parte da galera era sedentária, só chegamos até a
base, pouco depois que entramos na mata fechada. A intenção era chegar ao topo do pico, com seus quase 1050 metros de altitude.
Conversando com ele sobre os pontos mais altos
da ilha onde dava para chegar, me disse que além do Baepi, outro pico que dá para se chegar no topo era o Pico do São Sebastião (o maior de toda Ilha) com 1375 metros de altitude.
Cruzando o canal de balsa |
Essa autorização na verdade é uma forma do parque não se responsabilizar por eventuais acidentes ou qualquer problema que aconteça com alguém na trilha. Nada de mais. Muitos parques fazem isso.
Depois de ter conhecido onde se iniciava a
trilha e obtido algumas outras dicas, agora era agendar a data para a trip e
marquei com o Marcos (velho conhecido de faculdade) para fazermos no início de 2000, já que as aulas na Faculdade ainda não tinham se iniciado. Saímos de Sampa em um Sábado no ônibus das 12:00 hrs (só não saímos mais cedo por causa de compromisso do Marcos) e chegamos na balsa por volta das 15:00 hrs.
Aqui só foi atravessar o canal e chegar em Ilhabela e no ponto final de algumas linhas de ônibus junto da balsa, pegamos o circular Borrifos.
Logo depois que o circular passou a Praia do Portinho, ficamos atentos até chegar a uma bifurcação à esquerda com placas indicando Chalé Recanto dos Pássaros e Cachoeira dos 3 Tombos.
Logo depois que o circular passou a Praia do Portinho, ficamos atentos até chegar a uma bifurcação à esquerda com placas indicando Chalé Recanto dos Pássaros e Cachoeira dos 3 Tombos.
Aqui existe um
portal de concreto e poucos metros à frente a entrada para a Praia da Feiticeira,
à direita. Chegamos aqui por volta das 17:00 hrs e ainda
nos restava uma longa e exaustiva subida até o local onde íamos acampar.
Vista para o Canal no topo da Cachoeira 3 Tombos |
Como não estávamos com pressa, sempre íamos
parando ao longo da subida.
O Sol começava a ir embora, mas ainda não
tínhamos chegado no local do acampamento e assim que pegamos um trecho de
asfalto tomado pelo mato ficamos atentos para uma bifurcação à esquerda bem
íngreme (não chegamos a usar a lanterna porque eu sabia o local onde estava a
bifurcação).
O trecho é asfaltado e no final da subida chegamos no ponto onde
montamos a barraca e logo que começou a escurecer, preparamos o nosso jantar
com a água que tínhamos trazido.(a altitude aqui é pouco mais de 200 metros).
Eu e o Marcos |
A noite foi tranquila e por volta das 07h30min do dia seguinte desmontamos a barraca e seguimos em direção
ao topo.
Voltando para estrada tomada pelo mato, seguimos
até o seu final, onde existe uma trilha bem visível à esquerda que leva até a
Cachoeira 3 Tombos.
Parada para descanso |
Alguns metros antes de chegar nas raízes
é possível seguir na direção da base da cachoeira, à direita. Aqui pegamos água para o dia, já que o Viny
tinha me dito que só encontraríamos o precioso liquido em 2 lugares: na
altitude de + - 800 metros, próximo da trilha à esquerda e outro ponto do outro
lado do topo, descendo no sentido sudeste por uma trilha de alguns minutos.
Saindo do topo da cachoeira, a trilha segue à
esquerda do rio e mais alguns metros entramos na mata fechada, chegando em uma
árvore com uma enorme raiz.
Aqui tem uma indicação marcada com tinta
vermelha de F4 P2 com a seta para a direita (não siga por aqui, provavelmente
leva a algumas cachoeiras e poções mais acima).
Uns 5 metros antes dessa árvore
existe um vestígio de trilha que sobe à esquerda, por uma encosta bem inclinada
e lá em cima no final dela, a trilha segue para a direita.
Daqui para frente não haverá bifurcações e tendo faro para trilhas, não terá problemas.
Seguindo a trilha pela mata fechada vamos
ganhando altitude e em certos trechos tivemos que nos arrastar para evitar
bambuzais cheio de espinhos.
Daqui para frente não haverá bifurcações e tendo faro para trilhas, não terá problemas.
Enorme pedrão na trilha, onde acampamos |
O calor no interior da mata é muito forte e por
causa do aclive bem acentuado íamos parando por vários momentos para recuperar
o fôlego.
Depois de pouco mais de 3 horas de trilha (+ - 10h30min) e por volta da altitude de 800 metros passamos ao lado de uma área descampada da trilha. Para pegar água é só seguir para a esquerda por uns 50 metros e embaixo de algumas pedras existe uma pequena nascente.
O local é um bom ponto de bivaque.
Depois de pouco mais de 3 horas de trilha (+ - 10h30min) e por volta da altitude de 800 metros passamos ao lado de uma área descampada da trilha. Para pegar água é só seguir para a esquerda por uns 50 metros e embaixo de algumas pedras existe uma pequena nascente.
O local é um bom ponto de bivaque.
Eu e o Marcos paramos aqui e resolvemos comer
alguma coisa e depois de descansados, voltamos para a trilha.
Mais uns 50 metros e chegamos a uma área de vegetação baixa muito abundante.
Mais uns 50 metros e chegamos a uma área de vegetação baixa muito abundante.
Aqui a trilha se perde, mas procurando em
algumas árvores é possível ver algumas antigas fitas amarradas e foi o que
encontramos um pouco à esquerda.
Ficamos sabendo que esse é um trecho onde
muita gente se perde, por isso assim que chegar aqui, siga reto e um pouco para
esquerda.
Seguindo pela trilha, encontramos outras fitas
amarradas em uma ou outra árvore e com isso tivemos a certeza de que estávamos
na trilha certa, mas logo chegamos em um trecho de bambuzal com espinhos e aqui
não foi fácil passar.
Próximo da altitude de 1050 metros chegamos pela
esquerda de uma enorme pedra (era por volta das 13:00 hrs) que pode ser usada
como abrigo.
Topo logo ali |
O problema aqui é que não sabíamos por onde a
trilha seguia e tentamos de todo jeito seguir para esquerda da pedra, mas em
qualquer caminho que tomávamos, logo a trilha se fechava.
Eu e o Marcos
resolvemos então subir ao topo da pedra para de lá procurar qual caminho
seguir, pois como a mata é muito fechada, não tínhamos nenhuma noção se
estávamos na direção certa.
Tentamos subir até o topo da enorme pedra pela
esquerda, mas era impossível, por ser muito íngreme e só conseguimos chegar lá
pelo lado direito.
Aqui já tínhamos o visual do topo do São
Sebastião visto bem ao sul e parecia que estava bem próximo.
Não estamos tão longe do topo |
Montamos nossa barraca bem embaixo da enorme
pedra em um local plano (aqui é possível montar 4 ou 5 barracas protegidas).
Dentro da barraca e depois de um pequeno lanche,
o Marcos até pensou em retornar dali mesmo no dia seguinte, mas depois de todo
trabalho que tivemos para chegar ali, desistir não estava nos meus planos.
Quando anoiteceu fizemos nosso jantar fora da
barraca e depois caímos no sono rapidamente, talvez pelo cansaço do dia.
Na Segunda-feira pela manhã acordei por volta
das 07:00 hrs e fui procurar alguns vestígios de trilha, agora pelo lado
direito da pedra, de quem vem da cachoeira, já que pelo lado esquerdo não existia mesmo.
Topo do Pico São Sebastião |
Conforme fui contornando a pedra, encontrei uma
fita amarrada em uma árvore e continuei seguindo em frente até encontrar outras
que orientavam a seguir sentido sul.
Nesse ponto a trilha seguia pela encosta com um
imenso vale de mata fechada do lado direito e uns 10 minutos depois a trilha já
aparecia bem mais demarcada (daqui para frente não tinha mais erro, era só
seguir em frente subindo).
Voltei para a barraca e encontrei o Marcos ainda
dormindo e depois de tê-lo avisado da trilha, ficamos bem mais tranquilos.
Café da manhã tomado e barraca desmontada, fomos
sair da enorme pedra por volta das 09h30min, seguindo pela trilha que tínhamos
encontrado e passado o trecho da encosta à direita da pedra, a trilha toma rumo
sul por uma subida bem íngreme e aqui tivemos que subir segurando nas raízes e
nos bambus.
Eu e o Marcos no topo |
Mais um pequeno trecho de subida e logo chegamos
em algumas pedras e contornando elas fomos chegar em uma clareira, que marca o
topo do Pico do São Sebastião, onde chegamos pouco antes das 11:00 hrs.
Existem aqui algumas pedras e subindo em uma
delas tivemos uma vista privilegiada de toda a Ilha.
Ao sul/sudeste vemos a
Praia do Bonete e a nordeste a região do centro de Ilhabela e ao norte todo o
canal de São Sebastião com inúmeras praias do continente.
Vista para o Canal |
A altitude aqui é pouco mais de 1370 metros e o
único relevo que impede a visão é o Pico do Papagaio a oeste, que parece ser maior, mas não é. O problema é que o acesso até lá é bem mais difícil que o do São Sebastião.
Além da clareira no topo, existem também algumas partes planas descendo um pouco mais ao sul e foi onde montamos nossa barraca.
Além da clareira no topo, existem também algumas partes planas descendo um pouco mais ao sul e foi onde montamos nossa barraca.
Canal de São Sebastião com Ilhabela |
Por volta das 12:00 hrs e depois de ter montado
a barraca ficamos apreciando o visual no topo por um bom tempo e depois de
vários clics ainda fui dar uma explorada nas encostas, mas pela mata fechada e
pelos inúmeros bambuzais era complicado.
Pelo que pude perceber a única trilha de acesso é a que gente tinha vindo. Não achei outra.
Nesse dia resolvemos fazer um almoço porque a
comida ia sobrar, já que tínhamos chegado no nosso objetivo.
Pelo que pude perceber a única trilha de acesso é a que gente tinha vindo. Não achei outra.
O almoço foi por volta das 14:00 hrs e o jantar
bem no início da noite.
Tivemos uma noite tranquila novamente e por volta
das 07:00 hrs do dia seguinte já estávamos de pé e com a barraca desmontada.
Descendo pela estrada |
Pouco depois das 11:00 hrs chegamos na Cachoeira 3 Tombos onde ficamos por um bom tempo e resolvemos tomar um banho de cachoeira, mesmo com a água bem gelada.
Depois disso, continuamos a descida e as 14:00
hrs chegamos na avenida principal onde pegamos o circular em direção a balsa.
Já em São Sebastião seguimos para a Rodoviária
onde conseguimos embarcar por volta das 16:00 hrs em direção a Sampa.
Algumas dicas e informações úteis (Atualizado Julho/2020)
# O Bruno Vaps, que subiu até o topo do Pico São Sebastião, me passou o tracklog para GPS, criado por ele e me autorizou a deixar disponível para quem quisesse.
# Alguns anos depois voltei novamente ao Pico
São Sebastião e pegamos trechos da trilha se fechando. Foi bem difícil chegar
ao topo. O relato é esse:
# O Bruno Vaps, que subiu até o topo do Pico São Sebastião, me passou o tracklog para GPS, criado por ele e me autorizou a deixar disponível para quem quisesse.
Tá em arquivo kmz e pode ajudar quem queira subir até o topo.
Download do arquivo: clique aqui.
# A trilha do Pico SS é extremamente difícil, pois em vários trechos o mato tomou conta e é preciso ter faro de trilha, além de ser uma trilha totalmente em mata fechada.
Download do arquivo: clique aqui.
# A trilha do Pico SS é extremamente difícil, pois em vários trechos o mato tomou conta e é preciso ter faro de trilha, além de ser uma trilha totalmente em mata fechada.
A falta de água também pode ser
um empecilho, por isso só é recomendável fazer essa caminhada em grupo ou quem
tem boas noções de navegação e experiencia de trilha em mata fechada.
# No topo do São Sebastião existe uma clareira
que suporta umas 3 ou 4 barracas. Poucos metros antes dá para acampar em outros
pontos planos também.
# Os melhores lugares para acampar na trilha do São Sebastião são: no inicio, pouco antes de chegar na cachoeira; outro ponto na altitude de + - 1050 metros, embaixo de uma enorme pedra e no topo do Pico e áreas próximas, onde existem alguns descampados abertos pela galera.
# Junto ao topo da Cachoeira 3 Tombos é
complicado acampar, já que não existe lugares planos. O ideal é ficar no final da antiga estrada, junto ao início
da trilha.
# Água pode ser encontrada em 3 pontos na
trilha do Pico SS: na Cachoeira 3 Tombos; outro ponto na altitude de + - 800 metros à
esquerda da trilha em pouca quantidade e o último ponto descendo do topo rumo
sudeste por uns 10 minutos e passando por algumas pedras que servem de bivaque.
No álbum de fotos tem um croqui de como chegar nesse ponto de água.
# Até dá para fazer a subida da trilha do São Sebastião em um único dia (creio em + - 8 hrs), mas subindo e descendo no mesmo dia é muito puxado, por isso não recomendo.
# Existe também um pequeno problema na trilha do São Sebastião de só haver fitas amarradas nas árvores no trecho final. No início da trilha essas fitas são raras.
# Um par de luvas é essencial, já que nos trechos de bambuzais existem inúmeros espinhos que podem machucar.
# Existe também um pequeno problema na trilha do São Sebastião de só haver fitas amarradas nas árvores no trecho final. No início da trilha essas fitas são raras.
# Um par de luvas é essencial, já que nos trechos de bambuzais existem inúmeros espinhos que podem machucar.
# Na Cachoeira 3 Tombos existem alguns grampos fixados na rocha. Regularmente algumas agências fazem rapel no local. Para quem gosta é uma boa opção.
# Ilhabela é um lugar que possui uma quantidade maior de animais peçonhentos em comparação com a Serra do Mar. Talvez por ser uma ilha, esses animais tenham se reproduzido mais facilmente. Por isso muito cuidado nas trilhas.
# Um outra praga que está na Ilha aos milhões são os borrachudos. Repelente é um item obrigatório.
# A subida do Pico do Baepi leva em média 4 horas com algumas paradas, porém a trilha é extremamente íngreme no trecho final. Lembra muito a do Pico do Corcovado de Ubatuba, pela declividade, porém com a mata bem mais fechada.
# A subida do Pico do Baepi leva em média 4 horas com algumas paradas, porém a trilha é extremamente íngreme no trecho final. Lembra muito a do Pico do Corcovado de Ubatuba, pela declividade, porém com a mata bem mais fechada.
Olá Augusto, tudo bem?
ResponderExcluirVocê teria o tracklog dessa trilha para o São Sebastião?
Saberia dizer onde fica esse ponto de água a 800 metros de altitude?
Oi Luis, blz?
ExcluirEu tenho o tracklog sim, mas é do Bruno Vaps. Ele que passou para mim.
Por isso que não coloquei na minha pagina do wikiloc.
O Bruno me autorizou a deixar disponível para download no Google Drive.
O link tá no fim do relato, em Dicas e Informações úteis.
https://drive.google.com/file/d/0Bz--sz3OPoWrVlQ2U01Ed1dhaFU/view?usp=sharing
É só clicar lá e fazer o download.
Quanto a água na altitude de 800 mts, quando vc chegar próxima dessa altitude verá algumas enormes pedras do lado esquerdo e trechos abertos no meio da mata que leva a possíveis nascentes.
São aproximadamente uns 50 mts descendo uma pequena encosta até uma nascente embaixo de enormes pedras..
Foi dificil encontrar na época o lugar exato, por isso recomendaria vc trazer lá da cachoeira.
É mais seguro.
Abcs