O início foi em Borrifos (extremo sul da Ilha e fui terminar na Praia do Jabaquara (no extremo norte), tendo como participantes até um certo trecho a Márcia e o Jorge Soto.
Iniciando em Borrifos, seguimos para Bonete, Indaiaúba e Castelhanos, onde a trilha é relativamente tranquila e sem grandes problemas de navegação. Saindo de Castelhanos, pegamos trechos de vara mato e onde me separei do Jorge e segui sozinho até Serraria. E de lá até Poço para finalizar no Jabaquara.
Foto acima, na Praia do Poço
Fotos dessa caminhada + mapa da ilha: clique aqui
Como iria fazer essa trilha sem a ajuda de ninguém
que tivesse feito essa caminhada, resolvi pesquisar sobre esta travessia na
Internet, mas achei pouca coisa. Encontrei algumas pessoas me deram algumas dicas da Praia do Bonete e de
como chegar lá, onde ficar e o que visitar nessa praia. Da Praia do Bonete até
Castelhanos me disseram que havia uma trilha, mas isso eu iria conferir somente
lá.
Saindo de Castelhanos e seguindo até a Praia da
Serraria encontrei algumas dicas e me disseram que havia uma outra trilha. O
problema era da Praia de Serraria para frente, pois não tinha encontrado nada e
se existisse mesmo uma trilha, com certeza o mato estava tomando conta. A única
maneira era perguntando para os moradores das praias.
Como estava de férias, planejei fazer toda essa caminhada em uns 8 a 10 dias.
O relato abaixo dividi pelos dias que estava
caminhando para facilitar a leitura.
Iniciei com a Márcia e o Jorge Soto a caminhada no final de Janeiro em Borrifos e terminei sozinho na Praia do Sino 9 dias depois, onde peguei um circular até a balsa e de lá segui para a Rodoviária de São Sebastião onde embarquei de volta para SP. Abaixo, o relato de cada dia:
1º dia
1º dia
Cruzando o Canal de balsa |
Assim que
atravessamos o canal de balsa, nos dirigimos para um ponto de ônibus ao lado e
ficamos aguardando o circular Borrifos.
O lugar é o último acesso asfaltado até
o sul da ilha e chegamos lá já quase anoitecendo.
Assim que descermos do circular, iniciamos a caminhada por uma estrada de terra por quase 30 minutos até o início da trilha, em um local
conhecido como Sepituba. Passamos ao lado de um enorme estacionamento que é
muito usado por pessoas que vão até o Bonete na caminhada ou alugando um barco
próximo.
A partir daqui já começava a escurecer e nossa pretensão era acamparmos próximo da Cachoeira da Lage, ainda a 40 minutos de caminhada. A trilha está muito esburacada e com o mato em certos trechos, mas bem demarcada e de fácil visualização, tanto que caminhamos por ela até chegarmos à cachoeira durante a noite sem problemas algum de navegação.
A partir daqui já começava a escurecer e nossa pretensão era acamparmos próximo da Cachoeira da Lage, ainda a 40 minutos de caminhada. A trilha está muito esburacada e com o mato em certos trechos, mas bem demarcada e de fácil visualização, tanto que caminhamos por ela até chegarmos à cachoeira durante a noite sem problemas algum de navegação.
Cerca de 100 metros antes da Cachoeira, ao lado de uma
bifurcação para a direita encontramos uma parte plana da trilha e resolvemos
montar nossas barracas por aqui.
Eram por volta das 18h30min e depois de um jantar caímos no sono rapidamente. A noite foi
tranquila e um pouco quente.
Tobogã da cachoeira da Lage |
Era a hora
de desmontar as barracas e depois de um rápido café da manhã, continuamos a
caminhar pela trilha já por volta das 09:00 hrs.
Atravessamos o rio onde existe
a cachoeira e aqui não tem jeito: tivemos que molhar os pés.
Pequena Cachoeira da Lage |
Aqui paramos para aproveitar a Cachoeira da
Lage (além da cachoeira, existe um belo tobogã com um pequeno poço por ali).
Retornamos a caminhada por volta das 11:00 hrs, em direção ao Bonete.
Retornamos a caminhada por volta das 11:00 hrs, em direção ao Bonete.
A trilha é bem demarcada e fomos seguindo pela
antiga estrada sem maiores dificuldades e cerca de 1 hora depois chegamos no
rio da Cachoeira do Areado, que está localizada um pouco acima.
Pequeníssima praia próximo da Cachoeira do Areado |
Tirando os surfistas, que pegavam onda, a praia
estava totalmente deserta, tendo encontrado somente um cachorro se divertindo
na pequena faixa de areia. Não é uma praia que eu recomendaria, já que a
pequena faixa de areia é repletas de pedras e sem sombra.
Praia do Bonete ao fundo |
Daqui em diante a
caminhada foi um pouco hard, pois existe uma subida bem íngreme à frente. De
repente a trilha se estabiliza e aí já dava para ver a enseada onde fica a
Praia do Bonete, com sua imensa areia branca.
Ainda pegamos um pequeno trecho de descida e ao
passarmos por alguns coqueiros próximos da trilha, não resistimos.
Para
hidratação, a água de coco não tem para ninguém. Mais alguns minutos e chegamos
no Bonete pouco depois das 14:00 hrs.
Imensa Praia do Bonete |
Os dois se localizam bem próximos um do outro
(perto da Igrejinha), só que um deles chega a cobrar o dobro do valor do outro (talvez pela infraestrutura disponível) e com isso resolvemos ficar no da
Vargem. A praia é belíssima e com água transparente, mas um grande problema:
borrachudo adoidado - uma praga. Eles nos iriam acompanhar durante toda essa caminhada e em
todas as praias que passamos, eles estavam lá.
Já dentro da barraca nem arriscamos a conhecer algumas piscinas
naturais de rios que ficam próximo dali. Resolvemos fazer nosso jantar e dormimos cedo, porque no dia seguinte tínhamos uma longa caminhada de uns
20 Km até a Praia de Castelhanos, seguindo um percurso que não tínhamos a
mínima ideia de como era.
3º dia
Saindo da Praia do Bonete |
Assim que saímos
em direção à Praia das Enchovas (próxima praia) tivemos uma certa dificuldade para encontrar a trilha e com isso tivemos de voltar ao camping para perguntar sobre a trilha e os moradores nos ajudaram.
A direção para a Praia das Enchovas sai quase em frente ao
Camping da Vargem, no sentido contrário ao da praia e devendo caminhar até
passar uma ponte de madeira sobre um rio e depois virar à esquerda mantendo-se
ao lado dele até encontrar uma trilha que sobe o morro à direita. Surgem algumas bifurcações na trilha, mas é só se manter na principal, que não tem erro.
Bem demarcada, a trilha vai subindo e passa ao lado
de uma enorme plantação de coco verde, tendo todo o visual da Praia do Bonete à
direita.
Praia do Bonete |
É um lugar com muita pedra e não é totalmente deserta, mas
vale uma visita, se estiver hospedado na Praia do Bonete.
Ao longo da praia existem alguns
recifes naturais e pelo que a gente soube somente 2 famílias moram ali.
Aqui
perguntamos a um dos moradores sobre a continuação da trilha para Castelhanos e
ele nos indicou que era só atravessarmos o rio e seguir em frente por uma
trilha rente ao costão.
Praia de Indaiaúba |
Até a Praia de Indaiaúba (ou Indaiatuba para
alguns) são cerca de 1 hora de caminhada desde a Praia das Enchovas e antes
de se chegar nessa praia, a trilha se transforma literalmente em uma estrada de
paralelepípedos, já que estávamos na propriedade do Sr. Olacyr de Moraes, ex-rei
da soja no país.
A estrada é repleta de luminárias e muitas plantas ao longo dela e depois de uns 15 minutos chegamos a uma bifurcação para a
direita que vai dar em um heliporto e um belo mirante da praia.
Nas areias da Praia de Indaiaúba |
Como não sabíamos onde a trilha para Castelhanos
continuava, resolvemos passar a praia de uma ponta a outra, mas antes de chegar
na metade dela, um dos funcionários que participava da construção de mais um
dos vários chalés de frente para a praia veio nos interpelar, dizendo que o
“homem” estava ali e não era permitido passar por lá.
Era como se fossem donos da praia. Falamos que só queríamos pegar a trilha para Castelhanos e a pessoa
nos indicou a trilha correta e com isso tivemos que retornar um pouco.
A continuação da trilha é a seguinte: se estiver
vindo de Enchovas, poucos metros antes de se chegar na areia da praia há uma
bifurcação à esquerda que vai sair em um aqueduto de concreto. Vá subindo por
ele até onde fica a captação da água. Lá haverá uma pequena barragem e uma
trilha bem à esquerda, mas a trilha correta não é essa e sim a que está em frente,
pulando o pequeno riacho. Existe até uma placa indicando CASTELOS.
Seguindo a
trilha, em poucos metros se chega a um enorme bambuzal (serve como referência)
e uma bifurcação, onde seguimos para a esquerda. A direção aqui é norte e pau
na máquina porque a subida é bem íngreme com uma bela visão da praia de
Indaiaúba lá embaixo.
Terminando esse trecho de subida, a trilha entra em
mata fechada e segue assim até a Praia Vermelha com maior parte do trecho no
plano por umas 5 horas desde Indaiaúba. Água não é problema, pois cruzamos com
alguns riachos e nascentes e algumas bifurcações que devem ser de caçadores,
mas usando o bom senso de navegação, não haverá problemas, pois a trilha é
quase sempre na direção nordeste e às vezes para o norte. A altitude máxima
nessa parte da travessia está na faixa de 350 metros. O final da trilha, já
próxima da Praia Vermelha é uma descida bem íngreme, já saindo da mata fechada
e entrando em uma área de vegetação baixa, onde já se consegue ver a praia.
Antes de se chegar na areia, a trilha atravessa um
pequeno rio e uma placa indicando Castelhanos para um caminho contrário ao da
praia, dando a entender que trilheiros não são bem vindos na Praia Vermelha.
Ignoramos a placa e seguimos rumo à praia, onde chegamos pouco depois das 16:00
hrs e logo percebemos que não éramos bem vindos mesmo, pois nos indicaram
para irmos em direção à Praia da Figueira, se quiséssemos acampar por lá. O
problema é que essa praia se localiza na direção contrária a de Castelhanos.
Descobrimos posteriormente que o dono da empresa Hang-Loose (roupas esportivas)
possui uma enorme mansão na praia e estaria querendo fazer o que Olacyr de
Moraes fez na Praia de Indaiaúba.
A praia em si não é bonita, pois é de tombo e com
muito borrachudo.
Para não criarmos problemas, resolvemos não acampar na areia e sim ao lado daquela placa indicativa por onde tínhamos passado, ao lado de um poção, bem longe da praia. Já com as barracas montadas encontramos também inúmeros pés de jaca e coco verde e não pensamos 2x. O difícil foi derrubar os cocos, pois estavam em árvores bem altas, mas as jacas estavam fáceis. A água de coco e a jaca fez a gente perder quase toda a fome, mas ainda sobrou espaço para um pouco de macarrão, que fizemos dentro da barraca, porque fora dela os borrachudos estavam nos atacando.
Para não criarmos problemas, resolvemos não acampar na areia e sim ao lado daquela placa indicativa por onde tínhamos passado, ao lado de um poção, bem longe da praia. Já com as barracas montadas encontramos também inúmeros pés de jaca e coco verde e não pensamos 2x. O difícil foi derrubar os cocos, pois estavam em árvores bem altas, mas as jacas estavam fáceis. A água de coco e a jaca fez a gente perder quase toda a fome, mas ainda sobrou espaço para um pouco de macarrão, que fizemos dentro da barraca, porque fora dela os borrachudos estavam nos atacando.
Depois de um banho
tomado no poção, fomos dormir tranquilamente sem ninguém para nos incomodar.
4º dia
Nesse dia seguiríamos pelo trecho mais
tranquilo dessa caminhada; até a Praia de Castelhanos. Depois de desmontar as
barracas, tínhamos que seguir para a próxima praia: a Mansa e haviam 2 caminhos
a tomar: um deles seguindo a indicação das placas, evitando com isso a areia da
praia e o outro passando pela praia.
Praia de Barra Mansa |
Chegamos na Praia Mansa depois de uns 20 minutos de
caminhada e aqui paramos para alguns clics.
A praia é dividida por recifes, sendo que de um
lado está a areia e do outro, enormes pedras, porém a areia é muito suja e com
vários barcos.
A partir daqui, a trilha se assemelha mais a uma antiga estrada,
de tão aberta que está e até a Praia de Castelhanos foram mais uns 30 minutos
de caminhada.
Camping na Praia de Castelhanos |
O lugar é enorme,
sombreado e fica junto da praia e depois de montarmos nossas barracas, seguimos
para a Cachoeira dos Gatos, cujo acesso fica no outro extremo da praia.
Até aí já eram pouco mais de 15:00 hrs e como era
um Domingo, a praia estava repleta de picapes de agências de ecoturismo e várias motos.
Carros pequenos nem pensar, pois a estrada
que chega até aqui é muito ruim. A trilha até a Cachoeira dos Gatos é bem
demarcada e leva em média uns 20 minutos desde a praia.
Ao
cruzarmos com algumas pessoas que estavam voltando da cachoeira, elas nos
alertaram que tinham encontrado uma cobra jararaca próxima da trilha e mais
alguns metros à frente nos deparamos com ela e desviamos.
Depois de alguns
trechos pelas pedras chegamos na Cachoeira, que possui uns 70 metros de altura e
na base dela existe um poço onde dá para mergulhar.
Ficamos aqui por um certo
tempo e outras pessoas nos alertaram que próximo de algumas pedras onde
estávamos, havia uma outra cobra e lá fomos nós conferir.
Essa também era uma
jararaca e bem maior, por isso muito cuidado nessa trilha.
Na volta para o camping paramos em um dos inúmeros
bares de frente para a praia e o nosso jantar foi um PF de peixe.
Várias agencias já estavam arrumando suas coisas nas picapes para retornar ao centro de Ilhabela.
5º dia
Nesse dia, que era uma Segunda-feira, a
Márcia tinha que retornar a SP devidos a alguns compromissos. Ela deu sorte porque conseguiu uma carona até a balsa e lá fomos eu e o Jorge em direção à
Praia da Serraria.
A trilha até lá se inicia um pouco depois da entrada da
Cachoeira dos Gatos, ao lado de um pequeno bar.
Passamos por um portão de
ferro, subimos uma pequena ladeira e nas casas perguntamos sobre a trilha. As
dicas foram um pouco confusas e aí não teve jeito.
Se perdemos nas várias trilhas que existem por ali. Depois de cruzar um pequeno rio, seguimos por uma trilha que nos levou até a Praia dos Gatos, onde haviam algumas pessoas tomando Sol, mas logo
tivemos que retornar, porque saindo da praia não existia trilha nenhuma.
Resolvemos sair da praia e subir por uma pequena escada de madeira até uma casa
isolada e de frente para praia, mas não encontramos ninguém na residência, por isso saímos da propriedade, seguindo na direção da Praia de Castelhanos até
encontrarmos outro vestígio de trilha que iria contornar a propriedade pelos fundos dela.
Novamente a dúvida e o que fazer. Eu era a favor que continuássemos por esse vestígio de trilha e o Jorge não, então daqui para frente fui obrigado a seguir na trilha sozinho e o Jorge retornou para tentar achar uma outra trilha, que eu não concordava, já que estávamos perdendo tempo precioso. Até aí já eram quase 11:00 hrs e poderíamos ter problema para chegar na próxima praia.
Novamente a dúvida e o que fazer. Eu era a favor que continuássemos por esse vestígio de trilha e o Jorge não, então daqui para frente fui obrigado a seguir na trilha sozinho e o Jorge retornou para tentar achar uma outra trilha, que eu não concordava, já que estávamos perdendo tempo precioso. Até aí já eram quase 11:00 hrs e poderíamos ter problema para chegar na próxima praia.
A trilha que eu segui é a seguinte; vindo de Castelhanos e assim que passar as
casas e iniciar a trilha, haverá a primeira bifurcação com a placa indicativa
de “Praia” (Praia dos Gatos) para o lado direito. Não vá para esse lado. Siga
para a esquerda e assim que chegar no rio haverá uma placa de Propriedade
Particular de um senhor de sobrenome alemão (foi a única coisa que me lembro)
do outro lado do rio.
Atravessando o rio é só seguir na trilha que vai
subindo e se afastando dele. Logo cruzará com outra trilha,
que vem da residência do alemão. A trilha é um pouco fechada, mas não se
preocupe, pois logo ela chegará ao limite da propriedade e daí por diante não
tem mais como errar. O limite da propriedade possui uma área de desmatamento
bem grande e com estacas amarelas. A partir desse ponto eu estava contornando a
propriedade pela esquerda. Depois de uns 15 minutos de caminhada a trilha
começa a seguir em direção ao costão.
Outra opção é passar por dentro da propriedade e ao
lado da casa (aí eu não saberia dizer se deixariam passar), mas se você estiver
vindo pela trilha que contorna a propriedade, procure ficar atento porque antes
de chegar no costão, haverá uma bifurcação para a esquerda, na direção que
eu pretendia caminhar. Ela se inicia ao lado de uma árvore bem grande com uma
extensa raiz aflorando ao solo, uns 3 minutos depois de um pequeno riachinho e
uns 5 minutos antes de chegar no costão. Entrando nessa trilha, à esquerda,
ela sempre segue rente ao costão, às vezes se afastando dele. De vez em quando
a trilha toma a direção contrária ao do costão, mas não se preocupe, ela volta.
Praia de Castelhanos ao fundo |
Depois de umas 2 horas de caminhada a trilha vai cruzar 2 rios, muito
próximos um do outro.
Pegue água aqui porque nas próximas 2 ou 3 horas não
haverá mais.
Logo depois de atravessar os 2 rios, haverá uma
subida bem íngreme por uma vegetação bem baixa, sendo que desse ponto já dá
para ver as Praias do Castelhanos e a dos Gatos, logo atrás.
Trilha fechada |
Nem fui para a Praia do Eustáquio e segui na trilha
da esquerda para a Praia das Guanxumas, onde encontrei umas 3 ou 4 famílias de
caiçaras.
Cheguei aqui por volta das 16:00 hrs, totalizando pouco mais de 5
horas desde Castelhanos entre achados e perdidos na trilha.
Praia das Guanxumas |
Depois de alguns clics da praia e quase ser atacado por um pulguento raivoso, retornei para a trilha em direção à Praia da Caveira.
A trilha foi fácil de encontrar e depois de uns 10 minutos
encontrei uma cobra caninana de quase 1,5 metro parada no meio da trilha (ela é negra e com várias manchas em amarelo bem vivo). Na hora pensei que fosse
alguma cobra peçonhenta e morri de medo, mas fui saber que era a caninana e que
não era peçonhenta quando cheguei na Praia da Serraria, já no dia seguinte.
Isso me fez redobrar a atenção daqui para frente, já que era a terceira cobra
encontrada.
Praia da Caveira |
Removi boa parte do lixo e com o calor, os
borrachudos não se aproximaram da barraca, que estavam por lá aos milhares.
A
praia é bem tranquila e existem inúmeras pedras submersas próximas à areia,
sendo uma ótima opção de mergulho, mas que eu não aproveitei muito, já que os
borrachudos não deixavam. Próximo da areia da praia encontrei vestígios de uma
antiga casa, onde não sobrou nada.
6º dia
Praia da Serraria |
Na Praia da Serraria existem inúmeras famílias e
encontrei até uma pequena escola.
A praia é um pouco extensa e com vários
barcos de pescadores junto da areia. Assim que cheguei na praia, alguns deles
vieram falar comigo para saber de onde estava vindo e para onde iria (com
certeza queriam oferecer o serviço de barco até a próxima praia) e conversando
com eles, me disseram que não existia trilha para a próxima praia, a do Poço.
Chegando na Praia do Poço |
Fui falar com o Buaiz e ele me indicou o irmão do
Alex (outro pescador) que me levaria por $30 (valor da época) e
não pensei 2x e fui com ele.
O barco era uma pequena canoa com um motor.
Chegamos na Praia do Poço depois de uns 40 minutos, já por volta das 10:00 hrs
da manhã.
Aqui existe um enorme poção (daí o nome da
praia) e um só morador (Sr. Virgílio) que mora sozinho a algumas décadas nessa
praia e só tem a companhia de alguns cachorros.
Camping ao lado do Poção |
Montei a barraca ao lado do poção, quase debaixo de
uma enorme rocha, tomando o cuidado com a maré. A areia da praia é bem grossa,
mas é um bom lugar para tomar Sol, fora que existe o poção do lado da praia.
De todas as praias por onde tinha passado essa era a melhor, sem dúvida nenhuma.
Depois de curtir a pequena praia e tomar banho no poção tive a visita de um pequeno barco com turistas que não ficaram muito tempo. Assim que o Sol se pôs, fui para dentro da barraca fazer o meu jantar porque do lado de fora os borrachudos não deixavam e logo peguei no sono.
De todas as praias por onde tinha passado essa era a melhor, sem dúvida nenhuma.
Depois de curtir a pequena praia e tomar banho no poção tive a visita de um pequeno barco com turistas que não ficaram muito tempo. Assim que o Sol se pôs, fui para dentro da barraca fazer o meu jantar porque do lado de fora os borrachudos não deixavam e logo peguei no sono.
7º dia
Na manhã, saí por volta das 09:00 hrs
com o Sr. Virgílio me levando até o início da trilha e me dizendo que eu chegaria
na Praia do Jabaquara umas 6 horas depois (na verdade cheguei depois de 8 horas em um total de cerca de 6 Km de caminhada hard, varando mato em bambuzal em quase toda a extensão).
A trilha em direção à Praia do Jabaquara é por uma antiga estrada que era
usada a cerca de 30 a 40 anos atrás, segundo me disse Sr. Virgílio. Ela se
inicia nos fundos da propriedade e segue para esquerda contornando um morro e
não pela direita, como deveria ser, seguindo o costão.
Seu início é pela vegetação de samambaias, dando
para ver ainda vestígios da antiga estrada, por isso não tem como se perder
nela. Há várias voçorocas no meio da antiga estrada e em uma delas encontrei
água e me abasteci com pouco mais de 1 litro, pois até a Praia do Jabaquara não
encontrei outro ponto de água. Tome muito cuidado com as enormes voçorocas, porque em uma
delas eu me perdi e só fui encontrar o outro lado da estrada depois de mais de
1 hora.
Na verdade o que atrapalha mesmo é o bambuzal e o
mato que, em certos trechos tomou conta da trilha totalmente, me obrigando a
rastejar em vários pontos e me arranhando todo. Para quem quiser fazer essa
trilha, um bom facão “a la Jason” seria muito bem vindo. Seguindo para esquerda e com pouca elevação
de altitude, a trilha vai contornando um morro pela sua esquerda cruzando com
uma ou outra voçoroca.
Depois de quase 3 horas de caminhada, em uma parte
descampada, a trilha vira totalmente para a direita, sentido norte em um ângulo
de mais de 90° (aqui pude perceber que existia uma antiga estrada que provavelmente
chegava na Praia da Serraria). Agora seguindo para o norte, é mais subida e
mais bambuzal no meio da trilha, onde tive que me agachar e se arrastar por debaixo dos bambus que possuem grandes espinhos. Impossível não se arranhar nesse trecho, mas o perigo maior são as cobras que podem estar enroladas em algum bambu, por isso a atenção tem de ser redobrada nesse trecho.
A altitude vai se elevando e chega a pouco mais de 400 metros, onde chego com quase 5 horas de caminhada e depois dessa altitude já não existe tanto bambuzal e aí começa a decair, estando a trilha bem mais demarcada. Em vários momentos a partir daqui surgem trechos da antiga estrada pelas encostas laterais, que é a SP-131.
A altitude vai se elevando e chega a pouco mais de 400 metros, onde chego com quase 5 horas de caminhada e depois dessa altitude já não existe tanto bambuzal e aí começa a decair, estando a trilha bem mais demarcada. Em vários momentos a partir daqui surgem trechos da antiga estrada pelas encostas laterais, que é a SP-131.
Praia da Fome vista da trilha |
Seguindo
em direção à Praia do Jabaquara e até o final da trilha ainda foram uns 40
minutos de caminhada, sempre descendo e sem água. A trilha termina em uma
estrada de terra, pouco antes de se chegar na Praia do Jabaquara, já por volta
das 17:00 hrs.
Nesse ponto já se conseguia sinal de celular e água
consegui em uma casa ao lado. Como já era muito tarde e eu estava bastante
cansado, resolvi montar a barraca próximo da casa. O dia seguinte ainda me
reservava uma longa caminhada pela estrada de terra até o asfalto.
8º e 9º dia
Na manhã do dia seguinte acordei cedo e desmontada a barraca,
fui seguindo por um pequeno trecho da antiga estrada até chegar no acesso à
Praia do Jabaquara à direita. Nem segui para praia, pois já conhecia ela de uma outra oportunidade. Daqui em diante foram mais de 3 horas entre sobe
morro/desce morro e vários riachos cruzando a estrada de terra.
Praia do Sino |
Encontrei o lugar vazio, mas os borrachudos também estavam presentes, por isso fui dormir cedo nesse dia.
Na manhã do meu último dia, saí do camping e peguei o
circular para a balsa, embarcando em um ônibus direto para SP pouco antes das
12:00 hrs.
Dicas e algumas informações úteis (Atualizado Julho/2020)
# Era a minha primeira vez que eu fazia a volta de uma ilha somente na caminhada e 4 anos depois fui para uma outra ilha fazer novamente esse tipo de travessia.
Dessa vez fui fazer a Volta de Ilha Grande, no RJ. Relato com fotos:
http://trilhasetrips.blogspot.com.br/2013/04/relato-volta-completa-de-ilha-granderj.html
# Para a volta de Ilhabela leve bastante repelente, pois os borrachudos não perdoam. Outra opção é a citronela, que é encontrada nas Praias do Bonete e Castelhanos e algumas outras. É um ótimo repelente natural com um cheiro muito forte, mas é eficiente e relativamente barato.
Dessa vez fui fazer a Volta de Ilha Grande, no RJ. Relato com fotos:
http://trilhasetrips.blogspot.com.br/2013/04/relato-volta-completa-de-ilha-granderj.html
# Para a volta de Ilhabela leve bastante repelente, pois os borrachudos não perdoam. Outra opção é a citronela, que é encontrada nas Praias do Bonete e Castelhanos e algumas outras. É um ótimo repelente natural com um cheiro muito forte, mas é eficiente e relativamente barato.
# Entre Borrifos e a Praia do Bonete leva-se em
média 4 horas sem as paradas.
# Se vier de carro até Borrifos, existem vários
estacionamentos junto ao ponto final do circular, onde marca o fim da estrada
asfaltada.
# Em Borrifos existe a opção de ir de barco até
Praia do Bonete.
# Uma máscara e um snorkel serão de grande
utilidade em várias praias. É quase uma obrigatoriedade levá-los.
# No trecho Praia de Indaiaúba-Praia Vermelha foram
colocadas fitas amarradas nas árvores pelo pessoal do Parque. Existem também
inúmeras marcas de facões, então a trilha está relativamente fácil.
# Junto da Praia de Indaiaúba existem placas
indicativas para onde segue a trilha em direção a Praia de Castelhanos.
# Para quem usa GPS, no site wikiloc é possível
fazer o download de vários tracklogs do trecho Bonete-Castelhanos.
# Procure caminhar com calça comprida em boa parte
da travessia, não só pelos borrachudos, mas pelas cobras, pelo bambuzal e
espinhos em vários trechos dessa caminhada.
# Pelo que me disseram e pelo o que a gente viu, as
cobras geralmente são encontradas onde a trilha está bem demarcada, por isso
fique atento.
# Muito cuidado com os cachorros nas Praias das
Enchovas, Guanxumas, Serraria e do Poço. Eles podem morder.
# Saindo da Praia Vermelha existe uma trilha que
acessa a Praia da Figueira e de lá até o Saco do Sombrio, que é o ponto mais
extremo à leste. Perguntando aos moradores da Praia Vermelha eles indicam a
trilha.
# Água não é problema. Em quase toda a travessia há
vários riachos e nascentes. Somente no trecho Praia do Poço-Praia do Jabaquara
não existe água, e como são cerca de 8 horas de caminhada, leve água da Praia
do Poço (água até tem, mas somente pouco depois do início da trilha).
# Se quer terminar essa travessia em Castelhanos
e voltar de lá para a balsa, têm várias opções:
- ir na caminhada pela estrada, mas é um trecho de
quase 30 Km.
- pegar um barco na praia.
- ou voltar de jeep 4x4 das agencias.
#
Horários dos ônibus que circulam em Ilhabela: Empresa Fênix: www.camarailhabela.sp.gov.br/docs/horario_onibus.pdf
#
Camping na Praia do Sino onde fiquei no último dia:
# Recentemente pessoas tentaram fazer o trecho
Praia do Jabaquara-Praia do Poço e tiveram que retornar, porque o mato fechou
totalmente a trilha.
# Conheço alguns trilheiros que tentaram refazer
essa mesma travessia, mas tiveram que retornar logo depois da Praia de
Castelhanos. O trecho está muito fechado pelo mato também.
# Recebi e-mails de pessoas que pegaram esse trecho Castelhanos-Guanxumas e relatam que o mato tomou conta dessa parte da travessia e somente com um facão para seguir nesse trecho.
# Esteja preparado para pagar um preço alto para ir de barco da Praia da Serraria até a Praia do Poço, pois não existe trilha nesse trecho.
# Recebi e-mails de pessoas que pegaram esse trecho Castelhanos-Guanxumas e relatam que o mato tomou conta dessa parte da travessia e somente com um facão para seguir nesse trecho.
# Esteja preparado para pagar um preço alto para ir de barco da Praia da Serraria até a Praia do Poço, pois não existe trilha nesse trecho.
# Saindo da Praia do Jabaquara existe uma trilha
demarcada que segue próximo ao costão até a Praia da Fome.
# O roteiro completo dessa travessia passa pelas
seguintes praias:
Praia do Bonete, Praia das Enchovas, Praia de
Indaiaúba, Praia Vermelha, Praia Mansa, Praia de Castelhanos, Praia das
Guanxumas, Praia da Caveira, Praia da Serraria e Praia do Poço. Outras praias
são acessíveis saindo em alguma bifurcação da trilha; são elas: uma pequena
praia deserta ao lado da Cachoeira do Areado, Praia dos Gatos, Praia do
Eustáquio, Praia da Fome, Praia do Jabaquara e Praia de Pacuíba.
Augusto,
ResponderExcluirNo último fds de carnaval (15/02/2015) refizemos com sucesso o mesmo percurso que você fez em 2004.
O único trecho em que ficamos batendo cabeça foi entre castelhanos e guanxumas onde foi necessário abrir parte do caminho com facão a 500m de chegar em guanxumas. Neste ponto a trilha antiga quase não existe mais e utilizamos uma variante nova cruzando pelo cume e chegando pelo rio que deságua nesta praia. Fizemos varias marcações caso alguém tente novamente.
Os trechos entre Serraria, Praia do Poço, da Fome e Jabaquara fizemos de barco.
Pra quem gosta de perrengue, é uma ótima opção de trilha!
Blz Guilherme.
ExcluirMeus parabéns pelo sucesso.
Já tive retorno de algumas que tentaram refazer toda a volta, mas não passaram do trecho Castelhanos-Ganxumas. Dizem que o mato está muito alto por ali, como vcs puderam comprovar.
Então o trecho até aqueles 2 rios está tranquilo, poucos depois daquelas enormes pedras pela trilha?
E na Praia do Poço é ainda o Sr. Virgilio o único morador?
Não quiseram seguir dali pela antiga estrada até o Jabaquara?
Ficou sabendo de alguém que tenha passado por esse trecho recentemente?
Já respondi a inúmeros e-mails de pessoas que tentam acessar a Praia do Poço por essa estrada, mas muitos retornam por encontrar a trilha bem fechada, ao chegar no trecho de mata fechada.
Tomara que outras pessoas refaçam o trecho por onde vcs passaram. As marcações são muito úteis.
Abcs
Exatamente. O trecho após atravessar aqueles dois rios é o mais fechado. Ainda bem que levamos um facão.
ExcluirNão fizemos (via trilha) o trecho entra as praias do poço, fome e Jabaquara.
Provavelmente vamos retornar lá no futuro para fazer este trecho, mas desta vez partindo de Jabaquara.
Abrax
Pode ter certeza o trecho Jabaquara-Poço será bem pior. E será dificil fazê-lo em 1 só dia.
ResponderExcluirNa época eu tive que me arrastar por debaixo de muito bambuzal.
Saí todo arranhado de lá.
A trilha na verdade é seguindo a antiga estrada. Não tem como errar. O problema é vencer esses trechos de bambuzal.
A alguns anos atras houve um projeto da Prefeitura de abrir essa estrada até o Poço, mas não foi para frente. Uma pena.
No mais, desejo-lhe muita sorte.
estou a tempos planejando essa travessia....no começo desse mês fiz meia volta na ilha, de balsa a balsa mas voltando pela estrada de castelhanos...
ResponderExcluirQuero agora tentar(e conseguir) fazer a travessia completa, porém, quero chegar de qualquer forma a ponta do boi ao invés de ir de indaiauba para castelhanos.
Se a agenda cooperar faço isso em dezembro ainda...dia 07/11 estou indo para a ilha ver mais algumas coisas sobre essa trilha :D
Em reportagens com o pessoal da Marinha que mora no farol da Ponta do Boi todos são unânimes em dizer.
ResponderExcluirLá só se chega através de barco ou helicóptero.
Cogitou certa vez abrir uma trilha desde o Saco do Sombrio, mas não sei se foi para frente.
O que eu sei é que existe uma trilha saindo da Praia Vermelha até o Saco do Sombrio. Foi o que passaram para a gente quando chegamos nessa praia, vindo de Indaiaúba.
Agora uma trilha de Indaiaúba até Ponta do Boi é só vara mato.
E não recomendaria, já que as chances de encontrar com jararacas são muito grandes.
Qdo finalizei essa travessia, saindo do Poço até Jabaquara eu sofri muito.
A trilha era uma antiga estrada tomado pelo mato e por bambuzal enorme. Saí de lá todo arranhado.
Então abrir uma trilha no vara mato é pior ainda.
Eu se fosse vc seguiria o mesmo percurso até a Praia Vermelha e de lá seguiria na direção do Saco do Sombrio e talvez de lá tentar a Ponta do Boi.
Boa sorte e quando voltar de lá dá uma atualizada aqui.
Abcs
nossa... muito bom o relato (como sempre).
ResponderExcluirVim aqui ler o relato porque irei pra ilhabela nesse feriado e pretendo fazer bonete-castelhanos e depois voltar pro lado do continente pela estrada que cruza a ilha.
Você sabe me dizer se ainda é permitido o camping selvagem em ilhabela?
Ola Lucas, blz?
ResponderExcluirVc seguira por uma trilha que atualmente esta bem demarcada, que é a Bonete-Castelhanos.
Relatos recentes de quem passou por lá dizem que a trilha ta tranquila.
Quanto ao camping selvagem, se vc não for acampar na Praia do Bonete ou Castelhanos, creio que não terá problemas.
Essas 2 praias possuem camping estruturado.
Já nas outras, é só procurar um lugar tranquilo e que não atrapalhe ninguém.
Boa sorte e valeu pelo elogio.
Abcs
Boa noite Augusto, Tudo bem?
ResponderExcluirDia 17 De maio, estarei indo fazer a travessia de borrifos até castelhanos com alguns amigos pela segunda vez. Devido alguns compromissos, todos retornaram para São Paulo, entrtetanto eu pretendo continuar e fazer esses caminho que você fez!
Minha pergunta, você tem o tracklog ou consigo me guiar apenas pelos relatos?
Desde já agradeço!
Atenciosamente,
Claudio
Oi Claudio, tudo bom?
ResponderExcluirDe Borrifos até Bonete é super tranquilo, já que a caminhada é por antiga estrada de terra.
Quando eu fiz essa travessia de toda ilha eu só levei algumas cartas topograficas e bussola.
Na epoca os celulares não eram smartphones.
E eu não usava GPS.
Mas pode ficar sossegado também.
Depois que entra na trilha a partir de Indaiauba, não se perde mais, pois esse trecho não tem bifurcação.
É só ficar atento ao inicio da trilha a partir dessa praia. O relato pode te ajudar.
Dê uma olhada no wikiloc que vc encontrara vários tracklogs desse trecho até Castelhanos.
https://pt.wikiloc.com/wikiloc/map.do?lt=-23.9257&ln=-45.3375&z=12&k=1&act=2,1,29,14,47,43,8,38,45,19,41,61
Copie esse link e cole no navegador.
Qualquer outra duvida, só perguntar aqui.
Abcs
Bom dia Augusto, muito obrigado!
ExcluirEsse trecho até castelhanos eu conheço, minha dúvida fica depois de castelhanos, pois nos relatos você diz.que é bem difícil e que se perdeu bastante!
Obrigado.
Claudio.
Oi Claudio, bom dia
ExcluirDesculpa aí.
Agora que eu entendi sua pergunta.
Vc continuará sozinho depois de Castelhanos.
Bom...vamos lá.
Saindo de Castelhanos, é só seguir próximo do costão para chegar na Praia dos Gatos. Não é dificil, pois tem algumas residencias ao longo do caminho.
Tem um rio para cruzar, mas é tranquilo.
Chegando na Praia, que é bem pequena, existe uma residencia no local.
A trilha que segue na direção da Praia Serraria, contorna o limite dessa propriedade, como se fosse um muro da casa.
Depois que achar essa trilha ela continua seguindo próxima do costão, sentido Praia das Guanxumas.
E aí a trilha continuava de uma praia a outra até chegar na Serraria.
Mas lembrando que a trilha já era complicada e com vegetação fechando em alguns trechos.
Até a Praia das Guanxumas, em alguns trechos eu tive que varar mato e seguir observando a bussola e sempre com o costão não muito longe.
Foi difícil, mas se vc tiver disposição e tempo, consegue chegar lá sim.
Já a partir da Serraria não tem jeito. Só de barco até a Praia do Poço.
E do Poço até o Jabaquara outro vara mato, mas como era por antiga estrada, não tem como se perder.
Só tive problema no inicio, onde a vegetação estava muita alta e não conseguia visualizar a antiga estrada.
Qqer outra duvida, só perguntar.
Abcs
Boa noite Augusto, muito obrigado, essas ficar são muito valiosas!
ExcluirNo retorno conto como foi!
Abraço.
E aí Claudio, blz.
ExcluirTomara mesmo que consiga concluir essa caminhada.
Desejo muita sorte a vc.
Sei que algumas pessoas tentaram refazer essa travessia, mas desistiram antes mesmo de chegar na Praia das Ganxumas.
Por isso se chegar até essa praia, já passou por um dos piores trechos.
Abcs
Bom dia Augusto ..já fizemos esse caminho de castelhanos a serraria e esse ano que vem , em fevereiro , iremos fazer novamente até serraria , e de lá , iremos cruzar até o poço pelo mato .....forte abraço
ResponderExcluirFenomenal.
ExcluirMeus parabéns.
Quando fiz esse trecho Castelhanos-Serraria quase me perdi devido a vegetação alta.
E sei de pessoas que tentaram refazer e não conseguiram.
Com certeza a tendencia era piorar mais ainda.
O que me marcou muito nesse trecho foi a enorme Caninana e o Teiú.
E vcs, tiveram dificuldades? Postaram as fotos ou um relato na rede?
Quanto a seguir da Serraria até o Poço, na época o pessoal não me recomendou fazer esse trecho pelo mato.
O falecido Sr Virgilio (na época o único morador da Praia do Poço) me disse que uma vez o grupo fez esse trecho, mas seguindo pelo costão. E conseguiram.
No trecho Poço-Jabaquara tive me arrastar muito pelo bambuzal e mata fechada. Se ali era uma antiga estrada, imaginem então Serraria-Poço.
Levem vários facões.
E se puder, retornem aqui para dar uma atualizada.
E mais uma vez parabéns pela empreitada e coragem.
Boa sorte.
E muito cuidado com as Jararacas.
Abcs
Fala galera.....
ResponderExcluirFiz metade do percurso do Augusto, fui ate a praia de castelhanos e retornei de Jeep
Mas, para titulo de atualizaçao, o trecho Sepituba x Bonete, tranquilo
Bonete ate a praia Indaiauba, também de boa
Agora, o trecho seguinte, que inicia em indaiauba ate a praia vermelha, a coisa complica um pouco...
Longa subida...desgaste físico bem grande.
Além disso, há muitas árvores caídas na trilha, nos obrigando a fazer um desvio....ficar atento para retornar à trilha e seguir com tranquilidade.
No mais, gratidão ao vc, Augusto, por seus relatos muito ricos, que nos auxilia e muito!!!
E só para confirmar, esse trecho da ilha é lindo!!!
Vale a pena o esforço...
Diária estacionamento do Geraldinho $20
Diária Camping da Vagem $40 (Bonete)
Diária Camping do Léo $25 (Castelhanos)
Meu nome é Mauro sou de São bernardo - SP
ResponderExcluirComentário acima ...
Oi Mauro, blz?
ResponderExcluirMesmo não chegando na Serraria, vc já fez um percurso que é bem difícil, até Castelhanos.
Maioria vai até o Bonete e volta.
E lá em Indaiauba, não foi incomodado pelos "donos" do lugar?
Na época só disseram educadamente para gente que não éramos bem vindos nessa praia.
Só passou pela Praia Vermelha e seguiu direto para Castelhanos? Lá também era uma "praia particular".
Uma pena.
Esse trecho tem alguns tracklogs. E parece também que é roteiro de algumas agencias de ecoturismo.
Todas essas praias são lindas, mas os borrachudos do Bonete são de matar qualquer um. Sofremos muito.
Só com um bom repelente lá.
E os preços não estão tão altos assim.
Depois teve que voltar lá em Sepituba para pegar o carro? Cansativo hein.
Encontrou alguma peçonhenta pelo caminho?
E não precisa agradecer. O relato tem essa intenção de que outras pessoas possam repetir essa caminhada.
Que é difícil, mas não impossível.
Da Ilha tenho ótimas recordações do São Sebastião, do Baepi e dessa caminhada que vc fez.
Rodamonte me deixou na mão, mas já abusei demais da sorte.
Abcs
Em indaiauba encontramos vários funcionários do tal "rei da soja"...
ResponderExcluirMas, não nos incomodaram, deu ate pra fazer um mergulho com snorkel, a praia é perfeita pra isso
Passei pela praia vermelha somente para conhecer, mas, ninguém nos incomodou também
Repelente não pode faltar e tem que ser o da ilha mesmo...off não funciona hehehe
Voltei de Jeep até a balsa ($60 por pessoa ) e peguei o ónibus ate sepituba para buscar o carro
Encontramos cobras sim...uma caninana e outra falsa coral.
Mas todos os moradores no previniram sobre as cobras, tem muitas no percurso
Minha esposa quase pisou na caninana, ela estava descansando no meio da trilha.....hehehe
Então a Praia de Indaiauba continua "particular".
ExcluirCreio também que aquela estrada toda concretada com postes de luzes e plantas com nomes científicos ainda está lá?
A praia é bonita, mas não tem uma área de sombra. Só para mergulho.
A não ser que vc fique quase no quintal daquela mansão. kkkkkkk.
Bonete e Vermelha foram as praias que encontramos mais borrachudos. Não dava para ficar nelas de jeito nenhum.
Só tínhamos levado esses repelentes comuns, que não adiantou em nada.
O ideal é o Exposis, mas é caro para caramba.
Já usei um da ilha, quando passei na cachoeira da Toca. É uma mistura de óleos com citronela. Fica todo lambuzado.
Só 2 cobras e não eram peçonhentas? Deram sorte. kkkk
Cobras é normal encontrar na Ilha, muito mais do que na Serra do Mar.
Só peguei 2 Jararacas, 1 enorme caninana e 1 teiú.
E perto da Praia Vermelha a gente quase cruzou com outra cobra, já que a marca do rastro dela estava bem nítido no meio da trilha.
Existe uma trilha que sai do Jabaquara e vai até a Praia da Fome. Quem sabe dali até tenham aberto alguma outra até o Poço, já que a distancia é de cerca de 1 Km.
Não pensa em retornar lá?