Fizemos caminhadas por praias desertas, poções e algumas cachoeiras próximas.
Foram 3 dias e os lugares visitados foram as praias próximas da Vila, Cachoeira do Paraíso e os poções no Rio Perequê. Levei também um bote inflável e remei por alguns trechos do Rio Una.
Foto acima, praia da Vila de Barra do Una com a Serra da Juréia ao fundo
Fotos + croquis para se chegar lá: clique aqui
Tracklog para GPS com as cachoeiras: clique aqui
Depois de me colocarem para trabalhar em pleno feriado de Tiradentes em Abril (uma Quinta-feira) consegui 3 dias de folga (Sexta, Sábado e Domingo). Foi em cima da hora e eu nem tinha planejado para onde iria. Surgiram várias opções, mas eu e a Márcia acabamos decidindo por Barra do Una, em Peruíbe.
Tive que ir correndo atrás de algumas informações na Internet e como não sabíamos se havia ônibus de Peruíbe para a Vila de Barra do Una, resolvemos ir de carro.
Arrumamos nossas mochilas na noite de Quinta na maior correria, porque pretendíamos sair bem cedo.
Na Sexta de manhã por volta das 06:00 hrs seguimos de Sampa em direção ao litoral.
Pela Imigrantes o trânsito estava bastante tranquilo e chegamos ao final da descida da Serra por volta das 07:00 hrs, mas ainda tínhamos um longo caminho pela Rodovia Padre Manoel da Nóbrega até Peruíbe, ultima cidade litorânea acessível por essa Rodovia, sentido sul.
A estrada também estava tranquila e chegamos em Peruíbe por volta das 08:00 hrs.
Tínhamos uma informação de que a Estrada do Guaraú (que leva até Barra do Una) saia próximo do centro da cidade e lá fomos nós procurá-la.
Praia do Guaraú |
Entrada do Parque |
Como tinha chovido em dias anteriores, a estrada estava um lamaçal e torcíamos para que nosso carro não ficasse atolado em algum lugar.
Tinha bastante lama, mas os buracos eram poucos; pelo menos nos primeiros quilômetros.
Cerca de 2 Km de estrada e junto a ponte sobre o Rio Perequê existe uma bifurcação para à direita e que leva a algumas cachoeiras e poções rio acima, mas passamos direto.
Praia de Caramborê |
Chegando em Barra do Una |
O maciço é interessante, pois se emerge no meio de uma planície com alguns rios e seus meandros. O maciço pertence a Estação Ecológica Juréia-Itatins e é separado pelo Rio Una, que tem sua foz bem no lado direito dessa praia. Para a esquerda segue em direção aos costões rochosos e outras duas praias com acesso por trilha: Caramboré e Deserta.
Costão |
A passagem pelo costão é tranquila e em 15 minutos chega-se a Praia do Caramborê.
É um pouco extensa e bem menos frequentada que a do Una. Ondas fortes, alguns pequenos riachos, areia branca e o Camping MM (Maria Prata), localizado entre a vegetação, um pouco longe das areias da praia.
Cruzando a praia e seguindo por uma trilha na mata, em 20 minutos chega-se a praia Deserta.
Praia Deserta |
A praia possui ondas bem fortes, com areia branca e fofa. Têm dois pequenos riachos nas laterais da praia e oferece um certo perigo, pois em um eventual afogamento ninguém para ajudar.
Outro problema são os borrachudos. Encontramos nas 3 praias, mas na Praia Deserta a quantidade era muito maior.
A próxima praia é a da Juquiazinho, mas essa somente com permissão do Núcleo Arpoador, do Parque Estadual do Itingucu, cuja sede fica próximo da Praia do Guaraú.
Ficamos ainda um certo tempo na Praia Deserta, mas logo retornamos. Ao passarmos pelos costões da Praia do Una ficamos por um bom tempo admirando a vista.
Antes do Sol se pôr, voltamos para o camping tomar um banho e comer alguma coisa.
É um camping até que bem estruturado, com chuveiros quentes, banheiros limpos, pia para lavar louças e até uma churrasqueira, mas bem ao lado de nossa barraca tinha uma família em uma picape que mantinha o som no volume máximo. E o repertório era bem variado: MPB, axé, samba, rap. Pelo menos durante a noite eles desligaram o som.
Depois de um jantar básico, fomos ainda passear pela vila, que se restringe a rua principal e a avenida da praia, onde estão a maioria dos campings, além de 2 ou 3 ruas transversais. Como é de praxe, todo camping possui um barzinho e o camping onde ficamos também tinha um, além de possuir algumas suítes.
Como era Lua cheia, o passeio nem precisou de lanterna. Paramos em um bar para tomar uma batida e fomos procurar o local ideal para colocar o bote no rio, pois o dia seguinte ia ser para remar pelo Rio Una. Naquela noite resolvemos dormir cedo, pois estávamos cansados da viagem e das caminhadas pelas praias da região. O dia seguinte prometia.
Remando no Rio Una |
Bote na água e lá vamos nós. Naquela hora a maré estava um pouco baixa, por isso dava para ver toda a região de mangue que é alagada na maré alta.
Seguimos em direção a foz do rio, mas devido a força da água do mar ser mais forte e estávamos remando contra a maré, não foi fácil. Demos uma parada em uma pequena praia perto da foz do rio e ali ficamos por algumas horas.
Descansando |
Conforme foi entardecendo a maré subia mais e mais. Logo já não tinha mais areia para ficarmos.
De vez em quando passava algum barco a motor de pescador. Já com a maré alta e a correnteza a favor, aproveitamos para voltar à vila, mas nem foi preciso fazer muito esforço, pois éramos levados pela correnteza.
Usávamos de vez em quando o remo como leme para manter a trajetória e logo chegamos na vila.
Próximos de onde saímos da água notamos um outro braço do rio Una, que circunda uma pequena ilha com vários meandros, mas isso fica para uma outra viagem.
Fomos direto para o camping e depois almoçar.
O camping possui um bar/restaurante. A refeição inclui arroz, feijão, salada e peixe. Comida boa e barata. E como já era final de tarde, a refeição serviu como almoço e jantar.
Saímos novamente pela vila e encontramos o único telefone (que usa ondas de rádios) pertencente a uma residência, mas que disponibilizam para ligações cobrando uma taxa por minuto.
Durante a noite, como ainda era Lua cheia, resolvemos ir até a foz do rio pela avenida da praia, que passa por algumas residências. A maré estava bem baixa, proporcionando uma visão bem legal de toda a foz do rio e as praias ao redor, formadas pelo acúmulo de areia. Talvez até dava para passar para o lado proibido da Estação Ecológica, mas só avançamos um pouco em direção ao mar, onde existiam alguns pequenos lagos que apareciam por causa da maré baixa. A praia estava praticamente deserta naquela noite, apenas sendo iluminada pela imensa Lua cheia. Uma bela visão poética.
Voltamos ao camping para dormir, porque o dia seguinte era o último dia e pretendíamos conhecer todas as cachoeiras da região.
Cachoeira do Paraíso |
Barracas desmontadas, agora seguíamos para a Cachoeira do Paraíso. O acesso até lá é retornando uns 10 Km pela estrada de terra e tomando uma bifurcação para esquerda que leva a uma pequena vila. É uma estrada muito mais precária e são uns 5 Km até a cachoeira, marcada por vários quiosques, junto ao início da trilha.
Para espanto nosso, até aqui existiam flanelinhas, que cobravam só para olhar o carro. É mole?
Tobogã na Cachoeira do Paraíso |
O tobogã é muito liso e quase no final possui uma pequena rampa (até arrisquei algumas descidas).
Depois de escorregar diversas vezes no tobogã e mergulho no poção seguimos para os quiosques, onde comemos alguma coisa. Agora era retornar até o Rio Perequê para conhecer outras cachoeiras e poções.
Poções no Rio Perequê |
Aqui é um bom local para estacionamento e se banhar na piscina natural do rio ao lado, mas resolvemos atravessar a ponte e seguir por uma estrada bem fechada que leva a outras cachoeiras rio acima, seguindo placas que indicavam Bar do Jorjão. A estrada termina próximo desse bar e aqui tem início a algumas trilhas, que levam a várias cachoeiras e poções.
Seguimos pela trilha mais demarcada que segue por entre dois rios por uns 20 minutos chegamos a uma bela cachoeira com um imenso poção.
Enorme poção |
Na volta entramos em algumas bifurcações que nos levaram a um outro poção e outra cachoeira (são muitas trilhas e todas elas levam a alguma), mas não ficamos muito tempo.
Pouco depois das 14:00 hrs resolvemos voltar para Peruíbe e ainda paramos um certo tempo na Praia do Guaraú. Saímos de Peruíbe por volta das 16:00 hrs e seguimos pela Rodovia, mas assim que chegamos na altura da Praia Grande o trânsito na rodovia parou completamente e como não tínhamos pretensão de passar o resto da tarde na Rodovia, seguimos pela Avenida Beira-mar da Praia Grande. Pelo menos evitamos o trânsito da Rodovia.
Paramos ainda em um quiosque da praia para apreciar o Por do Sol e depois seguimos pela Imigrantes, que apresentava um pequeno trânsito em direção a Sampa.
Algumas dicas e informações úteis (Atualizado Julho/2020)
# Ônibus de São Paulo para Peruíbe saem do Terminal Jabaquara e
trajeto com cerca de 2h30min.
# Horários do circular que sai ao lado da Rodoviária de Peruíbe para Barra da Una, lembrando que esse circular também passa pela Cachoeira do Paraíso:
# Se vier de carro, tome muito cuidado se for um veículo com suspensão baixa.
# Em Barra do Una são inúmeros campings junto da praia e se quiser um certo conforto, existem também algumas pousadas.
# Remar pelo Rio Una é um passeio imperdível. Se puder leve um bote inflável ou um caiaque.
# Repelente é um item obrigatório. As praias, cachoeiras e poções estão repletas de pernilongos e borrachudos.
# O acesso à Praia do Juquiazinho requer autorização do Núcleo Arpoador, cuja sede fica próximo da Praia do Guaraú.
# Acesso à Cachoeira do Paraíso é gratuito, porém o ingresso deve ser retirado junto da guarita, que se localiza no início da estrada que leva até a cachoeira.
Isso ocorre devido a um número limitado de visitantes/dia.
Ainda funcionando esse blog???
ResponderExcluirBlog funciona normalmente. Só o relato que é antigo.
ResponderExcluirCara, show esse blog! Parabéns!
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