28 de julho de 2003

Relato: Trilha do Ouro - Travessia do Parque Nacional da Serra da Bocaina + Pico Tira Chapéu - SP/RJ

Esse é um relato da travessia do Parque Nacional da Serra da Bocaina que eu completei em 4 dias no inverno. Ela é muito conhecida pelo nome de Trilha do Ouro e se inicia em São José do Barreiro/SP e termina no bairro de Mambucaba em Angra dos Reis/RJ, cruzando de norte a sul o Parque Nacional. Normalmente se faz essa caminhada em 3 dias, ficando em pousadas ou campings ao longo da travessia.
Minha pretensão inicialmente era somente fazer a travessia da Serra da Bocaina, mas como tinha acabado de ler 2 relatos do Sérgio Beck que descreviam a travessia e um outro a subida do Pico Tira Chapéu, não pensei 2x. Como o início da trilha do Pico é próximo da portaria do P.N., resolvi emendar uma caminhada na outra. Primeiramente subiria o Tira Chapéu em um único dia, para depois no dia seguinte seguir para a travessia da Bocaina.
Seriam 4 dias de caminhada exaustiva, mas as belas paisagens da Serra da Bocaina compensariam o esforço.

Foto acima: na base da Cachoeira do Veado, já quase no final da travessia

Fotos e croquis: Clique aqui
Tracklog para GPS da caminhada ao Pico do Tira Chapéu: Clique aqui
Tracklog para GPS da Travessia da Serra da Bocaina: Clique aqui

Alguns meses antes de fazer essa travessia, o Sergio Beck (famoso montanhista) tinha lançado a Revista "Aventura Já", que estava no seu quarto número. E a matéria de capa do número 2 da pequena revista era sobre a travessia da Bocaina. 
Por ser um leitor assíduo de seus livros e revistas, me interessei por essa caminhada.
Porém ele usou uma rota não-oficial para acessar o parque, encontrando a trilha oficial pouco depois da portaria, evitando passar por ela.
Mas não queria entrar no parque pelo mesmo lugar, por isso fui atrás também de informações que me ajudassem a fazer a travessia passando pela portaria principal do Parque, solicitando autorização.
Tanto do relato do Beck, quanto de outros trilheiros que fizeram a travessia oficial, diziam que essa caminhada era tranquila e sem receio de se perder. 
Já para a trilha do Pico Tira Chapéu, o relato tinha saído na Revista de Número 4 e depois de imprimi-lo, levei para a viagem.
Com bastante antecedência, enviei a solicitação de autorização (obrigatória) ao P.N. para iniciar a travessia no início de Julho e depois liguei confirmando se tinham recebido. Estava tudo ok.
Um problema de se chegar na cidade de São José do Barreiro (onde se inicia essa travessia) é a escassez de ônibus. Saindo de SP somente a empresa Pássaro Marrom faz esse itinerário, mas não é todo dia que ela faz esse percurso, por isso a melhor alternativa é seguir de Sampa até Guaratinguetá/SP e de lá até São José do Barreiro.
E com isso só fui chegar na cidade no início da tarde de uma Sexta-feira.
Quanto a hospedagem, já tinha uma indicação da Pousada da D. Maria que fica junto da Igreja Matriz e segui para lá. É uma pousada simples e pequena, mas perfeita para passar a noite.
Depois de acomodado no quarto, saí para procurar algum transporte até o alto da Serra da Bocaina, onde está a portaria do Parque e também comer alguma coisa.
Fiquei sabendo que sempre tem algum veículo que sai ao lado da Igreja Matriz, mas são bem caros. O ideal é para um grupo grande, mas eu estava sozinho naquele dia.
Há uma pessoa chamada Zé Pescocinho  que é um dos mais baratos para levar até o alto da serra e recomendado por muita gente que já tinha feito essa caminhada.
Depois de me informar com a D. Maria onde fica a casa dele, fui até lá.
O carro que ele tem é um Fusca antigo e era perfeito para subir a serra, mas fui informado por ele que só tinha eu para subir a serra, então ficaria muito caro. E com isso não me restou alternativa senão subir até o alto da serra na caminhada mesmo.
Seguindo pela estrada
No dia seguinte, acordei bem cedo naquela manhã de Sábado e saí de São José do Barreiro por volta das 07:00 hrs na caminhada até o Pico do Tira Chapéu, onde iria acampar.
A subida da serra é longa e exaustiva.
Depois de umas 3 horas de caminhada começam a aparecer as primeiras bicas de água potável e os melhores visuais começam a surgir depois de + - 4 horas, quando toda a Serra da Mantiqueira com Pico do Marins, Serra Fina e Itatiaia surgem bem ao norte. Dá para se ver todo o perfil da Mantiqueira.
Todos os carros que passavam por mim nem procuravam me notar, para não dar carona, é claro. Um deles até tinha 2 montanhistas com mochilas na carroceria, confirmando que eles também iam fazer a travessia.
Lá pelas 14:00 hrs e depois de pouco mais de 20 Km, a estrada chega ao topo da serra e agora é só descida, dando uma aliviada no cansaço. 
Mais uns 4 Km e passei ao lado do acesso à Fazenda Recanto da Floresta (que pertence a Agência MW Trekking), do lado esquerdo. 
Logo à frente tem a placa de Casa de Pedra e Pico Tira Chapéu à direita e foi aqui que eu saí da estrada principal e segui na bifurcação.
Com pouco mais de 3 Km, passo ao lado da sede da Fazenda Pinheirinho, onde eu peguei uns 2 litros de água, porque no topo do Tira Chapéu não tem.
De acordo com as informações do Sérgio Beck, ao passar pela sede da Fazenda ainda terei de caminhar cerca de 1,5 Km pela mesma estrada por dentro de uma região de mata fechada até a divisa da propriedade, marcada por uma cerca de arame e uma porteira.
Cerca de 100 metros antes de chegar nessa porteira se inicia a trilha, à esquerda, que é uma íngreme subida em direção ao pico. Ela segue paralela a cerca de arame que delimita a área da Fazenda, então não tem como errar. 
Pico Tira Chapéu
Resolvi apertar o passo porque o Sol já estava se pondo e precisava chegar em algum local plano para montar a barraca, pois já tinha caminhado cerca de 10 horas ininterruptas.
Nessa primeira subida parei várias vezes, como se o corpo estivesse mandando um aviso de que era preciso parar e montar a barraca por ali mesmo. 
E foi o que fiz quando a trilha se nivelou e seguia rente a cerca, à direita. O pico estava bem visível ao sul e era fácil localizá-lo.
Montei a barraca em um local plano, a mais ou menos 1 hora do topo do Tira Chapéu. Poderia até seguir rente a cerca, mas o cansaço bateu mais forte.
Durante a noite ventou muito, já que o lugar era um grande descampado.
Topo do Pico Tira Chapéu
Logo pela manhã do dia seguinte, deixei as coisas dentro da barraca e subi até o pico.
Foi só seguir a cerca de arame, já que ela passa pelo topo do pico, que na verdade não chega a ser um pico.
É um morro, onde 3 cercas de arame farpado se encontram. Segundo o IBGE sua altitude é de 2088 metros.
No local existe uma Cruz e uma placa com uma oração e daqui dá para se ver toda a baía de Paraty, Pico do Frade, vales da Serra da Bocaina; em resumo, até onde a vista alcança.
Portaria do Parque Nacional
Voltei, desmontei a barraca e segui em direção da Portaria do Parque Nacional. O retorno até que foi rápido e cheguei na portaria por volta das 11:00 hrs. Assinei a autorização que tinha enviado 1 semana antes (isso é obrigatório, pois sem essa autorização não se consegue fazer a travessia) e segui em direção ao interior do Parque.
Junto à guarita encontrei um casal de adolescentes alemães que estavam entrando no Parque para fazerem a travessia e com isso seguimos juntos a maior parte do tempo.
Topo da Cachoeira do Santo Izidro
Logo depois da Portaria, seguimos pela estrada e logo à frente já chegamos numa bifurcação à direita que sai da estrada e viramos aqui.
Pouco menos de 1 hora de caminhada desde a Portaria chegamos na Cachoeira do Santo Izidro à esquerda, que possui um belo poço na base, mas nem ficamos muito tempo.
Voltamos para a estrada e com a maior parte de trecho no plano, seguimos caminhando com uma ou outra subida ou descida.
Depois de umas 2 horas de caminhada chegamos no acesso à Cachoeira das Posses, que está do lado esquerdo, mas antes de chegar nela, passamos ao lado das ruínas de uma antiga Fazenda. 
Cachoeira das Posses
O lugar pode ser uma boa opção para acampar, se alguém estiver passando por aqui no final de tarde.
Pegue água nessas cachoeiras ou em alguma nascente que você cruzar, porque depois só na Pousada/Camping Barreirinha, que está bem distante.
Seguindo pela estrada, passamos ao lado de uma bifurcação à esquerda, que é o caminho por onde o Sérgio Beck entrou no Parque. Então de agora em diante, era só seguir o relato dele daqui em diante.
Depois de umas 3 horas desde a Portaria, a estrada inicia uma subida íngreme até chegarmos a uma outra bifurcação.
Nesse local existe uma placa apontando Refugio Ecológico Vale dos Veados à direita e Trilha do Ouro à esquerda.
A partir daqui a paisagem vai se abrindo com lindo visual da Bocaina e a caminhada é feita por um pequeno trecho no plano, para depois iniciar a longa descida até a Barreirinha.
E parecia que a descida não acabava mais. Começou a anoitecer e nada de pousada para passarmos a noite. Encontramos uma placa da Pousada indicando a 3 Km, mas pareciam que eram 30 Km. 
Ela fica em um fundo de vale com a estrada passando do lado direito. Quem nos recepcionou foi o Sr. Sebastião e o lugar é perfeito para o primeiro pernoite dentro do Parque, mas se você estiver passando muito cedo por aqui é possível chegar até a Pousada da D. Palmira, cerca de 1 hora à frente.
Topo do Pico do Gavião
Chegamos na Barreirinha (que atualmente mudou de nome para Pousada do Tião) já durante a noite e já fomos montar nossas barracas no gramado. Quem quiser um pouco mais de conforto, o local também dispõe de quartos.
Combinamos que iriamos jantar no lugar, já que estávamos bastante cansados para preparar a comida e logo depois do delicioso jantar, fomos dormir.
No dia seguinte subimos o Pico do Gavião (subida ao lado da pousada, dá para fazer em uns 45 minutos) e lá do topo é possível ver o litoral e toda a região em volta. No local existe uma placa apontando altitude de 1600 metros.
Depois de alguns clics, iniciamos a descida rapidamente e com as barracas desmontadas e mochilas nas costas, retomamos a caminhada por volta das 09:00 hrs.
Depois de uns 30 minutos de estrada tem uma bifurcação que muitos se confundem e pegam o caminho errado.
A estrada principal parece seguir em frente, para a esquerda, mas a o caminho correto é virar na bifurcação da direita.
Dali para frente a estrada passa ao lado da Pousada da D. Palmira e de algumas antigas sedes de fazendas.
Esse trecho é desgastante demais, porque é um tal de sobe morro/desce morro, mas a estrada é bem nítida e já vai tendo ares de trilha em alguns lugares.
Água não é problema, pois cruzamos com inúmeros riachos pelo caminho. 
O que chama a atenção aqui é o calçamento de pedras, construído pelos escravos a cerca de 300 anos atrás. Ele não está em todo o percurso, mas em vários trechos, está preservado.
Só é preciso tomar cuidado com o limo que se forma nas pedras, pois os tombos e escorregões são comuns.
Depois de um trecho final de descida, chegamos no gramado, ao lado do Rio Mambucaba as 16:00 hrs.
Ali me separei do casal e eles ficaram ao lado da Cachoeira do Veado em camping selvagem e eu na área de Camping da Pousada do Zé Candido e D. Vera, do outro lado do Rio Mambucaba, onde se atravessa por uma pequena gaiola de metal. Atualmente o nome da Pousada/Camping mudou para Pousada do Tião.
Junto do Rio Mambucaba existe uma enorme área gramada e perfeita para quem quiser ficar em camping selvagem, ao lado do rio.
Seguindo pela trilha, com o Rio Mambucaba à esquerda, chegará na pinguela sobre o Ribeirão do Veado uns 10 minutos depois.
Linda Cachoeira do Veado
Aqui uma outra bifurcação; seguindo em frente vai sair em uma outra Trilha do Ouro, mas essa conhecida como Trilha do Rio Guaripu, que vai terminar em um Bairro do município de Cunha.
Se quiser chegar na Cachoeira do Veado é só seguir na trilha à direita, logo que atravessar a pinguela.
A cachoeira é enorme, com 2 quedas que somam cerca de 200 metros de altura (uma de 90 e outra de 110 metros) e que vale o esforço para chegar até aqui. 
Depois de vários clics, voltei ao camping e fui tomar banho em um chuveiro da pousada. Agora era preparar o meu jantar, já que eu tinha bastante comida e quando a noite chegou, me enfiei no saco de dormir e peguei rapidamente no sono.
Acordei bem cedo na manhã seguinte e com barraca desmontada e mochila nas costas retomei a minha caminhada. Nem fui atrás do casal alemão e segui sozinho dali em diante.
Seguindo agora pelo lado esquerdo do Rio Mambucaba, por encosta bem inclinada, a trilha é de fácil visualização. 
Preste atenção, porque desse trecho se tem um belo visual da Cachoeira do Veado atrás.
A partir daqui a trilha é em mata fechada, bem demarcada e só descida por umas 4 horas até o final dela.
De vez em quando surgem trechos do calçamento de pedras, por isso cuidado com os tombos.
Quando chegar no final da trilha, na estrada de terra, tente conseguir um transporte até o bairro do Perequê, porque é um longo trecho de uns 13 Km até a Rodovia, passando ainda por 2 rios pelo caminho.
Eu não consegui nenhuma carona, então tive que ir na caminhada mesmo e fui chegar no ponto de ônibus no bairro do Perequê por volta das 14h30min.
Ônibus para Paraty só as 15h40min, onde cheguei por volta das 17:00 hrs e como pretendia fazer a travessia da Ponta da Joatinga no dia seguinte, já fui atrás de uma pousada próxima do centro histórico para tomar um banho e sair para comer alguma coisa. A Pousada escolhida foi a Marendaz, que se localiza bem na entrada do centro histórico e era perfeita (barata e bem recomendada).

No dia seguinte tinha outra travessia para fazer: a da Ponta da Joatinga, mas essa fica para um outro relato que tá no link abaixo:


Algumas dicas e informações úteis (Atualizado Julho/2020)

# Para a travessia do P.N. da Serra da Bocaina é necessário solicitar a autorização mediante o preenchimento de um formulário com alguns dias de antecedência no site do Parque:

# Procure passar pela portaria do Parque, na parte alta no máximo até as 09:00 ou 10:00 hrs da manhã, se quiser chegar na Pousada Barreirinha/Tião antes do anoitecer. E passando pelas cachoeiras do Santo Izidro e das Posses, é claro.

# Leve repelente, porque os pernilongos não dão trégua.

# Normalmente se faz a travessia da Bocaina em 3 dias, acampando a primeira noite na Pousada/Camping Barreirinha (é uma casa na beira da estrada e oferece refeições, banheiro, etc.) e a segunda noite na Cachoeira do Veado.

# Ao chegar no Rio Mambucaba e atravessando a ponte suspensa ou através de uma gaiola de metal se chega em um sítio que dispõe de alguns quartos e um camping pago (D. Vera) que oferece banheiro e água quente (serpentina de fogão a lenha). 
Camping selvagem tem em vários lugares por lá.

# O percurso total da travessia da Bocaina é de aproximadamente 100 km (de São José do Barreiro até a Vila Perequê). 
Para quem quiser fazer todo o percurso desde a cidade de S.José do Barreiro até a portaria, creio que dê para fazer em cerca de 8 horas.

# Pode-se dizer que cerca de 70% dessa travessia é feita por estradas de terra ou por vestígios dela. Somente o trecho final, a partir da Cachoeira do Veado, a caminhada é feita por trilha.

# Hospedagem na cidade de São José do Barreiro:
- Pousada da D. Maria - centro de São José do Barreiro; (12) 3117-1281
- Pousada Régis - ao lado da Rodoviária de São José do Barreiro: (12) 3117-1184/1227

# Hospedagem dentro do Parque Nacional:

- Pousada/Camping Barreirinha - Pousada do Tião - no interior do P.N.: (12) 3117-2205/1113. E-mail: pousadabarreirinha@hotmail.com
- Pousada/Camping Casa Pintada (Dona Palmira): (12) 99792-3477. Acesso: clique aqui.
- Pousada do Tião, próximo da Cachoeira do Veado.
Não tem telefone - Acesso: clique aqui.

# Se você quer fazer o Pico Tira Chapéu e não quer caminhar quase 12 horas direto como eu, procure um transporte em São José do Barreiro direto até a guarita do Parque. Abaixo os telefones de alguns.

# O Zé Pescocinho não oferece mais o transporte da cidade até a sede do Parque e abaixo seguem algumas opções:
- Reginaldo: (12) 99747-9651 ou (24) 99913-7066
- Lucas: (12) 3117-2123 ou (12) 98142-1917;
- Roger: (12) 3117-2050;
- Eliezer: (12) 3117-2123 ou (12) 99737-1787;
- Sr. Jaime (12) 3117- 1514;
- Jéferson (12) 3117- 2240;
- Flávio (12) 3117-2149;
- Paulo Vitor:  (12) 3117-1268
- Sr Roxinho, que faz o trecho final da travessia até o Bairro do Perequê. Ele mora a cerca de 2 Km depois da ponte de arame e chegando ao final da trilha é só perguntar por ele, pois é bastante conhecido.

# Seguem horários do circular do Perequê até Paraty, da empresa Colitur:

www.paraty.com/?page_id=841 e https://vaiparaty.com.br/horacolitur/

# Alguns anos depois fiz outra caminhada pelo Parque, cruzando ele de oeste a leste pela Trilha do Rio Guaripu. O relato tá abaixo:

http://trilhasetrips.blogspot.com.br/2013/05/relato-travessia-da-serra-da-bocaina-de.html


30 comentários:

  1. rogerklima14 abril, 2013

    vc tem mapa da serra da bocaina ou coisa parecida??
    abraçu

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    1. E aí Roger.

      Eu sempre coloco os mapas e croquis no álbum de fotos.
      Lá no multiply eu colocava as imagens do google earth com a trilha plotada, mas acho que é desnecessário.
      Se vc abrir os tracklogs no google earth, a trilha já aparece plotada.

      Abcs

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  2. Augusto.. você sabe onde eu consigo algum contato de motorista que faça o resgate?
    Tá difícil de achar. Brigada!

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    1. Oi Cristiane.
      Vc ligou nos quase 10 contatos que eu coloquei no relato?
      Não é possível que nenhum deles possa fazer o resgate no final dessa travessia.
      Se vc ligou e nenhum deles pode fazer isso, aí creio que só ligando no Admn do Parque.
      Boa sorte.


      Abcs

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  3. Oi, Augusto.. na verdade alguns não fazem mais... mas consegui uns três. Depois colocarei aqui pra atualizar.
    Obrigada!

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    1. Ola Cristiane.
      Muitos dos contatos eu consegui no próprio site do Parque ou com alguns funcionários da Admn, qdo precisei ligar lá ao fazer a travessia desse Parque pelo Rio Guaripu.
      E outros eu consegui com colegas que passaram por lá e me atualizaram.
      Qdo fiz essa travessia, lembro que só tinha o Zé Pescocinho, mas depois de alguns anos ele parou de fazer esse serviço. Uma pena, porque era o mais barato de todos.

      Agradeço seu vc atualizar esses contatos de transporte. Os meu são bem antigos
      Valeu.

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  4. Antes tarde do que nunca pra deixar a minha contribuição: fiz a trilha do ouro no feriado de finados (31/10 a 02/11) e foi demais! Na ida pro parque rachamos o transporte com um grupo de quatro paulistanos, quem nos levou foi o Roger. Durante a trilha utilizamos o cróqui que o Augusto disponibilizou aqui e nos serviu muito bem.

    Na primeira noite dormimos na Cachoeira das Posses e na segunda dormimos na Cachoeira dos Veados, sim, o segundo dia foi uma pernada!! Mas o terceiro dia foi o mais desgastante, atravessamos o rio pela gaiolinha e seguimos para a trilha final. Um rapaz nos disse que em duas horas e meia chegaríamos em uma ponte, mas demorou umas quatro horas! Foi estressante lidar com a espera e a possibilidade de ter errado o caminho, mas no fim deu tudo certo.

    Ah, e ao chegar no fim da trilha não tínhamos transporte combinado. Perguntávamos para todos no caminho se poderiam nos levar até a BR101. A quarta pessoa foi um santo que interrompeu seu churrasco com os amigos pra nos dar essa carona, retribuímos com muitos agradecimentos e R$50. Até pouco pro tamanho da nossa gratidão.

    É isso ai, só passando mesmo pra reforçar a recomendação dessa trilha maravilhosa! Estar em um parque tão preservado, tanto em fauna quanto flora é mágico. Além de ver de perto o caminho de um rio belo e saudável! Dos poucos que ainda devem restar por ai. Ah, e reforçando também que a trilha está bem conservada e até com uma infraestrutura de placas na sua primeira metade. Podem ir sem medo!

    Pedro Henrique, 29/11/2015.

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    1. Esqueci de completar a primeira frase, fomos eu e a minha namorada!

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    2. Oi Pedro Henrique.
      Parabéns a vcs pela caminhada.
      É um belo trekking, mas é cansativo demais caminhar por antigas estradas de terra e com trecho que parece não ter fim, não é?
      É depender de transporte, tanto no início da travessia quanto no final dela se torna complicado para faze-la sozinho.
      Mas para quem gosta de história e caminhar por lugares preservados, sem dúvida nenhuma é uma boa opção.
      Agora que vc já conhece uma parte do PN, já pensou em fazer a outra Trilha do Ouro pelo Rio Guaripu?

      Abcs

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  5. Olá Augusto,

    Primeiramente gostaria de agradecer toda a sua generosidade em compartilhar tantos relatos e tracklogs. Foi com base nisso que nos inspirou em encarar essa Trilha do Ouro sem guia e recomendamos.
    Gostaria somente de tecer algumas atualizações:
    *1º dia da caminhada- Recomendo ficar na Pousada da D. Palmira, já que tem menos pessoas hospedadas (a maioria fica na do Sr. Sebastião) e ser mais barata. O valor do pernoite + jantar + banho + café = R$ 80 e na outra R$ 130.
    *3º dia da caminhada - IMPORTANTE - A pinguela descrita no enorme campo foi levada pelo rio. Então a recomendação é não atravessar novamente o rio pela gaiola (caso tenha ficado hospedado na casa do Tião) e procurar a continuação da trilha pelo pasto. São uns 5 minutos de caminhada até a retomada da trilha.

    Obrigada.
    Daniele

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    1. Oi Daniele, tudo bom?
      Obrigado pelas palavras de incentivo.
      Sempre que alguém posta um comentário com atualizações das informações dos relatos, eu coloco essas informações nas dicas.
      Elas são muito importantes porque são informações recentes e podem ajudar outras pessoas.
      Por isso, agradeço muito essa sua atualização.
      Assim que puder, vou acrescentar a sua postagem ao relato.

      Valeu mesmo.

      Abcs

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  6. Parabéns pelo blog, adorei o relato e gostaria de saber se é possível fazer esses percurso de bike e até que ponto? Ouvi dizer que até a Barrerinha é possível é verdade? abraços

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  7. Pelo que eu sei a travessia toda é proibida para bikes.
    Mas pelas estradas é possível sim.
    Mas ate onde vc pode ir, aí já não tenho essa informacao.
    Ligue na sede do parque que eles te dão informação mais detalhada e confiável.
    É melhor do que se arriscar ou ler em algum site que não é o do parque.

    Abcs

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  8. Olá Augusto!

    Como sempre você está postando ótimos relatos. São dicas valiosas e coerentes. Parabéns!

    Tenho algumas dúvidas.

    1) É necessário ou obrigatório entrar com guia no parque?

    2) Estou avaliando o tempo saindo do RJ de carro até SJB e depois fazer o resgate de Angra pra SJB e indo de busão do RJ até SJB e depois apanhar um busão em Angra pra retornar pro RJ.
    Tens algumas sugestão sobre isso?
    Qual o tempo que leva o resgate de Angra pra SJB?

    Desde já obrigado!

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  9. Blz Alexandro.
    Sobre usar guia, não é obrigatório.
    Só a autorização mesmo.
    Qto ao resgate, não sei o tempo, porque não usei qdo fiz a travessia.
    Só sei que sai muito caro.
    O ideal é tentar resgate em grupo.
    Já ouvi valores de mais de 200 reais para uma logística dessa.
    Boa sorte
    Abcs

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    1. Obrigado Augusto pela resposta!

      Li no seu relato que você caminhou de SJB até a portaria do Parque.
      Você recomendaria fazer esse trecho a pé? To perguntando porque pensei em fazer essa trilha em 4 dias. Um desses dias usaria pra esse trecho. Claro se for um trecho interessante e com belas paisagens.

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    2. Minha pretensão era subir de carro, mas não encontrei uma unica pessoa que pudesse dividir os custos comigo.
      E se eu fosse sozinho não iria sair barato, por isso preferi fazer o trecho até a portaria na caminhada.
      Mas é uma subida árdua e muito cansativa.
      O que vale a pena é o visual que vai ficando para trás. É muito legal.
      Se a sua logística for essa, então recomendo sair muito cedo de SJB.
      Para dar tempo de passar pela portaria e chegar na Cachoeira do Santo Izidro onde é possível acampamento selvagem.
      É um trecho só de estrada de terra e por isso não terá problemas de navegação.

      Agora se eu recomendaria? Não vejo problema. A não ser que vc seja um pouco sedentário, porque é uma caminhada longa nesse trecho.

      Abcs

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  10. FIZ ESSA TRILHA NO MÊS DE ABRIL 2016 EU FUI DE CARRO ATÉ A ENTRADA DO PARQUE , DEIXEI O CARRO NA PORTARIA E FUI ATÉ A CACHOEIRA DAS POSSES ACAMPEI NO ESPAÇO SELVAGEM QUE TEM LÁ NO SEGUNDO DIA ACAMPEI NO FINAL DO DIA NA CACHOEIRA DOS VEADOS , NO TERCEIROS DIA VOLTEI ATÉ A CACHOEIRA DAS POSSES E NO QUARTO DIA TERMINEI ATÉ A PORTARIA DEU NO TOTAL 65 KM. A TRILHA É LINDA DEMAIS E UM POUCO CANSATIVA.

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  11. Só lamento vc não ter finalizado essa travessia na Rio-Santos. O trecho final é por dentro da mata atlântica com calçamento original de pedras. Todo aquele esforço lá pelas estradas de terra no trecho inicial é esquecido.
    Quem puder, vale a pena fazer toda a travessia.
    O único problema é a logística.

    Abcs

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  12. Olá Augusto, segue o link para o tracklog de acesso à 2ª queda da cachoeira dos veados: https://pt.wikiloc.com/trilhas-trekking/cachoeira-dos-veados-parte-baixa-e-poco-intermediario-21628494

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  13. Ola Augusto , segue link com o tracklog para a segunda queda da cachoeira do veado: https://pt.wikiloc.com/trilhas-trekking/cachoeira-dos-veados-parte-baixa-e-poco-intermediario-21628494

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    1. Blz Leonardo.
      Assim que puder, vou colocar um adendo com o seu tracklog nos 2 relatos que eu fiz da Travessia da Bocaina.
      Não imaginava que o acesso era pelo outro lado do Rio.
      Informação importante a sua.

      Valeu mesmo.

      Abcs

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  14. Augusto, antes de mais nada quero te agradecer, pois todos seu relatos me ajudaram muito em todos esses anos de caminhadas, esse valor é imensurável.
    Tenho uma dúvida é possível acampar de rede ou só barraca?
    Um forte abraço!
    Claudio.

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    1. Oi Claudio, tudo bom?
      Valeu pelo elogio, mas não precisa agradecer não. Essa é a minha intenção.
      Que esses relatos sejam uteis para que outras pessoas possam fazer essa caminhada.
      Dá para encontrar lugares onde vc pode estender a rede.
      Talvez até consiga nas pousadas ao longo do caminho.
      Mas com certeza os melhores locais estão nas 2 cachoeiras próximas da portaria e região da Cacholeira do Veado.

      E vá preparado. Faz muito frio no parque.

      Boa sorte.


      Abcs

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    2. Compreendo, estarei de férias em maio, pretendo fazer essa travessia e a do PN do Caparaó! Como sempre seguirei seus relatos.
      Fique com Deus e até a volta!

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    3. Em Maio ainda é um período que chove de vez em quando. Muito cuidado na Bocaina. .
      Já no Caparaó, a trilha é mais tranquila. E na minha opinião o visual de lá é mais bonito.
      Precisando de alguma ajuda com duvidas, é só postar em qualquer um dos relatos.
      Boa caminhada.

      Abcs

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    4. Boa tarde Augusto, Tudo bem?
      meu amigo fiz o pico do tira chapéu e o caminho do ouro no ultimo final de semana (10,11 e 12/05/2019) com os seus relatos foi fácil obter sucesso nessa trip, só tenho alguns pontos pra salientar.
      o inicio da subida do tira chapeu logo depois de passar da porteirinha de arame que inicia a subida, nesse ponto o caminho está totalmente fechado, tive problemas pra encontrar a trilha e demorei muito ai, daí em diante é só alegria, a trilha está bem demarcada, na descida me perdi por mais umas 3 vezes no mesmo ponto pra achar a saída, devido a isso cheguei na portaria no parque nacional serra da bocaína as 11h30, onde ainda fui pegar água para fazer um café devido as fortes dores de cabeça.
      quanto ao caminho do ouro eu consegui terminar no domingo as 17h30, demorando apenas 1 dia e meio para concluir todo o caminho, mesmo passando por todas as cachoeiras e dormindo a primeira noite no camping do barreirinha.
      quanto ao transporte de são josé do barreiro até a portaria do parque, os valores ainda são um absurdo, princinpalemte pra quem vai sozinho, mas tem um senhor que conversei, atualmente ele é o mais em conta e também disponibiliza o transporte com uma moto para quem está sozinho, o que torna viável o valor. se você permitir eu passo o contato dele depois e atualiza aqui no seu post.
      muito obrigado por toda ajuda, forte abraço e até a próxima.
      Claudio.

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    5. Oi Claudio, boa tarde.
      Tudo bem?

      A informação que eu tinha para subir o Tira Chapéu era uma cerca de arame que ficava no limite da Fazenda.
      Me diziam para chegar nela, junto da porteira e voltar alguns metros procurando uma trilha subindo.
      E essa cerca de arame levaria até o topo do Pico. Era a referencia para chegar lá.
      Eu tive que ficar procurando também, mas fui subindo pelo meio da vegetação até o o mato sumir e aí fui caminhando ao lado da cerca.
      Mas o caminho não estava tão fechado, como vc disse, isso eu me lembro.
      Talvez exista uma outra trilha mais demarcada, onde o pessoal tá seguindo.
      Com certeza em algum ponto a trilha toma um outro rumo, porque esse pico é muito conhecido.
      Muitas agencias levam turistas lá em cima, já que o visual lá em cima é realmente muito bonito.

      Eu entrei no Parque também quase no mesmo horário que vc.
      Uns 30 minutos antes, mas sofri bastante. Fui chegar na Barreirinha já de noite e muito cansado. Mas também subir toda aquela estrada desde SJ Barreiro, no dia anterior, não foi fácil.
      Mas deu para aproveitar as 2 cachoeiras no caminho.
      Então vc não acampou lá perto da Cachoeira do Veado?
      Foi direto até Mambucaba?

      Uma pena o pessoal querer enfiar a faca para quem quer contratar um transporte até a entrada do Parque.
      Já que não tem muita opção, eles colocam o preço que quiser né
      Pode deixar o contato aqui sim.
      Até ia pedir para vc fornecer o telefone desse motociclista.
      E aí pretendo colocar nos relatos que fiz da Bocaina.
      Muita gente já me pediu algum telefone, mas quando o pessoal liga nos contatos, alguns desistem depois de saber dos valores.
      Tendo uma pessoa que não cobra muito caro é ótimo.

      E parabéns pela travessia e pela sua atualização.

      Gde abc

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  15. obrigada por compartilhar as informações, vc saberia dizer se ainda tmm esse sr roxinho que faz transporte do fim da trilha até o bairro pereque?

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    1. Não fiz o trecho final com Sr Roxinho até o Perequê.
      Foram recomendações de pessoas que fizeram essa travessia e utilizaram o serviço dele.
      Mas acho que se não encontrar ele por lá, com certeza, outras pessoas podem fazer esse transporte.
      Ao longo da estrada dá para encontrar várias casas nesse trecho final.

      Valeu pelo elogio.
      Boa sorte

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