17 de maio de 2017

Relato: Travessia da Serra dos Poncianos – São Francisco Xavier/SP x Monte Verde/MG

Em Julho de 2012 ao completar a Travessia Rebouças-Mauá, no Parque do Itatiaia finalizei 13 caminhadas na região da Serra da Mantiqueira e disse a mim mesmo que iria dar um tempo nessa serra e explorar outros ambientes, mas foi difícil manter a palavra.
Naquele mesmo ano até tentei finalizar uma travessia que ficou faltando, mas por causa da chuva, resolvi abortar quando já estava na crista da serra. Era a Travessia da Serra dos Poncianos e prometi que um dia retornaria, mas somente com previsão de tempo bom. 
A Serra dos Poncianos segue de leste a oeste e é curta, tendo uma extensão de pouco mais de 6 km, de acordo com a carta topográfica do IBGE. Ela é só uma das muitas serras que é sobreposta pela extensa Mantiqueira. 
O roteiro tradicional dessa travessia se inicia em São Francisco Xavier (Distrito de São José dos Campos), subindo a serra pela Trilha do Jorge até o topo da Pedra da Onça e lá caminhando pela crista, rumo oeste até a Pedra Partida. Em seguida passando pela Pedra Redonda e dali com a opção de finalizar em Monte Verde ou continuar pela crista, passando pelo Chapéu do Bispo e chegar até o Pico do Selado. 
São trechos que alternam trilha demarcada com vara mato e pode ser feita em 2 dias.
E por eu dispor de 3 dias, seria desperdício de tempo fazer essa travessia, finalizando em Monte Verde, por isso planejei fazer um circuito. Chegando em Monte Verde eu retornaria a São Francisco Xavier por outra trilha: a do Jorge. 

Fotos acima do topo da Pedra da Onça e da crista da Mantiqueira vista da Pedra Partida


Fotos dessa caminhada: clique aqui

Vídeo completo dessa travessia: clique aqui
Gravei vídeos em 2 lugares: Bosque dos Duendes: clique aqui e
No topo da Pedra da Onça: clique aqui
Tracklog para GPS: clique aqui


A roteiro seria esse: sair de SP em direção a S. José Campos. Lá embarcar no circular para S. Francisco Xavier e nesse Distrito iniciar a caminhada em direção a Pedra da Onça, acampando no topo, para no dia seguinte fazer a travessia pela crista rumo oeste até a Pedra Partida, descendo em seguida até Monte Verde para acampar no inicio da Trilha do Jorge e somente no último dia seguir por ela, voltando para S. Francisco Xavier e depois S. José Campos. 
A data escolhida foi a Pascoa e para essa caminhada chamei um velho parceiro de trilha: Marcelo Gibson.
E na Sexta pela manhã encontrei ele na Rodoviária do Tietê e embarcamos as 09:00 hrs em direção a S. José Campos pela Pássaro Marrom. Por ser um feriado prolongado imaginei que teria trânsito na saída da cidade, mas foi bem tranquilo e as 10h30min já estávamos desembarcando na Rodoviária de S. José.
Sem demora seguimos para o Terminal de circulares, que é anexo a Rodoviária e lá fomos checar o horário da saída do circular para S. Francisco, que ia sair as 12:00 hrs. Para o retorno à Sampa no Domingo, compramos antecipadamente a passagem para o horário do final da tarde, então todo nosso planejamento tinha que dar certo.
Praça central de S. Francisco Xavier
O circular da Cidade Natureza saiu no horário e relativamente vazio e dentro dele só nos dois com mochilas cargueiras.
Depois de sair de S. José Campos, o ônibus segue pelo trecho de uma Rodovia cheia de curvas e bem perigosa, onde caí no sono e tirei um belo cochilo.
Depois de passar pela Rodoviária de Monteiro Lobato, chegamos a S. Francisco Xavier pouco depois das 13h30min. Agora era arrumar as mochilas e pé na estrada. Com o celular em modo avião, liguei o GPS dele para gravar o tracklog dessa travessia e fui tirar alguns clics na praça central do Distrito. E as 13h55min iniciamos a pernada rumo Cachoeira Pedro David e Joanópolis, mas seguimos pela estrada somente por uns 10 minutos e em uma bifurcação viramos a direita na Estrada dos Ferreiras, se orientando pelas placas de Pousada Itaky e Fazenda Monte Verde. 
Na subida da serra
A altitude aqui é de cerca de 730 metros e devemos chegar a quase 1950 metros, que é o topo da Pedra da Onça. 
Assim que iniciamos pela Estrada dos Ferreiras, ignoramos uma bifurcação à direita  e continuamos nos asfalto. Daqui em diante é só subida, que inicialmente segue por trecho íngreme, mas que não demora muito e dá uma aliviada, se tornando uma estrada de terra. 
O Sol não dá trégua e só nos preocupava a espessa neblina que tomava conta de toda a crista da serra. De repente um carro para ao nosso lado e eu já pensando que iriam oferecer carona até o inicio da trilha, ledo engano. Só queriam saber para onde estávamos indo e outras coisas mais sobre trilhas. 
Fazenda Monte Verde
E para nosso azar, estavam em um Sítio a poucos metros dali, então mesmo oferecendo carona, ela chegou tarde.

2 de maio de 2017

Relato: Gruta de Beltenebros – Serra do Mar de Biritiba Mirim/SP

Quando voltei da trip à Cachoeira do Diabo, eu e o Diógenes (Criador da página Canal da Caminhada) trocamos várias mensagens sobre novas possibilidades de trilhas na região de Biritiba Mirim. Uma delas achei interessante: a Gruta de Beltenebros, que nós dois já tínhamos lido alguns relatos.
Sua localização é próxima da trilha oeste da Pedra do Sapo, na subida ao topo da Pedra.
O Diógenes me passou a informação de que a Gruta estava à esquerda da trilha principal, já eu imaginava que ela estivesse do lado direito. E agora José, o que fazer? Pensei comigo: se não encontrasse a Gruta nos dois lugares, pelo menos subiria ao topo da Pedra do Sapo e não seria uma trip perdida. Mas a sorte estava do meu lado e conversando com o Diego (outro participante da trip à Cachoeira do Diabo), me disse que tinha o tracklog e me repassou. 
E a localização batia com as informações do Diógenes - eu estava errado, devido em parte ao relato que não ajudou e tinha também um senhor alemão que já tinha comentado no relato da Cachoeira do Diabo. 
Problema resolvido, agora era contar com uma trupe casca grossa que se arriscaria a explorar uma Gruta que eu não tinha a mínima ideia de como era. Na hora eu pensei no Fernandes, que conheci no topo da Pedra do Sapo fazendo rapel e o Rodrigo e a Rosana (velhos parceiros de trilha) que já tinham ido comigo ao Núcleo Caboclos, no PETAR. Também chamei o Lideraldo, que mora na Grande SP.
Trip escolhida e trupe reunida. Agora vamos para a trilha.

Na foto acima, o Rodrigo e a Rosana junto de uma pequena entrada das inúmeras cavidades da Gruta 


Fotos dessa caminhada: clique aqui

Vídeo com algumas fotos: clique aqui
Tracklog para GPS que gravei com meu celular: clique aqui



Em um Domingo, início de Abril, o clima ainda não estava convidativo para uma caminhada, já que nos dias anteriores caiu uma chuva que poderia atrapalhar, mas estava decidido a ir.

E as 06h15min encontrei o Rodrigo e a Rosana na Estação Tatuapé da CPTM, onde embarcamos em direção a Mogi das Cruzes, chegando lá por volta das 07h30min, já com o Lideraldo nos aguardando do lado de fora da Estação Estudantes.
O Fernandes estava com um amigo dele, o Henrique e ficaram de nos encontrar no início da trilha oeste.
Rebelados do Diógenes
Assim que chegamos em Estudantes e nos juntamos ao Lideraldo, fomos para os trailers, ao lado do Terminal de ônibus circulares comer alguma coisa e lá encontrei alguns velhos conhecidos: o Matias (que estava comigo na Cachoeira do Diabo) e a Barbara (que encontrei na Trilha do Lobisomem com o Diógenes). Encontrei também o Eduardo, da mesma turma do Diógenes e mais 9 pessoas que iriam subir ao topo do Pico do Itapanhaú, onde fica a torre de telefonia celular.
Eles se autodenominavam “Rebelados do Diógenes”, já que o mesmo tinha ido fazer uma exploração na região de Monte Verde/MG e os deixou órfãos. Depois de um bate papo, fomos para o Terminal e embarcamos no circular Manoel Ferreira as 08h20min.
Estrada da Adutora
Na Balança alguns trilheiros desceram e as 09h15min chegamos no ponto final do circular, que é o centro do Bairro Manoel Ferreira. Mochilas nas costas e pé na estrada, porque de agora em diante seguiríamos pela Estrada da Adutora da SABESP rumo leste e devido a chuva da noite anterior, ela estava com várias poças de água, mas felizmente a previsão não falou nada de chuva naquele dia.

3 de abril de 2017

Relato: Cachoeira do Diabo – Serra do Mar de Biritiba Mirim/SP

Depois de quase completar todos os picos e cachoeiras da Serra do Mar de Biritiba Mirim (Pedra do Sapo, Itapanhaú, Esplanada, Garrafão e as Cachoeiras do Elefante, Pedra Furada, Light, Lagarta e Água Fina), restavam agora poucas opções e entre elas uma das cachoeiras mais difíceis de se acessar: a do Diabo, localizada no Rio Guacá, próximo da região do Bairro de Casa Grande, onde nunca havia trilhado e bem distante das tradicionais Elefante, Pedra Furada e Light. Até já tinha lido sobre ela em um relato de 2014, mas que não me inspirou muita confiança. E sem um tracklog e com dificuldade de acesso junto com uma logística complicada me fizeram deixá-la de lado. 
E em Março me juntei ao grupo do Canal da Caminhada que ia explorar essa cachoeira, mas pegamos uma janela do tempo "inversa". Vários fins de semana anteriores à nossa trip sempre foram com muito Sol e exatamente nos dias da nossa caminhada, a Natureza mandou chuva.


Cachoeira do Diabo vista do meio do Rio Guacá

Fotos: clique aqui

Vídeo: clique aqui
Tracklog que gravei de toda a caminhada: clique aqui


E para entender como me juntei a eles, vou voltar alguns meses no tempo para explicar como cheguei lá.
Em Outubro de 2016 quando fazia a Travessia Pedra Furada-Pedra do Sapo, encontrei pela primeira vez o Diógenes, criador do site Canal da Caminhada. Ele estava com um grupo voltando do Lago dos Andes – veja nessa foto todos eles. Depois desse encontro, trocamos algumas mensagens e nos vimos uma outra vez, mas não surgia uma oportunidade para fazermos uma trilha juntos.
E no final de Fevereiro ele me convidou para a trilha até a Cachoeira do Diabo, cujo nome não tenho a mínima ideia o que significa. E quando o convite chegou, não pensei 2x. Porém era a segunda tentativa do grupo do Diógenes de chegar nela e por aí já deu para perceber a dificuldade de chegar nela.
A data escolhida foi um final de semana de Março e o grupo era por formado por 16 pessoas, devido a lotação máxima da van que nos deixaria próximos da trilha.
Tomando café da manhã
Grupo formado, começamos a trocar mensagens pelo Zap e a animação era grande por parte de algumas pessoas, mas por incrível que pareça essas pessoas que mais enviavam mensagens foram as que desistiram. Talvez em parte pela previsão de fortes chuvas naquele fim de semana, que para nosso azar acabou se concretizando e com isso apenas 9 corajosos não desistiram e com os homens em menor número. 
São eles Diógenes, Diego, Matias e eu. E as mulheres Carol, Valquíria (Val), Drika, Naedja e Wanne. O ponto de encontro era a Estação Brás da CPTM, onde embarcaríamos em direção à Estação de Estudantes, em Mogi das Cruzes. 
E pouco depois das 06:00 hrs daquele Sábado nublado já estávamos seguindo nosso caminho, sendo que parte do grupo iria se juntar ao lado do Terminal de ônibus de Estudantes para tomar um café da manhã nos trailers, que fica no lado direito da estação de trem.

20 de fevereiro de 2017

Relato: Travessia do Lago dos Andes - Serra do Mar de Biritiba Mirim/SP

Depois de 
conhecer alguns dos principais picos e cachoeiras da Serra do Mar na região de Biritiba Mirim - nesses relatos, as minhas caminhadas agora eram para completar uma travessia, iniciando em um lugar para finalizar em outro. 
E quando tentei fazer a da Cachoeira Pedra Furada-Pedra do Sapo – nesse relato aqui – encontrei o Maciel (autor do Blog de caminhadas Além da Fronteira) e seu grupo próximo da Cachoeira da Light. 
Eles estavam seguindo para o Lago dos Andes (alguns chamam de Represa dos Andes, mas os dois nomes estão valendo), passando pela cachoeira, mas nem imaginava que ali existia uma trilha e sempre pensei que o único acesso é pelo trecho da Trilha do Lobisomem. Pedi algumas informações dessa trilha para eventualmente fazê-la algum dia.
Porém com as férias de fim de ano e o clima chuvoso, não sobrava um fim de semana de Sol e por isso fui deixando de lado. 
E só no final de Janeiro que o clima ajudou, mas minha intenção era fazer o percurso no sentido inverso com o seguinte roteiro: iniciar a caminhada pelo Bairro Manoel Ferreira, passando pelo topo da Pedra do Sapo em seguida contornando o Pico do Gavião pela trilha à nordeste para interceptar a Trilha do Lobisomem e dali seguir a trilha tradicional até os Andes. Para o retorno, tentaria encontrar a trilha que o Maciel tinha feito, saindo dos Andes em direção à Cachoeira da Light e depois seguindo para a Cachoeira da Pedra Furada finalizando no Km 80,4 da Mogi-Bertioga e de lá pelo asfalto até a Balança. 

É uma caminhada relativamente longa e cansativa e talvez com trechos de vara mato entre os Andes e a Light, mas estava decidido a completá-la.


Foto acima em um mirante com Lago dos Andes ao fundo. Na outra foto junto da margem



Fotos: clique aqui

Vídeo somente com algumas fotos, pois as pilhas que levei estavam no fim: clique aqui
Tracklog de toda essa caminhada: clique aqui

Trip planejada, agora os corajosos: Marcelo Gibson (velho parceiro de algumas trilhas) e o Allan e sua namorada Fernanda, do Clube dos Desbravadores (CADES) de Biritiba Mirim, ligado a Igreja dos Adventistas, também quiseram se juntar.

O problema era encontrar algum fim de semana que não estivesse chovendo, por isso só confirmei a trip 1 dia antes. Marcamos para um Domingo, que segundo a meteorologia seria de Sol.
Naquela manhã de Domingo embarquei por volta das 06:00 hrs no trem da CPTM na Estação Tatuapé seguindo para Mogi das Cruzes (Estação de Estudantes). 
Junto da Estação do lado direito existe o Terminal bem próximo. É dali que sai o ônibus circular Manoel Ferreira em direção a Rodovia Mogi-Bertioga. 

Em Manoel Ferreira
O Allan mandou algumas mensagens pelo celular dizendo que iria se encontrar com a gente no topo da Pedra do Sapo.
Depois de embarcar no circular Manoel Ferreira seguimos pela Mogi-Bertioga e as 09h20min descemos no ponto de ônibus do Km 74,3 da Rodovia e sem perder tempo seguimos pela estrada de terra que leva ao centro do Bairro Manoel Ferreira, onde chegamos 10 minutos depois. Aqui também é o ponto final da linha, mas como ele demora um pouco para chegar ali, preferimos descer na Rodovia.
Agora seguíamos pela estrada ao lado da Adutora da Sabesp, às vezes pelo lado esquerdo, às vezes pelo lado direito. 
Assim que terminamos um longo trecho do lado direito da Adutora, surgiu uma bifurcação junto a um portão de ferro com muros laterais brancos pouco depois das 10:00 hrs. 
A estrada principal segue para a esquerda contornando o morro, mas nosso caminho é para direita. 

5 de novembro de 2016

Relato: Travessia Cachoeira da Pedra Furada x Pedra do Sapo - Serra do Mar de Biritiba Mirim/SP

Olha eu aqui de volta na mesma trilha cerca de 1 mês depois. Era questão de honra; dessa vez eu tinha que finalizá-la. 
Quando fiz essa caminhada pela primeira vez, tentei chegar no topo da Pedra do Sapo pelo sul, seguindo uma suposta trilha que se iniciava na Trilha do Lobisomem, bem próximo da casa do Seu Geraldo, mas ela estava tomada pelo mato – veja nesse relato.
Era impossível fazê-la em apenas 1 dia; para os mais corajosos, creio que até dê para chegar no topo da Pedra, mas com muito vara mato e 2 dias. 
E eu não estava a fim disso e por isso voltei agora em um Domingo, mas para fazer a trilha tradicional que chega ao topo da Pedra do Sapo pelo leste, passando por um trecho da Trilha do Lobisomem e ao lado do Pico do Gavião (ou Pico Peito de Moça). 
Devido ao clima que não estava ajudando tive que adiar essa trip por algumas semanas e mesmo na data escolhida fiquei com um pé atrás, porque tinha chovido em dias anteriores. E só fui ter a certeza no Sábado a noite, quando a mulher do tempo disse que a previsão para aquele Domingo seria de Sol com 60% de chances de chover só no final da tarde. E que se concretizou.
Minha intenção era chegar o mais cedo possível no início da trilha, passando pelas Cachoeiras da Pedra Furada e Light para dar tempo de chegar no Sapo antes do final da tarde. 
Trouxe também algumas dicas que peguei com Seu Geraldo, na última vez que fiz essa caminhada e um tracklog que mostrava o trecho final, que eu não conhecia.


Na foto acima a Pedra do Sapo encoberta pela neblina




Fotos: clique aqui

Vídeo dessa travessia: clique aqui
Tracklog que gravei de toda a caminhada: clique aqui


                                  Aviso importante

Atualmente a área da Cachoeira da Pedra Furada faz parte do Parque Estadual Serra do Mar - Núcleo Padre Dória e é obrigatório o acompanhamento de um monitor.
Regularmente o pessoal do Parque realiza fiscalizações na região e aplica multas em quem não está acompanhado de monitores. Atente a isso


Rodovia sob névoa
No Domingo acordei pouco antes das 05:00 hrs e na Estação Itaquera embarquei no trem da CPTM em direção a Mogi das Cruzes (Estação de Estudantes), chegando por volta das 07h30min. 
Embarquei no circular Manoel Ferreira as 08h15min, chegando na Balança do  Km 77, da Rodovia Mogi-Bertioga, por volta das 09h20min e com um pouco de pressa iniciei a caminhada logo em seguida. 
O início da trilha fica no Km 80,4 e até lá vou seguindo pelo estreito acostamento da Rodovia sob um Sol de rachar, mas por volta do Km 80 dou de cara com uma espessa neblina que tomava conta da região. 

4 de outubro de 2016

Relato: Travessia Cachoeira da Pedra Furada + Cachoeira da Light + Trilha do Lobisomem - Serra do Mar de Biritiba Mirim/SP

Ultimamente tenho feito muitas caminhadas na região da Serra do Mar de Biritiba Mirim e por inúmeras razões: acesso fácil, trilhas pouco exploradas, diferentes opções de caminhadas e picos e cachoeiras para todos os gostos.
Depois de conhecer os Picos do Garrafão, Esplanada, ItapanhaúPedra do Sapo e as Cachoeiras da Pedra Furada e Light fui pesquisar uma trilha que ligasse um desses picos às cachoeiras e encontrei algumas boas opções. 
Mas devido ao tempo curto (apenas 1 dia) a opção escolhida foi uma trilha que liga as 2 Cachoeiras à Pedra do Sapo, passando pela Trilha do Lobisomem. Mas minha intenção não era seguir a trilha tradicional e sim procurar outra trilha que saísse próximo da casa do Seu Geraldo (famoso conhecedor de trilhas e morador dessa região). Uma parte dessa trip consegui finalizar sem maiores dificuldades, mas o trecho final tive que abortar e seguir por outro caminho, o que me fez atiçar ainda mais a curiosidade para retornar a essa região e explorar melhor outras trilhas.
A data escolhida foi um Sábado de Setembro nublado sem previsão de chuvas, iniciando a caminhada em direção à Cachoeira da Pedra Furada para depois seguir para Light e de lá para Pedra do Sapo.

Foto acima da Trilha do Lobisomem próximo da casa do falecido Seu Geraldo


Fotos: clique aqui

Vídeo de toda essa travessia: clique aqui
Tracklog que eu fiz dessa caminhada: clique aqui




                                                     Aviso importante

Atualmente a área da Cachoeira da Pedra Furada faz parte do Parque Estadual Serra do Mar - Núcleo Padre Dória e é obrigatório o acompanhamento de um monitor.
Regularmente o pessoal do Parque realiza fiscalizações na região e aplica multas em quem não está acompanhado de monitores. Atente a isso


Com dois tracklogs da região, sabia que não teria problemas de navegação, pois vir para essa região sem conhecer as trilhas pode ser uma maneira fácil de se perder nas inúmeras bifurcações que existem. 

Por isso fica aí o aviso: se quiser explorar essas trilhas que venha preparado e cuidado em algumas bifurcações.
Acordando por volta das 05h30min da manhã embarquei no trem da CPTM na Estação Tatuapé em direção à Mogi das Cruzes (Estação de Estudantes), chegando pouco depois das 07h30min. 
Seguindo pela Rodovia
Ao lado da Estação existe o Terminal Estudantes, local esse de onde sai o ônibus circular Manoel Ferreira. 
O ponto final é em um bairro próximo da Rodovia Mogi Bertioga, mas meu objetivo era descer na Balança do Km 77. 
Ali eu e quase 1 dezena de mochileiros descemos do ônibus e como tinha pressa e o fator tempo era precioso para mim, nem conversei  com o pessoal, que ficou arrumando as mochilas num barzinho ao lado.
Já fui para a Rodovia e pé na estrada, pois me restavam ainda pouco mais de 3 Km até o início da trilha, no Km 80,4.
A previsão tinha acertado e o tempo nublado reinava sobre a região, mas sem chuvas. 

29 de junho de 2016

Relato: Pico do Garrafão - Serra do Mar de Biritiba Mirim/SP

Sabe aquele momento em que você tenta conhecer um lugar, mas não dá certo de jeito nenhum?
Pois foi isso que aconteceu na primeira vez que fui tentar chegar no topo desse pico. A caminhada era para chegar nos Picos da Esplanada e do Garrafão, no mesmo dia.
Até consegui chegar no topo do Pico da Esplanada, mas por não encontrar uma trilha que ligasse os dois, tive que abortar e depois do Esplanada seguir para o Pico do Itapanhaú (nesse relato). Só que dessa vez estava indo somente para o Garrafão e pela trilha tradicional, que segue um longo trecho pela Estrada da Adutora, para depois seguir por estradas secundárias até a base do pico. O início da caminhada foi também no Km 74,3 da Rodovia Mogi-Bertioga, onde desci do circular Manoel Ferreira, seguindo depois pela Estrada da Adutora Rio Claro e usando um tracklog para GPS. Foi uma caminhada longa e na volta, finalizei o trecho final no escuro, mas sem maiores dificuldades. 
Era um dos últimos picos que planejava fazer nessa região (Pedra do Sapo, Pico da Esplanada e Itapanhaú já tinha concluído) e com previsão de um Domingo de muito Sol, lá fui eu.

Na foto acima o Pico do Garrafão visto do topo do Pico da Esplanada



Fotos dessa caminhada: clique aqui
Vídeo com vários comentários ao longo da caminhada: clique aqui
Tracklog para GPS: clique aqui


Ponto final do circular no Bairro Manoel Ferreira
Aquele Domingo de manhã não estava tão frio quanto os outros dias e depois de embarcar na Estação Itaquera da CPTM em direção à Mogi das Cruzes até a Estação de Estudantes. Do lado direito existe o Terminal Estudantes de onde sai o onibus circular Manoel Ferreira.
Até tinha chegado cedo no local, mas só fui sair de lá por volta das 09h30min.
O ônibus, para variar, estava com vários trilheiros sentados no fundo, mas ninguém desceu no ponto de ônibus do Km 74,3 junto da Estrada de acesso ao Bairro. 
E exatamente as 10h20min iniciava a minha caminhada pela Estrada de terra que leva ao Bairro Manoel Ferreira. Aqui também é o ponto final do circular, mas como ele demora um pouco para chegar aqui, preferi descer na Rodovia. 
A partir daqui sigo pela Estrada da Adutora, rumo leste, paralela a tubulação de Água da SABESP.
Adutora Rio Claro
Ao passar ao lado de uma plantação de pimentões toda queimada pela geada, dá pena de ver, pois parece que a perda foi de 100%. Nas bifurcações o rumo é bem obvio: seguir próximo da Adutora, às vezes pela direita ou esquerda para contornar um ou outro pequeno morro.
Lá pelas 11:00 hrs a Pedra do Sapo surge em destaque à direita e com cerca de 1 hora de caminhada, passo ao lado do Restaurante da D. Maria, que atualmente está fechado, devido ao falecimento da proprietária. Não perguntei, mas me pareceu ser uma agencia de trekking com 23 pessoas se aprontando para sair em direção a Pedra do Sapo. Só cumprimentei um dos guias e segui em frente. Mais uns 5 minutos de caminhada e chego na bifurcação que leva a essa Pedra e ao Pico do Itapanhaú, mas continuo seguindo em frente, paralelo à tubulação (atualmente o acesso está com uma cerca de arame no local).

14 de junho de 2016

Relato: Pico da Esplanada + Pico do Itapanhaú – Serra do Mar de Biritiba Mirim/SP

Numa das minhas caminhadas quando cheguei ao topo da Pedra do Sapo (relato aqui) visualizei alguns picos próximos e que estavam com altitudes um pouco acima, me atiçando a curiosidade para conhecê-los algum dia.
E fui pesquisar quais eram esses picos e como chegar até eles em uma caminhada de um 1 dia qualquer.
O primeiro que apareceu na lista foi o Pico do Itapanhaú, onde fica uma enorme torre de telefonia celular, mas o acesso é feito por estrada asfaltada, tornando muito fácil a caminhada. Olhando na carta topográfica, outros picos eram o Esplanada e o Garrafão, que estão um ao lado do outro.
E deixando o Itapanhaú de lado, pensei em fazer esses dois, mas para chegar no topo do Garrafão teria de sair de um e chegar ao fundo de um vale onde se acessa a trilha que leva ao Garrafão. 
No Google Maps esse trecho não parecia ser muito longo, então lá fui eu.
Só lamento não ter acontecido como eu planejei, mas no final não deu para reclamar.
O acesso a eles é seguindo pela mesma estrada que leva ao topo da Pedra do Sapo, descendo no Km 74,3 da Rodovia Mogi-Bertioga e seguindo pela estrada paralela a Adutora Rio Claro.  
O primeiro que eu ia subir foi o Esplanada para depois seguir para o Garrafão. E no feriado do dia 26 Maio o clima ajudou e não pensei 2x. 
Com o tracklog desses dois picos, lá fui eu.


Na primeira foto o lado leste do topo do Pico da Esplanada e abaixo o Pico do Itapanhaú com sua torre da Vivo



Fotos dessa caminhada: clique aqui

Vídeo com algumas fotos dessa caminhada: clique aqui
Tracklog até o topo do Pico da Esplanada: clique aqui


Bairro Manoel Ferreira
Não foi fácil acordar em um feriado de muito frio pela manhã, mas era por uma boa causa. Desembarcando do Metrô na Estação Itaquera, fiz a transferência para a CPTM, em direção a Mogi das Cruzes (na Estação de Estudantes), onde cheguei pouco depois das 09:00 hrs. Do lado direito da estação fica o Terminal de ônibus municipais e logo embarquei no circular Manoel Ferreira.
Vários trilheiros sentados no fundo, mas nenhum deles desceu no Km 74,3, junto da Estrada de acesso ao Bairro. Parece que todos estavam indo para as cachoeiras, alguns Kms mais à frente.
E pouco depois das 10:00 hrs estava iniciando a caminhada, seguindo pela Estrada de terra que leva ao Bairro Manoel Ferreira, onde chego em cerca de 10 minutos. 
Aqui também é o ponto final da linha Manoel Ferreira e ao lado dele um barzinho que pode ser um ponto para reabastecimento de água. Só preferi descer na Rodovia porque o circular vai até o Km 77 e depois retorna e com isso perde alguns minutos.
Adutora Rio Claro
A partir daqui a tubulação da Adutora da SABESP segue paralela a Estrada sentido leste. Depois de plantações de legumes e com cerca de cerca de 30 minutos de caminhada chego na primeira bifurcação, onde sigo para direita, passando embaixo da Adutora. 
A Pedra do Sapo, de vez em quando, se destacava à direita e pelo caminho encontro alguns bikers. Com cerca de 1 hora de caminhada chego no Restaurante da D. Maria, (que atualmente está fechado devido ao falecimento da proprietária).