24 de maio de 2013

Dicas: Cavernas do PETAR/SP – Núcleo Caboclos

Em 2005 tive a minha primeira experiência em cavernas, conhecendo algumas do PETAR. 
Fui com um pessoal do CEU (Centro Excursionista Universitário) e ficamos lá somente por um fim de semana, mas visitamos a maioria das cavernas dos Núcleos Santana e Ouro Grosso (relato aqui), mas sempre ficou aquele gostinho de quero mais. O problema é que nunca surgia uma oportunidade para conhecer outras cavernas. E no feriado da Páscoa o Rodrigo me convidou para fazermos o Núcleo Caboclos e não pensei 2x.
Marcamos para sair na Sexta-feira de carro logo pela manhã para dar tempo de conhecer algumas cavernas naquele mesmo dia. Ficamos por 3 dias acampados no Camping do Núcleo e conhecemos todas as cavernas permitidas à visitação. Mesmo com a chuva que caiu por alguns dias, ela não atrapalhou.
Nessa trip estavam eu, a Márcia, o Rodrigo e sua namorada Rosana.

Foto acima, todos reunidos no abismo da parte alta da Caverna Teminina 


Fotos: clique aqui


Camping do Parque
O PETAR - Parque Estatual Turístico do Alto Ribeira é dividido em 4 Núcleos: Santana, Ouro Grosso, Caboclos e Casa de Pedra.
Para acesso ao Núcleo é cobrado uma taxa diária do visitante e outra para o uso do camping, por isso atente a isso.
Caverna Teminina
O lugar é o único que disponibiliza um camping para os visitantes, que deve ser reservado com antecedência junto a Administração do Parque em Apiaí. 
O Camping é plano e todo gramado com chuveiros de água fria, sanitários e pias.
A contratação de um guia é obrigatória e sem ele não se consegue visitar as cavernas.
Na Revista Aventura Já, do Sérgio Beck tinha uma matéria sobre esse Núcleo, mas ele fez as visitas às cavernas sem o acompanhamento de guia.
Como atualmente é obrigatório o guia, deixamos para ele o planejamento do roteiro.
Antes de fazer a visita, contate o Núcleo e reserve um guia. Isso é importante. 
Portaria do Parque
Como chegar: Seguimos pela Rodovia Castelo Branco por quase 140 Km até o acesso a Tatuí e dali seguindo em direção a Itapetininga, Capão Bonito, Guapiara. 
Depois dessa cidade são mais 37 km até o acesso que leva ao Núcleo, seguindo ainda por 17 km em estrada precária. 
Esse é o melhor caminho para chegar no Núcleo, já que as estradas são asfaltadas e em bom estado, mas com a desvantagem de todas serem pedagiadas.
Uma outra opção é seguir pela BR-116 (Rodovia Régis Bittencourt) até o km 446, onde fica o acesso à Jacupiranga e dali seguindo as placas indicativas de Iporanga. 
Cruzando a cidade, siga por estrada de terra em direção ao Bairro da Serra e de lá continuando em direção à Apiaí. Chegando na cidade é só seguir pela Rodovia em direção a Guapiara por cerca de 26 Km até a entrada do Núcleo.

Cavernas:
Caverna Chapéu Mirim I
O acesso as Cavernas do Chapéu, Chapéu Mirim I, Chapéu Mirim II e Aranhas é por trilha bem demarcada e sem dificuldades que sai ao lado do Camping. É a chamada Trilha do Chapéu. As Cavernas Chapéu Mirim I e II são as mais próximas do Camping e no seu interior segue um pequeno riacho. Nas duas é possível entrar por um lado e sair pelo outro.
Abaixo a relação das cavernas permitidas à visitação:


20 de fevereiro de 2013

Relato: Contornando Saco do Mamanguá + Travessia da Ponta da Joatinga + Cachoeira do Saco Bravo - Paraty/RJ

Anos atrás junto com a Márcia conheci o Saco do Mamanguá pela 1ª vez, acampando na Praia do Curupira e com um bote inflável cruzamos o Saco até a Praia do Espinheiro para quem sabe seguir por trilha até a Enseada da Cajaíba, mas a Mãe Natureza não quis nos ajudar, trazendo chuvas, que nos obrigou a caminhar até Laranjeiras e lá retornar à Paraty para depois seguir de barco até a Cajaíba (uma logística e tanto – relato aqui). 
E com isso, a ideia de fazer uma caminhada que explorasse todo o Saco do Mamanguá foi deixada de lado e somente 5 anos depois resolvi voltar no Carnaval e dessa vez foi bem além das expectativas. 

Foto acima: chegando na deserta e linda Praia Grande da Cajaíba para cruzá-la de uma ponta a outra

Fotos
Contornando o Saco do Mamanguá: clique aqui
Travessia da Ponta da Joatinga: clique aqui
Cachoeira do Saco Bravo: clique aqui

Para essa trip convidei o Rodrigo e a Rosana que toparam na hora e por dispormos de 4 dias seria um desperdício fazermos somente o Mamanguá e com isso resolvemos emendar a Volta do Saco do Mamanguá com a Travessia da Ponta da Joatinga, onde seria a minha 3ª vez (relato da 1ª travessia: clique aqui - relato da 2ª travessia: clique aqui).
E deu também para incluir a Cachoeira do Saco Bravo, iniciando por uma trilha que sai da Praia de Ponta Negra.
Trip marcada para Fevereiro, agora era resolver o problema da logística. 
Com quase 1 mês de antecedência, já não encontrava passagens para Paraty saindo de SP; outra opção era seguir até Ubatuba e de lá em circular para Paraty Mirim, mas iríamos perder tempo precioso nesse deslocamento. O Rodrigo sugeriu que fossemos no carro dele, descendo até Paraty pela Estrada Cunha-Paraty, conhecida também como Estrada Real.
Logística resolvida, agora era torcer para que as tempestades que ocorriam quase diariamente em Sampa não pegassem a gente na caminhada. 
Cachoeira do Mato Limpo
No Sábado de madrugada o Rodrigo me pegou em casa por volta das 05:00 hrs, seguindo em direção à Guaratinguetá com trânsito bem tranquilo. Por volta das 07:00 hrs já estávamos saindo da Via Dutra e pegando a Estrada Real, passando por Cunha pouco antes das 08:00 hrs. 
Na Rodovia ainda paramos na Cachoeira do Mato Limpo para alguns clics e no lugar já tinham vários turistas que também iriam descer a serra. 
Não ficamos muito tempo aqui e uns 10 minutos depois cruzamos a divisa SP/RJ, marcada por uma imensa placa do Governo de SP anunciando que estavam recapeando o trecho paulista da Rodovia. 

20 de janeiro de 2013

Relato: Travessia da Serra da Bocaina pela trilha do Rio Guaripu - A outra Trilha do Ouro

A travessia da Serra da Bocaina, conhecida também como Trilha do Ouro, que liga São José do Barreiro a Mambucaba, em Angra dos Reis no sentido norte-sul é uma daquelas clássicas caminhadas que deveria ser obrigatório para aquem gosta de trekking, mas nessa serra não existe somente essa.
Podemos citar também a Trilha dos 7 Degraus, o Pico do Tira Chapéu, a Pedra da Bacia e muitas outras, mas existe uma travessia que cruza o Parque Nacional de oeste a leste por um longo trecho de mata fechada, conhecida também como a outra Trilha do Ouro.

Foto acima mostrando um trecho original da trilha com calçamento de pedras, construído pelos escravos


É a travessia da Serra da Bocaina pela trilha do Rio Guaripu, que se inicia em Campos Novos (distrito pertencente ao município de Cunha/SP) e segue quase que de oeste a leste, finalizando na Cachoeira do Veado e se encontrando com a tradicional Trilha do Ouro, que vem de São José do Barreiro e segue para Mambucaba.

Fiquei sabendo dessa trilha através do Sérgio Beck, quando alguns anos antes ele postou um pequeno relato no antigo site da sua Revista Aventura Já.
A matéria era bem resumida, mas me atiçou a curiosidade de algum dia completá-la.
Minha intenção era seguir exatamente como ele fez. Ao chegar na Cachoeira do Veado, seguir pela Trilha do Ouro na direção da portaria do Parque ao norte para finalizar em Arapeí.
E em pleno mês chuvoso de Janeiro, chamei velhos amigos de trilha: o Rodrigo e sua namorada Rosana e o Celestino (trilheiro que já tinha trocado inúmeros e-mails).
Já contava que pegaríamos chuva pelo caminho, mas não sei se foi sorte ou azar, pois pegamos dias de muito Sol.
Marcamos com antecedência para iniciar a trip no início de Janeiro (Sábado) e terminá-la possivelmente uns 3 ou 4 dias depois e no dia marcado todos nós 4 se encontramos no Terminal Tietê pouco antes das 06:00 hrs para embarcar em direção a Guaratinguetá.
Chegando em Cunha
Com o ônibus relativamente vazio deu para cochilar por um bom tempo e por volta das 08h30min já estávamos chegando na Rodoviária de Guará.
Aqui compramos as passagens para Cunha para o horário das 09:00 hrs pela empresa São José, levando cerca de 1 hora até lá e assim que desembarcamos na pequena Rodoviária, subimos por uma pequena ladeira até sair em frente a um ponto de táxi.
Acertado o valor com um taxista, seguimos de Uno por cerca de 30 Km até o distrito de Campos Novos por estrada asfaltada e em bom estado, onde chegamos por volta das 10h50min, ao lado da Igreja N. Sra dos Remédios.

30 de julho de 2012

Relato: Travessia Rebouças - Mauá via Rancho Caído - Parque Nacional do Itatiaia

Em 1998 conheci pela primeira vez o Parque Nacional do Itatiaia (PNI) e gostei muito do lugar, voltando depois em 1999, 2003 e 2010.
Na minha primeira vez em 98 e só subi o Pico das Agulhas Negras. 
1 ano depois, em 99, voltei lá e fiz o Agulhas Negras novamente e o Morro da Massena NO, ao lado da antiga Pousada Alsene. 
Em 2003 passei pelo Parque para fazer a Travessia da Serra Negra, que era parte da Transmantiqueira que eu tinha iniciado lá no Pico do Marins, passando pelo Pico do Itaguaré e Serra Fina, em um total de 9 dias caminhando pela crista da Serra. Era a última parte dessa mega caminhada. 
Quando retornei em 2010 com o Sandro (do Fórum Mochileiros) foi para fazer 2 travessias juntas: a da Serra Negra “oficial”, dessa vez iniciando na Vila de Maromba, passando pela Cachoeira do Aiuruoca e a Rui Braga, que liga a parte alta à parte baixa do PNI. 
E o retorno dessa vez era especial, já que iria fazer uma das últimas travessias que me restavam na Serra da Mantiqueira: a Rebouças-Mauá, que passa pelo Rancho Caído.


Foto acima: na trilha, passando ao lado da Pedra do Altar




Rodoviária de Itanhandu
E junto com essa travessia planejava também subir o Morro do Couto e a Pedra do Altar.
E não daria para fazer todo esse roteiro em apenas 1 fim de semana, como a maioria faz; eu precisava de mais alguns dias.
Até convidei algumas pessoas, mas a dificuldade em dispor de alguns dias de folga em dias de semana era um empecilho para muitos, fazendo muitos se recusarem.
Minha intenção era fazer a travessia da seguinte forma: chegar no Posto Marcão (Portaria da parte alta do PNI) numa Sexta à tarde, a tempo de subir o Morro do Couto e depois ficar no Abrigo ou no Camping do Rebouças.
E no Sábado pela manhã iniciar a caminhada até o Rancho Caído onde acamparia, passando antes pelo topo da Pedra do Altar.
Já no Domingo pela manhã desceria até a Vila de Maromba, passando pela Cachoeira do Escorrega e ficando em uma pousada da Vila, retornando a São Paulo na segunda-feira.
Não saiu tudo do jeito que eu queria, mas não tive do que reclamar, já que os dias foram de muito Sol, que valeram muito a pena.
Com quase 1 mês de antecedência, enviei para o Parque a solicitação para a travessia, que é obrigatória. Para variar, demoraram um pouco para responder e com isso tive que ligar lá, mas consegui sem problemas.
Serra Fina ao fundo
Para o Abrigo Rebouças não reservei porque era dia de semana e estava crente que o lugar estivesse com vagas no Abrigo ou pelo menos no Camping. 
Quanto à questão do transporte, fui pesquisar alguns taxistas de Itamonte e marquei com um (Marquinhos), que me cobrou um valor bem baixo, para me deixar junto do antigo Alsene - pesquisei vários outros e todos eram bem caros. Não faltava mais nada e com a Natureza ajudando, prometendo vários dias de Sol, comprei a passagem de SP para Itanhandu/MG saindo Sexta pela manhã.
Novamente os relatos do Sérgio Beck seriam os meus guias. E não dava para reclamar, pois eram 2: um no livro Caminhos da Aventura e outro bem mais recente (ano 2003) na Revista Aventura Já. 
E no dia combinado estava embarcando as 08:00 hrs no Terminal Tietê pela Viação Cometa em direção a Itanhandu. 
A viagem foi tranquila e por volta das 12h30min desembarcava na Rodoviária da pequena cidade e aqui só foi aguardar o circular da empresa Delfim sair as 13h15min em direção a Itamonte.

27 de julho de 2012

Relato: Travessia São Francisco Xavier/SP x Monte Verde/MG pela Trilha do Jorge

Assim que retornei do Parque do Ibitipoca (relato aqui), já queria fazer uma outra caminhada, mas dessa vez na Serra da Mantiqueira. Minha intenção era a travessia de São Francisco Xavier/SP a Monte Verde/MG pela Serra dos Poncianos. 
A logística para essa travessia era relativamente fácil: sair bem cedo de SP em direção a São José dos Campos a tempo de pegar o circular das 10:00 hrs para São Francisco Xavier e de lá cruzar a Serra da Mantiqueira na direção norte para chegar em Monte Verde. Não dei muita sorte porque a Natureza só mandou chuva e com isso essa caminhada não terminou como eu tinha imaginado.

Foto acima: na Trilha do Jorge, antes de chegar na Pedra da Onça

Fotos dessa caminhada: clique aqui
Tracklog para GPS: clique aqui


Ruas de São Francisco Xavier
Meu planejamento era esse: ao chegar em S. Francisco Xavier, seguir até a crista da serra pela Trilha do Jorge e acampar na Pedra da Onça, que é também conhecido pelo nome de Mirante. 
No dia seguinte seguir a trilha à sudoeste pela crista, na direção da Pedra Partida e de lá desceria até o centro de Monte Verde para depois retornar pela Trilha do Jorge e acampar novamente no Mirante ou em algum outro ponto da trilha.
E no outro dia descer para S. Francisco Xavier, completando o circuito. 
No retorno para S. Francisco Xavier encontraria a Márcia e a Sophia e ficaríamos por alguns dias para aproveitar as férias de ambos.
Como ia ser minha primeira vez, já fui com a expectativa de pegar uma trilha fechada com vara mato e alguns perdidos, porém o que me preocupava mais eram as chuvas. Não poderia adiar essa travessia, porque 1 semana depois dessa caminhada tinha agendado a Rebouças-Mauá, no Parque do Itatiaia (relato aqui).
Segundo a meteorologia, apesar da região da Mantiqueira estar nublada a vários dias, havia a perspectiva de melhoras no meu segundo dia na serra e agora era torcer para que as previsões estivessem certas.