24 de julho de 2011

Aiuruoca/MG - Algumas dicas do que fazer na cidade

Essa trip para a cidade de Aiuruoca foi devido a minha intenção de fazer a travessia do Papagaio, saindo dessa cidade e seguindo até Baependi.
O objetivo era ficar na cidade 1 dia com a Marcia e nossa filha Sophia para no dia seguinte iniciar a travessia até Baependi, num total de 4 dias, mas deixando a Marcia e a Sophia nessa cidade para depois me encontrar em Baependi.
Por isso nesse post colocarei somente algumas poucas atrações que visitamos na cidade nesse primeiro dia, visitando algumas cachoeiras e poções.


Foto ao lado na base da Cachoeira dos Garcia




Fotos da cidade de Aiuruoca com alguns mapas das principais atrações: clique aqui


Como não dava para incluir a Marcia e a Sophia nessa trip pela Serra do Papagaio, chegamos a um consenso de eu deixar as 2 em Aiuruoca e depois me pegarem em Baependi.
Agora a dúvida. O que fazer com uma criança de 2 anos em uma cidade por uns 5 dias, onde o acesso a maioria das atrações turísticas são por estradas de terra em estado precário?
com a Natureza prometendo dias de muito Sol por vários dias, A Marcia aceitou e marcamos de sair de dia 09 de Julho de São Paulo, logo pela manhã para chegar em Aiuruoca antes do anoitecer. 

Chegando na cidade
Para me guiar nessa caminhada pela Serra do Papagaio de novo recorri ao Sérgio Beck. Eram 2 relatos: um no livro Caminhos da Aventura e outro mais recente na Revista Aventura Já. Peguei também a trilha plotada em carta topográfica, em caso de precisar dela.
Saímos de carro no Sábado pela manhã em direção a Aiuruoca passando por Cruzeiro, Passa Quatro e Itanhandu, Caxambu até chegar em Aiuruoca pouco antes das 17h30min, seguindo direto para a Pousada, que já estava nos aguardando.

Famoso Rio Aiuruoca
Durante a noite fomos jantar no restaurante Dona Azeitona da Praça principal e encontramos o Gil Tichauer (colega de trekking) junto com sua namorada e depois de trocar algumas idéias seguimos para a Pousada e fomos planejar o que faríamos no Domingo, pois minha travessia só começaria na Segunda-feira pela manhã.

Poço Joaquim Bernardo
Na manhã de Domingo seguimos logo cedo em direção ao Poço do Joaquim Bernardo e para a Cachoeira dos Garcias que ficam no mesmo vale. 
O lugar é um pouco longe da cidade e a estrada até lá é bem precária, mas vale a pena o esforço para chegar nesses lugares. 

Vários pequenos poços
O Poço do Joaquim Bernardo fica ao lado da estrada e junto a algumas araucárias que fornecem uma sombra muito boa. É perfeito para passar o dia. 
O lugar é um escorregador natural onde existem alguns tobogãs, hidromassagens naturais e um grande poço onde é possível tomar um banho. O problema era a água gelada.
É cercado de pasto, por isso em alguns momentos tivemos a visita de algumas vacas, mas bem mansinhas. 

E pequenas cachoeiras
Não ficamos muito tempo aqui porque ainda tínhamos que visitar a Cachoeira dos Garcias, que se localiza no mesmo rio, porém alguns kms acima. 
A estrada é bem precária e ao longo do trecho aparecem alguns mirantes naturais e sempre com o Pico do Papagaio que parece estar bem ao lado.

Pico do Papagaio logo ali
Encontramos algumas placas de sinalização indicativas da cachoeira e depois de chegar próximo ao topo dela, deixamos o carro e seguimos na caminhada até a base onde existe um poção. 

Topo da Cachoeira dos Garcia
Passamos ao lado de uma pequena casa vazia, onde existe um heliporto.
Fomos descendo por trilha em meio a mata ciliar até chegar na Cachoeira.

Cachoeira dos Garcia
Nem dava para entrar na água e depois de vários clics retornamos para Aiuruoca, chegando já quase no final de tarde. 
Ainda passeamos pela cidade que é bem pequena, mas bem charmosa.

Dia de passear na cidade
No dia seguinte, era o dia que começava a minha travessia. Saímos da Pousada Ajuru as 11h15min em direção ao início da trilha que leva ao topo do Pico do Papagaio.
O proprietário da Pousada é o guia Marcus, muito conhecido na cidade e que forma grupos e leva para algumas cachoeiras e outros pontos turísticos.

Pousada Ajuru
Era isso o que a Márcia contava: se encaixar em algum grupo nos dias em que ela ficaria com a Sophia na Pousada.
Seguindo em direção ao Vale do Matutu, a Márcia me deixou as 12:00 hrs em frente a uma porteira, ao lado da entrada do Sitio do Saulo

Até daqui a 4 dias
Aqui se inicia uma das tantas trilhas que levam ao topo do Pico.
Para essa travessia criei um outro post, onde estão várias informações e dicas, por isso se quiser continuar a leitura é só clicar no relato abaixo




Algumas dicas e informações úteis (Atualizado Julho/2020)

# Logística para chegar ou sair da Serra do Papagaio: 
De SP não existe um ônibus direto para Aiuruoca, sendo necessário seguir até Caxambu e de lá até a cidade.
- SP-Caxambu, pela Viação Cometa:
- Caxambu-Aiuruoca são 2 empresas:
- Outra opção é embarcar em qualquer ônibus em direção a Juiz de Fora, saindo de Caxambu, descendo no trevo de acesso à Aiuruoca. Depois pegar uma carona ou seguir na caminhada até a cidade.

# Para quem planeja chegar em Aiuruoca de carro saindo de SP, sem dúvida nenhuma a melhor opção é seguir pela Via Fernão Dias por cerca de 280 Km até o trevo da cidade de Campanha, no KM 774. De lá é só seguir para Caxambu e depois Aiuruoca. O percurso que nós fizemos pela Via Dutra foi muito mais demorado e longo, por isso não recomendo.

# A Pousada Ajuru em Aiuruoca é muito boa e oferece café da manhã. O proprietário da Pousada Ajuru - Marcus Arantes - também oferece serviços de guias e transporte pela região. 
Se localiza bem na entrada da cidade:

# Em Aiuruoca só encontramos um Banco Bradesco e uma Lotérica que funciona como banco da Caixa Federal. 

# O acesso ao Poço do Joaquim Bernardo e a Cachoeira dos Garcias é por estrada de terra e relativamente fácil com várias placas de sinalização. Os 2 lugares contam com uma boa infraestrutura de lanchonetes/restaurantes.  

10 de julho de 2011

Relato: Trilha do Corisco – Paraty x Ubatuba via Serra do Mar pela 2ª vez

Era minha 4ª vez que tentava fazer essa trilha. Só tive sucesso mesmo na minha primeira vez em 1998, mas o sentido que eu fiz foi entrando por Ubatuba e finalizando em Paraty. 
Nas outras 2x sempre tentei entrar por Paraty, mas sempre encontrava algum problema. 
E dessa vez iniciava a trilha novamente por Paraty e tentaria fazê-la pelo Bairro do Coriscão, mas se não encontrasse iria pelo Bairro do Corisquinho mesmo. 
Chamei um velho amigo de trilha, o Marcelo Gibson e ele topou na hora.


Foto acima na placa da Trilha do Corisco junto à Casa da Farinha, em Ubatuba

Fotos dessa caminhada + carta topográfica + trilha plotada no Maps: clique aqui


Trilha no escuro
No início de Julho marquei com o Gibson na Rodoviária do Tietê para pegar um dos últimos ônibus em direção à Paraty pela Reunidas Paulista, chegando pouco antes 05:00 hrs, naquela manhã fria de Sábado.
A Rodoviária estava vazia e ficamos aguardando um certo tempo até a saída do circular Corisco que nos deixou pouco antes das 06:00 hrs no último ponto do Bairro do Coriscão.
Mochilas nas costas, agora seguíamos ainda no escuro serra acima pela estrada de terra até o inicio da trilha que eu tinha encontrado na minha última vez aqui. Ao fundo ainda podíamos visualizar as luzes da cidade. 
O céu estava totalmente limpo e a previsão era de tempo bom naquele fim de semana, bem diferente de quando em passei por aqui anos atrás.
Portal do Sítio
As 06h30min chegamos na entrada do Sitio São Francisco de Assis (atual Reserva Chão de Estrelas), onde existe 2 portais de concreto e a placa com o nome do sitio jogada no chão e aqui abandonamos a estrada e iniciamos por uma trilha à esquerda em frente ao portão do Sitio. 
O inicio é bem tranquilo e somente com uma pequena subida nos primeiros minutos para logo em seguida mergulhar em uma densa mata, com algumas aberturas de visual.
Vamos cruzando inúmeros riachos e as 07h35min chegamos no mais caudaloso deles: o Rio Corisco.
Para não molhar as botas, fomos pulando as pedras. 
A partir daqui a trilha entra de vez na mata fechada e sem perspectiva de visual nenhum. 

30 de junho de 2011

Relato: Cruzando a Serra da Mantiqueira de norte a sul pela antiga linha férrea Passa Quatro/MG-Cruzeiro/SP

Depois de ter feito a trilha do Rio Branquinho, descendo a Serra do Mar de Sampa até Itanhaém (relato aqui), onde alguns trechos seguem por linha férrea, me deu vontade de fazer alguma outra caminhada que também fosse por trilhos de trem.
Como o tempo estava colaborando e prometia ser de muito Sol no feriado de Corpus Christi, escolhi a caminhada de Passa Quatro (MG) a Cruzeiro (SP) pela antiga linha do trem. 
Essa caminhada até dá para se fazer em apenas 1 dia, mas acho muito puxado, por isso resolvi fazê-la em 2 dias. 
Com apenas 1 pernoite e a fartura de água na trilha, a mochila foi com o mínimo de peso, colocando só o básico.
Nem chamei outras pessoas porque organizei a caminhada quase em cima da hora e resolvi ir sozinho.


Foto acima, na entrada do Túnel da Mantiqueira, na divisa MG/SP


Fotos dessa caminhada + imagens de satélite com trilha plotada: clique aqui
Tracklog para GPS dessa caminhada: clique aqui


Estação de Passa Quatro
Do trecho entre Passa Quatro até quase a divisa MG/SP, junto ao túnel da Mantiqueira, uma empresa (ABPF - Associação Brasileira de Preservação Ferroviária) opera trens turísticos só nos fins de semana com 2 vagões para cerca de 150 pessoas com uma Maria Fumaça puxando.
Já a partir da divisa até Cruzeiro seria de muito vara-capim e alguns vara-mato, mas sem problemas de navegação já que eu seguiria pelos antigos trilhos que ainda estavam lá.
Linhas na direção do túnel
Comprei a passagem para o horário das 07:00 hrs pela Viação Cometa, numa Sexta-feira saindo do Terminal Tietê em SP e pouco antes do meio dia já desembarcava em Passa Quatro. Fui ainda conhecer a estação ferroviária de onde sai o trem turístico até o túnel da Mantiqueira e como era um feriado prolongado, iria sair um as 14h30min, mas já estava lotado.
Depois de comprar água e alguns clics, inicio a caminhada pelos trilhos às 12h10min, saindo da altitude de 915 metros. 

31 de maio de 2011

Relato: Trilha do Rio Branquinho - Parelheiros x Itanhaém/SP, descendo pela Serra do Mar

Trocando uns e-mails com meu colega de caminhada Gibson, ele disse que estava retornando para Trilha do Rio Branquinho na Serra do Mar, juntamente com o Rafael e o Sandro, do Fórum Mochileiros, para refazer a trilha.
Na 1ª vez que tinham ido, eles saíram da linha férrea antes de chegar no túnel 24 e com isso pegaram o trecho errado da trilha e tiveram que voltar. 
Como eu já tinha lido alguns relatos dessa travessia, sendo um deles do famoso montanhista Sérgio Beck, sabia o lugar exato do início da trilha, que era logo após o túnel 24 e com o convite do Gibson, resolvi me juntar a trupe.

Foto acima tirada na linha férrea pouco antes de chegar no início da trilha. Da esquerda para direita: Paulo, Marcelo Gibson, Raffa, Sandro e eu.


Fotos, carta topográfica e imagens do Google Earth com trilha plotada: clique aqui

Tracklog para GPS de toda essa caminhada: clique aqui 

Quem também se uniu ao grupo foram o Paulo Piacitelli (do Fórum Mochileiros), o Minduim e o Clayton e agendamos essa trilha para final de Maio - uma Sexta-feira.

O tempo estava meio instável e diversos sites de meteorologia previam garoa na noite de Sexta e no Sábado durante do dia. Só melhoraria no Domingo com previsão de muito Sol e foi exatamente o que aconteceu.
Marcamos de todos se encontrar na saída do Metrô Vila Mariana por volta das 20:00 hrs onde pegaríamos o ônibus em direção ao Terminal Parelheiros, já com o Sandro nos aguardando lá. 
Com o relato do Sérgio Beck em mãos, no dia e horário combinado, fui encontrar o Gibson, o Raffa e o Paulo em um barzinho ao lado da estação do Metrô, já me esperando e com 2 baixas: o Minduim e o Clayton desistiram.
Aqui pegamos o ônibus Metro Vila Mariana-Term. Parelheiros onde chegamos por volta das 22h30min já com o Sandro esperando a gente.
O ônibus que segue em direção ao Bairro da Barragem saiu logo em seguida, chegando pouco depois das 23:00 hrs no ponto final, com uma fina garoa.
Sandro, Raffa, Marcelo, Paulo e eu
Embaixo de um ponto de ônibus improvisado arrumamos nossas mochilas e iniciamos a longa pernada até a próximo ao túnel 25 da linha férrea, onde montaríamos nossas barracas. Pode-se dizer que aqui já estamos no interior, mas o lugar é o extremo sul da cidade de São Paulo.
Assim que descemos do ônibus, um dos passageiros que desceu com a gente só fez um alerta: “cuidado com as onças na serra hein” e talvez ela tenha aparecido, mas só à noite.
Seguíamos pela Estrada em direção à linha férrea e poucos minutos de caminhada paramos em um barzinho para comprar água, mas só tinha torneiral. Paciência, vai ser essa mesmo.
De volta à pernada, seguimos pela Estrada Evangelista de Souza por uns 300 metros até sair dela à direita e continuar a caminhada por uma estrada, que antigamente era uma linha férrea que vem de Jurubatuba e que hoje está destruída pelo tempo e coberta pela estrada.
Caminhada no meio da noite
Na total escuridão e sob uma leve garoa, caminhávamos em um ritmo forte, desviando de poças de água e do barro até chegar nos trilhos da linha férrea administrada pela ALL (América Latina Logística) e usada para transporte de grãos em direção ao Porto de Santos. 
Mais alguns minutos e chegamos na antiga estação Evangelista de Souza à esquerda, pouco antes das 00h30min, abandonada e só encontramos algumas locomotivas esperando vagões, mas pelo menos a garoa tinha parado e depois de um breve descanso voltamos à caminhada, agora pelos dormentes da linha férrea. 

24 de janeiro de 2011

Dicas: Paraty e Ubatuba – 1 semana curtindo em família os melhores roteiros

Aqui vou relacionar algumas dicas e informações úteis para aproveitar bem essas 2 cidades com uma criança. 
Estávamos eu, a Márcia e a Sophia (nossa filha) e ficamos por quase 1 semana entre Paraty e Ubatuba no início de Janeiro. 
Ficamos hospedados em pousadas e sempre depois do café da manhã a gente saia para aproveitar os passeios, só voltando no final da tarde.

Na foto ao lado, pelas ruas de Paraty.



Fotos de Paraty e Ubatuba: clique aqui

Atualizado Julho/2020

Desfile dos Bonecos
Paraty

Em Paraty existem passeios para 1 dia inteiro e podem ser divididos assim:
1º dia: passeio de escuna pelas praias da Baia de Paraty.
2º dia: visita às cachoeiras e poções ao longo da Estrada Paraty-Cunha.
3º dia: Vila de Trindade com suas praias e piscinas naturais.
E ainda não incluí os alambiques e a parte histórica da cidade, que também vale a pena conhecer.

Hospedagem:

# As pousadas são relativamente baratas, mesmo na alta temporada.
Por ter uma oferta muita grande de hospedagem, têm pousadas para todos os bolsos e todas oferecem café da manhã.    

# Por ficarem próximas ao centro histórico, as que recomendo são:
- Pousada Aroeira (onde ficamos): 
Clique aqui
- Pousada Marendaz (onde também já fiquei em outra oportunidade): 
Clique aqui
Existem opções mais baratas na Praia do Jabaquara e na entrada da cidade.
Piscina do Caxadaço
Alimentação
# Na Avenida Roberto Silveira (principal da cidade) antes de chegar no centro histórico é possível encontrar restaurantes por quilo (self-service). 
Já na parte do centro histórico se localizam os restaurantes à la carte, que oferecem pratos mais sofisticados, porém com valores maiores. 
A desvantagem é que em alguns existe até fila de espera.

# Nas praias da Vila de Trindade, todos os bares oferecem porções.


# Na avenida principal da Vila de Trindade, os restaurantes oferecem PF.


Passeios

Cachoeira da Penha
# Cachoeiras