Quando fiz essa caminhada pela primeira vez, tentei chegar no topo da Pedra do Sapo pelo sul, seguindo uma suposta trilha que se iniciava na Trilha do Lobisomem, bem próximo da casa do Seu Geraldo, mas ela estava tomada pelo mato – veja nesse relato.
Era impossível fazê-la em apenas 1 dia; para os mais corajosos, creio que até dê para chegar no topo da Pedra, mas com muito vara mato e 2 dias.
E eu não estava a fim disso e por isso voltei agora em um Domingo, mas para fazer a trilha tradicional que chega ao topo da Pedra do Sapo pelo leste, passando por um trecho da Trilha do Lobisomem e ao lado do Pico do Gavião (ou Pico Peito de Moça).
Devido ao clima que não estava ajudando tive que adiar essa trip por algumas semanas e mesmo na data escolhida fiquei com um pé atrás, porque tinha chovido em dias anteriores. E só fui ter a certeza no Sábado a noite, quando a mulher do tempo disse que a previsão para aquele Domingo seria de Sol com 60% de chances de chover só no final da tarde. E que se concretizou.
Minha intenção era chegar o mais cedo possível no início da trilha, passando pelas Cachoeiras da Pedra Furada e Light para dar tempo de chegar no Sapo antes do final da tarde.
Trouxe também algumas dicas que peguei com Seu Geraldo, na última vez que fiz essa caminhada e um tracklog que mostrava o trecho final, que eu não conhecia.
Na foto acima a Pedra do Sapo encoberta pela neblina
Fotos: clique aqui
Vídeo dessa travessia: clique aqui
Tracklog que gravei de toda a caminhada: clique aqui
Aviso importante
Atualmente a área da Cachoeira da Pedra Furada faz parte do Parque Estadual Serra do Mar - Núcleo Padre Dória e é obrigatório o acompanhamento de um monitor.
Regularmente o pessoal do Parque realiza fiscalizações na região e aplica multas em quem não está acompanhado de monitores. Atente a isso
Rodovia sob névoa |
Embarquei no circular Manoel Ferreira as 08h15min, chegando na Balança do Km 77, da Rodovia Mogi-Bertioga, por volta das 09h20min e com um pouco de pressa iniciei a caminhada logo em seguida.
O início da trilha fica no Km 80,4 e até lá vou seguindo pelo estreito acostamento da Rodovia sob um Sol de rachar, mas por volta do Km 80 dou de cara com uma espessa neblina que tomava conta da região.
E pouco antes das 10:00 hrs já estava deixando o asfalto para trás e seguindo na trilha para a Cachoeira da Pedra Furada.
Como tinha chovido nos dias anteriores, com certeza a trilha estaria toda enlameada e não deu outra. Devido aos inúmeros trechos de charco foi difícil manter os pés secos e em vários momentos fui obrigado a chafurdar a bota na lama – só nessas horas me lembro que preciso comprar uma bota impermeável.
Sem dificuldades de navegação passo por 2 grupos que também seguem na direção da cachoeira.
Um dos que lideram me reconhece da última vez que passei aqui; é o William que só está indo até a Pedra Furada com um grupo de umas 6 pessoas.
Comento com eles de irem até a Cachoeira da Light, mas dizem que parte do grupo não aguentaria a caminhada até lá. Não sabem o que estão perdendo.
Assim que cruzo um riacho que vem da direita com quase 1 hora de caminhada chego na principal bifurcação, marcado por um tronco de madeira caído no meio da trilha.
Quem quiser seguir direto para a Cachoeira da Light é só continuar na trilha da esquerda, paralelamente ao rio, mas eu sigo na bifurcação da direita, subindo por suave aclive e em 5 minutos estou no topo da Cachoeira da Pedra Furada.
São 11:00 hrs e o lugar estava coberto de uma densa neblina com água muito fria, me fazendo desistir de um breve mergulho.
O Rio Sertãozinho está com grande volume de água e por pouco suas furiosas águas não passam por cima da cachoeira.
Desço até a base dela onde encontro alguns grupos – umas 20 pessoas; quase uma farofa – e alguns gatos pingados se aventurando na correnteza do poção.
Aqui paro para comer um lanche e bater um papo com alguns deles. Todos irão ficar só nessa cachoeira e dos que conversei nenhum conhece a Cachoeira da Light ou quer se arriscar a ir até lá.
Depois de um breve descanso volto para o topo da cachoeira, onde encontro alguns rapeleiros descendo o paredão. Outro bate papo e sigo para a encosta íngreme, junto do poção e dali vou subindo se agarrando nas raízes para sair na trilha que leva à Cachoeira da Light.
São 11h20min e com trilha demarcada vou caminhando sem maiores dificuldades, desviando de alguns trechos de áreas alagadas com um ritmo um pouco mais rápido, chegando as 11h40min na Trifurcação. Aqui sigo na trilha da direita para chegar na Cachoeira da Light uns 5 minutos depois.
A barragem da represa, que antecede a cachoeira, estava com água passando por cima em grande quantidade e a neblina também estava presente aqui, mas pelo menos o lugar estava vazio e sem lixo.
Alguns clics do lugar e retorno para a trilha.
As 12h15min passo novamente pela Trifurcação e aqui sigo rumo norte com alguns trechos de pântanos pelo caminho.
Com a vegetação molhada se debruçando sobre a trilha, minhas roupas vão ficando bem molhadas e quem é mais atento consegue visualizar algumas setas na cor preta, colocados pelo pessoal do Clube de Desbravadores Cades - www.facebook.com/cades.desbravadores.
Depois de um curto trecho para o norte, a trilha segue agora rumo oeste, como se estivesse voltando para a Rodovia.
É um trecho no plano com trilha tranquila, cruzando pequenos riachos e aqui tomo um enorme susto que me fez pular para trás. Enquanto caminhava sossegado, dou de cara com uma cobra bem no meio da trilha – essa aqui. Refeito do susto percebo que a dita cuja não se mexe. Me aproximo dela novamente e noto que ela está sem cabeça, que foi cortada por alguém.
Parece ser uma peçonhenta, mas não seria mais fácil só espantá-la? Vai entender quem fez isso né. Lamentável.
Continuando a caminhada, as 12h55min surge uma bifurcação um pouco escondida, onde sigo para a direita, marcado também por uma seta preta – aqui é preciso ficar atento, porque a bifurcação pode passar despercebida.
Mais uns 5 minutos e chego a outro riacho, mas esse difícil de cruzar, devido a encosta íngreme e alta. Poderia até atravessá-lo rio abaixo, mas preferi ir por ali mesmo, sobre uma pinguela, na forma de um tronco de madeira em cima do rio. Com os pés escorregando bem devagar, cruzo o rio com muito cuidado e um pouco de dificuldade, mas consigo passar sem cair.
E mais uns 5 minutos chego na famosa Trilha do Lobisomem, que para esquerda me levaria de volta para a Rodovia no Km 79, passando pela casa do Seu Geraldo e para direita ao sertão de Biritiba Mirim, pouco explorado por mim.
Essa trilha na verdade foi uma antiga estrada, que devido ao desuso a Natureza está tomando de volta.
Em vez de seguir para a direita, tomo rumo da Rodovia somente para explorar uma Toca, a cerca de 10 minutos dali, junto da trilha.
No local existem enormes blocos de pedra que podem servir perfeitamente para um bivaque e depois de alguns clics retorno para a trilha rumo leste as 13h15min.
Passo pela bifurcação que eu tinha vindo e quando se inicia uma descida até o fundo do vale, o som das águas de uma cachoeira se aproxima cada vez mais à esquerda e não penso 2x; sigo por uma trilha me guiando pelo barulho dela.
Coisa de 3 minutos e chego na base da primeira queda, onde tem um pequeno poço, sendo conhecida como Cachoeira da Lagarta. Com uns 7 metros de altura, a cachoeira não é tão volumosa quanto as anteriores e um pouco mais acima existe outra queda de acesso fácil.
Depois de alguns minutos conhecendo o lugar, volto para a Trilha do Lobisomem pouco antes das 14:00 hrs. Mais alguns minutos e estou cruzando o mesmo riacho da cachoeira por cima do que sobrou de uma ponte, já que boa parte dela foi levada pela enxurrada.
Cruzando o rio, logo a paisagem se abre, porém a neblina não me deixa ver a crista do Pico do Gavião (conhecido também como Pico Peito de Moça), à esquerda.
Por resquícios da antiga estrada a caminhada segue em aclive suave, passando por pequenos charcos até chegar ao ponto mais alto, onde bruscamente viro à direita e inicio uma descida até outro fundo de vale, onde cruzo um riacho por cima de uma ponte improvisada com troncos de madeira.
Nesse momento começo a ouvir vozes de pessoas que vêm no sentido contrario.
Era um grupo de 12 pessoas liderado pelo Diógenes, do site Canal da Caminhada do Facebook – esse aqui. É um grupo que reúne caminhantes e bikers.
Eles estavam retornando do Lago dos Andes, que também está na minha lista de trips futuras. Depois de um bate papo e um clic de todos eles nessa foto, me despeço e sigo em frente.
Mais 5 minutos e chego na bifurcação que eu queria. São várias marcações e impossível alguém passar aqui e não perceber.
São 14h40min e saio da Trilha do Lobisomem, seguindo na bifurcação da esquerda.
A trilha também é bem demarcada, encontrando marcas de pneus de bike com trechos onde a erosão já está tomando conta e sem mais bifurcações a navegação é tranquila em meio à mata atlântica.
O ganho de altitude é pouco, já que eu estava contornando pela direita a crista do Pico do Gavião.
As 15:00 hrs encontro outra pequena cachoeira próxima da trilha, conhecida como Cachoeira da Água Fina e o volume de água é até menor do que a anterior.
Ela escorre por um grande rochedo de uns 5 metros de altura.
Mais 15 minutos de caminhada e caio em uma trilha bem mais larga que segue serra acima na direção do Pico do Gavião (ou Peito de Moça) com alguns totens de concreto no meio dela. A trilha principal se bifurca à direita, mas fico na dúvida se continuo na principal ou sigo serra acima pela trilha mais larga na direção do cume do Gavião. Paro por alguns minutos para analisar o tracklog e ver qual a melhor opção. E agora José, o que fazer?
Consulto o relógio; são 15h20min e o inicio da noite está muito longe ainda e assim decido subir até a crista.
Conforme vou ganhando altitude a trilha vai se fechando cada vez mais, porém os totens de concreto estão lá.
Alguns trechos sou obrigado a subir agarrando nos galhos e nos bambus porque a trilha se torna cada vez mais íngreme.
Em alguns momentos o GPS perde o sinal e com isso não fico sabendo que altitude devo chegar, mas continuo a íngreme subida, me orientando pelos totens.
E ao chegar no totem com vértice de numero 8781, pouco antes das 16:00 hrs, estou na crista e tento ainda caminhar para esquerda, rumo ao topo do Pico do Gavião, mas a neblina não me deixa ver nada à frente, por isso desisto da empreitada. Chegar no topo do Pico sem visual nenhum é perda de tempo.
Retorno ao totem do marco geodésico e depois de um breve descanso resolvo seguir pela crista à sudoeste rumo Pedra do Sapo, me orientando pelo tracklog.
A navegação não chega a ser complicada, mas o maior problema era o vara mato.
Quando não é um bambuzal fechando totalmente a trilha, é a vegetação alta me obrigando a seguir por desvios. Se eu tinha alguma peça de roupa seca no corpo, agora é que não sobrou nada. Com vegetação molhada fico ensopado dos pés à cabeça.
Um fato curioso aqui é ter encontrado estrumes de cavalo – para mim era o que parecia.
Não sou biólogo, mas fico imaginando que animal grande (se não for cavalo) que produz merda desse tamanho (fui saber depois que eram fezes de anta, como nessa página, veja aqui).
Deixando as divagações de lado, a trilha vai me deixando estressado e sem perspectiva de melhora, penso em desistir.
Depois de uns 15 minutos naquele vara mato, decido voltar, retornando ao totem do marco geodésico e sem demora inicio a descida para a trilha principal.
Mais alguns minutos de caminhada serra abaixo e estou chegando na estrada que acessa o inicio da trilha da Pedra do Sapo.
Daqui para frente já tinha feito esse percurso anos atrás nesse relato.
Só foi caminhar por mais 5 minutos no sentido oeste para chegar ao final da estrada, onde se inicia outra subida, dessa vez ao topo do Sapo.
Se o clima tivesse colaborado, desse ponto conseguiria visualizar toda a Pedra, mas não deu. Paciência. Pelo menos não está chovendo.
Junto ao final da estrada, a trilha segue para esquerda por trecho de subida sem maiores dificuldades. Com cerca de 7 minutos surge o trecho com cordas para ajudar a ascensão, o que eu acho desnecessário, mas não recusei a ajuda.
E com cerca de 15 minutos de subida íngreme chego na crista, onde encontro uma árvore toda pichada e com marcas das iniciais dos nomes de alguns imbecis. Coisa lamentável.
Mais 5 minutos pela crista a oeste e chego na base da Pedra do Sapo pouco depois das 17:00 hrs e logo em seguida no topo.
Devoro boa parte do lanche que eu ainda tinha e tento acabar com as últimas Ana Marias (aquela dupla de bolinhos) e as barras de cereais.
Nesse momento, sem eu perceber, a bateria do celular chega a 15% de carga, entrando em modo de economia e com isso o tracklog cancela a gravação dali em diante, finalizando aqui em cima.
Pelo menos todo o percurso que fiz até aqui foi gravado.
Fico aguardando alguma janela do tempo se abrir, mas a neblina é teimosa e ela não vai embora.
Fica pior, pois começa a cair uma leve garoa, o que me faz descer do topo rapidamente, iniciando a descida pela trilha à oeste até a Estrada da Adutora por volta das 17h40min.
Passo pelo platô, a oeste do Sapo e a partir daqui entro definitivamente na mata fechada e sem grandes dificuldades vou perdendo altitude.
Um longo trecho da descida segue por um caminho de enxurrada e ao passar ao lado de um riacho à direita vou lavar minha calça e a bota que estavam sujas de lama. Seguindo por alguns metros rio abaixo, essa é a trilha que também leva à Gruta de Beltenebros,
Não demoro muito e retorno para a trilha e já próximo do próximo do final dela, ouço o barulho de um cortador de grama, que deve ser de uma chácara próxima dali e junto a um bambuzal ignoro uma outra trilha que cruza perpendicularmente a trilha principal. Mais alguns minutos de descida e chego em 2 casas abandonadas por volta das 18h20min (leia o adendo no final desse relato sobre esse trecho).
Encontro aqui uma arvore de nêsperas, que não resisto e vou comendo algumas.
Alguns clics do lugar e agora sigo na direção da Estrada da Adutora, já sem a chuva.
E com quase 50 minutos de caminhada chego ao Barzinho ao lado do ponto final da linha Manoel Ferreira.
São quase 19h30min e encontro o lugar deserto. O circular não demora muito e dentro dele só encontro também alguns típicos moradores – nenhum trilheiro. Parece que eu era o último a sair daquela região voltando para Sampa.
Não foi um Domingo perfeito, mas pelo menos consegui finalizar a travessia que eu já vinha planejando há muito tempo.
Dicas e algumas informações úteis (Atualizado Julho/2020)
Logística (valores de Jan/2023)
# Esperar o circular Manoel Ferreira por quase 1 hora não é fácil. Dependendo do horário que você chegar na Estação Estudantes esse é o tempo que poderá aguardar. Veja nesse site os horários de saída do Terminal - Linha E392: clique aqui. Valor: $5.
Ou se quiser veja outras opções:
1) Do lado esquerdo da Estação de Estudantes existe a Rodoviária de Mogi das Cruzes com ônibus da Breda saindo para o litoral em vários horários. É só pedir para descer no Refúgio do Km 80. Custo: cerca de $30.
www.bredaservicos.com.br
2) Vans que fazem o percurso até Bertioga e cujos motoristas ficam do lado de fora da Estação, mas com uma grande desvantagem: só saem quando lota de passageiros. Custo: cerca de $30.
3) E a última opção é quem pode vir de carro e deixá-lo junto a um barzinho, junto à Balança do Km 77. Deixar o carro junto ao início da trilha é pedir para ser multado ou até rebocado, pois é proibido parar na Rodovia.
# Água não é problema nessa travessia. São inúmeros riachos ao longo de toda essa caminhada.
# Sinal de celular só fui encontrar em alguns trechos próximo do Pico do Gavião, devido a uma antena de telefonia celular que se localiza perto dali.
# Voltei de lá com alguns carrapatos, que com toda certeza peguei no trecho de vara mato na crista entre o Pico do Gavião e a Pedra do Sapo.
# Para navegação e gravação do tracklog uso e recomendo 3 app para o GPS do telefone celular. Todos na Play Store.
- A-GPS Tracker ou o GPX Viewer para navegar nos tracklogs.
- E o Wikiloc para gravar o tracklog do percurso.
Charcos na trilha |
Como tinha chovido nos dias anteriores, com certeza a trilha estaria toda enlameada e não deu outra. Devido aos inúmeros trechos de charco foi difícil manter os pés secos e em vários momentos fui obrigado a chafurdar a bota na lama – só nessas horas me lembro que preciso comprar uma bota impermeável.
Sem dificuldades de navegação passo por 2 grupos que também seguem na direção da cachoeira.
Um dos que lideram me reconhece da última vez que passei aqui; é o William que só está indo até a Pedra Furada com um grupo de umas 6 pessoas.
Topo da Pedra Furada |
Assim que cruzo um riacho que vem da direita com quase 1 hora de caminhada chego na principal bifurcação, marcado por um tronco de madeira caído no meio da trilha.
Quem quiser seguir direto para a Cachoeira da Light é só continuar na trilha da esquerda, paralelamente ao rio, mas eu sigo na bifurcação da direita, subindo por suave aclive e em 5 minutos estou no topo da Cachoeira da Pedra Furada.
São 11:00 hrs e o lugar estava coberto de uma densa neblina com água muito fria, me fazendo desistir de um breve mergulho.
De frente para a Cachoeira da Pedra Furada |
Desço até a base dela onde encontro alguns grupos – umas 20 pessoas; quase uma farofa – e alguns gatos pingados se aventurando na correnteza do poção.
Aqui paro para comer um lanche e bater um papo com alguns deles. Todos irão ficar só nessa cachoeira e dos que conversei nenhum conhece a Cachoeira da Light ou quer se arriscar a ir até lá.
Depois de um breve descanso volto para o topo da cachoeira, onde encontro alguns rapeleiros descendo o paredão. Outro bate papo e sigo para a encosta íngreme, junto do poção e dali vou subindo se agarrando nas raízes para sair na trilha que leva à Cachoeira da Light.
Cachoeira da Light |
A barragem da represa, que antecede a cachoeira, estava com água passando por cima em grande quantidade e a neblina também estava presente aqui, mas pelo menos o lugar estava vazio e sem lixo.
Alguns clics do lugar e retorno para a trilha.
As 12h15min passo novamente pela Trifurcação e aqui sigo rumo norte com alguns trechos de pântanos pelo caminho.
Com a vegetação molhada se debruçando sobre a trilha, minhas roupas vão ficando bem molhadas e quem é mais atento consegue visualizar algumas setas na cor preta, colocados pelo pessoal do Clube de Desbravadores Cades - www.facebook.com/cades.desbravadores.
Setas na trilha |
É um trecho no plano com trilha tranquila, cruzando pequenos riachos e aqui tomo um enorme susto que me fez pular para trás. Enquanto caminhava sossegado, dou de cara com uma cobra bem no meio da trilha – essa aqui. Refeito do susto percebo que a dita cuja não se mexe. Me aproximo dela novamente e noto que ela está sem cabeça, que foi cortada por alguém.
Parece ser uma peçonhenta, mas não seria mais fácil só espantá-la? Vai entender quem fez isso né. Lamentável.
Continuando a caminhada, as 12h55min surge uma bifurcação um pouco escondida, onde sigo para a direita, marcado também por uma seta preta – aqui é preciso ficar atento, porque a bifurcação pode passar despercebida.
Trilha do Lobisomem |
E mais uns 5 minutos chego na famosa Trilha do Lobisomem, que para esquerda me levaria de volta para a Rodovia no Km 79, passando pela casa do Seu Geraldo e para direita ao sertão de Biritiba Mirim, pouco explorado por mim.
Essa trilha na verdade foi uma antiga estrada, que devido ao desuso a Natureza está tomando de volta.
Cachoeira da Lagarta |
No local existem enormes blocos de pedra que podem servir perfeitamente para um bivaque e depois de alguns clics retorno para a trilha rumo leste as 13h15min.
Passo pela bifurcação que eu tinha vindo e quando se inicia uma descida até o fundo do vale, o som das águas de uma cachoeira se aproxima cada vez mais à esquerda e não penso 2x; sigo por uma trilha me guiando pelo barulho dela.
Coisa de 3 minutos e chego na base da primeira queda, onde tem um pequeno poço, sendo conhecida como Cachoeira da Lagarta. Com uns 7 metros de altura, a cachoeira não é tão volumosa quanto as anteriores e um pouco mais acima existe outra queda de acesso fácil.
Ponte improvisada |
Cruzando o rio, logo a paisagem se abre, porém a neblina não me deixa ver a crista do Pico do Gavião (conhecido também como Pico Peito de Moça), à esquerda.
Por resquícios da antiga estrada a caminhada segue em aclive suave, passando por pequenos charcos até chegar ao ponto mais alto, onde bruscamente viro à direita e inicio uma descida até outro fundo de vale, onde cruzo um riacho por cima de uma ponte improvisada com troncos de madeira.
Nesse momento começo a ouvir vozes de pessoas que vêm no sentido contrario.
Saída da Trilha do Lobisomem |
Eles estavam retornando do Lago dos Andes, que também está na minha lista de trips futuras. Depois de um bate papo e um clic de todos eles nessa foto, me despeço e sigo em frente.
Mais 5 minutos e chego na bifurcação que eu queria. São várias marcações e impossível alguém passar aqui e não perceber.
São 14h40min e saio da Trilha do Lobisomem, seguindo na bifurcação da esquerda.
A trilha também é bem demarcada, encontrando marcas de pneus de bike com trechos onde a erosão já está tomando conta e sem mais bifurcações a navegação é tranquila em meio à mata atlântica.
No topo da Cachoeira da Água Fina |
As 15:00 hrs encontro outra pequena cachoeira próxima da trilha, conhecida como Cachoeira da Água Fina e o volume de água é até menor do que a anterior.
Ela escorre por um grande rochedo de uns 5 metros de altura.
Mais 15 minutos de caminhada e caio em uma trilha bem mais larga que segue serra acima na direção do Pico do Gavião (ou Peito de Moça) com alguns totens de concreto no meio dela. A trilha principal se bifurca à direita, mas fico na dúvida se continuo na principal ou sigo serra acima pela trilha mais larga na direção do cume do Gavião. Paro por alguns minutos para analisar o tracklog e ver qual a melhor opção. E agora José, o que fazer?
Totem com marco geodésico |
Conforme vou ganhando altitude a trilha vai se fechando cada vez mais, porém os totens de concreto estão lá.
Alguns trechos sou obrigado a subir agarrando nos galhos e nos bambus porque a trilha se torna cada vez mais íngreme.
Em alguns momentos o GPS perde o sinal e com isso não fico sabendo que altitude devo chegar, mas continuo a íngreme subida, me orientando pelos totens.
E ao chegar no totem com vértice de numero 8781, pouco antes das 16:00 hrs, estou na crista e tento ainda caminhar para esquerda, rumo ao topo do Pico do Gavião, mas a neblina não me deixa ver nada à frente, por isso desisto da empreitada. Chegar no topo do Pico sem visual nenhum é perda de tempo.
Vire à direita |
A navegação não chega a ser complicada, mas o maior problema era o vara mato.
Quando não é um bambuzal fechando totalmente a trilha, é a vegetação alta me obrigando a seguir por desvios. Se eu tinha alguma peça de roupa seca no corpo, agora é que não sobrou nada. Com vegetação molhada fico ensopado dos pés à cabeça.
Um fato curioso aqui é ter encontrado estrumes de cavalo – para mim era o que parecia.
Não sou biólogo, mas fico imaginando que animal grande (se não for cavalo) que produz merda desse tamanho (fui saber depois que eram fezes de anta, como nessa página, veja aqui).
Trecho pela estrada |
Depois de uns 15 minutos naquele vara mato, decido voltar, retornando ao totem do marco geodésico e sem demora inicio a descida para a trilha principal.
Mais alguns minutos de caminhada serra abaixo e estou chegando na estrada que acessa o inicio da trilha da Pedra do Sapo.
Daqui para frente já tinha feito esse percurso anos atrás nesse relato.
Só foi caminhar por mais 5 minutos no sentido oeste para chegar ao final da estrada, onde se inicia outra subida, dessa vez ao topo do Sapo.
Se o clima tivesse colaborado, desse ponto conseguiria visualizar toda a Pedra, mas não deu. Paciência. Pelo menos não está chovendo.
Trecho com cordas |
E com cerca de 15 minutos de subida íngreme chego na crista, onde encontro uma árvore toda pichada e com marcas das iniciais dos nomes de alguns imbecis. Coisa lamentável.
Mais 5 minutos pela crista a oeste e chego na base da Pedra do Sapo pouco depois das 17:00 hrs e logo em seguida no topo.
Devoro boa parte do lanche que eu ainda tinha e tento acabar com as últimas Ana Marias (aquela dupla de bolinhos) e as barras de cereais.
Garoa no topo |
Pelo menos todo o percurso que fiz até aqui foi gravado.
Fico aguardando alguma janela do tempo se abrir, mas a neblina é teimosa e ela não vai embora.
Fica pior, pois começa a cair uma leve garoa, o que me faz descer do topo rapidamente, iniciando a descida pela trilha à oeste até a Estrada da Adutora por volta das 17h40min.
Passo pelo platô, a oeste do Sapo e a partir daqui entro definitivamente na mata fechada e sem grandes dificuldades vou perdendo altitude.
Fim da trilha |
Não demoro muito e retorno para a trilha e já próximo do próximo do final dela, ouço o barulho de um cortador de grama, que deve ser de uma chácara próxima dali e junto a um bambuzal ignoro uma outra trilha que cruza perpendicularmente a trilha principal. Mais alguns minutos de descida e chego em 2 casas abandonadas por volta das 18h20min (leia o adendo no final desse relato sobre esse trecho).
Encontro aqui uma arvore de nêsperas, que não resisto e vou comendo algumas.
Alguns clics do lugar e agora sigo na direção da Estrada da Adutora, já sem a chuva.
E com quase 50 minutos de caminhada chego ao Barzinho ao lado do ponto final da linha Manoel Ferreira.
São quase 19h30min e encontro o lugar deserto. O circular não demora muito e dentro dele só encontro também alguns típicos moradores – nenhum trilheiro. Parece que eu era o último a sair daquela região voltando para Sampa.
Não foi um Domingo perfeito, mas pelo menos consegui finalizar a travessia que eu já vinha planejando há muito tempo.
Dicas e algumas informações úteis (Atualizado Julho/2020)
Logística (valores de Jan/2023)
# Esperar o circular Manoel Ferreira por quase 1 hora não é fácil. Dependendo do horário que você chegar na Estação Estudantes esse é o tempo que poderá aguardar. Veja nesse site os horários de saída do Terminal - Linha E392: clique aqui. Valor: $5.
Ou se quiser veja outras opções:
1) Do lado esquerdo da Estação de Estudantes existe a Rodoviária de Mogi das Cruzes com ônibus da Breda saindo para o litoral em vários horários. É só pedir para descer no Refúgio do Km 80. Custo: cerca de $30.
www.bredaservicos.com.br
2) Vans que fazem o percurso até Bertioga e cujos motoristas ficam do lado de fora da Estação, mas com uma grande desvantagem: só saem quando lota de passageiros. Custo: cerca de $30.
3) E a última opção é quem pode vir de carro e deixá-lo junto a um barzinho, junto à Balança do Km 77. Deixar o carro junto ao início da trilha é pedir para ser multado ou até rebocado, pois é proibido parar na Rodovia.
# Água não é problema nessa travessia. São inúmeros riachos ao longo de toda essa caminhada.
# Sinal de celular só fui encontrar em alguns trechos próximo do Pico do Gavião, devido a uma antena de telefonia celular que se localiza perto dali.
# Voltei de lá com alguns carrapatos, que com toda certeza peguei no trecho de vara mato na crista entre o Pico do Gavião e a Pedra do Sapo.
# Adendo da trilha oeste:
Para quem pretende chegar ao topo da Pedra do Sapo pela trilha a oeste seguem algumas dicas:
- Ao chegar na bifurcação onde existe uma entrada de um sitio com laterais de muro pintados em branco e numeração 400 (cerca de 50 minutos desde a Rodovia), saia da estrada principal e siga para direita.
- Em outra bifurcação que surgir à direita, evite seguir em frente até um portão de madeira fechado com cadeado e uma placa: CUIDADO COM O CÃO (nessa foto aqui).
- As casas abandonadas que ficam dentro da propriedade, agora estão ocupadas (cuidado aqui, pois recentemente pessoas se mudaram para essas casas e alguns montanhistas já me avisaram que estão proibindo o acesso ao local). Para não ter problemas, o ideal é seguir até o final da estrada, antes de cruzar o portão e interceptando a trilha mais à frente, da seguinte forma:
- Ao passar a bifurcação para essas casas, caminhe por uns 200 metros até o início da trilha à direita, junto de um lago, passando ao lado de um Recanto, do lado esquerdo. Com isso é possível interceptar a trilha principal mais à frente, evitando as casas recentemente ocupadas.
- Já na trilha principal e com quase 20 minutos de caminhada se ouve um riacho à esquerda, saindo em uma bifurcação da trilha. Pegue água aqui porque não encontrei próximo do topo.
- A subida se torna mais íngreme e em alguns momentos segue por antigos leitos de riachos ou de água das chuvas.
- Cerca de 5 minutos antes de chegar ao final da subida, a trilha passa ao lado de um grande descampado, perfeito para várias barracas.
- Já se estiver descendo da Pedra do Sapo por essa trilha à oeste, faça o seguinte: evite finalizar dentro dessa propriedade com as casas recentemente ocupadas. Quando perceber que a trilha está chegando nessas casas e o visual começa a se abrir, saia à direita, finalizando ao lado de um pequeno lago e junto de um Recanto, exatamente nesse ponto: clique aqui. Até para evitar problemas de invasão de propriedade particular.
# Para navegação e gravação do tracklog uso e recomendo 3 app para o GPS do telefone celular. Todos na Play Store.
- A-GPS Tracker ou o GPX Viewer para navegar nos tracklogs.
- E o Wikiloc para gravar o tracklog do percurso.
Fala Gutão! O estrume e os carrapatos que encontrou no alto do serrote do Sapo são de anta, bichinhas que costumam frequentar aquelas bandas e há sinais delas até no Gavião. O vara-mato da crista é pouco até o Sapo, vale a pena persistir. Na bifurcação do yogurte tem acessos a outras cascatas menores, situadas nas dobras daquela simpática serrinha. Mas com verão vindouro é preciso estar atento as peçonhentas.
ResponderExcluirFala Jorjão, blz?
ExcluirTudo tranquilo?
A merda da anta é grande pra caramba hein.
E o vara mato foi f...
Coloquei a capa de chuva, mas ficou em frangalhos.
Me estressou demais esse trecho.
Depois que voltei e olhei o tracklog que gravei é que percebi que já tinha caminhado quase metade do trecho.
Mas ainda volto lá para tentar Pico do Gavião ou quem sabe os Andes por ali.
O Seu Geraldo me passou varias sugestões de trilhas por lá.
Algumas estao na minha lista,outros vou pensar.
Com vara mato sempre fico com um pe atrás.
Vai que uma Jararaca ta bem no seu e vc nem vê.
Já não to na idade de arriscar a vida a toa.
Tenho herdeira para criar.
Valeu.
Abcs
Sim, Gutão.. as fezes de antas são parecidas com a de cavalos! Pelo menos antes elas eram bem mais comuns nas trilhas, havia sempre pegadas delas na Trilha do Geraldo. Mas com o aumento de frequentadores e trabalhos da galera da Sabesp naquele sertão elas tem rareado, daí migraram pra vales mais distantes, além dos Andes. No serrote do Sapo elas ficam mocadas nos grotões voltados pro Sertãozinho. Ali tem a Gruta do Disco-Voador, de Beltenebros, a cascata do Macaco e do Gavião.
Excluirhttp://altamontanha.com/AppData/Foto/full/03112014103949and6.JPG
PS: eu também ando sem mais saco pra rasga-mato, devido á velhice e a que minhas 7 vidas já espiraram faz tempo. Abração
Blz Jorjão.
ExcluirJá tinha visto pegadas de anta, que é até um pouco parecida com a das capivaras.
Mas as fezes dela nunca.
Até tentei vir lá do Sertãozinho para chegar no topo do Sapo por aqueles lados, mas só encontrei vara mato.
Uma pena, porque economizaria uma boa caminhada.
Quem sabe até alguém desbravar aquilo ali e abrir uma trilha.
Qdo estava na crista entre o Gavião e o Sapo o vara mato não estava fácil.
Já tinha caminhada muito desde a Pedra Furada, sozinho, totalmente ensopado, então desisti.
Talvez até continuaria, mas em um inicio de caminhada, descansado e com vegetação seca.
Abcs
Fala, meu caro.. então, aquela região esta sendo bem mais frequentada que antes, inclusive o vara-mato nervoso do Sapo-Gavião. Não sei se isso é bom ou não, apesar que só tão reabrindo caminho que antes antigamente ja existia. Bora marcar algum rolê qualquer final de semana destes, mas desde que seja tranquilo.. se animar. PS: Parabéns pela filhota que ta enorme e linda, sem falar que é a tua cara! Tenho acompanhado as fotos que a patroa posta dela no Face.
ExcluirEu conversei com um pessoal que encontrei nas trilhas e alguns me disseram que estão fugindo de Paranapiacaba.
ExcluirEu também dei uma parada.
Ainda volto lá em Biritiba para trilhas mais selvagens.
Pedra Furada, Light e Sapo já estão ficando batidos.
Te mandei email.
Abcs
Olá Augusto! Tudo bem?
ResponderExcluirJá faz algum tempo que estou me preparando para tentar caminhadas mas ainda não tive coragem suficiente. Na realidade não tenho medo do mato, mas de duas coisas: A minha falta de preparo e de assaltos. Por este motivo lhe escrevo, para pedir algumas dicas, se for possível. É permitido acampar nestes locais, e se for é seguro ou há incidência violência?...O que você recomenda, em termos de trilhas, para quem nunca andou sozinho(Sim pretendo ir sozinho ou acompanhado de um irmão). Tenho bastante resistência para andar neste tipo de terreno, mas zero em conhecimento do meio. Já até fiz um curso de final de semana em selva fechada, mas havia um foco militar que não é o que pretendo seguir. Desde já, muito obrigado!
Blz Carlos.
ResponderExcluirNessa região de Biritiba Mirim nunca soube de ocorrencias de roubos e não creio que exista porque é um lugar longe da cidade.
Se é seguro? Depende do que vc acha que é seguro.
Se vc se refere a violencia das grandes cidades, pode ir tranquilo. No meio da mata o único receio que vc deve ter é dos animais.
- Por exemplo, é facil encontrar cobras na Serra do Mar, principalmente as Jararacas, que são peçonhentas.
- Caminhar sempre olhando para o chão e bem atento é primordial. Uma picada pode lhe trazer problemas. Nas minhas caminhadas já encontrei algumas pessoas usando polainas ou perneiras contra picadas de cobras.
- Junto das cachoeiras a correnteza é traiçoeira e mesmo se vc sabe nadar, não recomendo entrar nos poções.
- Nos lugares onde existem muitas pedras, o cuidado é redobrado, porque não é dificil sofrer uma queda, resultando em lesões graves.
- E muito, mas muito cuidado nas bifurcações da trilha.
Algumas podem confundir com a trilha principal e vc pode se perder facilmente.
Na região de Paranapiacaba é comum algumas pessoas, sem experiencias em trilhas, se perderem.
O que eu recomendaria é vc começar a caminhar pelas trilhas com o apoio de um guia de ecoturismo.
Já que citei Paranapiacaba, lá tem uma associação de guias que leva as pessoas para várias trilhas.
Na internet, principalmente no Face, vc pode encontra grupos que fazem caminhadas quase semanalmente.
É o primeiro passo e depois que se sentir seguro, aí pode se aventurar sozinho sem receio de se perder ou de acontecer algo inesperado.
Boa sorte.
Abcs
Oi Augusto!...Havia perdido o link do blog e não deu para agradecer a tempo, mas agora que encontrei, lhe agradeço as dicas elas são bastantes úteis. Algum tempo se passou até que realmente eu iniciasse alguma trilha...Em fevereiro deste ano comecei no grupo do Canal da Caminhada, do Diógenes Spada e desde então já fiz bastante caminhadas guiadas.
ExcluirBlz Carlos.
ExcluirConheço pessoalmente o Diogenes e pode ficar sossegado.
É uma ótima pessoa e ajuda muita gente.
Com certeza para iniciar nas caminhadas ele é perfeito.
Mas precisando de ajuda, é só falar.
Abcs
Olá Augusto!
ResponderExcluirMuito bom seu blog, e um grande estímulo àqueles que aposentaram as botas, porem mantendo acesa a chama da aventura.
Tenho uma perguntinha com relação ao GPX Viewer Android que voce usa para navegação: é possivel baixar mapas offline, ou cache, para o caso de perder o sinal de celular por um periodo longo. Eu tenho um bad elf, que é um aparelho dedicado de gps, que resolve o problema da localização, mas ainda fica o problema da visualização em um mapa.
Voce costuma levar os tradicionais mapas topograficos e bussola? E caso sim, aonde voce compra os mapas?
Obrigado
Ari
Oi Ari, tudo bom?
ResponderExcluirObrigado pelas palavras de apoio.
Valeu mesmo.
Eu navego offline com o GPX, mas antes faço o download da região por onde vou caminhar.
É só ir no Google Maps e fazer download da área que vc quiser.
Qto as cartas topográficas, eu vou no site do IBGE.
Na biblioteca eles disponibilizam todas as cartas que eles têm.
Algumas tem baixa resolução, mas a maioria da para copiar e imprimir.
Veja na barra superior o link Sites de Treking. La tem o link.
Ja bussola é do próprio celular.
Levo também sempre um ou outro relato.
Abcs
Muito obrigado! Consegui reproduzir estes passos.
ExcluirBoas trilhas!
Valeu.
ExcluirAbcs
Seu Blog ficaria fantástico no Wordpress. Parabéns, vou favoritar aqui e sempre acessar, quando puder e tiver um tempo confira meus relatos no meu blog: https://rezenhando.wordpress.com/category/camping/
ResponderExcluirFicaria honrado!
Blz Felipe.
ResponderExcluirQdo criei o blog aqui no blogspot achei a interface melhor que na WordPress.
E como o blogspot pertence ao google, já tinha perfil no google + e no YouTube, então ficou mais fácil ainda.
E obrigado pelo elogio.
Vou dar uma olhada no seu blog sim.
Eu gosto muito de escrever e ainda mais de ler.
Valeu.
Gde abc
Parabéns Augusto!fica anotado aqui pra eu fazer essa tbm.
ResponderExcluirLembro que aquele dia falamos algo sobre descer o Rio Guaca tbm,realizei essa descida a um mês eu e um amigopensei em te chamar Mas estava sem seu contato!
Tenho alguns roteiros novos em mente
Me manda um alô no whats conversamos amigo
949062730
Blz Maciel.
ExcluirTudo na paz?
Pretendo sim descer o Guacá, mas sei que é pauleira, principalmente antes de chegar no Elefante.
Fique tranquilo. Outras oportunidades surgirão para fazermos alguma trilha juntos.
Por enquanto estou explorando aquela região ali perto do Sapo. Tem algumas boas cachoeiras e poções por lá.
E olha que a Trilha do Lobisomem cruza com varios rios e com certeza dá para encontrar outras cachoeiras escondidas lá.
Já te enviei uma mensagem pelo whatss.
Gde abc