Férias. 1 mês para aproveitar os 30 dias com alguma caminhada.
Uma parte foi na Argentina, nesse relato e agora era procurar alguma opção não muito longe de SP. Tenho uma lista de caminhadas que ainda pretendo fazer e que a cada ano ela fica menor, então lá fui eu olhar essa lista novamente com cerca de 2 meses de antecedência.
E dessa vez tinha de ser uma das mais clássicas e belas do país (alguns dizem do mundo): a Chapada Diamantina.
A intenção era algumas trilhas pela Chapada e em seguida emendar com alguns dias no Vale do Pati, porém são muitas as opções de travessias, variando de 3 dias até as mais longas com mais de 1 semana.
Por ter acesso fácil por ônibus e não perder muito tempo na logística, uma delas me interessou: Lençóis-Capão, que passa pelo leito do Rio Capivara e a parte baixa e alta da Cachoeira da Fumaça.
Na internet dá para encontrar diversos relatos e no site wikiloc muitos arquivos de GPS, então era só escolher.
Já sobre o Vale do Pati, percebi que a maioria fica uns 3 ou 4 dias por lá e acabei decidindo por 4 dias, para conhecer algumas cachoeiras, poções, trilhas e picos.
E com isso montei meu roteiro da seguinte forma: início da caminhada na cidade de Lençóis, seguindo até o Vale do Capão e de lá continuar a caminhada pelos Gerais do Vieira até o Vale do Pati e quando estivesse indo embora, passaria pelo Cachoeirão, seguindo na direção sul da Chapada por trilha até Mucugê, finalizando nessa cidade.
Já sobre o Vale do Pati, percebi que a maioria fica uns 3 ou 4 dias por lá e acabei decidindo por 4 dias, para conhecer algumas cachoeiras, poções, trilhas e picos.
E com isso montei meu roteiro da seguinte forma: início da caminhada na cidade de Lençóis, seguindo até o Vale do Capão e de lá continuar a caminhada pelos Gerais do Vieira até o Vale do Pati e quando estivesse indo embora, passaria pelo Cachoeirão, seguindo na direção sul da Chapada por trilha até Mucugê, finalizando nessa cidade.
A travessia da Chapada Diamantina que inclui o Vale do Pati não é tão fácil, já que demanda um esforço físico grande, pois o lugar é repleto de morros gigantescos com diferentes formações rochosas, campos cobertos de capim, vegetação de cerrado, muitos rios, cachoeiras de todos os tipos e muitas subidas/descidas.
O Vale do Pati pode ser acessado por diferentes trilhas saindo do: vale do Capão (distrito de Palmeiras), Guiné (distrito de Mucugê), Andaraí e pela cidade de Mucugê, sendo possível entrar e sair por qualquer um deles, variando de algumas horas até 1 dia de caminhada. Vai depender da disposição.
Em meados do século XIX (por volta de1840) a extração de diamantes era o principal motor da economia na região da Chapada Diamantina, tendo um período áureo da economia e no interior do Vale do Pati existiam até uma prefeitura, escola e uma Igreja, mas com o declínio do metal precioso, só restaram poucas famílias, que atualmente vivem do turismo, oferecendo hospedagem e alimentação.
Nas fotos acima: poção no Ribeirão do Meio, Mirante do Vale do Pati e o Cachoeirão
Fotos: Travessia Lençóis-Vale do Capão: clique aqui
Vale do Pati: clique aqui
Cachoeirão-Mucugê: clique aqui
Salvador: clique aqui
Vídeo de toda essa caminhada: clique aqui
Tracklog para GPS: clique aqui
Para não perder muito tempo na logística, escolhi viajar de avião de SP até Salvador e de lá ônibus até Lençóis, mas como essa trip foi quase em cima da hora, só consegui bons preços e horários saindo de Viracopos (Campinas), mas me arrependi amargamente.
Embarquei num Domingo por volta das 14:00hrs em Campinas, chegando em Salvador pouco mais de 2 horas depois e pela proibição de transporte do cartucho de gás para fogareiro na aeronave, tinha que adquirir um em Salvador assim que desembarcasse, já que a previsão de chegada do ônibus em Lençóis era por volta das 05:00hrs da manhã e nesse horário não encontraria nenhuma loja aberta.
Eram por volta de 17:00hrs e do aeroporto segui direto para Rodoviária, onde comprei a passagem de ônibus para Lençóis embarcando aquela noite e depois fui na Decathlon, que fica num shopping próximo dali, mas me dei mal, pois eles não vendem esse tipo de cartucho na loja de Salvador. Procurei em outras lojas do shopping, mas nenhuma delas vendia o gás. E agora José?
Pesquisando na internet, achei uma loja de camping dentro da Rodoviária, mas como era um Domingo, a loja nem abriu. Tá vendo, fui escolher esse dia da semana para vir e me lasquei.
Sem conseguir achar o cartucho, só me restava comprá-lo em Lençóis, mas perderia algumas boas horas que seriam preciosas, já que teria esperar o comércio abrir – paciência né. Não tinha outra opção.
Por volta das 23:00 hrs o ônibus saiu de Salvador sem muito atraso, mas numa das paradas, o motorista veio nos avisar que teria de fazer um desvio de pouco mais de 1 hora, devido a um acidente na Rodovia que a bloqueava totalmente. Porém, não foi somente 1 hora, demorou bem mais que isso e só fomos chegar em Lençóis por volta das 07:00hrs, com mais de 2 horas de atraso.
Meio sonolento devido a viagem horrível, fiquei dando um tempo na Rodoviária esperando o comércio abrir e lá encontrei um leitor do blog e ficamos batendo papo. E depois de quase 4 horas perdidas (2 horas do atraso do ônibus + 2 horas esperando o comércio abrir), consegui comprar o cartucho numa loja de roupas esportivas chamada 2 Irmãos, localizada bem no centro.
Pesquisando na internet, achei uma loja de camping dentro da Rodoviária, mas como era um Domingo, a loja nem abriu. Tá vendo, fui escolher esse dia da semana para vir e me lasquei.
Sem conseguir achar o cartucho, só me restava comprá-lo em Lençóis, mas perderia algumas boas horas que seriam preciosas, já que teria esperar o comércio abrir – paciência né. Não tinha outra opção.
Por volta das 23:00 hrs o ônibus saiu de Salvador sem muito atraso, mas numa das paradas, o motorista veio nos avisar que teria de fazer um desvio de pouco mais de 1 hora, devido a um acidente na Rodovia que a bloqueava totalmente. Porém, não foi somente 1 hora, demorou bem mais que isso e só fomos chegar em Lençóis por volta das 07:00hrs, com mais de 2 horas de atraso.
Centro de Lençóis |
Primeiro dia
Resolvido o problema, comprei também garrafas de agua num barzinho (2 litros ao todo) e agora era pé na trilha.
Subindo a rua |
Início da trilha |
Me despeço dela e vou seguindo pela trilha, que é bem demarcada e larga. Pelo menos a vegetação encobre a trilha e o Sol não castiga tanto. Cruzo com alguns grupos de trilheiros e com 15 minutos de trilha passo ao lado da Barraca do Usquinha, onde são vendidas algumas frutas, bebidas e salgadinhos.
Barraca do Usquinha |
Só alguns clics e continuo a caminhada. Um grande descampado surge em meio à vegetação com vestígios de acampamento e com mais 10 minutos passo pela bifurcação da trilha da Cachoeira do Sossego, à direita.
Decorrido 40 minutos desde o início da trilha chego na margem do Ribeirão do Meio e sigo para um poção um pouco mais abaixo, onde algumas pessoas escorregam num tobogã natural do rio. Alguns clics e retorno para a trilha, subindo até uma parte alta, onde encontro um ponto fácil para cruzar o rio.
A partir daqui a continuação da trilha é um pouco confusa e achei que o caminho fosse na direção de um enorme depósito de pedras, resultante de antigo garimpo, mas tive que voltar, já que não achei trilha nenhuma.
Consulto o arquivo GPS do celular e o caminho que devo seguir tá um pouco mais abaixo. São 11:00 hrs e agora de volta à trilha demarcada, vou subindo pelas enormes pedras e ganhando altitude. É um trecho inicial bem íngreme, que me fez suar muito nessa subida e daqui em diante a maior parte da caminhada era sobre piso de rochas.
Decorrido 40 minutos desde o início da trilha chego na margem do Ribeirão do Meio e sigo para um poção um pouco mais abaixo, onde algumas pessoas escorregam num tobogã natural do rio. Alguns clics e retorno para a trilha, subindo até uma parte alta, onde encontro um ponto fácil para cruzar o rio.
Ribeirão do Meio |
Consulto o arquivo GPS do celular e o caminho que devo seguir tá um pouco mais abaixo. São 11:00 hrs e agora de volta à trilha demarcada, vou subindo pelas enormes pedras e ganhando altitude. É um trecho inicial bem íngreme, que me fez suar muito nessa subida e daqui em diante a maior parte da caminhada era sobre piso de rochas.
Trecho de pedras |
Quando vejo o final de uma subida, eis que surge outra mais à frente e assim vou caminhando por trilha demarcada numa vegetação que me parece ser o cerrado. As horas iam passando e os meus 2 litros de água já tinham acabado, o que me deixava um pouco aflito, porque a subida nunca terminava.
Riacho na trilha |
Só tomei mesmo para molhar a goela e preferi esperar outro riacho mais à frente, apesar de que o consumo desse tipo de agua não causa grandes problemas de saúde. Claro que em pequenas quantidades.
Seguindo em frente, a trilha se perde em meio a uma área de brejo, onde tive que tirar a bota para não encharcá-la. Mais outro trecho de subida em meio à vegetação alta até chegar no topo da Serra do Veneno; finalmente agora é só um trechinho no plano e descida íngreme até o Riacho Muriçoca, onde encontrei uma pequena área de camping.
Seguindo em frente, a trilha se perde em meio a uma área de brejo, onde tive que tirar a bota para não encharcá-la. Mais outro trecho de subida em meio à vegetação alta até chegar no topo da Serra do Veneno; finalmente agora é só um trechinho no plano e descida íngreme até o Riacho Muriçoca, onde encontrei uma pequena área de camping.
Vale do Riacho Muriçoca |
Camping ao lado do Riacho |
As 05h30min o celular despertou e nenhum vestígio de chuva, graças a Deus, mas a vegetação estava bem molhada. Poderia ter sido pior.
Segundo dia
Com barraca desmontada, mochila arrumada e café da manhã tomado, retomo a caminhada pouco depois das 06:00hrs e como era de se esperar, vegetação molhada e o céu nublado. Pelo menos nada de chuva e riacho sem aumento no volume.
Riacho Muriçoca |
Toca da Onça |
Como já tô atrasado por causa do ônibus e do cartucho de gás, vou seguindo pela trilha em meio à vegetação alta até chegar em outro rio, as 07h30min.
Rio Palmital |
Com uma grande área de camping ao lado do rio, em meio às arvores, o local é perfeito para acampamentos.
Camping ao lado do rio |
Vou descendo por trilha ao lado do rio até chegar nas margens do Capivara e aqui um enorme poção surge junto de uma cachoeira: a da Capivara, mas passo direto.
São 08h30min e daqui em diante a caminhada é pulando pedras ou seguir pela margem direita dele. Nessa hora o céu já vai se abrindo e os primeiros raios do Sol surgiam escondidos pelos paredões verticais.
São 08h30min e daqui em diante a caminhada é pulando pedras ou seguir pela margem direita dele. Nessa hora o céu já vai se abrindo e os primeiros raios do Sol surgiam escondidos pelos paredões verticais.
Caminhada pelo leito |
Vários poços naturais surgem e num deles resolvo dar um mergulho. Agua um pouco fria, mas pelo menos serviu para refrescar do calor.
A caminhada é bem suave e como a ambulante me disse: em caso de chuvas tome muito cuidado, porque o rio com certeza se enche rapidamente, já que tudo converge para ele.
Sem dificuldades e com Sol de rachar, as 10h45min chego na bifurcação do Capivara que leva até a base da Cachoeira da Fumaça, à direita. O riacho é outro afluente do Capivara e com pouco volume de água também.
Grande área de camping |
Toca do Macaco |
Retomo a caminhada as 11h10min e daqui em diante foi um dos piores trechos dessa travessia; a subida da Serra do Macaco, que parecia não terminar nunca.
Iniciando ao lado da Toca, a trilha segue inicialmente paralela ao Capivara em meio à vegetação alta e aos poucos vai se afastando dele, mas ganhando altitude com grande esforço, tendo os paredões do lado direito. Nessa primeira hora de caminhada é um trecho de escalaminhada, tendo que passar por diversas pedras.
Montante do Rio Capivara |
Por volta das 13:00hrs passo ao lado de uma pequena bica dágua, que escorre pelo paredão. Veio no momento certo, já que não tinha mais água. O lugar tem uma grande área sombreada com muitas pedras e é perfeita para um descanso.
Mais alguns minutos de trecho íngreme e não demora muito a trilha se torna mais suave, diminuindo a inclinação.
Por volta das 15h30min quando se inicia um trecho descendo para um pequeno vale à esquerda, surge uma bifurcação à direita, passando quase despercebida. A trilha é bem demarcada também e fiquei pensando para onde seguiria - ao chegar no vale do Capão, conversando com o pessoal da Associação de guias, me dizem que essa é a trilha da Fenda, seguindo para base da Cachoeira da Fumaça e evitando contornar a trilha que passa pela Toca do Macaco. Dizem que é um trecho um pouco perigoso e com cordas, mas parece que muita gente tá fazendo.
Poção do Santuário |
Poucos metros antes de chegar no rio, existe um grande descampado para várias barracas, mas não achei ideal para montar a minha. Ao cruzar o rio procurei do outro lado e encontrei um local plano e descampado no meio da vegetação, perfeito para apenas 1 barraca, que montei sem pressa nenhuma e novamente intrusos queriam entrar nela; os pernilongos.
Área de camping |
E lá pelas 20:00hrs me recolhi para dentro da barraca, colocando o celular para despertar as 05h30min novamente. Dessa vez tive que usar o power bank para recarregar o celular, já que a bateria estava no fim. Já dentro do saco de dormir, peguei no sono rapidamente e acordei com tempo nublado.
Terceiro dia
Pela manhã o lugar tá tomado por uma neblina e depois de um rápido café da manhã, vou seguindo pelo último trecho de uma leve subida, mas sou obrigado a colocar a capa de chuva porque começa a cair uma garoa.
Abismo da Fumaça |
Chego no topo da Cachoeira às 07h20min com o lugar coberto de uma espessa neblina e para variar nenhuma vivalma. Algumas pequenas piscinas naturais de água muito fria e nem arrisco a entrar.
Mirante da Fumaça |
Paredão da Fumaça |
O trecho agora é todo no plano e conforme avançava pela trilha, a neblina já se dispersava e o Sol começava a dar as caras. Cruzei com algumas pessoas e grupos de agencias que seguiam na direção da Fumaça.
Caetê-Açu lá embaixo |
Por volta das 10h30min finalizo a trilha e mais alguns metros chego na sede da Associação dos Condutores. Converso com um dos guias do lugar e sem sinal de telefonia celular da Vivo, uso o wi-fi da Associação para mandar notícias e ver hospedagem no lugar.
Sede da Associação de Guias |
O wi-fi tinha um bom sinal e nos fundos dela, o hospede tem a disposição um tanque para lavar roupas e com o Sol deu para secar toda roupa que lavei naquele dia.
A suíte era grande, dispondo de ventilador e chuveiro quente com box e só não fiquei mais dias naquele lugar, porque já tinha planejado todo o roteiro da minha travessia.
Depois de lavar as roupas, segui para o centro de Caetê-Açu a fim de contratar um moto-taxi que me levasse até o Bairro do Bomba no dia seguinte, onde iniciaria a trilha até o Vale do Pati. Eles ficam próximos da praça principal e conversando com um deles marquei de me pegar na Pousada por volta das 08h30min da manhã. Resolvido o transporte, fui dar um rolê pelo centro de Caetê que é um lugar bem simples, com poucas ruas e uma praça principal com um coreto.
A suíte era grande, dispondo de ventilador e chuveiro quente com box e só não fiquei mais dias naquele lugar, porque já tinha planejado todo o roteiro da minha travessia.
Centro de Caetê-Açú |
Praça principal |
Bem no extremo da rua principal encontro um food truck que vende vários tipos de pães e salgados chamado Artesanale Foodtruck.
Foodtruck de pães e salgados |
Já durante a noite voltei ao centro para comer frango caipira, já que ao passar por ali no final da manhã, vi no cardápio de um restaurante essa opção, mas ao anoitecer ele estava fechado. Uma pena. Talvez por ser uma quarta feira, alguns restaurantes só funcionem para o almoço. Tive que jantar em outro.
Dia seguinte prometia ser uma caminhada longa.
Quarto dia
Acordei com um Sol daqueles e fui tomar um café da manhã na Padaria Diamantina, bem na entrada do centro da Vila; não tinha muita variedade e não recomendo, mas era a única próxima.
Voltei na Pousada para arrumar a mochila e depois fiquei aguardando a moto-taxi. Chegou com alguns minutos de antecedência e depois de me despedir do Jovane, sigo na garupa da moto com a cargueira, sentido Bomba.
Achei o percurso um pouco longo (quase 6 Km) se for na caminhada e a estrada é bem ruinzinha, então vale a pena contratar um transporte, que não é tão caro.
Com pouco mais de 20 minutos chegamos ao final da estrada, no Bairro do Bomba. Nesse momento chegavam 2 trilheiros que estavam fazendo a Transsincorá - uma caminhada de sul a norte pela Chapada Diamantina com mais de 100 Km que se inicia em Ibicoara. Conversei com um deles (Marcelo) sobre o roteiro e quem sabe uma futura travessia. Depois de me despedir, inicio a caminhada às 08h45min pela trilha, que é bem demarcada.
Achei o percurso um pouco longo (quase 6 Km) se for na caminhada e a estrada é bem ruinzinha, então vale a pena contratar um transporte, que não é tão caro.
Início da trilha |
Poção ao longo da trilha |
Daqui em diante é um trecho suave de uns 40 minutos, cruzando porteiras e com lindo visual do Vale do Capão atrás, até atingir a crista.
Pouco depois das 10:00 hrs cruzo um pequeno riacho, onde reabasteço os cantis e descanso por alguns minutos. O céu está nublado, mas o calor não dá trégua.
Com mais uns 10 minutos surge uma bifurcação. Para a esquerda é a trilha chamada de Mata do Calixto, que passa ao lado da cachoeira de mesmo nome.
Para a direita são os Gerais do Vieira, com trecho todo no plano, visuais de campos coberto de gramíneas à perder de vista e formações rochosas maravilhosas nas laterais.
Vale do Capão |
Com mais uns 10 minutos surge uma bifurcação. Para a esquerda é a trilha chamada de Mata do Calixto, que passa ao lado da cachoeira de mesmo nome.
Para a direita são os Gerais do Vieira, com trecho todo no plano, visuais de campos coberto de gramíneas à perder de vista e formações rochosas maravilhosas nas laterais.
Gerais do Vieira |
Mirante |
Folego retomado, continuo a caminhada por um trecho longo de vegetação baixa, muitos arbustos e um visual lindo do Pati à esquerda que vai se abrindo cada vez mais. Esse trecho é chamado de Gerais do Rio Preto, cujo rio pode ser visualizado à direita e ao longo da caminhada encontro algumas bifurcações que seguem na direção dele.
Vale do Pati |
Vale do Pati |
Ao chegar numa trifurcação, sigo para esquerda na direção da Igrejinha. O trecho é bem curto e exatamente as 15h50min chego no lugar.
Conhecido também como Ruinha, quem me recepciona é o Seu João Calixto, proprietário da pousada. Acerto com ele somente a hospedagem, sem alimentação e sem café da manhã.
O lugar é enorme com vários quartos; alguns coletivos e outros para casais. Uma pequena capela em homenagem ao Senhor do Bonfim é o motivo do lugar se chamar Igrejinha. A energia elétrica é gerada por painéis solares, dispondo de internet somente para os guias ou para quem quiser pagar a hospedagem no PIX ou cartão. Pelas minhas contas acho que ali tinham umas 30 a 40 pessoas.
Conversando com alguns hospedes, fico sabendo que a grande maioria é guiado por agencias da região. Independentes como eu, somente um casal do interior de SP.
Depois de instalado num dos quartos coletivos, fui tomar banho e preparar o jantar. Quando alguns já vão para seus quartos, é hora de ir para o meu também.
Igrejinha |
Conversando com alguns hospedes, fico sabendo que a grande maioria é guiado por agencias da região. Independentes como eu, somente um casal do interior de SP.
Quartos coletivos |
Quinto dia
Acordo por volta das 07:00 hrs e enquanto vou preparando o meu café da manhã, alguns guias já estavam saindo com vários grupos na direção do Cachoeirão.
E por volta das 08h30min é a minha vez de seguir numa trilha: a da Cachoeira dos Funis e das Bananeiras. Trilha muito tranquila e demarcada. Passando ao lado do cemitério e com quase 30 minutos chego no rio. Daqui em diante a caminhada é um pouco mais complicada, pois segue pelas laterais dele pulando pedras, descendo paredões e segurando em raízes e árvores.
São vários poções e pequenas quedas que vão surgindo a cada curva do rio, sendo necessário um pouco de cautela para não escorregar nos trechos mais perigosos.
Descendo o rio |
São quase 09h30min e o lugar está deserto. Mesmo sem o Sol, resolvo tomar um banho no poção da cachoeira e depois fico relaxando em cima das pedras, mas não por muito tempo. Era hora de bater em retirada, pois tenho outra cachoeira para conhecer mais abaixo.
Cachoeira dos Funis |
Ao lado do rio |
Ao chegar na Igrejinha não encontro ninguém, só algumas funcionárias do lugar. Me despeço delas e sigo a minha caminhada vale abaixo, mas antes uma leve subidinha até o Mirante do Cruzeiro, que possui um lindo visual do interior daquele vale.
Mirante do Cruzeiro |
Mais abaixo passo ao lado de uma antiga escola demolida e mais alguns metros chego na Pousada do Seu Agnaldo.
Casa do Agnaldo |
Acerto a hospedagem num dos quartos coletivos por 2 dias, já que tinha a intenção de subir o Morro do Castelo no dia seguinte.
Naquele restante da tarde só vou a alguns poções próximos para curtir o Sol e já quase no fim da tarde retorno à pousada.
Naquele restante da tarde só vou a alguns poções próximos para curtir o Sol e já quase no fim da tarde retorno à pousada.
Poções no rio dos Funis |
Depois do jantar ficamos batendo papo e combino com alguns a subida ao Morro do Castelo na manhã seguinte, cuja trilha se inicia bem próxima da pousada.
Sexto dia
A noite foi bem tranquila e depois do café da manhã arrumo a minha pequena mochila de ataque com algumas guloseimas, frutas secas e um item quase obrigatório: uma lanterna para cruzar o pequeno trecho no interior da Gruta do Castelo (lanterna de celular também dá).
Mochilas prontas, iniciamos a subida ao Castelo pouco antes das 10:00 hrs por trilha demarcada em meio à mata, porém bastante íngreme e com trechos de escalaminhada.
Trecho de escalaminhada |
O dia estava nublado, assim como nos dias anteriores e íamos ganhando altitude com bastante esforço.
Com cerca de 1 hora de subida alcançamos a crista que divide os 2 lados do Morro e seguindo para direita por mais alguns minutos chegamos na entrada da Gruta.
A abertura dela é bem alta e com lanterna ligada vou adentrando naquela escuridão total seguindo uma trilha de pedras.
Entrada da Gruta |
Pela localização, essa sairá na direção do vale do Rio Calixto. Será?
Em menos de 10 minutos é o tempo que levei para sair do outro lado por uma abertura um pouco mais estreita e complicada e dali fui pulando enormes rochas até chegar num lindo mirante pelo lado leste, pouco antes do meio dia.
O visual desse lado é maravilhoso com as nascentes e o vale do Rio Calixto em primeiro plano e ao fundo o topo da chapada com uma sucessão de morros.
Depois de alguns minutos só curtindo o visual e comendo algumas frutas secas, fomos na direção de outro mirante, voltado para a jusante do Rio Calixto, sendo necessário passar embaixo de uma formação geológica que lembra muito uma ponte de pedra. Nesse ficamos pouco tempo e com Sol a pino, já que passava das 13:00 hrs, era hora de ir embora.
O retorno foi tranquilo e sem grandes dificuldades pelo interior da Gruta. Já no trecho de descida pela mata, o cuidado tem de ser bem maior, já que qualquer tombo pode provocar uma grave lesão. Ainda aproveitei um banho num dos poções do rio dos Funis com um grupo que estava na mesma pousada e durante a noite ficamos batendo papo.
Em menos de 10 minutos é o tempo que levei para sair do outro lado por uma abertura um pouco mais estreita e complicada e dali fui pulando enormes rochas até chegar num lindo mirante pelo lado leste, pouco antes do meio dia.
Mirante do Castelo |
Depois de alguns minutos só curtindo o visual e comendo algumas frutas secas, fomos na direção de outro mirante, voltado para a jusante do Rio Calixto, sendo necessário passar embaixo de uma formação geológica que lembra muito uma ponte de pedra. Nesse ficamos pouco tempo e com Sol a pino, já que passava das 13:00 hrs, era hora de ir embora.
Outro mirante |
Dia seguinte partiu Cachoeirão e Mucugê.
Sétimo dia
Para variar, o dia amanheceu nublado e depois de vários clics do pessoal que estava na pousada e das despedidas, parti rumo ao Cachoeirão às 09h30min com 2 garotas (Ione e Cris) e o guia que as acompanhava. O trecho inicial é um pouco íngreme até chegar próximo ao Mirante do Cruzeiro e dali em diante a trilha nivela, seguindo numa suave inclinação.
Trecho Cachoeirão |
Finalizado o trecho de subida, entramos agora na área dos Gerais do Rio Preto e do lado esquerdo surge uma pequena área de mata com um grande descampado no seu interior, muito usado para camping selvagem.
Mais uns 15 minutos e saímos da trilha principal seguindo numa bifurcação à esquerda que leva ao Cachoeirão. Não demora muito e passamos ao lado da Toca do Gavião, que é uma espécie de gruta formada num enorme paredão de rocha.
Toca do Gavião |
Seguindo na direção do Cachoeirão, chegamos lá em cerca de 20 minutos com vários grupos tirando fotos do mirante principal. Sua altura é de 260 metros, sendo a segunda cachoeira mais alta da Chapada Diamantina, só perdendo para a Fumaça que tem 340 metros, mas o visual impressiona, principalmente porque naquele horário o Sol brilhava em um céu azul. Veja nesse vídeo que fiz do lugar com algumas fotos: clique aqui.
Mirante |
Outro mirante |
Amanhecendo |
Oitavo dia
Conversando com Seu Agnaldo no dia anterior, falei da minha pretensão de fazer esse trecho dos Gerais do Rio Preto, saindo do Cachoeirão até Mucugê e me disse que a trilha tá razoável, com muita água ao longo do caminho e que talvez não conseguiria chegar em Mucugê no mesmo dia, me recomendando acampar na Lapa do Caboclo ou um pouco antes, dependendo do meu ritmo.
Relatos detalhados desse trecho não encontrei, só levando um track com algumas informações para ir me orientando onde eu tivesse dúvidas.
Café da manhã tomado e com mochila arrumada, fiquei alguns minutos ainda na Toca aguardando o clima melhorar, mas aquela neblina teimava em não se dispersar.
Café da manhã tomado e com mochila arrumada, fiquei alguns minutos ainda na Toca aguardando o clima melhorar, mas aquela neblina teimava em não se dispersar.
Tudo encoberto |
No retorno até a trilha principal o percurso é tranquilo e antes de chegar lá peguei um atalho, saindo um pouco mais à frente. Parecia que a chuva não iria cair mais, porém a vegetação estava totalmente molhada e só foi caminhar alguns metros que já fiquei com a bota totalmente encharcada, além de uma parte da calça.
A navegação é tranquila por trilha razoavelmente demarcada e sem bifurcações, seguindo paralelo ao Rio Preto, à direita. Quando cruzava alguns rios, as vezes não encontrava a trilha tão facilmente e nessas horas consultava o track.
Trilha |
Algumas cercas de arame também surgem ao longo do caminho e por causa da chuva, o solo estava bastante úmido e com muitas áreas de brejo. Em alguns momentos enfiei literalmente o pé na lama, encobrindo toda a bota ao passar por esses trechos.
E como disse Seu Agnaldo, são muitos riachos (devo ter contado uns 13 ou 14 até o final desse trecho) que cruzam a trilha, além de alguns terem áreas descampadas próximas em meio à vegetação, propícias para camping selvagem.
A vegetação é de campos gerais, que é uma mistura de cerrado com campos rupestres, além de muitos arbustos e mata ciliar ao longo dos riachos que cruzam a trilha.
E conforme avançava, a neblina ia se dispersando, se concentrando somente nas partes altas da chapada. Vou perdendo altitude suavemente e pouco depois das 14:00 hrs o Sol dá as caras.
Riacho |
A vegetação é de campos gerais, que é uma mistura de cerrado com campos rupestres, além de muitos arbustos e mata ciliar ao longo dos riachos que cruzam a trilha.
E conforme avançava, a neblina ia se dispersando, se concentrando somente nas partes altas da chapada. Vou perdendo altitude suavemente e pouco depois das 14:00 hrs o Sol dá as caras.
Sol na trilha |
Lapa do Caboclo |
O lugar onde muitos montam as barracas é protegido por uma saliência, bem parecido com a Toca do Gavião, porém multiplicado por 10 em tamanho. O Rio Preto está a poucos metros dali, que mais parece uma lagoa, devido a grande largura do rio e sem correnteza.
Pinturas rupestres |
Como era meu último camping, usei toda a comida que eu tinha para fazer um jantar farto, já que no dia seguinte chegaria em Mucugê. Coloquei todas as roupas molhadas para secar, inclusive a mochila e fui dormir por volta das 21:00 hrs.
Noite tranquila sem chuva e pouco depois das 08:00 hrs já estava levantando.
Nono dia
Tempo nublado novamente e sem pressa fui organizando as coisas na mochila e só fui sair dali poucos minutos antes das 10:00 hrs. O Sol de vez em quando surgia em meio as nuvens, mas só por alguns instantes. Esse trecho final é bem mais aberto e totalmente no plano.
Trilha fácil |
Com 40 minutos de caminhada chego ao Rio Paraguaçu e aqui é só cruzá-lo por cima das pedras, junto ao encontro com o Rio Preto.
Numa grande área de camping, vejo um pessoal praticando canoagem, subindo o Rio Preto e depois de uns clics sigo na direção da Rodovia, agora por uma estrada de terra. Mais 15 minutos e encontro uma picape, que provavelmente é do pessoal que estava nas canoas.
Passo por um portal de uma RPPN e as 11h20min chego na Rodovia. Daqui em diante sigo para esquerda ao lado dela até entrar na avenida principal da cidade e as 11h50min chego no centro de Mucugê.
Cruzando Rio Paraguaçu |
Passo por um portal de uma RPPN e as 11h20min chego na Rodovia. Daqui em diante sigo para esquerda ao lado dela até entrar na avenida principal da cidade e as 11h50min chego no centro de Mucugê.
Bem vindo a Mucugê |
Depois de um banho e trocar de roupa, fui conhecer a cidade histórica, com suas famosas casas coloridas, ruas de pedras e jardins floridos.
Mucugê |
Casinhas coloridas |
Durante a noite foi até difícil encontrar um bom restaurante na cidade e tive que me contentar com um escondidinho.
Sem muita coisa para ver a noite, voltei para Pousada e fui dormir cedo.
Acordei por volta das 03:00hrs madrugada e embarquei no ônibus no horário programado. O problema que o ônibus era um pinga-pinga e toda cidade ou vila ele parava, com passageiros embarcando ou desembarcando e só fomos chegar em Salvador por volta das 13:00 hrs.
Acordei por volta das 03:00hrs madrugada e embarquei no ônibus no horário programado. O problema que o ônibus era um pinga-pinga e toda cidade ou vila ele parava, com passageiros embarcando ou desembarcando e só fomos chegar em Salvador por volta das 13:00 hrs.
Pelo menos deu para aproveitar as praias e um passeio pelo centro histórico.
E só fui embarcar no avião da Azul 2 dias depois, direto para Viracopos, mas antes de chegar em Campinas caiu um toró que atrasou a aterrisagem do avião. Vejam nessa foto (clique aqui) o que ele fez por causa do mal tempo e com isso perdi o ônibus gratuito da empresa para Sampa, chegando na cidade quase a 1 da madrugada. Azul, nunca mais.
E só fui embarcar no avião da Azul 2 dias depois, direto para Viracopos, mas antes de chegar em Campinas caiu um toró que atrasou a aterrisagem do avião. Vejam nessa foto (clique aqui) o que ele fez por causa do mal tempo e com isso perdi o ônibus gratuito da empresa para Sampa, chegando na cidade quase a 1 da madrugada. Azul, nunca mais.
Algumas dicas e informações úteis
# Protetor solar obrigatório
# Repelente obrigatório
# Boné ou chapéu de abas
# Tracklogs que usei nessa travessia:
- Trecho Lençóis-Capão: esse aqui.
- Trecho Vale do Pati-Mucugê: esse aqui.
# Logística:
- Ônibus Salvador-Lençóis: Empresa Real Expresso
- Onibus Mucugê-Salvador: Empresa Cidade Sol
- Vale do Capão (centro de Caetê-Açu) até Bairro do Bomba (onde se inicia a trilha para Vale do Pati): moto-taxi de $30 a $40 Reais/pessoa (dependendo da moto e do condutor)
# Food truck excelente de pães e doces no centro de Caetê-Açu:
# Valores de hospedagem no Vale do Pati:
- Igrejinha (Casa João Calixto) sem café da manha e o jantar: $80 Reais/pessoa
- Casa do Agnaldo sem café da manhã e o jantar: $80 Reais/pessoa.
- Casa Sr Wilson - pensão completa: $230 Reais/pessoa.
# Não são todas as hospedagens no Vale do Pati que oferecem camping e alguns devido a falta de espaço:
- Na Igrejinha não me foi oferecido área para camping.
- No Sr Wilson também não é oferecido, por falta de espaço.
- Na D. Lea também não oferece espaço para montar barracas.
- Só vi mesmo barracas na casa do Seu Agnaldo, mas li num relato que área de camping não é oferecido no local.
# Todas as hospedagens no Vale do Pati possuem uma estrutura simples, tendo em sua maioria quartos compartilhados com beliches e alguns quartos de casal.
# Nos lugares que me hospedei, a energia elétrica é gerada através de painéis solares e as lâmpadas são de led e todas com tomadas que podem ser usadas para carregar os celulares.
# Para quem pretende só fazer caminhadas pelo interior do Vale do Pati e não quer levar uma cargueira, dá para ir somente com uma mochila de ataque com o mínimo de roupas, já que todas as pousadas oferecem hospedagem e alimentação completa. Claro que nesses casos, o gasto será um pouco maior. Tire como exemplo o valor da hospedagem com tudo incluso na Pousada do Sr. Wilson.
# Se não quiser gastar com hospedagem nas casas dos nativos, é possível também camping selvagem em vários pontos no interior do Vale do Pati. Além dos que citei no relato, outros também podem ser encontrados ao longos das trilhas. Só recomendável não acampar próximo das pousadas, por motivos óbvios.
# Pousada/Camping Sempre Viva, onde me hospedei em Caetê-Açu: $50 Reais/pessoa.
# Hospedagem Pousada Santo Antônio em Mucugê:
# Pontos de água confiáveis:
- Trecho Lençóis-Vale do Capão: Após o Ribeirão do Meio, outro ponto de água só no Riacho Muriçoca, a cerca de 6 hrs de caminhada. Na metade do caminho tem um riacho, mas água tem gosto de ferrugem.
- Trecho Vale do Capão-Vale do Pati: No trecho inicial na subida da serra, a trilha cruza alguns riachos. E nos Gerais do Vieira são muitos, enquanto nos Gerais do Rio Preto não tem nenhum ponto de água.
- Trecho Cachoeirão-Mucugê: inúmeros riachos cruzam a trilha (contei mais de 10)
# Para quem dispõe de pouco tempo no Vale do Pati, na minha opinião as atrações obrigatórias são: Mirante do Pati, Morro do Castelo, Cachoeirão de cima, Cachoeira dos Funis e Cachoeira do Calixto.
# Boa parte das trilhas no Vale do Pati podem ser consideradas de moderada a difícil, já que são muitas subidas/descidas e algumas muito íngremes.
# Devido às suas cores em tom escuro, evite pular nos poços da Chapada Diamantina, já que não é possível visualizar pedras, galhos e troncos nos fundos. Essa tonalidade escura é resultado da decomposição de folhas e galhos.
# Não há a cobrança de ingresso para acessar as inúmeras trilhas na Chapada Diamantina. Mesmo sendo um Parque Nacional, não existe controle de acesso. De forma voluntária existe apenas um controle de acesso à Cachoeira da Fumaça realizado pela Associação de guias do Vale do Capão.
# Informações sobre as trilhas do Parque:
# Em vários momentos que encontrei guias de agencias acompanhando visitantes pelas trilhas não tive boa recepção. Te olham como se você fosse um criminoso e quando você pergunta algo te respondem com muita má vontade ou nem te respondem. Eu presenciei isso nas trilhas e na Igrejinha.
- Deu a impressão que eles não aceitam que visitantes realizem as caminhadas sozinhos ou sem o acompanhamento de guias. Claro que não são todos que pensam assim.
- Conversando com um hospede na Pousada do Vale do Capão, relatou que ao contatar um dos guias para as trilhas, foi dito que existe uma obrigatoriedade de guias para fazer qualquer caminhada na Chapada, o que não é verdade.
- Qualquer caminhada ou travessia na Chapada Diamantina NÃO exige a presença ou a contratação de guias de agencias, porém eu recomendaria para pessoas sem experiência em trilhas ou que não sabem navegar com o uso de GPS, mesmo os de telefone celular.
- No meu caso, levei alguns arquivos de GPS e relatos de outras pessoas que fizeram o mesmo caminho.
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