12 de abril de 2016

Relato: Pedra do Sapo – Serra do Mar de Biritiba Mirim/SP

Depois de conhecer as Cachoeiras da Light e da Pedra Furada recentemente (relato aqui e aqui), que ficam próximas da Rodovia Mogi-Bertioga, fui pesquisar outras opções na mesma região para uma trip futura em um Sábado ou Domingo qualquer. 
Deixando de lado as cachoeiras, minha intenção agora era subir algum dos picos que ficam próximos da Rodovia e a Pedra do Sapo era a primeira da lista. 
Seu acesso ao topo pode ser feito por 3 lugares diferentes: ao sul, iniciando no Km 79 da Rodovia e seguindo pela Trilha do Lobisomem, porém é uma caminhada longa.
Os outros 2 acessos são os mais usados: subindo por uma trilha à oeste e leste da Pedra, iniciando a caminhada no Km 74,3 e passando pelo Bairro Manoel Ferreira. Quem acessa a Pedra por essas 2 trilhas passa pelo centro do Bairro e segue por uma estrada paralela a Adutora do Rio Claro (enorme tubulação de água da SABESP). E com um tracklog da trilha pelo lado leste lá fui eu em um Sábado de muito Sol.

Na foto acima, de frente para a Pedra do Sapo



Fotos dessa caminhada: clique aqui

Também gravei 1 video: clique aqui
Tracklog para GPS: clique aqui


Inicio da caminhada junto ao Km 74,3 da Rodovia Mogi-Bertioga
Acordei bem de manhãzinha, pois minha pretensão era chegar em Mogi das Cruzes antes das 08:00 hrs para pegar o circular que saia logo em seguida.
Peguei o Metrô e desci na Estação Itaquera e em seguida embarquei no trem da CPTM em direção a Mogi das Cruzes (Estação de Estudantes), que levou quase 1 hora de viagem. 
Achava que o ônibus estaria lotado de trilheiros, mas somente um grupo seguia para as cachoeiras próximas da Mogi-Bertioga. 
Eu fui o único a descer na Rodovia ao lado da estrada que acessa o Bairro Manoel Ferreira por volta das 09:00hrs. Ou se quiser espere o circular chegar no ponto final, que fica no Bairro. 
Bairro Manoel Ferreira
A localização é fácil, porque o ponto de ônibus fica junto da entrada do Bairro e pouco depois do Km 74, antes da Rodovia cruzar a Adutora da SABESP. 
Por estar em um lugar que não conhecia, desse local em diante fui me guiando pelo tracklog. 
Em cerca de 10 minutos pela estrada de terra chego no centro do bairro, que se resume a um mercadinho/barzinho, algumas residências e um ponto de ônibus coberto (aqui é o ponto final da linha de ônibus do Manoel Ferreira). 
É o meu primeiro contato com a tubulação da SABESP, que será minha referencia dali em diante.

29 de março de 2016

Dicas: Cachoeira da Light – Serra do Mar de Biritiba Mirim/SP

Verão é uma das melhores épocas para caminhadas por cachoeiras, mas devido às chuvas não consegui fazer muitas das que tinha planejado e preferi não arriscar em lugares onde pudesse passar por perrengues. Com os dias passando e o verão indo embora, eu já nem tinha mais esperança de fazer alguma trilha.
E na última semana da melhor estação do ano, o clima ajudou com a chuva dando uma trégua e a previsão era de tempo bom. E com isso não pensei 2x. 
Foi em cima da hora, já que decidi numa Sexta-feira para fazer a caminhada no Domingo, mas no final deu tudo certo.
Escolhi a Cachoeira da Light do Rio Sertãozinho, próximo da Rodovia Mogi-Bertioga, pois sabia como era uma parte da trilha, já que alguns anos antes, ao visitar a Cachoeira da Pedra Furada (relato aqui), segui por cerca de 20 minutos pela trilha que acessa essa cachoeira e constatei que não era tão complicada.
O acesso e a logística são relativamente simples, já que um circular que sai de Mogi das Cruzes tem ponto final a cerca de 3 Km do início da trilha.
E para quem não conhece a Cachoeira da Pedra Furada, essa é boa opção para visitar as duas, já que a distancia entre uma e outra é de no máximo uns 40 minutos por trilha não tão difícil. Claro que isso é para quem tem uma certa experiência em trekking.
Nessa postagem abaixo vou somente colocar algumas informações úteis e interessantes, em vez do tradicional e detalhado relato, já que não considero essa trilha complicada.
É uma caminhada que dá para ser feita sem correria em um Sábado ou Domingo qualquer de tempo bom, porque com tempo chuvoso é perda de tempo.

Na foto acima, na base da Cachoeira da Light, junto ao Poção


Fotos dessa caminhada: clique aqui
Vídeos mostrando como é a trilha de acesso e a Cachoeira da Light: Clique aqui
Outro somente mostrando como é a Cachoeira da Pedra Furada: Clique aqui
Tracklog de uma travessia que passou pelas Cachoeiras Pedra Furada e Light, finalizando na Trilha do Lobisomem: clique aqui


Atualizado com algumas informações recentes em Jan/2023




                                                            Aviso importante

Atualmente a área da Cachoeira da Pedra Furada faz parte do Parque Estadual Serra do Mar - Núcleo Padre Dória e é obrigatório o acompanhamento de um monitor.
Regularmente o pessoal do Parque realiza fiscalizações na região e aplica multas em quem não está acompanhado de monitores. Atente a isso

Tenda junto da Cachoeira
# Infelizmente muita gente teve a mesma ideia que eu e a trilha estava com uma quantidade grande de grupos – contei mais de 30 pessoas fazendo a trilha. E isso porque não encontrei as vans de agencias que trazem muito mais gente, mas pelo menos quase a totalidade ficou na Cachoeira da Pedra Furada.

# Ao chegar na Cachoeira da Light encontrei o lugar deserto e quando estava saindo de lá chegou um grupo de 3 pessoas.

# O tempo ajudou e a maior parte do tempo estava um Sol de rachar com alguns momentos de tempo nublado, mas nada de chuva.

# Na Cachoeira da Light existem alguns descampados (uns 3 ou 4) e são perfeitos para camping. Encontrei até uma tenda improvisada montada junto ao rio.

# Sinal de telefonia celular não tem em nenhum ponto da trilha.

Como chegar ao início da trilha

20 de agosto de 2015

Relato: Travessia Itumirim/MG x Carrancas/MG - A Rota Z

Quando fiz a Travessia da Serra do Papagaio era possível ver do topo do Pico do Papagaio e em alguns trechos dessa caminhada uma serra longitudinal que se elevava bem ao norte. E quando voltei para SP fui consultar as cartas topográficas da região para saber o nome dela: era a Serra de Carrancas e me atiçou a curiosidade de um dia fazê-la de um extremo ao outro (leste a oeste), mas os anos se passaram e fui deixando de lado. Alguns anos depois fui fazer com o Rodrigo e a Rosana (velhos amigos de caminhada) a Travessia Lapinha-Tabuleiro
Era minha primeira caminhada que foi feita totalmente em área de cerrado e campos rupestres e de lá só trouxe boas recordações, por isso prometi a mim mesmo que voltaria a fazer uma caminhada nesse tipo de vegetação se tivesse outra oportunidade.

Foto acima mostrando a trilha pela crista da Serra da Estancia

Fotos dessa travessia: clique aqui
Vídeo de toda a caminhada: clique aqui
Tracklog para GPS: clique aqui
Serras do Campestre e da Bocaina ao fundo
E com Julho chegando, fiz uma lista dos lugares que pretendia caminhar naquele mês. O primeiro, que já vinha tentando fazer a vários anos, mas nunca dava certo era a Serra do Quiriri, na divisa PR/SC. 
E para variar, esse ano também não daria, já que na região sul estava chovendo a vários dias, deixando até algumas cidades embaixo d’água e com isso tive que partir para o Plano B, que era a travessia pelo cerrado na Serra de Carrancas. 
Definido o lugar da caminhada, fui pesquisá-la no Google e a maioria dos relatos que encontrei detalhavam a Travessia Itutinga - Carrancas, que passava por 3 serras: Pombeiro, Galinheiro e de Carrancas em um circuito em forma de “C“.
O Sérgio Beck tem uma matéria sobre Carrancas na sua Revista Aventura Já, mas são roteiros de bike. Dessa vez não dava para usar seus livros como guia. 
Rota Z
Olhando as cartas topográficas da região nota-se que entre Lavras e Carrancas se elevam várias serras: a da Bocaina, Campestre, Estancia, Pombeiro, Galinheiro e Carrancas, porém o que mais chama a atenção é o formato do circuito que elas formam: em “Z“, sendo que a Bocaina, Campestre, Estancia e Pombeiro formam uma sequencia única de serras. Já um pequeno trecho da Serra do Pombeiro e a do Galinheiro formam o outro trecho, enquanto a Serra de Carrancas finaliza o circuito. É conhecida também como Rota Z.
Pensei comigo: se desse para fazer todas as 6 serras juntas sempre caminhando pela crista, seria uma linda caminhada e o que é melhor: vegetação de cerrado, alternando com campos rupestres e gramíneas.
Início da Serra da Estancia
Mas era longa demais e eu não dispunha de tantos dias para fazê-la - creio que o ideal é de 4 a 5 dias. Mas tinha uma saída: eliminar as Serras da Bocaina e Campestre, iniciando a caminhada por Itumirim, que é uma cidade vizinha de Lavras.
Dessa forma dava para fazer o circuito em Z começando pela Serra da Estancia e totalizando uns 3 a 4 dias pelas 4 serras.
E com uma bela vantagem: saindo de Itumirim até a base da Serra da Estancia, a caminhada seria pela linha férrea, ainda ativa e usada pela empresa FCA/VLI (Ferrovia Centro-Atlântica, do grupo VLI); bem melhor do que uma caminhada pelo asfalto.
A data que eu tinha disponível era do dia 20 a 23 de Julho (exatamente Segunda a Quinta-feira).
Restaurante Graal Perdões na Rodovia Fernão Dias
Já estando em uma cidade no sul de MG, o acesso até Lavras não seria complicado. Segui em um ônibus da Viação Gardênia em direção a BH, desembarcando no Posto/Restaurante do Graal Perdões, na Rodovia Fernão Dias, Km 674, próximo do trevo de Lavras por volta das 12:00 hrs. 
Junto ao posto tem um ponto de ônibus, sentido BH-SP e ali peguei outro ônibus da empresa São Cristóvão, me deixando na Rodoviária de Lavras por volta das 13:00 hrs e lá adquiri a passagem para Itumirim, saindo as 14h30min, sendo a mesma linha de ônibus que segue para Carrancas.
O ônibus saiu no horário e as 15h10min estava desembarcando em frente da Igreja Matriz de Itumirim, onde desceram apenas 3 pessoas.

10 de agosto de 2015

Dicas: Cidade do Rio de Janeiro/RJ – 5 dias de passeios em família gastando muito pouco

No mês de Julho sempre faço algumas trips para lugares turísticos e uma ou outra caminhada por trilhas, já que é o período de férias e o clima ajuda. Uma dessas opções é sempre com o intuito de que minha filha Sophia curta a viagem. E dessa vez escolhi a cidade do Rio de Janeiro, por ter belos passeios para vários pontos turísticos. Por já ter visitado a cidade por 2x (no reveillon de 1996 e 1999 - um  dos relatos é esse aqui) já sabia que atrações poderíamos conhecer e que a Sophia gostasse. A data escolhida foi o feriado da Revolução Constitucionalista do dia 9 de Julho em SP (Quinta-feira), ficando no RJ por 6 dias e permitindo visitar inúmeros lugares na cidade.
E Com cerca de 4 meses comprei as passagens aéreas, saindo de Congonhas e descendo no Aeroporto Santos Dumont, que fica próximo do centro da cidade.
Embarcamos pela manhã e seguimos direto para o Hotel para aproveitar o restante desse primeiro dia em algum passeio.   

Duas fotos clássicas: topo do Cristo Redentor e o Estádio do Maracanã 

São quase 500 fotos e estão nesse link: clique aqui
Gravei também um vídeo no Estádio do Maracanã: clique aqui

Atualizei algumas informações em Julho/2020

Praça XV junto ao cais de embarque/desembarque das Barcas
# Não via a segurança como um problema, mas quando disse para alguns familiares e amigos que estava indo para lá; como sempre vieram aqueles comentários dizendo que a cidade é violenta, que muita gente morre em assaltos, muito conflito entre traficantes e Policia, etc. 
Em geral é aquele discurso que todo mundo já conhece quando vai visitar a cidade, mas na maioria das grandes cidades do país, a violência sempre está presente.
Numa viagem de turismo você não vai visitar os morros ou bairros da periferia. E isso não é só em algumas cidades do Brasil; é no mundo todo. 
O fato é que a imprensa dá pouca atenção quando acontece um homicídio ou uma chacina na periferia de SP ou outra grande cidade, porém quando ocorre em um bairro turístico do RJ, aí sai até no Jornal Nacional e no mundo todo. 
Infelizmente é o que ocorre e aí fica aquela impressão de que visitar o Rio de Janeiro é pedir para ser assaltado ou até levar um tiro de bala perdida.
Nas areias da Praia de Ipanema
# Só tivemos um contato, vamos dizer indireto com a violência, quando uma senhora idosa, que é moradora do bairro de Ipanema nos ajudou a como chegarmos no Metrô, já durante a noite e também me alertou para tomar cuidado com a máquina fotográfica, que eu estava levando na mão. 
Talvez pela proximidade com a favela do Morro do Cantagalo, já que estávamos passando ao lado, mas foi o único momento em que nos alertaram sobre isso. 
Até mesmo a caminhada pelas ruas do centro histórico em um Domingo foi bem tranquila. 
E isso porque passamos por várias ruas desertas e com pouquíssimo movimento de pedestres.

# Por termos pouco tempo para conhecer muitos lugares, tivemos que deixar de lado alguns museus e atrações históricas, infelizmente. 
Mas não tivemos do que reclamar com o clima; muito Sol em todos os dias e com temperaturas sempre acima de 30ºC – dava para ir à praia todo dia.

Nosso roteiro foi:
1º dia (Quinta-feira): Pão de Açúcar. 
2º dia (Sexta-feira): Museu Internacional de Arte Naif, Corcovado (Cristo Redentor), Praia de Ipanema e Arpoador. 
3º dia (Sábado): Arcos da Lapa, Escadaria Selarón, Ruas de Santa Teresa, Catedral Metropolitana de São Sebastião, Museu da Marinha, Passeio marítimo pela Baia de Guanabara e Praia de Copacabana.
4º dia (Domingo): Teatro Municipal, Centro Histórico com Igreja da Candelária, Jogo Flamengo x Corinthians no Maracanã.
5º dia (Segunda-feira): Confeitaria Colombo, Ruas do Centro Histórico e Praia de Ipanema.
6º dia (Terça-feira): Retorno a SP.

Abaixo dividi por alguns tópicos e relacionei todos os lugares que visitamos, assim como algumas dicas de como chegar e nossas impressões.

30 de março de 2015

Relato: Monte Roraima – Expedição de 8 dias - Venezuela/Brasil/Guiana

Subir ao topo do Monte Roraima fazia parte dos meus planos há muitos anos e estava em primeiro lugar na minha lista de trekkings fora do país.
Como geógrafo, esse lugar para mim era quase que místico. Imagine conhecer o topo de uma montanha, que se formou a cerca de 2 bilhões de anos atrás, antes até da separação dos continentes. E caminhar por um lugar que tem quase a metade da idade de nosso planeta (segundo estudiosos, a Terra tem 4,5 bilhões de anos).
Só para se ter uma ideia, o Himalaia e os Andes se formaram a cerca de 40 e 100 milhões de anos atrás, respectivamente. Não tem palavras para descrever isso.
O problema era formar um bom grupo, reservar guias, conseguir um tempo disponível para uma expedição como essa e seguir até Santa Elena de Uairén, na Venezuela, que fica na fronteira com o Brasil. 
E para viajar a um lugar tão longe de São Paulo, só subir o Roraima era pouco. 
Eu tinha que incluir outras trips e o Salto Angel (maior cachoeira do mundo), Gran Sabana e Manaus tinham também que fazer parte do roteiro.
Já tinha comentado com o Rodrigo (amigo de trilha e autor do Blog Exploradores) essa intenção e no início de 2014, ele me contatou dizendo que estava formando um grupo para essa trip.
Depois de ter a certeza que eu tiraria férias em Janeiro, também me juntei a trupe, que começou com 6 pessoas; outros mais entraram, outros desistiram e com isso o grupo se formou com 8 pessoas: eu, Márcia, Rodrigo, Rosana, Renan, Daniel, Ronaldo (Falco) e a Bruna. 
O Rodrigo, Rosana e o Renan já eram velhos conhecidos de outras trilhas. Com o Ronaldo já tinha trocado inúmeras mensagens pela internet. Os outros não conhecia.
Com a trupe formada, montamos nosso roteiro que incluía subir e descer o Monte Roraima em 8 dias, chegando até o Lago Gladys e na Proa. Depois seguiríamos para Ciudad Bolívar fazer Salto Angel e no retorno à Santa Elena incluiríamos algumas cachoeiras da Gran Sabana, finalizando em Manaus, para conhecer um pouco do Amazonas.

Na 1ª foto acima, todo o grupo iniciando a caminhada com Monte Kukenan e o Roraima ao fundo e a 2ª foto mostra todo o grupo com os guias junto ao marco da Tríplice Fronteira (Brasil, Venezuela e Guiana), no topo do Roraima.



São mais de 1000 fotos e estão nesse álbum: clique aqui
Tracklog para GPS, mas somente para referencia: clique aqui

Também gravei alguns vídeos no topo do Monte Roraima: 

Lago Gladys: clique aqui
Tentando chegar na Proa: clique aqui
Vale das Bonnetias: clique aqui
Acampamento Coati: clique aqui




Neste relato listei todos os preparativos, as dificuldades, os detalhes da caminhada, valores totais gastos e várias dicas e informações que possam ser úteis a quem quiser repetir esse trekking. 
Como são muitos detalhes e informações, dividi toda essa trip em 4 relatos:
Este do Monte Roraima.
Salto angel: clique aqui
Gran Sabana: clique aqui.
E por último, Manaus/AM: clique aqui.

Algumas informações do relato, eu atualizei recentemente

O Monte Roraima é um enorme platô, que possui o formato de uma mesa para quem olha da planície, sendo bem semelhante a algumas chapadas brasileiras. Na Venezuela é conhecido como tepui, que no idioma indígena pemon significa "montanha" e tem as seguintes dimensões: cerca de 6,5 Km de largura e + - 15 Km de comprimento, mas visto do espaço seu formato se parece com um triângulo irregular ou o formato de uma bota. A oeste do Monte é só savana venezuelana (que é um bioma que se assemelha ao nosso cerrado), enquanto que a leste está a imensa floresta amazônica, conferindo ao lugar um clima único de chuvas constantes com vento e muita neblina e os rios que descem pelas imensas cachoeiras do topo são decorrentes dessa umidade. 
A divisa entre Brasil, Venezuela e Guiana está localizada no meio da montanha e com altitude de 2739 metros, colocando o Monte Roraima como a 7ª montanha mais alta do Brasil, porém o ponto mais alto do Monte Roraima está no lado venezuelano, na altitude de 2810 metros. Do total do Monte apenas 5% pertence ao Brasil, 10% a Guiana e 85% a Venezuela e onde se encontra o único acesso ao topo, por trilha. Pelo paredão do lado brasileiro, alguns alpinistas brasileiros já escalaram com sucesso. Veja nesse vídeo: clique aqui
Estima-se que o Monte Roraima tenha cerca de 1,8 bilhões de anos, surgido antes da separação dos continentes e com isso está entre as mais antigas formações do planeta, senão a mais antiga.
Caminhar no topo é como voltar na pré-história e a sensação é de encontrar algum pterodáctilo pela trilha, que é toda em cima de rochas. Parece até um solo de outro planeta e se explica porque o lugar serviu de inspiração para o livro O Mundo Perdido de Arthur Conan Doyle - quer ler esse livro? Veja no site da Amazon, clicando aqui.

Preparativos
Com quase 1 ano de antecedência, a primeira coisa a fazer era comprar as passagens aéreas São Paulo-Boa Vista (capital do Estado de Roraima) e conseguimos bons preços para o início do ano e com isso já estava marcado o início da nossa trip: 05/Janeiro.
Já para o retorno, deixamos para comprar em Julho, porque estávamos ainda fechando o grupo e ainda tínhamos dúvidas do que incluir a mais no roteiro, além do Roraima, Salto Angel e Manaus. 
Agora era ler muitos relatos e pesquisar preços dos guias e agencias de Santa Elena. O Rodrigo ficaria responsável pela escolha da agencia para o Monte Roraima, enquanto que eu pesquisaria a melhor opção para fazer Salto Angel.
Depois de muitas trocas de e-mails, decidimos fazer o trekking até o Lago Gladys e a Proa e com isso seriam 8 dias no Monte Roraima, isto é, a trip completa pelo Monte.