2 de maio de 2017

Relato: Gruta de Beltenebros – Serra do Mar de Biritiba Mirim/SP

Quando voltei da trip à Cachoeira do Diabo, eu e o Diógenes (Criador da página Canal da Caminhada) trocamos várias mensagens sobre novas possibilidades de trilhas na região de Biritiba Mirim. Uma delas achei interessante: a Gruta de Beltenebros, que nós dois já tínhamos lido alguns relatos.
Sua localização é próxima da trilha oeste da Pedra do Sapo, na subida ao topo da Pedra.
O Diógenes me passou a informação de que a Gruta estava à esquerda da trilha principal, já eu imaginava que ela estivesse do lado direito. E agora José, o que fazer? Pensei comigo: se não encontrasse a Gruta nos dois lugares, pelo menos subiria ao topo da Pedra do Sapo e não seria uma trip perdida. Mas a sorte estava do meu lado e conversando com o Diego (outro participante da trip à Cachoeira do Diabo), me disse que tinha o tracklog e me repassou. 
E a localização batia com as informações do Diógenes - eu estava errado, devido em parte ao relato que não ajudou e tinha também um senhor alemão que já tinha comentado no relato da Cachoeira do Diabo. 
Problema resolvido, agora era contar com uma trupe casca grossa que se arriscaria a explorar uma Gruta que eu não tinha a mínima ideia de como era. Na hora eu pensei no Fernandes, que conheci no topo da Pedra do Sapo fazendo rapel e o Rodrigo e a Rosana (velhos parceiros de trilha) que já tinham ido comigo ao Núcleo Caboclos, no PETAR. Também chamei o Lideraldo, que mora na Grande SP.
Trip escolhida e trupe reunida. Agora vamos para a trilha.

Na foto acima, o Rodrigo e a Rosana junto de uma pequena entrada das inúmeras cavidades da Gruta 


Fotos dessa caminhada: clique aqui

Vídeo com algumas fotos: clique aqui
Tracklog para GPS que gravei com meu celular: clique aqui



Em um Domingo, início de Abril, o clima ainda não estava convidativo para uma caminhada, já que nos dias anteriores caiu uma chuva que poderia atrapalhar, mas estava decidido a ir.

E as 06h15min encontrei o Rodrigo e a Rosana na Estação Tatuapé da CPTM, onde embarcamos em direção a Mogi das Cruzes, chegando lá por volta das 07h30min, já com o Lideraldo nos aguardando do lado de fora da Estação Estudantes.
O Fernandes estava com um amigo dele, o Henrique e ficaram de nos encontrar no início da trilha oeste.
Rebelados do Diógenes
Assim que chegamos em Estudantes e nos juntamos ao Lideraldo, fomos para os trailers, ao lado do Terminal de ônibus circulares comer alguma coisa e lá encontrei alguns velhos conhecidos: o Matias (que estava comigo na Cachoeira do Diabo) e a Barbara (que encontrei na Trilha do Lobisomem com o Diógenes). Encontrei também o Eduardo, da mesma turma do Diógenes e mais 9 pessoas que iriam subir ao topo do Pico do Itapanhaú, onde fica a torre de telefonia celular.
Eles se autodenominavam “Rebelados do Diógenes”, já que o mesmo tinha ido fazer uma exploração na região de Monte Verde/MG e os deixou órfãos. Depois de um bate papo, fomos para o Terminal e embarcamos no circular Manoel Ferreira as 08h20min.
Estrada da Adutora
Na Balança alguns trilheiros desceram e as 09h15min chegamos no ponto final do circular, que é o centro do Bairro Manoel Ferreira. Mochilas nas costas e pé na estrada, porque de agora em diante seguiríamos pela Estrada da Adutora da SABESP rumo leste e devido a chuva da noite anterior, ela estava com várias poças de água, mas felizmente a previsão não falou nada de chuva naquele dia.

3 de abril de 2017

Relato: Cachoeira do Diabo – Serra do Mar de Biritiba Mirim/SP

Depois de quase completar todos os picos e cachoeiras da Serra do Mar de Biritiba Mirim (Pedra do Sapo, Itapanhaú, Esplanada, Garrafão e as Cachoeiras do Elefante, Pedra Furada, Light, Lagarta e Água Fina), restavam agora poucas opções e entre elas uma das cachoeiras mais difíceis de se acessar: a do Diabo, localizada no Rio Guacá, próximo da região do Bairro de Casa Grande, onde nunca havia trilhado e bem distante das tradicionais Elefante, Pedra Furada e Light. Até já tinha lido sobre ela em um relato de 2014, mas que não me inspirou muita confiança. E sem um tracklog e com dificuldade de acesso junto com uma logística complicada me fizeram deixá-la de lado. 
E em Março me juntei ao grupo do Canal da Caminhada que ia explorar essa cachoeira, mas pegamos uma janela do tempo "inversa". Vários fins de semana anteriores à nossa trip sempre foram com muito Sol e exatamente nos dias da nossa caminhada, a Natureza mandou chuva.


Cachoeira do Diabo vista do meio do Rio Guacá

Fotos: clique aqui

Vídeo: clique aqui
Tracklog que gravei de toda a caminhada: clique aqui


E para entender como me juntei a eles, vou voltar alguns meses no tempo para explicar como cheguei lá.
Em Outubro de 2016 quando fazia a Travessia Pedra Furada-Pedra do Sapo, encontrei pela primeira vez o Diógenes, criador do site Canal da Caminhada. Ele estava com um grupo voltando do Lago dos Andes – veja nessa foto todos eles. Depois desse encontro, trocamos algumas mensagens e nos vimos uma outra vez, mas não surgia uma oportunidade para fazermos uma trilha juntos.
E no final de Fevereiro ele me convidou para a trilha até a Cachoeira do Diabo, cujo nome não tenho a mínima ideia o que significa. E quando o convite chegou, não pensei 2x. Porém era a segunda tentativa do grupo do Diógenes de chegar nela e por aí já deu para perceber a dificuldade de chegar nela.
A data escolhida foi um final de semana de Março e o grupo era por formado por 16 pessoas, devido a lotação máxima da van que nos deixaria próximos da trilha.
Tomando café da manhã
Grupo formado, começamos a trocar mensagens pelo Zap e a animação era grande por parte de algumas pessoas, mas por incrível que pareça essas pessoas que mais enviavam mensagens foram as que desistiram. Talvez em parte pela previsão de fortes chuvas naquele fim de semana, que para nosso azar acabou se concretizando e com isso apenas 9 corajosos não desistiram e com os homens em menor número. 
São eles Diógenes, Diego, Matias e eu. E as mulheres Carol, Valquíria (Val), Drika, Naedja e Wanne. O ponto de encontro era a Estação Brás da CPTM, onde embarcaríamos em direção à Estação de Estudantes, em Mogi das Cruzes. 
E pouco depois das 06:00 hrs daquele Sábado nublado já estávamos seguindo nosso caminho, sendo que parte do grupo iria se juntar ao lado do Terminal de ônibus de Estudantes para tomar um café da manhã nos trailers, que fica no lado direito da estação de trem.

20 de fevereiro de 2017

Relato: Travessia do Lago dos Andes - Serra do Mar de Biritiba Mirim/SP

Depois de 
conhecer alguns dos principais picos e cachoeiras da Serra do Mar na região de Biritiba Mirim - nesses relatos, as minhas caminhadas agora eram para completar uma travessia, iniciando em um lugar para finalizar em outro. 
E quando tentei fazer a da Cachoeira Pedra Furada-Pedra do Sapo – nesse relato aqui – encontrei o Maciel (autor do Blog de caminhadas Além da Fronteira) e seu grupo próximo da Cachoeira da Light. 
Eles estavam seguindo para o Lago dos Andes (alguns chamam de Represa dos Andes, mas os dois nomes estão valendo), passando pela cachoeira, mas nem imaginava que ali existia uma trilha e sempre pensei que o único acesso é pelo trecho da Trilha do Lobisomem. Pedi algumas informações dessa trilha para eventualmente fazê-la algum dia.
Porém com as férias de fim de ano e o clima chuvoso, não sobrava um fim de semana de Sol e por isso fui deixando de lado. 
E só no final de Janeiro que o clima ajudou, mas minha intenção era fazer o percurso no sentido inverso com o seguinte roteiro: iniciar a caminhada pelo Bairro Manoel Ferreira, passando pelo topo da Pedra do Sapo em seguida contornando o Pico do Gavião pela trilha à nordeste para interceptar a Trilha do Lobisomem e dali seguir a trilha tradicional até os Andes. Para o retorno, tentaria encontrar a trilha que o Maciel tinha feito, saindo dos Andes em direção à Cachoeira da Light e depois seguindo para a Cachoeira da Pedra Furada finalizando no Km 80,4 da Mogi-Bertioga e de lá pelo asfalto até a Balança. 

É uma caminhada relativamente longa e cansativa e talvez com trechos de vara mato entre os Andes e a Light, mas estava decidido a completá-la.


Foto acima em um mirante com Lago dos Andes ao fundo. Na outra foto junto da margem



Fotos: clique aqui

Vídeo somente com algumas fotos, pois as pilhas que levei estavam no fim: clique aqui
Tracklog de toda essa caminhada: clique aqui

Trip planejada, agora os corajosos: Marcelo Gibson (velho parceiro de algumas trilhas) e o Allan e sua namorada Fernanda, do Clube dos Desbravadores (CADES) de Biritiba Mirim, ligado a Igreja dos Adventistas, também quiseram se juntar.

O problema era encontrar algum fim de semana que não estivesse chovendo, por isso só confirmei a trip 1 dia antes. Marcamos para um Domingo, que segundo a meteorologia seria de Sol.
Naquela manhã de Domingo embarquei por volta das 06:00 hrs no trem da CPTM na Estação Tatuapé seguindo para Mogi das Cruzes (Estação de Estudantes). 
Junto da Estação do lado direito existe o Terminal bem próximo. É dali que sai o ônibus circular Manoel Ferreira em direção a Rodovia Mogi-Bertioga. 

Em Manoel Ferreira
O Allan mandou algumas mensagens pelo celular dizendo que iria se encontrar com a gente no topo da Pedra do Sapo.
Depois de embarcar no circular Manoel Ferreira seguimos pela Mogi-Bertioga e as 09h20min descemos no ponto de ônibus do Km 74,3 da Rodovia e sem perder tempo seguimos pela estrada de terra que leva ao centro do Bairro Manoel Ferreira, onde chegamos 10 minutos depois. Aqui também é o ponto final da linha, mas como ele demora um pouco para chegar ali, preferimos descer na Rodovia.
Agora seguíamos pela estrada ao lado da Adutora da Sabesp, às vezes pelo lado esquerdo, às vezes pelo lado direito. 
Assim que terminamos um longo trecho do lado direito da Adutora, surgiu uma bifurcação junto a um portão de ferro com muros laterais brancos pouco depois das 10:00 hrs. 
A estrada principal segue para a esquerda contornando o morro, mas nosso caminho é para direita.