25 de maio de 2005

Relato: Cavernas do PETAR/SP - Núcleos Santana e Ouro Grosso

Esse pequeno relato é um pouco diferente.
É sobre a minha primeira experiência em cavernas que aconteceu em 2005. A Márcia que já tinha ido inúmeras vezes, foi a que me convidou. Só me arrependo de não ter conhecido esse ambiente a muito tempo atrás, pois quem vai pela primeira vez não esquece jamais. Conhecemos poucas cavernas porque só ficamos um fim de semana, vistando as Cavernas Santana, Água Suja, Ouro Grosso, Alambari de Baixo e depois no retorno para São Paulo passei pela Caverna do Diabo.

Foto  acima, no interior da Caverna Ouro Grosso com cachoeira ao fundo



Fotos e um mapa de acesso aos Núcleos: clique aqui

Depois de conhecer o CEU (Centro Excursionista Universitário) através de uma lista de trekking da qual participava, resolvi ir a uma das reuniões lá na USP com a Márcia, porque fiquei sabendo que estavam organizando uma trip para um local que sempre quis conhecer: as cavernas do Petar. 

Lá revi o Marcelo Chiossi e alguns velhos amigos de trilhas e marcamos a data da viagem para uma Sexta-feira. O grupo era de aproximadamente 10 pessoas e todos iriam se encontrar na Pousada do Tatu que se localiza no Bairro da Serra, a cerca de 15 Km de Iporanga. Alguns iriam sair de Sampa no final da tarde, outros durante a noite e depois de trocarmos e-mails entre nós para oferecer carona para um ou outro, acabamos eu e a Márcia sendo os primeiros a chegar lá.
Saímos de Sampa por volta das 18h30min, seguindo pela BR 116 até Jacupiranga e dali seguimos as placas que indicam Caverna do Diabo (existem várias). Em seguida passamos pelas cidades de Eldorado, pelo acesso à Caverna do Diabo e chegamos em Iporanga.
Dali foram mais 30 minutos por uns 15 Km em estrada de terra em bom estado até o Bairro da Serra, onde chegamos por volta das 22:00 hrs. Tínhamos a informação que na Pousada do Tatu existia camping, mas aconteceu um imprevisto.
Por sermos os primeiros a chegar, fomos recebidos pelo caseiro, porém o mesmo não sabia sobre o camping ou que iríamos ficar nele e o proprietário Beroaldo, que mora em Campinas, ainda não tinha chegado. Só nos restou mesmo procurar um outro camping pelo Bairro.
Sem conhecer o lugar, eu não sabia que a poucos metros da Pousada do Tatu tinha o Camping do Benjamin (fomos descobrir no dia seguinte) e procurar algum no meio da noite não era uma opção razoável. Lembramos que na entrada do Bairro passamos ao lado de um Camping e então seguimos para lá. 
Era o Camping Recanto das Orquídeas, que se localiza ao lado da estrada que vai para Iporanga. Bem estruturado, o lugar possui um terreno com área plana e gramada. Os banheiros estavam em reforma em vista do feriado de Corpus Christi que estava chegando, então tivemos que usar o banheiro da residência do proprietário. Armamos nossa barraca (era a única do camping) e fomos dormir por volta da meia-noite.
Todo o pessoal na entrada do Núcleo
Na manhã do dia seguinte tínhamos que nos reunir por volta das 09:00 hrs na Pousada para o café da manhã. A localização era próxima ao Bar do JJ.
Ao chegarmos lá, o proprietário Beroaldo veio nos pedir desculpas pelo imprevisto; dissemos que tudo bem e combinamos com ele que faríamos as refeições na Pousada, mas que continuaríamos no camping onde estávamos, já que já tínhamos ficado uma noite lá e o lugar era bom. 
Reunidos com toda a galera e o nosso guia Kisuco (filho do JJ), tomamos um belo café da manhã e seguimos de carro em direção ao Núcleo Santana pela estrada que leva até Apiaí, por cerca de 4 Km.
Ao chegarmos na portaria do Núcleo Santana, demos nossos nomes e o do guia que estava com a gente e depois de pagar a taxa, seguimos para a entrada da Caverna Santana. 
Até aí já eram por volta das 11:00 hrs. Essa Caverna é uma das mais visitadas, mas com algumas pequenas dificuldades. 

28 de abril de 2005

Relato: Cachoeiras e praias desertas de Barra do Una - Peruíbe/SP

Esse relato com algumas dicas de uma trip à Vila de Barra do Una em Peruíbe/SP é para servir como um guia do que ver e aproveitar nessa pequena Vila do litoral sul de SP.
Fizemos caminhadas por praias desertas, poções e algumas cachoeiras próximas.
Foram 3 dias e os lugares visitados foram as praias próximas da Vila, Cachoeira do Paraíso e os poções no Rio Perequê. Levei também um bote inflável e remei por alguns trechos do Rio Una.


Foto acima, praia da Vila de Barra do Una com a Serra da Juréia ao fundo

Fotos + croquis para se chegar lá: clique aqui

Tracklog para GPS com as cachoeiras: clique aqui

Depois de me colocarem para trabalhar em pleno feriado de Tiradentes em Abril (uma Quinta-feira) consegui 3 dias de folga (Sexta, Sábado e Domingo). Foi em cima da hora e eu nem tinha planejado para onde iria. Surgiram várias opções, mas eu e a Márcia acabamos decidindo por Barra do Una, em Peruíbe.
Tive que ir correndo atrás de algumas informações na Internet e como não sabíamos se havia ônibus de Peruíbe para a Vila de Barra do Una, resolvemos ir de carro. 
Arrumamos nossas mochilas na noite de Quinta na maior correria, porque pretendíamos sair bem cedo. 
Na Sexta de manhã por volta das 06:00 hrs seguimos de Sampa em direção ao litoral. 
Pela Imigrantes o trânsito estava bastante tranquilo e chegamos ao final da descida da Serra por volta das 07:00 hrs, mas ainda tínhamos um longo caminho pela Rodovia Padre Manoel da Nóbrega até Peruíbe, ultima cidade litorânea acessível por essa Rodovia, sentido sul.
A estrada também estava tranquila e chegamos em Peruíbe por volta das 08:00 hrs.
Tínhamos uma informação de que a Estrada do Guaraú (que leva até Barra do Una) saia próximo do centro da cidade e lá fomos nós procurá-la. 
Praia do Guaraú
Seguindo algumas placas, não tivemos problemas para encontrar a estrada asfaltada, que inicialmente sobe o Morro do Guaraú com sinuosas curvas para chegar na Praia do Guaraú cerca de 20 minutos depois. A praia é bem extensa e do lado direito deságua um rio. Próximo da praia existem algumas ilhas, acessíveis por escunas, mas nosso destino ainda estava a uns 23 Km adiante, por estrada de terra precária e muita lama – É a continuação da Estrada do Guaraú. Ao sairmos da Praia notamos que existe um circular que sai de Peruíbe até Barra do Una, conhecido como Poeirinha.

30 de março de 2005

Relato: Picos de Monte Verde/MG e Travessia até São Francisco Xavier/SP pela Fazenda Santa Cruz

Esse é um relato das caminhadas pelos picos de Monte Verde/MG (Pico do Selado, Chapéu do Bispo, Pedra Redonda e Pedra Partida) e posterior travessia até São Francisco Xavier/SP, passando pela Fazenda Santa Cruz, que eu e a Márcia fizemos em um feriado prolongado. 
Não demos muita sorte porque pegamos dias de chuva, que atrapalhou totalmente a caminhada, impedindo qualquer visual lá da crista da serra, mas conseguimos completar o que tínhamos planejado.

Foto acima, um colchão de nuvem visto da crista da Serra da Mantiqueira


Fotos + croqui: clique aqui


Feriado da Pascoa chegando e eu sem ter o que fazer. Como eram apenas 3 dias naquele mês de Março não dava para fazer caminhadas longas e ficar em casa não estava nos meus planos. Agora para onde ir?

Eu e a Márcia ficamos conversando sobre qual destino escolher. Pensei Bocaina, um retorno para o Frade, Serra Fina ou Monte Verde. Para o Frade e a Serra Fina, o ideal é ter no mínimo 4 dias, mas só tínhamos 3. A Serra da Bocaina eu já conhecia. Sobrou Monte Verde emendando com a travessia até São Francisco Xavier. Já tinha ido uma vez em Monte Verde e conhecia alguns picos da região, mas a travessia nunca tinha feito e como a Márcia não conhecia a região, então foi uma boa escolha. 
Chamei algumas outras pessoas que até se comprometeram a ir, mas depois desistiram, talvez pela previsão de chuvas. 
Portal de Monte Verde
Novamente o nosso guia seria o relato do Sérgio Beck, no livro Caminho da Aventura. Lá ele descrevia em detalhes toda as trilhas pela crista e a descida até SF Xavier.
A intenção era fazer a travessia dos picos de Monte Verde (Pico do Selado, Chapéu do Bispo, Pedra Redonda e Pedra Partida) de um extremo ao outro e depois descer até SFX pela trilha que sai ao lado da Pedra Redonda, passando pela Fazenda Santa Cruz. E assim estava planejada a trip.
De Sampa até Monte Verde não existe ônibus direto. Todos eles seguem até Camanducaia, então tivemos que comprar para o horário das 07h30min de Sexta com ônibus cheio. A empresa é a Viação Cambuí, saindo do Terminal Tietê. 
Chegamos em Camanducaia pouco depois das 09h30min, mas agora tinha um outro problema: o ônibus que vai para Monte Verde só ia sair as 11h30min. 
Íamos perder muito tempo. Tínhamos uma informação de que havia uma van que faz a mesma linha para Monte Verde, mas que o valor era muito alto. 
Subindo pela estrada
Ficamos aguardando outros passageiros chegarem e conseguimos reunir alguns e no final pagamos um valor bem baixo. Estava de bom tamanho. 
A van era uma Kia que já estava quase caindo aos pedaços, de tanto rodar. 
Boa parte do percurso entre Camanducaia e Monte Verde era feito por estradas ruins e quando existia asfalto, era de péssima qualidade (atualmente essa estrada está bem diferente. Todo o trecho até MV está com asfalto de boa qualidade). 
Saímos de Camanducaia as 10h15min e chegamos em Monte Verde as 11:00 hrs. 
Descemos em frente ao Portal de Monte Verde e depois de alguns clics seguimos para o centro da cidade que se resume a uma Avenida Principal com algumas lojas, restaurantes e pousadas. 

25 de setembro de 2004

Relato: Travessia da Ponta da Joatinga - Paraty/RJ + Trilha Trindade-Camburi - Divisa SP/RJ

Esse é um relato de mais duas travessias (Ponta da Joatinga e Trindade-Camburi) que eu e a Márcia fizemos no feriado de 7 de Setembro na região de Paraty e Ubatuba. As duas eu já conhecia bem. A Joatinga já tinha feito anos atrás (relato aqui) e é bem tranquila. A Trindade-Camburi também já tinha feito, mas no sentido inverso (relato aqui). Pegamos dias de muito Sol na Joatinga, mas passamos por apuros em uma delas e a experiência que tivemos serviu como lição.

Foto acima: Márcia na trilha com a Praia de Ponta Negra ao fundo


Fotos da Travessia da Joatinga: clique aqui
Tracklog para GPS da travessia da Ponta da Joatinga: clique aqui

Fotos + croqui da trilha Camburi-Trindade: clique aqui
Tracklog para GPS da travessia Camburi-Trindade: clique aqui
Seguindo de barco para a Praia do Pouso
Saímos de São Paulo de ônibus no feriado da Independência bem de manhãzinha e chegamos em Paraty por volta das 14:00 hrs. Como pretendíamos retornar a SP no Domingo, resolvemos comprar as passagens para o horário das 16h30min. Cinco dias de caminhada eram mais do que o suficientes para fazermos as 2 travessias.
Estávamos com dúvida se ainda conseguiríamos algum barco que nos deixasse na Praia do Pouso da Cajaíba, mas assim que chegamos no cais, encontramos uma escuna que estava retornando para a Praia do Pouso. 

20 de julho de 2004

Relato: Perrengue brabo na Pedra do Frade - Serra do Mar de Angra dos Reis/RJ

Este relato é sobre a tentativa de se chegar ao topo da Pedra do Frade, localizado na Serra do Mar de Angra dos Reis/RJ em Julho de 2004. 
Para alguns era primeira vez e tivemos vários problemas. 
O ponto de partida foi por Bananal/SP e finalizamos no Bairro do Perequê, já em Angra dos Reis, na estrada que marca o final da Trilha do Ouro, próximo ao Rio Mambucaba, de quem faz a travessia do Parque Nacional da Serra da Bocaina.

Na foto acima, em um momento raro de abertura do tempo, pude pegar um pouco da Pedra do Frade


Fotos e os croquis dessa trilha: Clique aqui

Tracklog para GPS: Clique aqui

Durante muito tempo tentei várias vezes obter informações, 
algum mapa ou croqui da trilha que leva até o topo da Pedra do Frade, saindo de Bananal/SP. O Sérgio Beck (famoso montanhista) tinha descrito essa subida saindo do Hotel do Frade, em Angra dos Reis/RJ, mas já tinha a informação de que a subida pelo Hotel não era mais permitida (diziam que eram por questões de segurança). 

O jeito era conseguir informações dessa trilha saindo de Bananal, passando pela Pousada Brejal. As que consegui eram sempre informações básicas. 
Entrei em contato com alguns guias que já tinham acompanhado pessoas nessa trilha, mas sempre encontrava dificuldades – raramente algum guia passa informações detalhadas de trilhas onde ele sempre tá caminhando; isso é normal, é o ganha pão deles; não os critico por isso. 
Igreja de Bananal
Acabei conseguindo um croqui básico da trilha com um colega de uma lista de discussão sobre trekking (Rogério), que me passou também as coordenadas da trilha mapeada em GPS.
E através dessa lista de discussão também fiquei sabendo que o Rogério e o Maurício tinham tentado realizar essa trilha saindo de Bananal, mas devidos às chuvas não chegaram até o topo. Troquei vários e-mails com os dois e dessa forma marcamos para subir a Pedra no feriado de 09 de Julho (feriado somente no Estado de SP, devido a Revolução Constitucionalista). 
O Felipe que também estava no grupo que tentou a primeira subida me enviou um croqui mais detalhado de toda a trilha feito pelo Carlinhos (dono da Pousada Brejal). Já tínhamos os croquis e o Rogério estava levando o GPS dele com o tracklog que ele criou quando tinha ido lá. Agora era contar com tempo bom. 
Éramos eu, a Márcia, o Rogério e o Maurício e nossa pretensão era a de entrar por Bananal, passando pela Pousada do Brejal e subir o Frade para depois descer até Angra dos Reis, completando a travessia. 
Com o croqui e o tracklog para GPS do Rogério com certeza não teríamos problemas de navegação na subida até o topo da Pedra; já para a descida não tínhamos informação nenhuma. 
Eu e a Márcia saímos de Sampa em direção a Bananal e lá aguardaríamos na Praça Principal de Bananal o Rogério e o Maurício que viriam do RJ para subirmos até a Pousada Brejal, localizada no alto da Serra da Bocaina, que estava a cerca de 1 hora e 30 minutos.
Coreto de Bananal
Existe um circular que sai da praça principal de Bananal e chega + - próximo da Pousada do Brejal, mas com horários um pouco ingratos (06h30min e 14h30min) o que nos obrigou a arranjar um transporte. 
No dia combinado (09/07) por volta das 21:00 hrs os dois chegaram em uma Kombi e seguimos em direção a Pousada Brejal.