E não demorou muito, o Rodrigo marcou a travessia para final de Setembro daquele ano - um Domingo. A intenção era pegar um dos primeiros trens no Brás em direção a Rio Grande da Serra para chegar em Paranapiacaba o mais cedo possível e fazer essa travessia em umas 8 a 10 horas, direto até Cubatão, contando é claro que a Mãe Natureza colaborasse.
Foto acima cruzando uma das inúmeras pontes com dormentes podres
Final da década de 80 eu era assíduo frequentador da região de Paranapiacaba e a Cachoeira da Pedra Lisa e o Poço das Moças eram a minha diversão aos fins de semana, mas devido aos constantes assaltos nas trilhas em lugares de acampamentos, nunca mais voltei ao lugar desde então.
E essa era a oportunidade para retornar ao lugar e fazer uma bela caminhada.
No trem |
O tempo estava perfeito, mas o clima na Serra do Mar nunca está igual ao da capital e só torcíamos para que não estivesse chovendo, senão nossa caminhada iria para o saco.
Depois de todos chegarem, embarcamos por volta das 05h30min em direção a Rio Grande da Serra.
Estavam na trupe eu, a Márcia, Rodrigo, Rosana, Otávio e o Marcelo, que era o único que já tinha completado essa travessia.
Em vários e-mails trocados, ele já tinha nos alertado dos perigos dessa caminhada, por isso o grupo não era tão grande.
Chegando em Rio Grande da Serra |
Ficamos aguardando no ponto de ônibus por alguns minutos e logo ele saiu em direção a Paranapiacaba.
Perguntei ao cobrador como estava o tempo na Vila e me respondeu que estava pior que Rio Grande da Serra.
Pensei comigo: lá se foi nossa travessia, mas seguíamos conforme o planejado.
Pouco antes das 07h00min chegamos na Vila tomada por neblina espessa e assim que descemos do ônibus, um cachorro resolveu nos seguir.