29 de outubro de 2010

Relato: Cachoeira da Água Branca – Ubatuba/SP - Bate volta na imensa cachoeira

Férias em casa e sem ter o que fazer é sempre um tédio, né?
Até tentei fazer com que a Márcia e a Sophia fossem comigo para o litoral norte de SP, mas não dá para faltar no trabalho durante a semana.
Então tive que ir sozinho mesmo. Minha intenção era chegar até a Cachoeira da Água Branca em Ubatuba e depois fazer a travessia de Paraty até Ubatuba pela Trilha do Corisco.
A Cachoeira da Água Branca ia ser minha primeira vez e só estava levando algumas coordenadas de um tracklog, que consegui no site do Renato Galani.
Pesquisando no Google, se encontra inúmeros sites com informações dessa Cachoeira e alguns citam ela com 120 metros, outros com 300, mas a altura correta dela é de aproximadamente 180 metros. Imensa né?
Agências de ecoturismo também costumam fazer essa caminhada, mas cobram um valor bem alto, saindo de SP ou de Ubatuba. 
E numa dessas pesquisas achei o tracklog, feito pelo Renato Galani e depois de trocar alguns e-mails com ele para pegar algumas informações e dicas, segui para Ubatuba.

Foto acima: na base da Cachoeira da Água Branca e suas várias quedas

Fotos dessa caminhada: clique aqui


Numa Quinta-feira de Outubro embarquei no Terminal Tietê em direção a Ubatuba e já quase no final da tarde, desci em frente ao Camping Super Star, pouco depois do início da Praia da Lagoinha. 
O lugar possui uma localização privilegiada, pois fica junto da areia da praia e ao lado da Rodovia Rio-Santos e como já tinha ficado nesse camping quando fiz a Trilha das 7 Praias e a do Saco das Bananas (relato aqui), sabia onde poderia jantar naquela noite. 
Retornando pela Rio-Santos, na direção de Caraguatatuba, na Praia de Maranduba, existem várias opções de restaurantes. 
Junto a um posto de gasolina jantei em um pequeno, que não é tão caro e depois retornei ao camping pela areia da praia e fui dormir, ouvindo as ondas quebrarem na areia. É um relaxamento para os ouvidos e rapidamente peguei no sono.
Na Sexta pela manhã combinei com o Sr. José (dono do camping) minha intenção de chegar na Cachoeira da Água Branca e só voltar no final da tarde, para depois seguir em direção à Paraty.
Antes de sair, paguei o valor do camping e fui para o outro lado da Rodovia pegar o circular Maranduba - via Sertão da Quina, que me deixasse o mais próximo possível do início da trilha.

30 de julho de 2010

Relato: Travessia Rui Braga – da parte alta do Parque Nacional do Itatiaia até a parte baixa

Este é o relato da continuação da travessia da Serra Negra.
Tínhamos terminado junto à antiga Pousada  Alsene e correu tudo como planejado (relato aqui).
Estávamos com a Autorização para a travessia da Rui Braga para fazê-la em 2 dias, pernoitando em algum dos Abrigos Massenas ou Macieiras, apesar de que a Rui Braga dá para ser feita em apenas 1 dia de caminhada.
Pegamos dias nublados, mas para sorte nossa, só estava chovendo durante a noite.

Foto acima, vale do Rio Campo Belo visto depois de alguns minutos do Abrigo Massenas


Fotos: clique aqui

Tracklog para GPS dessa travessia: clique aqui


Chegando na Portaria do Parque Nacional
A Quarta-feira amanheceu com tempo nublado, mas pelo menos sem chuvas e nesse dia iríamos fazer a travessia Rui Braga em 2 dias, já que a Márcia estava nos aguardando no dia seguinte na parte baixa do PNI.
Na travessia da Serra Negra ficamos sem sinal de celular por 2 dias e só contávamos que na Rui Braga conseguíssemos, para dar sinal de vida aos nossos familiares. 
Mochilas prontas, pouco depois das 09:00 hrs seguimos para a portaria do PNI (posto Marcão) e lá entregamos a Autorização da travessia, pagando pelo pernoite no Abrigo e a taxa de ingresso no Parque.
O lugar estava deserto e parece que éramos os únicos a fazer alguma travessia no Parque.
Pela estrada do Parque
O funcionário só demorou um pouco para nos liberar porque na solicitação que eu enviei, não tinha colocado que iriamos pernoitar no Parque e depois de acionar o pessoal da Administração do PNI pelo rádio, recebemos a autorização para fazer a travessia. 
Estávamos na altitude de pouco mais 2400 metros e nosso plano era caminhar até o Abrigo Macieiras, na altitude de 1850 metros. 
O total da caminhada, se fossemos direto até o final da trilha, junto ao Piscinão de Maromba seria de uns 30 Km, mas era muito para apenas 1 dia (até dá para fazer, já que boa parte da trilha é sempre descendo, mas tem de entrar bem cedo no Parque).
Abrigo Rebouças
Mochilas nas costas de novo, saímos da Portaria as 09h50min e seguimos em direção ao Rebouças pela estrada, onde chegamos as 10h20min e daqui só víamos uma neblina espessa sobre o Agulhas Negras.
Passamos direto e continuando pela estrada que na verdade é a Rodovia BR 485 (coisas do Pres. Getúlio Vargas) que em alguns pontos ainda apresentam trechos de asfalto em bom estado de conservação, mas perde um pouco da magia, já que é uma aberração construir uma estrada em um lugar como esse. 
Tendo o Rio Campo Belo do lado esquerdo, logo passamos pela Cachoeira das Flores e as 10h50min chegamos ao final da estrada e na bifurcação para o Pico das Prateleiras.