31 de outubro de 2010

Relato: Perrengue na busca da Trilha do Corisco - Paraty/RJ x Ubatuba/SP

Aqui é a continuação da caminhada anterior que tinha feito em direção à Cachoeira da Água Branca, em Ubatuba (relato aqui). 
Era a minha 3ª vez nessa trilha. As anteriores eram essas: relato aqui e aqui.
Mas agora tentaria fazer a trilha iniciando em em Paraty e finalizando em Ubatuba, já que na primeira vez fiz no sentido Ubatuba-Paraty. 
Voltei da Cachoeira da Água Branca, em Ubatuba, por volta das 17:00 hrs direto para o Camping Super Star, mas a partir dali teria uma logística complicada para chegar em Paraty.



Foto acima, seguindo por um pequeno trecho da Trilha do Telégrafo

Fotos + carta topográfica + imagens com a trilha plotada: clique aqui


Cachoeira da Água Branca
Pouco depois das 17h30min estava pegando o circular para o centro de Ubatuba e minha intenção era ao chegar lá e logo em seguida pegar um outro circular que me deixasse na divisa Ubatuba-Paraty, onde seguiria para a Rodoviária de Paraty em outro circular.
Já na Rodoviária de Paraty, pegaria o último circular para o Bairro do Corisco. Seria complicado, pois além de torcer para que os horários batessem, teria de contar que haveria ônibus naquele horário.
Mas as coisas começaram a dar errado quando cheguei na Rodoviária de Ubatuba, pouco depois das 18:00 hrs. Lá fiquei sabendo que o circular Divisa Ubatuba-Paraty só sairia as 19h40min, mas tinha o problema de que no final da linha não haveria mais o circular em direção à Paraty naquele horário (em 2020 os horários mudaram - veja no final do relato).
Me orientaram a pegar o ônibus da empresa São José, que vinha de Taubaté e seguia para Paraty; o problema agora era o horário – 20h40min e com isso tive que esperar por mais de 2 hrs na Rodoviária.
Com muito tempo para aguardar, fui até uma padaria próxima comer alguma coisa e ficar assistindo TV, mas ela fechou as 20:00 hrs e ao sair encontrei um jornal em cima de uma mesa e me deixaram levá-lo de graça. Como já imaginava que o ônibus de Taubaté iria se atrasar, teria de ler alguma coisa para passar o tempo. 
Temendo não encontrar em Paraty o circular para o Bairro do Corisco, liguei na Rodoviária de lá e fui informado que o último sairia às 22h30min e se o ônibus da Viação São José não atrasasse ou quebrasse pelo caminho, talvez ainda chegasse em Paraty a tempo.
O problema é que chega 20h30min e nada do ônibus de Taubaté chegar; 20h40min e nada também. 20h50min .............também não.
Já estava ficando nervoso, pois já são 21:00 hrs e nenhum ônibus, mas as 21h15min ele chegou e eu contando os minutos. 
Pelo menos não demorou muito e logo saiu em direção à Paraty, mas como desgraça pouca é bobagem, eis que no Posto da Polícia Rodoviária Federal, junto à Praia do Felix, o ônibus é parado para revista da Policia Rodoviária.
Pensei comigo: agora fud....., se encontrarem alguma droga entre as bagagens é aí que a gente não sai tão cedo dali e já eram mais de 21h45min. Depois de algumas perguntas e revistas nas bagagens onde não encontraram nada, nos liberaram para seguir viagem.
E as 22h20min estávamos entrando na cidade de Paraty e as 22h25min eu desembarcava correndo para pegar o circular para o Corisco que saiu no horário: 22h30min. Se não desse tempo, eu teria que ficar em um camping da cidade e só na manhã seguinte pegar o 1º circular para o bairro, para iniciar a trilha.
Em Outubro de 98 eu tinha feito a travessia do Corisco entrando por Picinguaba (Ubatuba) e terminado no bairro do Corisquinho (Paraty) e naquela época tive um pequeno problema de navegação onde me perdi terminando a trilha em pouco mais de 6 hrs, mas estava somente com uma mochila de ataque.
Em Janeiro de 2008, juntamente com a Márcia e o Jorge Soto tentei chegar no topo do Pico do Cuscuzeiro, que fica próximo à trilha do Corisco, entrando pelo Bairro do Corisquinho, mas chegamos a um ponto onde a trilha se fechava totalmente e era preciso varar mato, mas a Trilha do Corisco era por ali mesmo. 
Sabendo que a trilha pelo Corisquinho estaria fechada, dessa vez estava voltando e tentaria encontrar a trilha por um outro Bairro, o do Coriscão. 
Casa onde fiquei a noite
Nessa noite minha intenção era chegar no último ponto de ônibus do Bairro e depois seguir por algum tempo serra acima até encontrar um lugar para montar a barraca e passar a noite.
Antes de chegar no Coriscão o circular passou pelo Bairro do Corisquinho e as 23h30min desembarquei no último ponto de ônibus.
Um dos passageiros que desceu comigo, ao me ver de mochila cargueira, quis saber para onde eu estava indo. Seu nome era Tadeu e possuía uma casa bem ao lado do ponto e em plena escuridão conversa vem, conversa vai, ele me oferece hospedagem na sua residência para aquela noite.
Com o bate papo descubro que ele conhece bem a região e algumas opções de caminhada podem ser futuras trips. Depois das despedidas e troca de e-mails, vou dormir pouco depois das 00:00 hrs, marcando para sair por volta das 07:00 hrs para iniciar a caminhada. 
Subindo pela estrada
No Sábado pela manhã, acordo com o canto de um galo e de outros inúmeros pássaros, já que o lugar é bem arborizado e depois de um pequeno lanche de café da manhã, agora era mochila nas costas e pé na estrada, serra acima.
O tempo estava encoberto, mas sem as possibilidades de chuvas, o que é bom, pois caminhar com Sol o cansaço seria maior.
Estrada acima, as 07h10min encontro um morador no meio da estrada com algumas gaiolas de pássaros e pergunto o motivo; ele diz que é para treinar o canto das aves que estão com ele. 
Seria mais justo dar liberdade ao pássaro, não é? 
Rancho na trilha
Na subida sempre vou tendo o Rio Corisco do lado direito e as 07h30min cruzo com ele, para mais a frente a estrada de terra terminar e daqui em diante vou seguindo por uma antiga estrada que virou trilha e sigo por um imenso descampado com vistas de Paraty ao fundo. 
Enquanto vou subindo, cruzo com algumas cercas de arame, uma pequena residência à direita as 08h15min e porteira de madeiras.
Pouco depois dessa porteira a trilha termina em um antigo rancho abandonado, onde ela se fecha totalmente. 
Baia de Paraty
Volto um pouco antes da porteira amarela e pego outra bifurcação, mas de novo o mesmo problema. 
Na hora me veio à cabeça a lembrança de Janeiro de 2008 quando eu, a Márcia e o Jorge Soto nos deparamos com um vara mato que era muito difícil de passar na Trilha do Corisco pelo Bairro do Corisquinho. 
Pensei comigo: não é possível que vai acontecer a mesma coisa hoje, mas não desisti.
Voltei até a última casa que eu tinha passado e perguntei sobre algumas informações da trilha e o dono da residência me disse que a Trilha do Corisco era por ali mesmo, só que ela estava um pouco tomada pelo mato junto ao riacho, mas depois ela estaria mais visível.
Descampados pelo caminho
Passado a entrada da residência, eu deveria caminhar uns 100 metros pela trilha e assim que eu encontrar um bambuzal do lado direito, junto a uma cerca de arame, eu deveria seguir por uma bifurcação da direita e foi o que eu fiz, porém uns 50 metros depois do bambuzal, a trilha terminava em um pequeno riacho, onde não era possível ver a trilha do outro lado do rio, mas ela estava lá. 
Depois de um pequeno trecho onde tive que usar um bambu para abrir a vegetação, encontrei a trilha bem visível e já era possível seguir por ela, serra acima. O trecho de vegetação que tomava conta da trilha era somente próximo ao rio e conforme eu me distanciava cada vez mais dele, a trilha ficava mais demarcada, passando por várias plantações de bananas ao longo da subida.
Pequeno lago na trilha
A declividade não era tão grande e a trilha seguia sem bifurcações serra acima com um ou outro trecho de vegetação alta. 
Minha esperança era que mais acima encontraria a trilha mais demarcada ou que ela se juntasse a alguma outra que seguisse para Ubatuba. 
Pouco antes das 10h30min e na altitude de pouco mais de 760 metros encontro outra trilha bem mais demarcada, que vem subindo da esquerda e segue para direita. 
Junto a essa trilha existe um pequeno lago, provavelmente mantido por água das chuvas. 
Com as trilhas se fundindo, a da direita segue na direção noroeste e da esquerda na direção sudeste e resolvo seguir pela trilha na direção sudeste, que parece seguir descendo e não deu outra: eu estava retornando para o Bairro do Coriscão (não era a minha intenção).
Trilha para um pequeno sítio
Volto até o lago e não me resta outra opção senão o de seguir pela trilha na direção noroeste, mas pouco antes de chegar nele, encontro uma bifurcação de outra trilha na direção sudoeste, mas que estava um pouco fechada. 
Olhando na carta topográfica vejo que pode ser esta a trilha que segue na direção do Rio da Fazenda e de lá para Picinguaba ou até a Trilha do Telégrafo.
E agora José? 
Continuo na trilha bem demarcada, sentido noroeste ou vou pela trilha um pouco fechada, sentido sudoeste?
Escolho a trilha mais demarcada, sentido noroeste, imaginando que em algum momento ela poderia seguir na direção sudoeste.
Observo próximo da trilha alguns antigos postes abandonados e olhando na carta topográfica chego a conclusão que estou caminhando por um pequeno trecho da Trilha do Telégrafo.
Rio Corisco
Não pensei que uma trilha tão demarcada levasse a um pequeno Sítio ou Rancho no meio do nada (as últimas casas estavam a cerca de 2 hrs de caminhada serra abaixo), mas levou infelizmente.
Mas voltando à caminhada, ao retornar ao pequeno lago, vou subindo pela trilha e depois de uns 20 minutos de caminhada, passo ao lado de uma construção abandonada e as 11:00 hrs (uns 30 minutos desde o pequeno lago) chego no Rio Corisco e aqui paro por um certo tempo para um lanche. 
Depois de cruzar o rio, a trilha toma um aspecto de uma estrada de tão larga que está e em certos trechos encontro pegadas de vacas e cavalos.  
Rancho de um pequeno sítio
Às vezes sou obrigado e me desviar de enormes árvores caídas na trilha e enfiar o pé na lama, literalmente. 
Cruzo também com uma pequena cerca de arame que certamente é o limite de algum Sítio um pouco mais acima. E não deu outra. 
As 12:00 hrs a trilha termina em um enorme descampado com um pequeno rancho construído no meio do nada e que parece ser uma pequena casa provisória de alguém, já que existem roupas no varal e no interior encontro outras e vestígios de que alguém dorme ali. 
A altitude aqui é de pouco mais de 800 metros e junto ao rancho existe uma nascente de água. 
Ruínas de antigo curral
Reluto em acreditar que cheguei até ali para nada e continuo a procurar a continuação da trilha em algum ponto. 
Em um lugar como esse, tão distante assim da cidade com certeza existe um acesso por outro lugar e não deu outra. 
Achei uma trilha na parte alta do descampado, junto a uma antiga construção parcialmente coberta que tinha ficado só no esqueleto. 
Só foi atravessar um pequeno riacho e sigo novamente serra acima.
O problema é que alguns minutos de trilha e a mesma se dividia em duas e resolvo seguir na bifurcação da direita, mas logo a trilha se fecha. Volto e sigo na trilha da esquerda, que segue sempre subindo. Pelo menos essa me permitiu por um bom tempo seguir na direção oeste-sudoeste e quando chego no topo da trilha, encontro outras inúmeras árvores caídas, o que me faz perder um certo tempo até encontrar a continuação da trilha. 
Vestígios de acampamento
Passado esse trecho, logo chego em antigos acampamentos no meio da trilha, o que me levava a crer cada vez mais que eu estava na trilha correta.
Depois dos acampamentos, entro definitivamente na mata fechada e sigo pela trilha, mas um grande problema surge: a direção que eu vou seguindo é a noroeste e contrário ao caminho que devo seguir, mas não desisto: continuo em frente. 
Chego até a pensar que essa trilha me levaria ao bairro de Ubatumirim, mas as 15:00 hrs chego a um antigo acampamento abandonado na altitude de 1050 metros e com inúmeras panelas; ou é de caçadores ou palmiteiros e a partir desse ponto, a trilha se fecha totalmente e não consigo encontrar a continuação dela.
Varar mato nem pensar. Procurar em todas as direções? Já fiz isso.
Camping no descampado
Parece que foi uma caminhada perdida, porém em parte, porque agora sabia que a trilha bem demarcada só levava ao antigo rancho onde tinha passado e a continuação dela seguiria até o planalto.
Provavelmente a trilha correta era aquela que bifurcava da trilha principal lá perto do pequeno lago, mas isso fica para outra investida. 
Dessa vez tô indo embora.
O retorno ao antigo rancho foi rápido e pouco antes das 16h30min já estava no lugar e pelo horário resolvo montar a barraca, pois estava bem cansado.
Pouco antes do anoitecer caiu uma fina garoa, mas a temperatura estava agradável, chegando próxima de uns 10ºC. Depois do jantar só fiquei pensando se não teria visitas indesejadas das vacas e dos cavalos, mas a noite foi tranquila e mesmo com a garoa até que não fez tanto frio.
Retornando
No Domingo pela manhã acordei pouco depois das 07:00 hrs e barraca desmontada e mochila nas costas, iniciei a descida da trilha as 08h20min, serra abaixo. 
Depois de cruzar o Rio Corisco e mais um afluente dele, vou descendo pela trilha demarcada e encontro algumas entradas de sítios e cada vez mais a trilha vai se abrindo até terminar na estrada de terra às 10:00 hrs, em frente a entrada do Sitio São Francisco (atual Reserva Chão de Estrelas). 
Daqui para frente era só continuar descendo por alguns minutos até chegar no ponto de ônibus, onde pegaria o circular até Paraty e de lá para SP. 
A pouco metros do ponto de ônibus encontrei o Tadeu e depois de relatar os problemas que enfrentei, marco com ele o retorno para algum dia, agora pelo caminho certo, já que se tornou uma questão de honra finalizar essa trilha em Ubatuba.

A conclusão que eu tive é que a trilha que eu tentei fazer agora não é a Trilha do Corisco e sim trechos da Trilha do Telégrafo, que aparece na carta topográfica. 

Ela pode ser uma boa opção de caminhada até Ubatuba, mas ela também não está demarcada no seu início o que pode ser um problema, já que varar mato é sempre complicado.

A Trilha do Corisco, sentido Paraty-Ubatuba, não continuou perdida por muito tempo para mim. Voltei lá no ano seguinte e dessa vez finalmente consegui terminá-la com sucesso, apesar de alguns perdidos. O relato é esse:
https://trilhasetrips.blogspot.com/2013/05/relato-2-vez-na-trilha-do-corisco.html


Algumas dicas e informações úteis (Atualizado Julho/2020)

# Essa é uma caminhada casca grossa e sem visual nenhum, já que a maior parte do tempo a caminhada é feita por dentro da mata atlântica. 

Na verdade uma parte dessa caminhada é feita pela Trilha do Telégrafo.

# Em vários trechos da trilha encontrei inúmeras árvores caídas atrapalhando a passagem e que dificultam encontrar a continuação do outro lado.


# Ao longo da subida pela estrada de terra encontrei moradores da região que forneceram algumas informações da trilha e sempre procuram ajudar. 


# Para quem quiser fazer essa trilha, faça o seguinte: subindo pela estrada de terra por uns 40 minutos e assim que chegar na entrada do Sítio Francisco de Assis à direita (atual Reserva Chão de Estrelas), marcado por um portal de concreto, pegue uma bifurcação para esquerda (foi por essa trilha que eu retornei).


# Essa trilha, que percorre o Parque Estadual da Serra do Mar e o Parque Nacional da Serra da Bocaina foi utilizada por muitos anos antes da construção da Rodovia Rio-Santos, na década de 70 por moradores locais e animais para levar seus produtos de Ubatuba até Paraty e por vários anos foi roteiro de agencias de ecoturismo da região.

# Sem dúvida nenhuma a melhor opção para se fazer essa trilha é iniciando no Bairro do Corisquinho e finalizando na Casa da Farinha.

# Horários do circular que faz a linha até o Bairro do Coriscão, passando pelo Corisquinho. Empresa Colitur: clique aqui.

9 comentários:

  1. Eu também já me perdi e cheguei no mesmo lugar que você, no alto do Coriscão. O caminho certo é pelo Corisquinho mesmo...

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    1. Eu achei uma trilha lá no Coriscão.
      Pouco depois daquele lago que eu marquei no croqui.
      Só não continuei por ela porque eu tinha de retornar naquele Domingo e em 1 dia não dava para finalizá-la em Ubatuba. Não quis arriscar.

      Pelo Corisquinho, eu tentei a uns 3 anos atras junto com a Marcia e o Jorge e chegamos em um vara mato que não valia a pena.

      Em breve tô de volta lá para fazer o Corisco.


      Abcs

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    2. Não meu, pelo Corisquinho é muito fácil, depois de subir e cuzar o rio chegando no ultimo sitio, tem uma trilha boa que em meia hora chega no marco! Quando você foi com o Jorge vocês erraram em algum lugar...

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    3. Essa com certeza deve ser a trilha que eu fiz em 1998.
      Lembro que na época ela tava fácil demais para se fazer.
      Era bem demarcada.

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  2. docemundodeilusoes06 maio, 2013

    Rapaaaz! Quantos perdidos heim Augustão!?
    Pra você ter se afastado tanto da rota: nordeste/sudoeste daquele jeito é porque esta mesmo complicado chegar na Trilha do Corisco pela Trilha do Telégrafo.
    Estive pesquisando sobre o possível acesso e o melhor que encontrei foi este mapa do Plano de Manejo do Parque Estadual da Serra do Mar, mas ele ainda não mostra se a ramificação da Trilha do Corisco que vai margeando o Rio da Fazenda alcança a do telégrafo.

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    1. Fala Sandro, blz?

      Esses perdidos fazem parte de uma caminhada né.
      Pelo menos depois dessa voltei com a certeza de que a continuação da trilha é uma bifurcação que eu deixei passar.
      Só fico na dúvida se nessa bifurcação ela vai seguir pela Trilha do Telegrafo ou do Corisco, mas p/ saber eu teria de avançar por essa trilha p/ ver se ela vai na direção do Rio da Fazenda ou não.
      Pela carta topográfica, parece que a Trilha do Telegrafo e a Trilha do Corisco se tornam a mesma em algum trecho e depois se separam.
      Mas só lá mesmo p/ ver isso.

      Abcs

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    2. docemundodeilusoes06 maio, 2013

      Se você conseguir mais 2 dias para emendarmos num fim de semana... Tópo tamém!!! Rsrsrs...
      Aproveitamos e levamos uns facões e fitas de marcação para restabelecermos esta travessia que está se perdendo.

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  3. Então, Augusto... eu e um grupo de trilheiros fizemos essa Trilha do Corisco (c/ guia, é claro) no dia 01/11.
    A logística foi a seguinte. Pegamos o ônibus p/Paraty, o último e descemos em Paraty, por volta das 4h00. Aguardamos e pegamos o 1º ônibus urbano p/ Corisquinho (a saída de ônibus urbanos é pelo lado oposto da linha comercial) ( o ônibus p/ Corisquinho sai por volta das 5h45). Descemos no ponto final (na vila). Dali p/ o começo da trilha ainda andamos uns 3 km pela estrada c/ algumas bifurcações (nós fomos na carroceria do carro de apoio - carro este que levaria nossas bagagens (trocas, roupas de cama, etc - p/ a pousada p/ aliviar o peso). Entramos na trilha apenas c/ mochila de ataque (mas c/ bagagem reforçada, pela dúvida se sairíamos ou não, dentro do tempo previsto) . entramos na trilha por volta das 6h50... após algumas horas de andança (subida), atravessamos o marco divisório dos estados. A mata é bem fechada e a demarcação da trilha é precária (por algumas vezes desaparece, mas logo a frente reaparece o mato pisado pelos poucos e raros transeuntes que ali passam). Chegamos na Casa da Farinha , no sertão da Praia da Fazenda por volta das 16h00, após duas paradas consideráveis (uma p/ lanchar e outra p/ um mergulho no poção). Após o poção, a trilha passa a ser bem demarcada. A metade do nosso trajeto fizemos debaixo da chuva, o que ajudou a manter o corpo hidratado. Não há visibilidade nenhuma de paisagem, durante a trilha, pois a única visão é de mata fechada por toda trilha. Da Casa da Farinha ate a rodovia, anda por mais uns 3 km, passando por um bairro quilombola. Trilha que vale a pena fazer. Talvez não pela paisagem, mas pelo desafio a dificuldade de se fazer a própria trilha.

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    1. Oi Mirtes.

      Para terem passado pelo marco da divisa SP/RJ, vcs devem ter entrado pelo bairro do Corisquinho.
      Vc chegou a ver as fotos que eu tirei em 2008 qdo fiz uma caminhada por lá p/ tentar chegar no topo do Morro do Cuscuzeiro?
      É o mesmo caminho que vcs fizeram.

      Abcs

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