Últimos dias na Venezuela.
Já tínhamos feito o Monte Roraima (relato: clique
aqui) e Salto Angel (relato: clique
aqui) e pelo nosso planejamento, assim que retornássemos a Santa Elena de
Uairén, ainda restariam 3 dias antes do nosso voo de Boa Vista para Manaus, que
seria na madrugada do dia 23 de Janeiro.
Se algum problema ocorresse, teríamos pelo menos uma
folga de alguns dias, mas graças a Deus nenhum imprevisto e com isso poderíamos
visitar algumas cachoeiras da Gran Sabana sem pressa.
Mas por termos chegado à Santa Elena quase no final da
tarde do dia 19 de Janeiro, devido a todos aqueles problemas no ônibus, tínhamos
perdido 1 dia, porém os que restavam eram o suficiente para conhecer várias
atrações.
Logo que chegamos na Pousada Backpaker, encontramos uma agencia, ao lado da Pousada Michele, que cobraria $84 Reais por pessoa
pelos 2 dias. O roteiro consistia em visitar alguns mirantes, cachoeiras e
corredeiras ao longo da Rodovia Troncal 10, que liga Santa Elena a Ciudad
Bolívar. A saída era sempre pela manhã e só retornávamos no início da
noite. No primeiro dia éramos só nos 8, já no segundo dia um casal colombiano
(Nicol e José) que estava viajando pela América do Sul, se juntou ao grupo.
Na foto acima, no topo da La Ventana del Cielo (Cachoeira Janela do Céu)
Álbum de fotos: clique aqui
Gran Sabana serpenteado de buritis vista do Mirante |
Dizem que são mais de 800 e de todos os tipos, desde as de grande volume, pequenas até as de difícil acesso.
Tepuis ao fundo |
O parque está entre os 10 maiores do mundo em extensão - 30.000 km² - e 2 dias eu considero pouco para conhecer as cachoeiras, sendo que algumas agencias de Santa Elena elaboram pacotes de quase 1 semana só pela Gran Sabana.
Sem dúvida nenhuma foi a melhor opção deixarmos para os últimos dias desfrutar dessa parte da Venezuela.
1º dia - 20/Jan - Terça-feira
Apreciando a Gran Sabana do Mirante |
As atrações desse 1º dia foram, seguindo na sequencia:
- Mirante:
Linda vista |
Chegando na Cachoeira Jaspe |
Muito escorregadio |
- Cachoeira Véu de Noiva:
Cachoeira Véu da Noiva |
Salto Yuruaní |
Perigoso |
- Playita:
Playa |
Rodrigo, Máximo, Daniel, Bruna, Rosana, Ronaldo, Márcia, Renan e eu |
Linda vista |
2º dia - 21/Jan - Quarta-feira
Mergulho no poção da Cachoeira Água Fria ao fundo |
- Cachoeira Água Fria:
Outra cachoeira cujo acesso é próxima da Jaspe e assim como a Véu da Noiva, esta também possui uma trilha em meio a mata fechada, mas com um imenso poção com a possibilidade de pular de uma altura de uns 5 metros de algumas pedras na margem. Seguindo rio abaixo, chegamos em outra cachoeira.
- La Ventana del Cielo (Cachoeira Janela do Céu):
Depois de seguir caminhando rio baixo por cerca de 20 minutos, passando por pequenas cachoeiras e piscinas naturais, chegamos a ela. O rio é de pequeno volume, mas a queda é muito alta.
Na verdade é um penhasco onde se abre uma grande janela em meio à mata fechada com mirante de toda a região da savana. Não dá para ver muito bem a base da cachoeira, mas creio que ela deva ter uns 30 metros de altura. No topo existem pequenos poços onde dá para se refrescar. Para quem já foi ao Parque Estadual do Ibitipoca, em MG, vai notar uma pequena semelhança com a Janela do Céu que existe no Parque.
Poção da cachoeira |
- La Ventana del Cielo (Cachoeira Janela do Céu):
Mirante |
Linda vista |
Escorregando no tobogã do Sorowapo |
- Balneário do Sorowapo:
Com acesso poucos minutos depois do Salto Yuruaní, esse balneário é composto de inúmeras piscinas naturais de vários tamanhos, além de corredeiras, duchas e tobogãs, onde é possível descer escorregando pela superfície da água.
As piscinas naturais vão se formando ao longo da descida do rio e no trecho final existe um enorme tobogã sobre uma rocha avermelhada, que se assemelha ao jaspe.
É um dos lugares mais visitados e a infraestrutura oferecida ao visitante é grande: estacionamento, restaurantes, banheiros, artesanato e hospedagem.
Na minha opinião essa é a melhor das atrações, pois são várias em uma só e com isso fechamos a nossa trip pela Venezuela com chave de ouro - não poderia ter sido melhor.
No dia seguinte (22/Jan), depois de 17 dias conhecendo o país, demos adeus a Venezuela e seguimos em 2 táxis em direção a Boa Vista para embarcar no voo para Manaus durante a madrugada.
Daqui em diante ainda tínhamos 3 dias para aproveitar a capital do Amazonas antes de voltar para São Paulo. Clique aqui para ler o relato.
As atrações turísticas desse país são muitas e em nenhum lugar do mundo se encontra paisagens como a do Monte Roraima ou Gran Sabana, os tepuis da região de Salto Angel, que são magníficos.
Uma outra qualidade é o país ser muito barato e ter um povo hospitaleiro.
Tirando a paranoia do pessoal da Guarda Nacional Bolivariana em revistar passageiros e mochilas a cada posto de controle pela Rodovia, não tivemos do que reclamar e até nesses momentos só foi se identificar como brasileiros, que o tratamento mudava e para melhor.
Aqui quero deixar um alerta: nem pense em levar ou comprar drogas para usar no país - nas revistas do ônibus eles foram bem rigorosos na busca por entorpecentes.
Antes de fazermos essa viagem, encontramos alguns relatos de tentativas de extorsão por parte da Guarda Nacional, mas com a gente isso não aconteceu.
Talvez o que me decepcionou um pouco foi como o povo venezuelano é tratado pelo governo - em vários supermercados encontramos filas enormes somente para comprarem produtos básicos como: papel higiênico, sabonete, açúcar, café, leite, entre outros e isso quando não há falta de produtos.
Fica difícil entender como ele vende uma das gasolinas mais barata do mundo, porém isso é um problema político-econômico que não se resolve da noite para o dia e o objetivo deste relato não é para se discutir isso..
O que importa é se o país é bom para o turista brasileiro? Com toda a certeza. Vale a pena e muito. Ainda mais para quem é mochileiro e pretende conhecer as belezas naturais do país, gastando pouco.
Como foi a minha primeira vez fora do Brasil para fazer uma caminhada, sem dúvida nenhuma acertei na escolha e se pudesse voltaria lá novamente para conhecer outros lugares ou até repetir o Roraima; razões para isso não faltam, mas tenho uma lista grande de lugares aqui na América do Sul que ainda pretendo conhecer.
Algumas dicas e informações úteis (Atualizado Julho/2020):
# Melhor opção para jantar na cidade de Santa Elena é o Restaurante La Frontera, próximo da Plaza Bolívar – boa comida e bom atendimento.
# Em uma das noites fomos ao Restaurante Damasco, próximo a Pousada Backpaker, mas não recomendo – trocaram os pratos, fizeram um suco errado e algumas opções do cardápio não tinham - péssimo serviço.
# Para o café da manhã, sem dúvida nenhuma a Padaria Gran Sabana.
# Eu recomendaria levar lanches da Padaria Gran Sabana. Com isso daria tempo para conhecer mais atrações.
# Leve repelente e protetor solar. São obrigatórios.
# Algumas cachoeiras possuem uma pequena infraestrutura, com venda de comida e artesanato.
# Não esqueça de levar um par de meias esportivas ao visitar essas cachoeiras. Em vários trechos temos de ficar caminhando pelo meio do rio e as meias evitam que se escorregue nas pedras.
# Ao contratar qualquer agencia que faz o roteiro pela Gran Sabana, acerte previamente as atrações que serão visitadas, para evitar o mesmo que ocorreu com a gente, já que conhecemos poucas cachoeiras e o tempo de almoço foi muito grande.
# No último dia, antes de seguir de táxi para Boa Vista, passamos por alguns freeshops na saída da cidade, ao longo da Rodovia, mas foi tempo perdido. A Kyoto, que fica dentro do Hotel Anaconda, se parece mais com uma loja oficial da Adidas e os preços não são tão bons; no Americas, a variedade também não é tão grande. Na verdade nos freshops que passamos só valia a pena comprar bebidas, chocolates e salgadinhos (Pringles ou Elma Chips).
Uma opção boa foi o Hipermercado Mundo Oriental, que fica próximo ao Americas. Neste comprei um Crocs e alguns produtos de higiene extremamente baratos, mas quase perdi a minha máquina fotográfica e só fui dar falta quando já estava do lado de fora - tive que voltar correndo para encontrá-la em uma das prateleiras.
Com acesso poucos minutos depois do Salto Yuruaní, esse balneário é composto de inúmeras piscinas naturais de vários tamanhos, além de corredeiras, duchas e tobogãs, onde é possível descer escorregando pela superfície da água.
As piscinas naturais vão se formando ao longo da descida do rio e no trecho final existe um enorme tobogã sobre uma rocha avermelhada, que se assemelha ao jaspe.
Tobogãs |
Na minha opinião essa é a melhor das atrações, pois são várias em uma só e com isso fechamos a nossa trip pela Venezuela com chave de ouro - não poderia ter sido melhor.
No dia seguinte (22/Jan), depois de 17 dias conhecendo o país, demos adeus a Venezuela e seguimos em 2 táxis em direção a Boa Vista para embarcar no voo para Manaus durante a madrugada.
Daqui em diante ainda tínhamos 3 dias para aproveitar a capital do Amazonas antes de voltar para São Paulo. Clique aqui para ler o relato.
Impressões finais que tive desta viagem pela Venezuela
As atrações turísticas desse país são muitas e em nenhum lugar do mundo se encontra paisagens como a do Monte Roraima ou Gran Sabana, os tepuis da região de Salto Angel, que são magníficos.
Uma outra qualidade é o país ser muito barato e ter um povo hospitaleiro.
Tirando a paranoia do pessoal da Guarda Nacional Bolivariana em revistar passageiros e mochilas a cada posto de controle pela Rodovia, não tivemos do que reclamar e até nesses momentos só foi se identificar como brasileiros, que o tratamento mudava e para melhor.
Aqui quero deixar um alerta: nem pense em levar ou comprar drogas para usar no país - nas revistas do ônibus eles foram bem rigorosos na busca por entorpecentes.
Antes de fazermos essa viagem, encontramos alguns relatos de tentativas de extorsão por parte da Guarda Nacional, mas com a gente isso não aconteceu.
Talvez o que me decepcionou um pouco foi como o povo venezuelano é tratado pelo governo - em vários supermercados encontramos filas enormes somente para comprarem produtos básicos como: papel higiênico, sabonete, açúcar, café, leite, entre outros e isso quando não há falta de produtos.
Fica difícil entender como ele vende uma das gasolinas mais barata do mundo, porém isso é um problema político-econômico que não se resolve da noite para o dia e o objetivo deste relato não é para se discutir isso..
O que importa é se o país é bom para o turista brasileiro? Com toda a certeza. Vale a pena e muito. Ainda mais para quem é mochileiro e pretende conhecer as belezas naturais do país, gastando pouco.
Como foi a minha primeira vez fora do Brasil para fazer uma caminhada, sem dúvida nenhuma acertei na escolha e se pudesse voltaria lá novamente para conhecer outros lugares ou até repetir o Roraima; razões para isso não faltam, mas tenho uma lista grande de lugares aqui na América do Sul que ainda pretendo conhecer.
Algumas dicas e informações úteis (Atualizado Julho/2020):
# Melhor opção para jantar na cidade de Santa Elena é o Restaurante La Frontera, próximo da Plaza Bolívar – boa comida e bom atendimento.
# Em uma das noites fomos ao Restaurante Damasco, próximo a Pousada Backpaker, mas não recomendo – trocaram os pratos, fizeram um suco errado e algumas opções do cardápio não tinham - péssimo serviço.
# Para o café da manhã, sem dúvida nenhuma a Padaria Gran Sabana.
# Eu recomendaria levar lanches da Padaria Gran Sabana. Com isso daria tempo para conhecer mais atrações.
# Leve repelente e protetor solar. São obrigatórios.
# Algumas cachoeiras possuem uma pequena infraestrutura, com venda de comida e artesanato.
# Não esqueça de levar um par de meias esportivas ao visitar essas cachoeiras. Em vários trechos temos de ficar caminhando pelo meio do rio e as meias evitam que se escorregue nas pedras.
# Ao contratar qualquer agencia que faz o roteiro pela Gran Sabana, acerte previamente as atrações que serão visitadas, para evitar o mesmo que ocorreu com a gente, já que conhecemos poucas cachoeiras e o tempo de almoço foi muito grande.
Uma opção boa foi o Hipermercado Mundo Oriental, que fica próximo ao Americas. Neste comprei um Crocs e alguns produtos de higiene extremamente baratos, mas quase perdi a minha máquina fotográfica e só fui dar falta quando já estava do lado de fora - tive que voltar correndo para encontrá-la em uma das prateleiras.
Sensacional sua viagem!!! Fiz um trabalho sobre a Venezuela quando estava fazendo curso para Guia de Turismo e fiquei apaixonada pelo lugar!!! É maravilhoso mesmo!!! Monte Roraima está na minha lista, mas é uma viagem de longo prazo ainda.
ResponderExcluirParabéns pelo blog! Conteúdo muito instrutivo e detalhado. Sempre me ajuda!!!
Agradeço pelo elogio Bruna.
ResponderExcluirA Venezuela tem muita coisa p/ se ver, mas Roraima e Salto Angel são obrigatórios.
E se sobrar tempo aí dá p/ incluir Gran Sabana e talvez até o litoral.
O Caribe venezuelano é lindo.
E tem a vantagem de ser muito mais barato que nosso país.
Se pudesse ficaria mais por lá, mas as férias estavam acabando.
Precisando de ajuda, é só dar um toque.
Abcs