Foto acima: Márcia na trilha com a Praia de Ponta Negra ao fundo
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Seguindo de barco para a Praia do Pouso |
Estávamos com dúvida se
ainda conseguiríamos algum barco que nos deixasse na Praia do Pouso da Cajaíba,
mas assim que chegamos no cais, encontramos uma escuna que estava retornando
para a Praia do Pouso.
Ela deixou o cais por volta das 14h30min e ainda foi
reabastecer. Depois passamos ao lado do barco do Amyr Klink (Paratii 2) que estava ancorado.
Na entrada do Saco do Mamanguá pegamos o mar um pouco revolto (foi um tal de sobe/desce onda) e chegamos no Pouso por volta das 16h30min.
Barco Paratii 2 |
Na entrada do Saco do Mamanguá pegamos o mar um pouco revolto (foi um tal de sobe/desce onda) e chegamos no Pouso por volta das 16h30min.
Dali procuramos a trilha
que sobe o morro em direção a Praia Martim de Sá, que sai do lado esquerdo do
orelhão, mas se tiver dúvidas é só perguntar para qualquer morador, que eles
indicam o caminho certo.
Depois de uma longa
subida até o selado que é o topo da trilha, fomos chegar nessa praia pouco
antes das 18h30min, já no escuro.
Na Praia Martim de Sá |
O dia seguinte amanheceu com um Sol muito forte, mas nem aproveitarmos a praia e só tiramos alguns clics da areia da praia.
Iniciamos a caminhada em
direção a Praia de Ponta Negra as 10h30min junto a casa do Sr. Maneco por
trilha que sai à oeste e segue um pouco longe do costão.
A trilha é bem demarcada
e não tem como se perder.
Cruzando riachos |
Passamos por uma
bifurcação à direita que leva até um poção e pouco mais de 1 hora chegamos no
Saco das Anchovas, onde existem várias casas de pescadores à esquerda, junto ao
costão.
Aqui paramos para descansar um certo tempo, onde 2 trilhas se encontram (uma que vem das casas e outra de Martim de Sá).
Aqui paramos para descansar um certo tempo, onde 2 trilhas se encontram (uma que vem das casas e outra de Martim de Sá).
Um pouco mais a frente
existe uma bifurcação para a Praia do Cairuçú, mas nem chegamos a ir, já que
nossa intenção era aproveitar a Praia de Ponta Negra.
Mais alguns minutos e depois quase 3 horas
desde Martim de Sá se chega na Casa do Sr. Aplígio, à esquerda.
Praia Martim de Sá ao fundo |
Atualmente o lugar conta
com um camping e com acesso fácil a Praia do Cairuçú. Uns 50 metros depois, a
trilha passa por um riacho onde alguns os moradores usam para lavar as roupas e
logo a frente existe uma casa à direita. A trilha é bem demarcada e uns 100 metros depois tem a bifurcação que segue para o costão (à esquerda), mas a trilha
correta é a da direita, que logo chega em uma bifurcação em “T”. Seguimos para
esquerda e entramos definitivamente na mata fechada.
Até Ponta Negra, a
trilha é bem tranquila, podendo existir alguma dúvida no início dessa subida, até chegar na altitude de quase 600 metros, que é topo da trilha.
Praia de Ponta Negra |
Ao chegar no topo da
trilha, a partir dali é um trecho com descida muito íngreme, cruzando um
pequeno riacho. O ideal é ir segurando nas raízes e nos galhos das árvores para
não levar tombos.
Fomos chegar em Ponta
Negra por volta das 16h30min e depois
de montarmos nossa barraca no Camping em frente da praia, fomos atrás de algum tipo de refeição, que incluísse
peixe, mas não encontramos nada. O Camping da Branca que também funciona como
restaurante (é o que diz a placa) não tinha nada disponível também. Tivemos de
nos contentar com a nossa comida mesmo. A praia é convidativa para um mergulho,
pois possui uma costeira excelente para uso do snorkel.
Praia dos Antigos |
Saindo de Ponta Negra, a trilha é bem demarcada
e depois de alguns minutos chegamos na Praia das Galhetas onde só encontramos
pedras, mas nada de areia.
Outra subida de morro e
depois de iniciar o trecho de descida, pegamos uma bifurcação à esquerda que leva
até a Praia do Antiguinhos, onde chegamos depois de umas 2 horas.
Não ficamos muito tempo
aqui e logo voltamos para a trilha e seguimos para a outra praia, a dos Antigos, onde paramos um certo tempo para tomar um banho de mar.
Nessa praia existem
algumas nascentes que desaguam aqui, então é um local bem convidativo para um
mergulho.
O Sol, que estava muito quente, nos fez demorarmos um pouco mais nessa praia.
Chegando na Praia do Sono |
Depois de um pequeno
banho na água dos riachos, voltamos a subir outro morro até chegarmos na Praia
do Sono por volta das 14:00 hrs e encontramos várias barracas montadas na areia
e uma fruta que nos fez perder um certo tempo: a pitanga.
Fruta bem pequena e
avermelhada que se assemelha à framboesa. Muito gostosa.
Nessa praia também fomos
abordados por dois senhores indagando se estávamos fazendo a travessia da Joatinga. Nos encheram de perguntas e eu sem
saber que essa conversa iria ser extremamente útil mais tarde.
Depois de sairmos da praia, seguimos por trecho inicial de trilha íngreme até cair em uma antiga
estrada e chegar na Vila Oratório às 15h30min.
Aqui ficamos sabendo que só haveria ônibus em direção a Paraty depois das 16h30min, mas como não estávamos a fim de aguardar 1 hora, resolvemos continuar na caminhada até a bifurcação para a Vila de Trindade, nosso destino naquele dia.
Aqui ficamos sabendo que só haveria ônibus em direção a Paraty depois das 16h30min, mas como não estávamos a fim de aguardar 1 hora, resolvemos continuar na caminhada até a bifurcação para a Vila de Trindade, nosso destino naquele dia.
Na estrada, tentamos
carona, mas em vão e depois de já termos caminhado mais de 1 hora, resolvemos
descansar um pouco, junto à estrada, mas adivinhem quem encostou para nos
oferecer carona sem a gente pedir? Aqueles dois senhores lá da Praia do Sono.
Eles estavam retornando para o Rio de Janeiro. Essa carona veio em boa hora e nos economizou uma caminhada de cerca de 1 hora
ou mais até a bifurcação para Trindade, onde ficamos aguardando o circular para
Vila, chegando lá por volta das 17h30min famintos e cansados.
A primeira coisa a fazer era saciar a fome, já que estávamos a 3 dias comendo macarrão, sopa e salame.
A primeira coisa a fazer era saciar a fome, já que estávamos a 3 dias comendo macarrão, sopa e salame.
Fome saciada, agora era
procurar algum camping e opções não faltavam. Escolhemos um da rua principal com direito a banho quente. Depois de montada a barraca só passeamos pela
rua principal para comer algum sorvete e doces e depois fomos dormir com
direito a visita de um pequeno rato no meio da noite à procura de comida (não
chegou a entrar na barraca, mas deu para ver que ele tentava).
No costão da Praia do Meio em Trindade |
Depois de pegar um pequeno trecho da Praia do Caxadaço chegamos ao início da trilha, que se inicia dentro do Camping Casa Torta, quase no meio da Praia do Caxadaço. Entrando no
camping, siga para esquerda até atravessar um riacho.
Poucos metros à frente a trilha cruzará com outro riozinho, que estará à esquerda. Siga pela trilha, sempre subindo e saia na 2ª bifurcação à esquerda.
Agora é só tocar para cima, porque a subida é bem acentuada e sempre com um rio a direita, que logo será cruzado.
Na
altitude de pouco mais de 300 metros chegamos na divisa de RJ/SP, onde existe um
marco de concreto de aproximadamente 0,5 metro de altura, junto da trilha.
Até aqui foram pouco mais de 1 hora desde a praia. Descansamos alguns minutos com direito a alguns clics. O lugar está bem diferente de quando passei aqui em 2003, pois está com a trilha mais aberta. Isso é muito bom.
Poucos metros à frente a trilha cruzará com outro riozinho, que estará à esquerda. Siga pela trilha, sempre subindo e saia na 2ª bifurcação à esquerda.
Agora é só tocar para cima, porque a subida é bem acentuada e sempre com um rio a direita, que logo será cruzado.
Subindo pela trilha |
Até aqui foram pouco mais de 1 hora desde a praia. Descansamos alguns minutos com direito a alguns clics. O lugar está bem diferente de quando passei aqui em 2003, pois está com a trilha mais aberta. Isso é muito bom.
Passado essa divisa
haverá ainda um pouco de subida e logo a trilha se estabiliza e cruzará com um
pequeno riacho.
Chegando no final da trilha em Camburi |
Fomos
terminar a trilha pouco depois das 15:00 hrs, sendo que o final dela é marcado
por uma enorme plantação de mandioca. Não resisti e peguei algumas, pois
poderiam ser úteis. Da Praia do Caxadaço, onde começamos a trilha até aquele
ponto levamos cerca de 5 horas de caminhada com algumas paradas.
Existem algumas trilhas
que descem até a Praia e pegamos uma bem à oeste da plantação.
Ao
chegarmos na Praia de Camburi fomos direto para o Camping Ypê (o mais bem
estruturado de toda a praia), mas não havia ninguém para nos atender.
Resolvemos então procurar outro e ficamos no Camping do Dadá, em local de terreno bem plano.
Praia de Camburi |
E a nossa comida acabando (é difícil quando se tem dinheiro e não tem onde se gastar, viu!!!!!).
Aí não teve jeito,
tivemos que fazer uso da mandioca. Cozinhamos em pequenos pedaços e depois
misturamos no macarrão e no pouco de salame que restava.
Para o almoço do dia
seguinte (Sábado) teríamos que procurar alguma refeição nas barracas da
Cachoeira da Escada, localizada na Rodovia e na tarde de Sábado foi o que a
gente fez.
O problema é que só
encontramos uma porção de calabresa e refrigerantes e foi o que nos salvou
naquele dia, mas a coisa ficou pior quando retornamos para o camping.
Vazia Praia de Camburi |
É, parecia que os
cachorros estavam com mais fome do que a gente. Mas, ainda nos restou a
mandioca. Talvez
se demorássemos um pouco mais, nem mais encontraríamos o salame e o macarrão. E
como tinha sobrado um pouco de margarina, que tínhamos comprado para o café da
manhã, resolvemos fritar a mandioca. E esse foi o nosso jantar: macarrão, um
pouco de salame e mandioca frita.
E para não dizer que
tragédia pouca é bobagem, o Domingo amanheceu chovendo, sem qualquer
expectativa de praia.
Iríamos voltar para SP
no ônibus das 16h30min (já tínhamos comprado as passagens de ônibus), então até
dava para aproveitar a praia, mas sem chances. E a chuva nada de parar.
Camping do Dadá |
Era muito pouco, mas
incomodava e aí tivemos de sair e ir para a varanda da casa do dono do camping,
onde aguardamos até a chuva parar (na verdade, só deu uma pequena trégua, pois
ela sempre retornava).
E aí não teve jeito,
tivemos que pagar a uma pessoa para nos levar de carro até a Rodovia, já que
não queríamos tomar chuva no caminho. Lá pegamos o circular até
Paraty, aonde chegamos pouco depois das 14:00 hrs e tiramos todo o atraso: fomos
em um restaurante do centro histórico e nos fartamos com um belo almoço.
Depois ainda passeamos pelo centro histórico para depois retornar a SP, onde
chegamos por volta das 23:00 hrs.
Algumas dicas e
informações úteis (Atualizado Julho/2020)
# No cais de Paraty
é possível encontrar barcos em direção à Praia do Pouso da Cajaíba., com média de preço de $100.
Se quiser pagar um valor menor, existem também barcos saindo de Paraty Mirim.
Se quiser pagar um valor menor, existem também barcos saindo de Paraty Mirim.
Da Rodoviária sai um circular para esse bairro.
# Ao sair do Camping do
Seu Maneco evite o trecho antigo por onde eu segui, que sai de dentro do
Camping, próximo da casa. Siga até o extremo da praia e lá sai uma trilha demarcada
e bem mais tranquila que segue próxima do costão até a Enseada das
Enchovas, onde as 2 trilhas se encontram.
# Não deixe de conhecer a
Praia do Cairuçú, apesar de ser bem pequena. Agora no local existe uma
“jacuzzi” que é fantástica e com uma única casa que pertence a D. Joelma e Sr.
Pedro.
# É
possível também acampar próximo da Praia do Cairuçú, mas não na areia, mas no
Camping junto da casa do Sr. Aplígio, subindo um pouco a trilha que sai da
praia.
# Atualmente na Praia
de Ponta Negra existem 3 campings:
- Camping da D. Dilma
(às vezes quem está lá é seu filho Bob) – junto da escada de acesso à praia.
- Camping da Branca (24) 99938-1614; (24) 99920-0036; (24) 99815-3780;
- Camping do barqueiro
Ismael (24) 99973-8365.
# Existem
alguns chalé e quartos para alugar na Praia de Ponta Negra.
- Teteco (24) 3371-2673
e (24) 99956-8822
# Leve
bastante repelente, porque os pernilongos estão presentes em todas as praias.
# Praias dos Antiguinhos e Antigos são praias
desertas, mas o camping selvagem é proibido. Vale a pena passar uma noite em
campings da Praia do Sono para conhecer melhor essas 2 praias, que na minha
opinião são as mais bonitas dessa travessia.
# Da
Praia do Sono ou de Ponta Negra é possível também contratar um barco que te
leve até o cais de Laranjeiras e de lá uma kombi te levará até a portaria do
condomínio, onde fica um ponto de ônibus.
# Sinal
de telefonia celular da Vivo é muito difícil conseguir nessa travessia. Na
Praia do Pouso e em Ponta Negra existem telefones públicos. Em Ponta Negra
costuma estar quebrado.
# Água
não é problema nessa travessia, já que se cruzam inúmeros riachos e nascentes.
# Barqueiros
que fazem o trajeto Praia de Ponta Negra-Laranjeiras ou vice-versa:
- Ismael: (24) 99973-8365
- Fábio: (24) 99959-7841
- Xandi: (24) 99981-9499
# Se puder, vá à Praia Brava de Camburi, onde se chega por trilha a partir da Praia de Camburi. É a preferida de surfistas e deserta.
# Sem dúvida nenhuma o
melhor camping da Praia de Camburi é o Ypê
Tel: (12) 3833-7487 https://pt-br.facebook.com/ypecampingcamburi/
Oi Augusto,
ResponderExcluirGostaria de te parabenizar pelo blog, que está bem legal. Em 10 de abril eu e uns amigos fizemos a travessia da Joatinga e as suas dicas foram muito úteis.
Como gosto muito de escrever, há algum tempo montei um Blog (coisa simples), no qual escrevi sobre essa aventura. Se tiver interesse pode ler em www.naturezaadentro.blogspot.com. Espero que goste!
Legal Rafael que o relato foi util.
ExcluirEssa é a minha pretensão.
Que outras pessoas também possam repetir as trilhas.
Já estou seguindo seu blog.
Abcs
Olá Agusto,
ResponderExcluirtudo bem?
Vi que vc fez a trilha entre camburi e trindade ja tem um tempo,
eu e meu namorado estamos com vontade de fazer essa trilha, no sentindo camburi trindade.
Porém, estamos meio receosos em relação a condição da trilha, e qual é o real tipo de dificuldade dela.
se puder entrar em contato para esclarecer minhas duvidas, eu agradeceria de coração.
Um grande abraço e feliz ano nova a vc e sua famila.
Att. Camila
e-mail para contato.
camilaugb@yahoo.com.br
Oi Camila.
ExcluirO que eu tenho são esses dois relatos: um em cada sentido e os croquis, mas como faz muito tempo que fiz essa trilha, não dá p/ saber como ela tá agora.
Nas 2x só encontrei algumas arvores caidas, mas nada impossivel. Era só contorná-las e continuar pela trilha.
Pessoas que fizeram essa trilha mais recentemente me disseram que as dificuldades estão quase na divisa, onde encontraram trechos se fechando.
Mas se vcs conseguirem chegar no marco de concreto que marca a divisa SP/RJ dali p/ frente é só descida e bem mais tranquila.
Abcs