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25 de julho de 2010

Relato: Travessia da Serra Negra – Vila de Maromba x parte alta do Parque Nacional do Itatiaia

Por muitos anos qualquer travessia no PNI (Parque Nacional do Itatiaia) era proibida; muita gente fazia, mas sempre na surdina.
Para muitos, a travessia da Serra Negra era a única opção, já que não passava pelo interior do Parque Nacional e contornava ele pelo norte. Eu também fiz essa travessia em 2003 quando estava fazendo a Transmantiqueira - relato aqui e alguns anos depois dessa mega caminhada, o PNI reabriu a travessia Rui Braga, que liga a parte alta à parte baixa e oficializou a Serra Negra. E com isso, reles mortais como nós, pudemos realizar travessias dentro do Parque com autorização.
Marquei então com um colega de trilhas (Sandro) para fazermos as 2 travessias juntas e aproveitando para subir também ao topo da Pedra Selada, em Visconde de Mauá. Juntos nessa trip iriam também a Márcia e a Sophia (nossa filha).
E com quase 1 mês de antecedência solicitei ao PNI a autorização para fazer a Rui Braga.

Foto acima, trecho inicial da travessia antes de chegar na crista


Fotos da Pedra Selada: Clique aqui
Fotos da travessia Serra Negra: Clique aqui
Tracklog para GPS travessia Serra Negra: Clique aqui

Pedra Selada ao fundo
Minha intenção era iniciar a caminhada com o Sandro na Vila de Maromba em direção ao PNI pela travessia da Serra Negra e depois emendar com a Rui Braga. Já a Márcia e a Sophia iam ficar hospedadas em Maromba por 4 dias, para depois nos pegar no final da travessia da Rui Braga, já na parte baixa do PNI.
No livro Caminhos da Aventura, do Sérgio Beck ele descreve a travessia da Serra Negra como a trilha Mauá-Itamonte, mas por eu ter feito essa trilha em 2003, nem me preocupei em levar anotações dele.
Chegando na Pedra Selada
Por volta das 07:00 hrs saímos de SP e com algumas paradas pela estrada, chegamos em Visconde de Mauá pouco antes das 13:00 hrs e logo fomos procurar um lugar para comer.
Saciados da fome, seguimos por uns 12 Km por uma estrada de terra, sentido leste em direção à base da Pedra Selada, margeando o Rio Preto.
Pedra Selado logo ali
Pouco depois das 14:00 hrs cruzamos o pequeno bairro de Campo Alegre e de lá já era possível avistar a Pedra Selada em todo o seu esplendor à frente, chegando antes das 14h30min na bifurcação que leva à sede da Fazenda. 
Aqui não tem como errar, pois existe até uma placa indicativa da Pedra Selada. 
Base da Pedra Selada
Já na sede é cobrado uma taxa para se fazer a trilha e estacionar o carro.
As 14h40min eu e o Sandro iniciamos a subida e por razões óbvias a Márcia e a Sophia ficaram na sede, já que o desnível é de mais de 700 metros e o total da trilha chega a uns 2,5 Km.
Subida íngreme
Ao longo da subida a trilha segue um trecho de descampado para depois entrar na mata fechada e ao longo dela vamos encontrando algumas placas de cachoeiras e altitudes. Cruzamos com um riacho e passamos próximo dele várias vezes, sendo possível descansar em alguns bancos estrategicamente colocados em alguns mirantes.
Subindo pela trilha
A trilha é bem demarcada e segue pelo lado direito da Pedra até atingir a crista e de lá o ataque até o topo por uma subida muito íngreme.
Poucos metros antes do cume encontramos vestígios de acampamento na trilha, mas que não eram muito confortáveis e as 16:00 hrs alcançamos nosso objetivo. 
Outro topo
A altitude aqui é de 1755 metros e o visual é de 360º. 
A Pedra tem mesmo o formato de uma sela de cavalo por isso o nome que recebe.
Estávamos de um dos lados do cume e pudemos perceber que no outro lado o acesso ao topo só é feito com equipamento de escalada.
Topo
Existe aqui um livro de assinaturas onde deixamos as nossas também e as 16h40min iniciamos a descida. 
Ainda passamos por um abrigo semi-abandonado próximo da trilha, que vimos do topo.
Fim de tarde
Ao chegarmos na sede ficamos um pouco mais de tempo, pois naquele momento estava acontecendo o jogo da final da Copa do Mundo e somente quando já estava escuro, seguimos para a Pousada na Vila de Maromba.
A estrada até lá alternava entre cascalho e asfalto (atualmente o trecho de Visconde de Mauá até Maringá está asfaltado e dali até Maromba são trechos de  asfalto, cascalho e terra) e depois de passarmos as Vilas de Visconde de Mauá e de Maringá chegamos na Praça da Igreja em Maromba, por volta das 20:00 hrs.
Vila de Maromba
Ficamos em pousadas diferentes, mas em frente à Igreja Matriz de Maromba.
Depois de deixar as coisas nas pousadas fomos procurar algum restaurante que ainda estivesse aberto naquele Domingo. 
Pelo horário (por volta das 21:00 hrs) só fomos encontrar um restaurante funcionando próximo da Igreja e junto ao Rio Preto. 
A comida era boa e farta, mas o rio que passava nos fundos do restaurante, exalava um cheiro de esgoto que incomodava quando chegávamos perto.
Não era um Rio Tietê, mas parece que estão querendo chegar lá; uma pena.
Depois do jantar, marcamos de se encontrar no dia seguinte por volta das 08h30min em frente à Praça para seguirmos em direção ao início da trilha.
Início da caminhada
A Segunda-feira amanheceu perfeita, com muito Sol e depois de um café da manhã bem reforçado a Márcia nos levou de carro até o início da trilha, pouco antes de chegar na Cachoeira do Escorrega.
Trilha fácil
O lugar onde iniciamos a caminhada fica junto a uma bifurcação depois de alguns metros que se atravessa 2 pontes de madeira seguidas sobre o Rio Preto à direita. 
Seguindo em frente a estrada vai terminar próximo da Pousada Tiatiaim, mas a nossa direção é seguir na bifurcação da direita.
A altitude aqui é de pouco mais de 1300 metros e ainda tínhamos de chegar a uns 2100 metros.
Subindo pela trilha
Marcando com a Márcia de pegarmos a gente só daqui a 4 dias na parte baixa do PNI, nos despedimos e só torcíamos que não chovesse e não acontecesse nada de mal, pois sinal de celular é bem difícil de ter nessas 2 travessias que íamos fazer.
Vistas ao fundo
As 09h25min iniciamos a caminhada, seguindo pela bifurcação por um pequeno trecho de estrada de terra e uns 50 metros antes do término dela, que vai dar em uma casa (atualmente no local funciona a Pousada Cabanas da Fazenda).
Cruzamos a cerca de arame, à esquerda e daqui para frente foi só seguir morro acima - exatamente nesse local que iniciamos a caminhada: clique aqui
A trilha é bem demarcada, com início bastante íngreme e atrás de nós já surgiam visuais do vale do Rio Preto, com as vilas ao fundo.
As 09h50min chegamos na primeira bica de água da trilha, onde abastecemos e seguimos em frente.
Cheia de voçorocas
Por volta das 10:00hrs alcançamos a crista que divide os 2 vales: para esquerda é o Rio Preto que passa ao lado da Praça de Maromba e da direita é o vale do Rio Morro do Cavado, que segue paralelo ao Rio Preto. 
A altitude aqui está em aproximadamente 1500 metros e daqui para frente seguimos para esquerda até o topo da trilha (para direita, a trilha desce em direção à Cachoeira da Santa Clara).
Água na trilha
Quando passei aqui em 2003, vindo do Parque do Itatiaia, as voçorocas na trilha já existiam e sempre foram enormes, mas as 11h30min encontrei uma novidade: uma placa indicando água a 140 metros da trilha, do lado direito, mas nem chegamos a conhecer, pois tínhamos água o suficiente da bica anterior. 
Fica aí a dica se quiser pegar água na subida. Aqui é o melhor local.
Conforme íamos subindo, de vez em quando apareciam alguns descampados no meio da subida, mas pelo menos o Sol tinha dado uma amenizada. 
No plano
Por volta das 12h15min pegamos um longo trecho plano na trilha, onde era possível avistar a Serra do Papagaio com o pico bem ao norte.
Terminando o trecho no plano, a trilha se divide em duas: uma que segue um pouco para esquerda subindo um pequeno morro e a outra que continua no plano, contornando o morro pela direita. 
Essa trilha da direita eu já conhecia, pois em 2003 eu tinha vindo por ela (essa é a que passa pelo Subidão da Misericórdia).
A trilha da esquerda segue descendo por um imenso vale do Rio Aiuruoca, com belo visual e termina junto ao Sítio do falecido Sr. Anísio. 
Chegando na estrada
Ficamos na dúvida sobre qual trilha seguir e resolvemos descer pela esquerda mesmo. 
Iniciamos por volta das 13:00hrs em meio a arbustos e trechos de mata fechada. 
Vale do Rio Aiuruoca
Passamos por uma pequena casa no meio da descida e uma pequena bica de água para terminar junto ao Sítio, cerca de 1 hora depois.
Saímos em uma estrada de terra, passando ao lado da Pousada do Matão e quando chegamos na estrada principal, depois de uns 5 minutos, viramos a esquerda em direção a casa do Sr. José Rangel (um dos filhos do falecido Sr. Anísio).
Chalés da Pousada
Anos atrás já tinha pernoitado em seu pequeno chalé, nessa foto acima. Atualmente o lugar se chama Pousada Pico Serra Negra e quem cuida do local é a D. Sonia.
Logo que chegamos, Sr. José já veio bater um papo com a gente e perguntou se não queríamos ficar no chalé, mas pelo horário (14h15min) vimos que era possível caminhar até a Cabana Cabeceira do Aiuruoca e lá fomos nós.
Cupinzeiro pela trilha
A partir da Pousada, a trilha é bem demarcada e segue por dentro da mata por algumas subidas leves e sempre próximo do Rio Aiuruoca, do lado direito.
De vez em quando surgem algumas aberturas com visual do vale do Aiuruoca. 
Cabana Cabeceira do Aiuruoca
Mas íamos sem pressa e com quase 3 horas de caminhada, chegamos na Cabana Cabeceira do Aiuruoca, pouco antes das 17:00hrs.
Lembro que em 2003 fiz esse trecho no sentido inverso, vindo do PNI e cheguei na Pousada com cerca de 1h30min.
No meio da mata
Quando chegamos na Cabana, o lugar estava vazio e fechado. Montamos nossas barracas bem ao lado do Abrigo.
Para quem quiser ficar dentro dele, existe alguns telefones para reserva, que coloquei no final do relato.
Depois de uma explorada pelo entorno, onde encontrei algumas caixas com abelhas para produção de mel e um banho tomado no rio de água gelada, fui fazer o jantar. Durante a noite choveu por umas 2 horas, o que até ajudou a dormir melhor e durante a madrugada dei uma olhada no termômetro, que marcava por volta de 10ºC. 
Lugar deserto
Na manhã do dia seguinte, acordei com o alarme do celular e depois de um breve café da manhã, tínhamos pela frente um trecho onde eu nunca caminhei. Estávamos um pouco abaixo da altitude de 1800 metros e naquele dia tínhamos que chegar a pouco mais de 2400 metros, o que não era muita coisa.
Junto à Cabana existe a continuação da trilha, que são 2: uma que segue na direção da antiga Pousada Alsene, terminando próximo dela e outra que segue na direção das nascentes do Aiuruoca, pela trilha oficial do PNI: a travessia Rebouças – Serra Negra – Mauá.
Cruzando Rio Aiuruoca
A que segue para o Alsene é só cruzar o Rio Aiuruoca, onde existia uma ponte de madeira, que é bem fácil identificar o lugar e dali subida íngreme por antiga estrada. A outra trilha (que é a oficial do PNI) é só seguir na direção leste da cabana até entrar na mata fechada, seguindo com o rio do lado direito, bem próximo.
Rio Aiuruoca
Saímos da Cabana por volta das 09:00 hrs e a trilha é bem nítida, só o tempo é que não estava ajudando, pois de vez em quando caia uma garoa bem fina.
Depois de uns 30 minutos cruzamos o Rio Aiuruoca para a margem direita e continuamos margeando ele até chegar em um enorme descampado, conhecido como Invernada, um pouco abaixo da altitude de 2000 metros.
Na Invernada com cachoeira do Mané Emídio ao fundo
O lugar é bem plano e com um abrigo perfeito para passar a noite e dali era possível avistar a Cachoeira do Mane Emídio, a leste bem ao fundo. 
Antiga cabana
A continuação da trilha é um pouco confusa, pois um pouco acima da antiga cabana parece que sai uma trilha, mas resolvemos seguir até o final do descampado, onde encontramos vestígios de trilha, que vai subindo e contornando o morro da direita.
Depois de pegar um pequeno trecho de mata fechada, as 10h20min emergimos em uma área de capim elefante e daqui era possível avistar o topo da Cachoeira do Mané Emídio.
Trilha tranquila
Conforme íamos subindo, outras trilhas paralelas iam se juntando à principal até chegarmos a uma pequena crista que divide 2 vales. Aqui encontramos uma trilha bem demarcada que vem da direita e provavelmente é aquela que sai atrás da cabana. 
Com as 2 trilhas se encontrando e seguindo para esquerda, a caminhada ficou mais fácil, pois já apareciam algumas fitas presas nas árvores e pouco depois das 11:00 hrs saímos da mata fechada e emergimos novamente em área de capim elefante e arbustos.
Agora é mais um trecho de subida até uma outra crista, mas sempre com o Rio Aiuruoca do lado esquerdo e daqui já era possível ver todo o percurso que já tínhamos feito atrás de nós. 
Nascentes do Rio Aiuruoca
Mais alguns minutos por um trecho plano e chegamos na Cachoeira do Rio Aiuruoca, pouco depois das 12:00 hrs.
Estávamos bem de frente para o vale das nascentes do Aiuruoca e dos Ovos de Galinha e daqui sai uma trilha que atravessa o rio e segue em direção à Visconde de Mauá, passando pelo Rancho Caído.
Os picos mais altos ao redor do vale estavam todos encobertos, mas o visual daquele lugar é de encher os olhos.
Depois de um pequeno descanso seguimos pela trilha em direção ao Rebouças, mas não chegamos até lá. 
Caminhada por dentro do Parque
Depois de sair do vale das nascentes e a poucos minutos de chegar na base da Pedra do Altar, cruzamos com um grupo de 3 pessoas do RJ dizendo que tinham o intuito de fazer a limpeza da trilha que desce para Visconde de Mauá, passando pelo Rancho Caído. 
Eram por volta das 13:00 hrs e depois de lhes desejarmos sorte na empreitada, continuamos a caminhada e quando começamos a seguir para a esquerda na direção da Pedra do Altar, abandonamos a trilha principal e seguimos para direita, como se estivéssemos saindo dos limites do Parque. Eram 13h10min e daqui para frente não existia trilha demarcada e tínhamos que ir escalaminhando rochas e varando capim e arbustos para contornar o morro da esquerda.
Sem vestígio de trilha
Uma trilha semelhante, eu tinha visto no site do montanhista Tacio Philip, então pensei porque não continuar por ela até o Alsene, evitando passar pelo Rebouças.
A direção que seguíamos era sempre noroeste, como se estivéssemos saindo do PNI e até pegamos trechos com vestígios de trilha, mas parece que eram bem antigos, pois estavam se fechando. 

A navegação nesse caso era sempre no visual, consultando as cartas topográficas e algumas imagens de satélite que eu estava levando. 
Depois de cruzar alguns riachos e caminhar por mais de 1 hora, sem muitas subidas e descidas, próximo da altitude de 2450 metros, seguimos para oeste e iniciamos a subida até a crista que divide o PNI do vale do Rio Aiuruoca. 
Lagos do Parque Nacional
Nesse trecho de subida encontramos uma trilha bem demarcada abaixo e as 14h40min chegamos no topo da crista. A trilha demarcada, vista no fundo do vale, é a do Circuito dos 5 Lagos, que veio a se tornar trilha oficial do PNI em 2015.
Na crista que estávamos, era possível avistar do lado norte a Invernada e todo o vale do Rio Aiuruoca; ao sul um pequeno lago encravado no meio dos vales com a trilha e a sudoeste o Morro da Massena (isso quando as nuvens permitiam vê-lo). 
No fundo do vale à esquerda, junto ao lago, encontramos um descampado muito grande, provavelmente de camping selvagem. Deu para constatar que essa trilha já era usada há muitos anos.
Nossa direção agora era seguir entre o vale que divide os Morros da Massena do lado esquerdo e Morro da Massena Noroeste à direita. 
Morro do Camelo e antiga Pousada Alsene lá embaixo
Em 1998 já tinha chegado ao topo do Massena Noroeste, então eu sabia que existia uma trilha que descia até o Alsene por ali, nosso objetivo naquele dia.
Nesse trecho, a caminhada foi só no visual, sem vestígio de qualquer trilha (parece que ninguém tem chegado no topo do Massena Noroeste a muito tempo).
Sem grandes dificuldades, vamos descendo em meio ao capim e aos arbustos, que não eram tão altos e só no trecho final tivemos alguns problemas para varar um trecho de vegetação alta.
E pouco depois das 17:00 hrs chegamos no riacho que fica atrás da antiga Pousada Alsene.
Antiga Pousada Alsene
No dia que passamos aqui, ela já estava fechada e lacrada pela Justiça e nos instalamos nos fundos da antiga Pousada, dentro de um dos chalés.
Naquela noite fomos dormir novamente sob chuva e com fortes rajadas de vento.
A temperatura ambiente deve ter chegado próxima de zero, mas estávamos bem protegidos. 
Acordamos na manhã seguinte com tempo nublado, mas sem chuvas e agora tínhamos a travessia Rui Braga pela frente, mas essa fica para outro relato. 
É só clicar no link abaixo:
http://trilhasetrips.blogspot.com.br/2013/05/relato-travessia-rui-braga-da-parte.html


Dicas e informações úteis (Atualizado Julho/2020)

Tempos de caminhada:
- Início da trilha na Vila de Maromba, junto as 2 pontes sobre Rio Preto até a Pousada Pico Serra Negra: cerca de 4 horas.
- Pousada Pico Serra Negra até a Cabana Cabeceira do Aiuruoca: quase 3 horas.
- Cabana até a Cachoeira do Aiuruoca: 3 horas.
- Cachoeira do Aiuruoca até a antiga Pousada Alsene: cerca de 5 horas

# Atualmente em vários trechos por onde passamos de carro, desde o acesso à Visconde de Mauá até a Vila de Maringá estão todos asfaltados, com exceção do trecho de Maringá até Maromba. 
Porém a estrada está em boas condições, com trechos de cascalho e terra.

# No acesso à Pedra Selada é cobrada taxa de visita, já que o local é propriedade particular, apesar de que o topo é do Parque Estadual da Pedra Selada (Julho/2020):
Entrada: $12
Estacionamento: $10 
Camping: $25/pessoa que inclui entrada, estacionamento e pernoite
Tel: (24) 99926-8275 

# Em Maromba é possível encontrar inúmeras pousadas e preços variados, assim como vários campings. 
A Márcia ficou 4 dias na Pousada Águas Claras, em suíte com lareira:

Fique pelo menos uns 2 dias em Maromba. Vale a pena conhecer as Cachoeira do Escorrega, da Santa Clara, o Poção de Maromba e outras cachoeiras próximas.

# Na Vila de  Maromba são poucos os horários de ônibus que chegam ou saem da Praça Principal para Resende (Graal) ou vice versa: clique aqui.

# No Rio Preto não é recomendável tomar banho a partir da Praça de Maromba, devido ao lançamento de esgoto. Do Poção de Maromba para cima a água já é de melhor qualidade.

#
 Na travessia da Serra Negra, saindo de Maromba é possível encontrar 2 pontos de água ao longo da subida.

Pousada Pico Serra Negra (camping, chalés e quartos coletivos): atualmente quem cuida é a Dona Sonia (quando passei por lá quem cuidava era o Sr. José Rangel):

Tels: (35) 99965-6515 ou (35) 99915-2460 ou (35) 99149-7746 ou (35) 99733-5066 (a confirmar).
Página no Face: clique aqui.

# Hospedagem na Cabana Cabeceira do Aiuruoca.
Tels: (24) 3387-1433 e (35) 99178-3782 (Marinalva). Veja nessa foto o contato.

# Sinal de telefonia celular na travessia da Serra Negra não é fácil de conseguir. Dizem que é possível próximo da antiga Pousada Alsene.

# Se quiser fazer qualquer travessia no interior do Parque Nacional é necessário solicitar a Autorização:

Logística é sempre um problema nessa travessia, tanto para iniciar em Maromba quanto no antigo Alsene. Abaixo seguem alguns contatos de Itamonte que podem levar você até o Alsene ou resgatá-lo, dependendo em que sentido está fazendo a travessia:
- Taxista Marquinhos (35) 99113-1214 (um dos mais baratos)
- Sr. Samuel (35) 99113-1700 
- Zezinho    (35) 99113-0745 
- Carlinhos  (35) 99109-1185
- Maú (35) 99216-4793
- Amarildo: (35) 99934-7249 e (35) 99129-7522.

# Outra opção barata também são taxistas ou moto-taxistas de Itamonte/MG: clique aqui.

6 comentários:

  1. feliperj7904 maio, 2013

    Relato super completo. Parabéns meu camarada.

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  2. estou planejando esta trilha com meus amigos, muito obrigado!

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  3. Estou planejando fazer essa trilha com meus amigos. Muito obrigado pelas dicas e pelo relato!

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    1. Ola Luis.
      Só uma recomendação importante:
      A parte final dessa travessia, a partir da Cabana Cabeceiras do Auruoca, não é autorizada pelo pessoal do PN.
      Eles só autorizam essa travessia no sentido inverso.
      Por isso, ao chegar na Cabana, siga a trilha em direção ao antigo Alsene.
      É só tomar a direção sul que vc encontra vestígios da antiga ponte sobre o Rio Aiuruoca.
      Cruzado o rio, a trilha inicia um longo trecho de subida por antiga estrada que está sendo tomada pelo mato.
      Vc vai terminar bem próximo da antiga Pousada Alsene.


      Abcs

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  4. Olá, Augusto.. muito bom seus relatos, parabéns!! Nunca fui ao PNI e estou desenvolvendo uma ideia de fazer a Travessia Ruy Braga + Serra Negra no sentido inverso que você fez, ou seja, subindo o planalto...A Serra Negra, no caso, faria na versão "original" começando pelo Abrigo Rebouças, com autorização do PNI. Você recomendaria esse percurso? Estava pensando em pernoitar 1ª noite no Abrigo Massena e a 2ª Noite ainda não sei...Esse abrigo do Alsene não funciona mais, né? Tem onde dormir ali próximo ao posto do Marcão? Bom, é isso, qualquer comentário será bem-vindo.
    Abraços

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    Respostas
    1. Ola Pedro, blz?
      Esse seu roteiro eu até pensei em fazer qdo fiz essa caminhada, mas na época a Rui Braga era uma travessia nova dentro do Parque. E só permitiam no sentido parte alta-parte baixa.
      Pelo que eu sei só recentemente liberaram o inicio da Rui Braga pela parte baixa do PNI, subindo o planalto.
      E emendar com outra travessia, a Serra Negra é a melhor maneira de vc sair dali.
      Eu não ficaria no Massenas, que está em ruinas. Aquilo nem pode ser chamado de Abrigo. Creio que nem v~]ao reformar, porque existe um outro, que foi construido a pouco tempo.
      Eu recomendo ficar no Abrigo Água Branca, que é novinho em folha.
      E a segunda noite com certeza vc já estaria lá pelo Chalé do José Rangel (filho do falecido Sr. Anisio) ou acampar na Cabana Cabeceiras do Aiuruoca, onde ficamos a primeira noite.
      O Alsene era uma antiga pousada, que hoje tá fechada. Ela funcionava irregularmente. Se vc acampar por ali, tem de ser às escondidas.
      Próximo do Posto Marcão, o unico lugar permitido p/ o pernoite é no Abrigo Rebouças.
      Boa sorte.

      Abcs

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