31 de maio de 2011

Relato: Trilha do Rio Branquinho - Parelheiros x Itanhaém/SP, descendo pela Serra do Mar

Trocando uns e-mails com meu colega de caminhada Gibson, ele disse que estava retornando para Trilha do Rio Branquinho na Serra do Mar, juntamente com o Rafael e o Sandro, do Fórum Mochileiros, para refazer a trilha.
Na 1ª vez que tinham ido, eles saíram da linha férrea antes de chegar no túnel 24 e com isso pegaram o trecho errado da trilha e tiveram que voltar. 
Como eu já tinha lido alguns relatos dessa travessia, sendo um deles do famoso montanhista Sérgio Beck, sabia o lugar exato do início da trilha, que era logo após o túnel 24 e com o convite do Gibson, resolvi me juntar a trupe.

Foto acima tirada na linha férrea pouco antes de chegar no início da trilha. Da esquerda para direita: Paulo, Marcelo Gibson, Raffa, Sandro e eu.


Fotos, carta topográfica e imagens do Google Earth com trilha plotada: clique aqui

Tracklog para GPS de toda essa caminhada: clique aqui 

Quem também se uniu ao grupo foram o Paulo Piacitelli (do Fórum Mochileiros), o Minduim e o Clayton e agendamos essa trilha para final de Maio - uma Sexta-feira.

O tempo estava meio instável e diversos sites de meteorologia previam garoa na noite de Sexta e no Sábado durante do dia. Só melhoraria no Domingo com previsão de muito Sol e foi exatamente o que aconteceu.
Marcamos de todos se encontrar na saída do Metrô Vila Mariana por volta das 20:00 hrs onde pegaríamos o ônibus em direção ao Terminal Parelheiros, já com o Sandro nos aguardando lá. 
Com o relato do Sérgio Beck em mãos, no dia e horário combinado, fui encontrar o Gibson, o Raffa e o Paulo em um barzinho ao lado da estação do Metrô, já me esperando e com 2 baixas: o Minduim e o Clayton desistiram.
Aqui pegamos o ônibus Metro Vila Mariana-Term. Parelheiros onde chegamos por volta das 22h30min já com o Sandro esperando a gente.
O ônibus que segue em direção ao Bairro da Barragem saiu logo em seguida, chegando pouco depois das 23:00 hrs no ponto final, com uma fina garoa.
Sandro, Raffa, Marcelo, Paulo e eu
Embaixo de um ponto de ônibus improvisado arrumamos nossas mochilas e iniciamos a longa pernada até a próximo ao túnel 25 da linha férrea, onde montaríamos nossas barracas. Pode-se dizer que aqui já estamos no interior, mas o lugar é o extremo sul da cidade de São Paulo.
Assim que descemos do ônibus, um dos passageiros que desceu com a gente só fez um alerta: “cuidado com as onças na serra hein” e talvez ela tenha aparecido, mas só à noite.
Seguíamos pela Estrada em direção à linha férrea e poucos minutos de caminhada paramos em um barzinho para comprar água, mas só tinha torneiral. Paciência, vai ser essa mesmo.
De volta à pernada, seguimos pela Estrada Evangelista de Souza por uns 300 metros até sair dela à direita e continuar a caminhada por uma estrada, que antigamente era uma linha férrea que vem de Jurubatuba e que hoje está destruída pelo tempo e coberta pela estrada.
Caminhada no meio da noite
Na total escuridão e sob uma leve garoa, caminhávamos em um ritmo forte, desviando de poças de água e do barro até chegar nos trilhos da linha férrea administrada pela ALL (América Latina Logística) e usada para transporte de grãos em direção ao Porto de Santos. 
Mais alguns minutos e chegamos na antiga estação Evangelista de Souza à esquerda, pouco antes das 00h30min, abandonada e só encontramos algumas locomotivas esperando vagões, mas pelo menos a garoa tinha parado e depois de um breve descanso voltamos à caminhada, agora pelos dormentes da linha férrea. 

24 de janeiro de 2011

Dicas: Paraty e Ubatuba – 1 semana curtindo em família os melhores roteiros

Aqui vou relacionar algumas dicas e informações úteis para aproveitar bem essas 2 cidades com uma criança. 
Estávamos eu, a Márcia e a Sophia (nossa filha) e ficamos por quase 1 semana entre Paraty e Ubatuba no início de Janeiro. 
Ficamos hospedados em pousadas e sempre depois do café da manhã a gente saia para aproveitar os passeios, só voltando no final da tarde.

Na foto ao lado, pelas ruas de Paraty.



Fotos de Paraty e Ubatuba: clique aqui

Atualizado Julho/2020

Desfile dos Bonecos
Paraty

Em Paraty existem passeios para 1 dia inteiro e podem ser divididos assim:
1º dia: passeio de escuna pelas praias da Baia de Paraty.
2º dia: visita às cachoeiras e poções ao longo da Estrada Paraty-Cunha.
3º dia: Vila de Trindade com suas praias e piscinas naturais.
E ainda não incluí os alambiques e a parte histórica da cidade, que também vale a pena conhecer.

Hospedagem:

# As pousadas são relativamente baratas, mesmo na alta temporada.
Por ter uma oferta muita grande de hospedagem, têm pousadas para todos os bolsos e todas oferecem café da manhã.    

# Por ficarem próximas ao centro histórico, as que recomendo são:
- Pousada Aroeira (onde ficamos): 
Clique aqui
- Pousada Marendaz (onde também já fiquei em outra oportunidade): 
Clique aqui
Existem opções mais baratas na Praia do Jabaquara e na entrada da cidade.
Piscina do Caxadaço
Alimentação
# Na Avenida Roberto Silveira (principal da cidade) antes de chegar no centro histórico é possível encontrar restaurantes por quilo (self-service). 
Já na parte do centro histórico se localizam os restaurantes à la carte, que oferecem pratos mais sofisticados, porém com valores maiores. 
A desvantagem é que em alguns existe até fila de espera.

# Nas praias da Vila de Trindade, todos os bares oferecem porções.


# Na avenida principal da Vila de Trindade, os restaurantes oferecem PF.


Passeios

Cachoeira da Penha
# Cachoeiras

31 de outubro de 2010

Relato: Perrengue na busca da Trilha do Corisco - Paraty/RJ x Ubatuba/SP

Aqui é a continuação da caminhada anterior que tinha feito em direção à Cachoeira da Água Branca, em Ubatuba (relato aqui). 
Era a minha 3ª vez nessa trilha. As anteriores eram essas: relato aqui e aqui.
Mas agora tentaria fazer a trilha iniciando em em Paraty e finalizando em Ubatuba, já que na primeira vez fiz no sentido Ubatuba-Paraty. 
Voltei da Cachoeira da Água Branca, em Ubatuba, por volta das 17:00 hrs direto para o Camping Super Star, mas a partir dali teria uma logística complicada para chegar em Paraty.



Foto acima, seguindo por um pequeno trecho da Trilha do Telégrafo

Fotos + carta topográfica + imagens com a trilha plotada: clique aqui


Cachoeira da Água Branca
Pouco depois das 17h30min estava pegando o circular para o centro de Ubatuba e minha intenção era ao chegar lá e logo em seguida pegar um outro circular que me deixasse na divisa Ubatuba-Paraty, onde seguiria para a Rodoviária de Paraty em outro circular.
Já na Rodoviária de Paraty, pegaria o último circular para o Bairro do Corisco. Seria complicado, pois além de torcer para que os horários batessem, teria de contar que haveria ônibus naquele horário.
Mas as coisas começaram a dar errado quando cheguei na Rodoviária de Ubatuba, pouco depois das 18:00 hrs. Lá fiquei sabendo que o circular Divisa Ubatuba-Paraty só sairia as 19h40min, mas tinha o problema de que no final da linha não haveria mais o circular em direção à Paraty naquele horário (em 2020 os horários mudaram - veja no final do relato).
Me orientaram a pegar o ônibus da empresa São José, que vinha de Taubaté e seguia para Paraty; o problema agora era o horário – 20h40min e com isso tive que esperar por mais de 2 hrs na Rodoviária.
Com muito tempo para aguardar, fui até uma padaria próxima comer alguma coisa e ficar assistindo TV, mas ela fechou as 20:00 hrs e ao sair encontrei um jornal em cima de uma mesa e me deixaram levá-lo de graça. Como já imaginava que o ônibus de Taubaté iria se atrasar, teria de ler alguma coisa para passar o tempo. 
Temendo não encontrar em Paraty o circular para o Bairro do Corisco, liguei na Rodoviária de lá e fui informado que o último sairia às 22h30min e se o ônibus da Viação São José não atrasasse ou quebrasse pelo caminho, talvez ainda chegasse em Paraty a tempo.
O problema é que chega 20h30min e nada do ônibus de Taubaté chegar; 20h40min e nada também. 20h50min .............também não.
Já estava ficando nervoso, pois já são 21:00 hrs e nenhum ônibus, mas as 21h15min ele chegou e eu contando os minutos. 
Pelo menos não demorou muito e logo saiu em direção à Paraty, mas como desgraça pouca é bobagem, eis que no Posto da Polícia Rodoviária Federal, junto à Praia do Felix, o ônibus é parado para revista da Policia Rodoviária.
Pensei comigo: agora fud....., se encontrarem alguma droga entre as bagagens é aí que a gente não sai tão cedo dali e já eram mais de 21h45min. Depois de algumas perguntas e revistas nas bagagens onde não encontraram nada, nos liberaram para seguir viagem.

29 de outubro de 2010

Relato: Cachoeira da Água Branca – Ubatuba/SP - Bate volta na imensa cachoeira

Férias em casa e sem ter o que fazer é sempre um tédio, né?
Até tentei fazer com que a Márcia e a Sophia fossem comigo para o litoral norte de SP, mas não dá para faltar no trabalho durante a semana.
Então tive que ir sozinho mesmo. Minha intenção era chegar até a Cachoeira da Água Branca em Ubatuba e depois fazer a travessia de Paraty até Ubatuba pela Trilha do Corisco.
A Cachoeira da Água Branca ia ser minha primeira vez e só estava levando algumas coordenadas de um tracklog, que consegui no site do Renato Galani.
Pesquisando no Google, se encontra inúmeros sites com informações dessa Cachoeira e alguns citam ela com 120 metros, outros com 300, mas a altura correta dela é de aproximadamente 180 metros. Imensa né?
Agências de ecoturismo também costumam fazer essa caminhada, mas cobram um valor bem alto, saindo de SP ou de Ubatuba. 
E numa dessas pesquisas achei o tracklog, feito pelo Renato Galani e depois de trocar alguns e-mails com ele para pegar algumas informações e dicas, segui para Ubatuba.

Foto acima: na base da Cachoeira da Água Branca e suas várias quedas

Fotos dessa caminhada: clique aqui


Numa Quinta-feira de Outubro embarquei no Terminal Tietê em direção a Ubatuba e já quase no final da tarde, desci em frente ao Camping Super Star, pouco depois do início da Praia da Lagoinha. 
O lugar possui uma localização privilegiada, pois fica junto da areia da praia e ao lado da Rodovia Rio-Santos e como já tinha ficado nesse camping quando fiz a Trilha das 7 Praias e a do Saco das Bananas (relato aqui), sabia onde poderia jantar naquela noite. 
Retornando pela Rio-Santos, na direção de Caraguatatuba, na Praia de Maranduba, existem várias opções de restaurantes. 
Junto a um posto de gasolina jantei em um pequeno, que não é tão caro e depois retornei ao camping pela areia da praia e fui dormir, ouvindo as ondas quebrarem na areia. É um relaxamento para os ouvidos e rapidamente peguei no sono.
Na Sexta pela manhã combinei com o Sr. José (dono do camping) minha intenção de chegar na Cachoeira da Água Branca e só voltar no final da tarde, para depois seguir em direção à Paraty.
Antes de sair, paguei o valor do camping e fui para o outro lado da Rodovia pegar o circular Maranduba - via Sertão da Quina, que me deixasse o mais próximo possível do início da trilha.

30 de julho de 2010

Relato: Travessia Rui Braga – da parte alta do Parque Nacional do Itatiaia até a parte baixa

Este é o relato da continuação da travessia da Serra Negra.
Tínhamos terminado junto à antiga Pousada  Alsene e correu tudo como planejado (relato aqui).
Estávamos com a Autorização para a travessia da Rui Braga para fazê-la em 2 dias, pernoitando em algum dos Abrigos Massenas ou Macieiras, apesar de que a Rui Braga dá para ser feita em apenas 1 dia de caminhada.
Pegamos dias nublados, mas para sorte nossa, só estava chovendo durante a noite.

Foto acima, vale do Rio Campo Belo visto depois de alguns minutos do Abrigo Massenas


Fotos: clique aqui

Tracklog para GPS dessa travessia: clique aqui


Chegando na Portaria do Parque Nacional
A Quarta-feira amanheceu com tempo nublado, mas pelo menos sem chuvas e nesse dia iríamos fazer a travessia Rui Braga em 2 dias, já que a Márcia estava nos aguardando no dia seguinte na parte baixa do PNI.
Na travessia da Serra Negra ficamos sem sinal de celular por 2 dias e só contávamos que na Rui Braga conseguíssemos, para dar sinal de vida aos nossos familiares. 
Mochilas prontas, pouco depois das 09:00 hrs seguimos para a portaria do PNI (posto Marcão) e lá entregamos a Autorização da travessia, pagando pelo pernoite no Abrigo e a taxa de ingresso no Parque.
O lugar estava deserto e parece que éramos os únicos a fazer alguma travessia no Parque.
Pela estrada do Parque
O funcionário só demorou um pouco para nos liberar porque na solicitação que eu enviei, não tinha colocado que iriamos pernoitar no Parque e depois de acionar o pessoal da Administração do PNI pelo rádio, recebemos a autorização para fazer a travessia. 
Estávamos na altitude de pouco mais 2400 metros e nosso plano era caminhar até o Abrigo Macieiras, na altitude de 1850 metros. 
O total da caminhada, se fossemos direto até o final da trilha, junto ao Piscinão de Maromba seria de uns 30 Km, mas era muito para apenas 1 dia (até dá para fazer, já que boa parte da trilha é sempre descendo, mas tem de entrar bem cedo no Parque).
Abrigo Rebouças
Mochilas nas costas de novo, saímos da Portaria as 09h50min e seguimos em direção ao Rebouças pela estrada, onde chegamos as 10h20min e daqui só víamos uma neblina espessa sobre o Agulhas Negras.
Passamos direto e continuando pela estrada que na verdade é a Rodovia BR 485 (coisas do Pres. Getúlio Vargas) que em alguns pontos ainda apresentam trechos de asfalto em bom estado de conservação, mas perde um pouco da magia, já que é uma aberração construir uma estrada em um lugar como esse. 
Tendo o Rio Campo Belo do lado esquerdo, logo passamos pela Cachoeira das Flores e as 10h50min chegamos ao final da estrada e na bifurcação para o Pico das Prateleiras.