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31 de janeiro de 2008

Relato: Volta Completa de Ilha Grande/RJ

Este aqui é um relato da volta completa de Ilha Grande que eu e a Márcia fizemos no início de Janeiro de 2008. Nossa intenção era conhecer todas as praias e como tínhamos mais de 2 semanas de férias, resolvemos dar a volta completa a pé por toda a ilha. Caminhamos durante 11 dias, mas ficamos 2 dias na Praia de Parnaioca e mais 2 dias na Praia de Palmas. O relato é muito longo e detalhado. Coloquei também inúmeras dicas e informações úteis para quem pretende repetir essa caminhada. Pegamos dias de muito Sol e deu para aproveitar bem. Somente um dia pegamos chuva, na Praia de Parnaioca.

Na foto acima, no 2º dia de caminhada chegando na Praia de Ubatubinha, ao fundo.



As fotos são mais de 500 e as dividi por cada dia de caminhada.
Tracklog para GPS de toda essa caminhada: clique aqui

Atualizado Julho/2020

Praia do Vila Galé Eco Resort, em Angra dos Reis

Uns 4 anos antes dessa caminhada, já tinha feito a volta de Ilhabela, por isso sabia o que poderia nos aguardar. Nesse relato: clique aqui.
Saímos de São Paulo num Domingo no ônibus das 21:00 hrs, chegando em Angra ainda de madrugada e lá esperamos amanhecer, para só então procurar uma padaria para tomar o café da manhã, pois nossa intenção era tomar a barca para Ilha só as 15h30min (único horário saindo de Angra dos Reis). Existe a opção de pegar algum barco ou escuna no cais de Santa Luzia, mas tínhamos que pegar a Autorização na TURISANGRA para acampar na Praia do Aventureiro (exigem essa autorização na alta temporada). Uma boa opção era pegar a Barca em Mangaratiba com saída para as 08:00 hrs, mas de novo o problema da Autorização.

Abaixo o relato de cada dia de caminhada:

# Algumas praias de Angra dos Reis e chegada na Vila de Abraão/Ilha Grande
Fotos desse dia: Clique aqui
Praia Grande em Angra dos Reis
Ainda na parte da manhã em Angra dos Reis, resolvemos conhecer algumas praias próximas ao Colégio Naval e lá fomos para o centro da cidade para pegar o circular Vila Velha que nos deixou pouco depois do Vila Galé Eco Resort (antigo Blue Tree Park). Próximo ao Resort chegamos às praias do Tanguá, Tanguazinho e Praia da Gruta, sendo essas 2 últimas, desertas. 
Como tínhamos muito tempo até as 15h30min, ficamos nessas praias só aproveitando o Sol, já que não dormimos quase nada no ônibus e pouco depois das 10:00 hrs voltamos para a estrada e fomos para o centro da cidade pegar a Autorização para acampar na Praia do Aventureiro. Essa autorização se consegue na TurisAngra e lá fizemos o cadastro e tivemos que dizer em qual camping iríamos ficar e por quantos dias, pois existe um limite de campistas na praia.
Chegando em Abraão com multidão no cais
De posse da Autorização e depois de almoçado, seguimos para o cais onde a barca estava. 
Saiu lotada e isso em plena Segunda-feira, levando cerca de 1h30min para chegar na Praia de Abraão.
O que achamos engraçado foi que ao chegarmos em Abraão havia uma multidão que tomava conta de todo o cais.
Lembrava a Rua 25 de Março de São Paulo, em época de fim de ano. Tivemos até certa dificuldade para sair dali. 
Depois disso fomos logo procurar o Camping do Bicão - já tínhamos lido ótimas recomendações do lugar e lá quem nos recebeu foi a Claudia - responsável pelo local. 
Não tínhamos feito reservas, mas encontramos o camping com algumas vagas.
Camping do Bicão
O lugar é bem tranquilo e sossegado, com lonas azuis cobrindo todas as barracas, uma cozinha coletiva com fogão e geladeira e um banheiro de dar inveja. A energia da Ilha é trazida por cabos submarinos vindo de Angra dos Reis que chegavam até a distante Vila de Provetá (Praias do Aventureiro, Parnaioca e Palmas não possuem e nesses lugares só com geradores).
Naquela noite fomos conhecer a Vila de Abraão e surpreendemos com a quantidade de turistas estrangeiros, em sua maioria argentinos, chilenos e europeus em geral. Brasileiro mesmo estava em menor número. A Vila de Abraão é bem urbanizada, com inúmeros restaurantes, algumas padarias, mercearias, algumas lojas de roupas, campings e muitas pousadas. Na Vila tem até uma antena da Vivo Celular.
Voltamos para o camping e após analisar as subidas e descidas que iríamos encarar no dia seguinte, resolvemos seguir no sentido anti-horário, o que no final se mostrou a melhor opção.

# 1º dia – Saída da Vila de Abraão até o Saco do Céu, passando pela Cachoeira da Feiticeira

Fotos desse dia: Clique aqui
Aqueduto
Na manhã seguinte (Terça-feira) saímos do camping por volta das 10:00 hrs em direção ao Saco do Céu, pois já tínhamos a informação que no local se permite acampar em quintais de alguns moradores.
Logo que saímos de Abraão, já chegamos na primeira bifurcação (seguindo em frente chega-se na Praia Preta e Ruínas do Lazareto) e aqui pegamos a bifurcação da esquerda que passa pelo Poção e pelo Aqueduto (incrível ver como ele está intacto mesmo depois de uns 200 anos), aonde chegamos as 10h30min. Continuamos subindo e subindo, parando várias vezes para retomar o fôlego, pois estávamos com mochilas cargueiras cheias e assim que chegamos na altitude de pouco mais de 200 metros, a trilha começou a descer até chegar na bifurcação, à esquerda para a Cachoeira da Feiticeira - aqui encontramos uma pequena placa indicando.
Cachoeira da Feiticeira
O início dessa trilha é bem íngreme e depois de uns 10 minutos de subida se chega em um local plano que tem uma descida à direita, que leva até o rio dessa cachoeira. 
Mais alguns minutos subindo pela margem do rio até chegar na cachoeira, juntamente com um grupo de umas 30 pessoas que tinham ido com um guia.
Depois de aguardar algum tempo "na fila" conseguimos chegar perto da queda da água de uns 15 metros de altura e entrar embaixo para relaxar. 
Tiramos algumas fotos e depois subimos por uma trilha à direita que leva ao topo da cachoeira e a um tobogã bem legal, que termina em um pequeno poço. Ficamos aqui por um bom tempo escorregando pela pedra.
Tobogã no topo da Cachoeira da Feiticeira
Depois resolvemos que já era hora de irmos embora, pois tínhamos uma longa caminhada pela frente. Saímos de lá por volta das 13h20min e voltamos até a bifurcação na trilha principal e de lá seguimos em frente. 
Uns 10 minutos depois a trilha bifurca novamente e a da esquerda segue para o Saco do Céu e a da direita leva até a Praia da Feiticeira. 
Queríamos conhecer a praia, por isso seguimos para a direita. A trilha é bem demarcada e segue quase sempre no plano com algumas descidas leves e as 13:40min chegamos na praia.
Logo que pisamos na areia, um barqueiro já veio nos abordar para saber se queríamos retornar para Abraão de barco. São vários que ficam ali na praia.
Praia da Feiticeira
Junto com a gente chegou também uma família com umas 8 pessoas e a cara do pai demonstrava que ele estava bem cansado - acho que o barqueiro conseguiu encher o barco na volta. 
A praia é deserta, com uns 50 metros de extensão, mas estava cheia de turistas.
Além de barqueiros que ficam no canto da praia aguardando quem queria voltar para Abraão, encontramos também uma vendedora de refri/cerveja e mais umas 15 pessoas que tinham desembarcado de uma escuna que estava na praia (com certeza essa é uma praia bastante visitada, para quem quer ir além da Praia Preta, que fica a poucos minutos de Abraão).
Saímos da Praia da Feiticeira pouco antes das 14:00 hrs e voltamos até o ponto onde a trilha se bifurca e ali continuamos na trilha principal. 
Praia do Iguaçú
No caminho ainda encontramos um casal que voltava do Saco do Céu e perguntando para eles, vimos que não faltava muito, então resolvemos voltar alguns minutos até a bifurcação para a Praia do Iguaçú, que tínhamos passado direto.
Deixamos as mochilas escondidas na mata e pegamos uma trilha que começa a descer com trechos planos e outros com descida íngreme. Uns 10 minutos depois, já perto da praia, chegamos em uma cerca e a trilha segue ao lado dela até a areia. O que encontramos é quase que uma praia particular. Aqui existe uma casa com um enorme quintal e apenas 4 pessoas na areia.
Mais fotos e voltamos para a trilha principal, seguindo agora para Praia da Camiranga, onde chegamos as 14h40min.
Cruzando pequenos rios
Aqui já é considerada a Enseada das Estrelas, com as Praias da Camiranga, de Fora e Perequê. Seguindo pela areia da praia chegamos na Praia de Fora, onde a trilha agora sai da areia e segue pela mata - é bem fácil visualizar a entrada da trilha. A partir daqui ela vai seguindo próxima aos quintais das casas e logo chegamos na Ponte sobre o Rio Perequê.
Esse rio tem + - 10 metros de extensão, bem rasinho, mas cheio de pedras e aqui paramos por uns 30 minutos para comermos alguma coisa. Seguindo a trilha, ainda passamos ao lado de um pequeno bar e chegamos a uma região de mangue do lado direito. Aqui existem algumas pontes de madeira que cruzamos e uns 20 minutos desde o Rio Perequê, chegamos em uma bifurcação com um extensa ponte de madeira do lado direito e uma trilha em frente. 
Chegando no Saco do Céu
Como não sabíamos qual era a trilha certa, seguimos em frente subindo, mas logo tivemos que voltar, pois ela terminava em algumas casas. 
Voltando até a extensa ponte de madeira, seguimos agora para a direita, chegando no Saco do Céu com a trilha sempre se distanciando da praia e passando ao lado de alguns restaurantes, com saída para o mar. 
Aqui novamente a trilha segue próximo aos quintais e sem bifurcações.
Quando perguntamos da casa da Dona Nereide e Sr. Nanandez (tínhamos a informação que o casal permitia acampar no quintal da casa) disseram que ficava no final da praia, próxima a uma Igreja Católica. Chegamos na casa deles por volta das 16:00 hrs e quem nos recebeu foi a D. Nereide (senhora muito simpática e atenciosa), que nos deixou acampar em um área de gramado bem ao lado da casa. 
Saco do Céu
Ela nos disse que até tentou colocar um camping no local, mas devido ao manguezal próximo, o Instituto Florestal proibiu. 
Ela disse que só aceitava que montássemos a barraca para dormir, já que era proibido o camping e já que iríamos ficar só aquela noite, ela resolveu não cobrar nada. 
Do lado de fora da casa existem 2 banheiros que provavelmente seriam do futuro camping e nos fundos da casa, o irmão de D. Nereide mantém uma criação de gansos e algumas galinhas. Montamos nossa barraca próxima a placa da Trilha T3 (do Saco do Céu até Freguesia de Santana).
O que atrapalhou um pouco foi o barulho dos gansos e galinhas, mas no geral, tivemos uma noite tranquila.

# 2º dia – Saco do Céu até a Praia Grande de Araçatiba

Fotos desse dia: Clique aqui
Saindo do Saco do Céu
No dia seguinte (Quarta-feira) por volta das 07h50min nos despedimos da D. Nereide, agradecendo-a e seguimos em frente com a firme intenção de chegar na Praia Grande de Araçatiba. 
Aqui tínhamos 2 opções: a primeira delas seria pegar um atalho direto para a Praia do Bananal, subindo um morro de uns 250 metros de altitude, levando em média umas 2 horas até Bananal. 
A outra opção seria seguir pela trilha principal até Freguesia de Santana e de lá chegar até Bananal. 
Como tínhamos tempo de sobra para conhecer várias praias, escolhemos a segunda opção (quem quiser seguir direto pelo atalho até Bananal é só perguntar para os moradores - todos sabem informar).
Praia da Guaxuma
A trilha principal vai seguindo morro acima por uns 15 minutos e depois, quando se inicia a descida, passamos ao lado de uma bifurcação do lado direito que leva até a Praia da Guaxuma. Deixamos novamente as mochilas escondidas e fomos conhecer a praia que estava deserta (só encontramos alguns gansos passeando pela areia). 
Ela está localizada em uma pequena enseada e ficamos só alguns minutos; logo voltamos para a trilha principal.
Mais uns 10 minutos descendo pela trilha principal, chegamos na Praia do Funil (muito pequena), marcada por um campo de futebol do lado esquerdo. Nesse local pudemos observar alguns fios de energia que vêm do continente e que chegam a Ilha próxima a essa praia (aqui existe uma divisão - uma parte dos fios segue para Vila de Abraão e a outra para a Vila de Provetá). 
Praia do Japariz
Mais fotos e seguimos em frente; uns 10 minutos depois, por volta das 09h30min, estávamos chegando na Praia do Japariz, muito usada por escunas que levam turistas para a Lagoa Azul (não muito longe daqui). No local existe um restaurante e em frente, um pequeno cais (trapiche) para atracar as escunas.
Passamos direto pela praia e a trilha daqui para frente vai seguindo próxima do costão até Freguesia de Santana, aonde chegamos as 10h30min. 
Aqui é um sucessão de 2 praias (Freguesia e Baleia). 
O que nos chamou bastante a atenção foram 2 teiús (espécie de lagarto) que estavam comendo 1 jaca no meio da trilha (engraçado foi ver os dois saírem correndo, todos desengonçados pela trilha no sentido contrário).
Túnel de bambus
Se distanciando da praia, a trilha segue por entre uma área de bambuzal, como se fosse uma espécie de túnel (muito legal) e as 10h40min chegamos na bifurcação para a Praia de Baixo e Praia da Grumixama.
Desse ponto pudemos visualizar uma pequena parte da Lagoa Azul com suas inúmeras escunas (aqui ficamos um certo tempo admirando a paisagem, pois o local tem um visual muito bonito). 
Pouco depois das 11:00 hrs voltamos para a trilha e iniciamos outra subida e descida de morro até chegarmos na Praia do Bananal Pequeno.
Essa praia tem uma pequena faixa de areia monazítica e um único morador (Seu Zeca) e daqui já dá para ver quase todas as outras praias por onde iríamos passar. Seguindo por uns 10 minutos chegamos na Praia do Bananal, onde paramos embaixo de uma árvore para descansar e comer alguma coisa. 
Descanso na Praia do Bananal
Na praia existem algumas pousadas; quase todas pertencentes a japoneses e a trilha passa por detrás de quase todas elas (atualmente não mais, devido ao deslizamento de 2010).
Seguindo por outro morro acima, a trilha chega a + - 100 metros de altitude e depois disso descemos em direção a Praia da Matariz, aonde chegamos as 13h40min. 
A praia possui alguns bares e no final existe uma antiga indústria de pescado que funcionou a muitos anos atrás e logo que termina o muro da antiga fábrica, a trilha segue para a esquerda, atravessando mais um pequeno trecho de mangue.
Depois de atravessarmos uma pequena ponte de concreto, algumas casas aparecem à esquerda e à direita da trilha e quando íamos iniciar mais uma subida de morro, paramos para pegar água em uma bifurcação que sai à esquerda da trilha principal, já que nossos cantis estavam quase vazios.
Serra do Mar ao fundo
Com cantis cheios, iniciamos mais outra subida de morro, chegando a pouco mais de 100 metros de altitude e o que nos chamou a atenção foi uma enorme figueira que fixou suas raízes em cima de uma rocha (no local até existe uma placa indicando a figueira branca). 
Seguindo em frente, alguns trechos da trilha se abrem e é possível visualizar todo o mar ao redor e o continente.
Às 15h15min chegamos em mais uma praia tranquila (Praia de Passaterra) e em mais uns 5 minutos chega-se na Praia de Maguariquessaba (aqui existem alguns bares e restaurantes e encontramos escunas atracadas na praia com vários turistas). 
Essas praias são muito bonitas, mas caminhar por elas é demorado, devido a areia ser muito fofa.
Praia de Sitio Forte
Mais uns 30 minutos de subida morro acima (seguindo os cabos de energia), passamos ao lado de um cafezal, onde alguns cachorros não nos deixaram em paz e queriam porque queriam que a gente brincasse com eles. Nesse trecho existe uma bifurcação próxima a um bambuzal que leva até a pequenina Praia do Marinheiro, que é deserta e uma boa opção para acampar em selvagem, só durante a noite (nem chegamos a ir até a praia). 
Às 16h20min chegamos em Sítio Forte, onde marca o fim da Trilha T5. Essa praia possui imensos coqueirais, mas a região é de mangue, o que torna difícil aproveitar a praia (a areia é monazítica - um pouco escura). Atravessando a praia e mais uns 15 minutos chegamos na Praia da Tapera, onde encontramos algumas lanchas e barcos atracados em frente.
Praia de Ubatubinha
O início da trilha para a próxima praia, que é Ubatubinha é um pouco mais confusa e para não tomar a trilha errada procure os cabos de energia elétrica, que é por ali que a trilha segue. Nesse trecho de Tapera a Ubatubinha o visual que se tem é muito bonito. 
A praia de Ubatubinha tem uma imensa casa em frente da areia, que possui até um pequeno trator (não deve ter sido fácil trazê-lo de barco até aqui).
Chegamos nessa praia pouco depois das 17:00 hrs e ainda tínhamos uma longa subida de mais outro morro pela frente.
Depois de atravessarmos toda a praia, caminhamos por mais uns 3 minutos e chegamos a um bambuzal, onde bem ao lado existe uma placa apontando para a esquerda a Praia Grande de Araçatiba morro acima e foi uma longa e extenuante subida por mais de 200 metros de altitude.
Trilha para a Praia de Araçatiba
Quando chegamos no topo, paramos para descansar e retomar o fôlego, próximo de um pequeno riacho onde é possível se reabastecer de água (perdi meus óculos aqui e levou algum tempo até encontrá-lo) e daqui para frente a trilha seguia descendo até a Praia da Longa, onde chegamos às 18h45min. 
Aqui também é um pouco difícil para encontrar a continuação da trilha para Araçatiba, mas é só perguntar para os moradores que eles indicam (novamente é só seguir os cabos de energia). 
A trilha, na verdade é um antiga estrada de pedras com uns 5 metros de largura e que segue morro acima (o último do dia, graças a Deus). Assim que a estrada termina, a trilha continua subindo, mas pelo menos não foi tão extensa e por volta das 19h30min chegamos nas areias da Praia Grande de Araçatiba.
Chegando na Praia de Araçatiba
Ainda com Sol, seguimos pela areia da praia até o final dela, já que o camping onde iríamos ficar está localizado no outro extremo. 
A praia é de areia muito fofa e muito extensa e só chegamos no camping as 20h20min, exaustos, mas satisfeitos pela longa caminhada de mais de 12 horas.
Uma coisa que nos chamou a atenção, quando estávamos passando pela Praia Grande de Araçatiba, foi termos encontrado algumas barracas no quintal de algumas casas (com certeza são os campings nos quintais de uma casa ou outra. 
Já o camping onde ficaríamos (Camping Bem Natural) está localizado junto da trilha que segue para a pequena Praia de Araçatiba e com isso tivemos que atravessar toda a praia.
Praia Grande de Araçatiba
Para se chegar no camping é só seguir a trilha no final da Praia Grande de Araçatiba e em + - 10 minutos haverá uma placa de identificação do camping à esquerda (aqui é só subir as escadas, morro acima).
Aqui tivemos algumas decepções: ao chegarmos, uma mulher estava falando no telefone e pediu para a gente aguardar ela terminar a conversa e logo nos atenderia (p. sacanagem). A outra foi quando perguntamos o valor do camping, que era muito alto.
Mas quando dizemos que iríamos embora, aí a mulher já abaixou o preço e disse que o valor alto era devido ao café da manhã e o camping em lugar coberto. Dissemos que não queríamos nada disso e com isso o valor ficou em menos da metade.
Perguntamos também sobre o valor do PF e que ele estaria pronto em cerca de 30 minutos. 
Quando nós dois já estávamos tomando banho não é que a mulher veio bater na janela dos banheiros para a gente tomar banho mais rápido porque a comida já estava na mesa (e olhe que ainda não havia completado os 30 minutos). É....decepção atrás de decepção, mas como já estávamos ali, deixamos para lá.
Naquela noite nem fomos conhecer a praia, pois estávamos bem cansados. Tínhamos a pretensão de ficarmos 2 dias no camping, para que pudéssemos visitar a Gruta do Acaiá, mas depois do que aconteceu, resolvemos ficar só aquela noite e seguirmos para a Praia Vermelha, logo na manhã seguinte. Outra coisa que nos chamou a atenção foi o tamanho da cozinha disponibilizada para os campistas (mini-cozinha), enquanto que o tamanho da cozinha para quem paga pelo café da manhã é enorme, com mesas e cadeiras. Essa nunca mais.
Uma sugestão que eu deixo aqui é tentar arrumar uma opção de hospedagem melhor (quintais de algumas casas ou pousadas mesmo, pois dependendo da época os valores de algumas são bem baixos).

# 3º dia – Praia Grande de Araçatiba até a Praia de Itaguaçú, com Gruta do Acaiá

Fotos desse dia: Clique aqui
Saindo do Camping
No dia seguinte, quando já estávamos fazendo o café da manhã na mini-cozinha, um grupo de escoteiros estava por lá e comentaram que estavam indo visitar a Gruta do Acaiá também, mas saíram bem antes da gente (só os encontraríamos depois próximos da Gruta).
Desmontada a barraca e mochilas nas costas saímos do camping às 09h40min em direção à Praia Vermelha, mas ao chegarmos na próxima praia (a de Araçatiba - conhecida também como Pequena Araçatiba ou Araçatibinha) vimos que o costão era muito propício para mergulho com mascara e snorkel (tínhamos trazido) e foi o que fizemos.
Deixamos nossas mochilas em cima de algumas pedras e ficamos ali por quase 1 hora mergulhando e vendo vários peixes, principalmente sargentos e alguns ouriços. 
Praia de Araçatibinha
Às 10h40min seguimos para a próxima praia e uns 15 minutos de caminhada já encontramos a bifurcação para a Gruta do Acaiá (à direita) e Praia de Provetá (à esquerda) onde planejamos chegar só no dia seguinte, pois nossa intenção agora era acampar na Praia Vermelha, devido a desistência da Praia Grande de Araçatiba.
A trilha para a Praia Vermelha segue próxima do costão e com algumas subidas e descidas leves  - aqui me chamou a atenção 2 ou 3 casa semi-demolidas, próximas da trilha, à esquerda. 
Às 11h10min chegamos na bifurcação para a Praia do Itaguaçú e uns 10 minutos depois na Praia Vermelha. 
Aqui é uma praia pequena com alguns restaurantes e bares junto da areia e perguntando onde existia um camping nos indicaram o de uma mulher que era a dona do restaurante, mas havia um problema: o banheiro do camping estava em reforma e o camping era uma casa onde as pessoas acampavam no quintal, como era de praxe em muitas outras. 
Trilha para a Gruta do Acaiá
Resolvemos não ficar aqui e agora nossa alternativa era visitar a Gruta e seguir para a Praia de Provetá, praia esta onde havia um camping estruturado de frente para a praia.
Depois da desistência, deixamos nossas mochilas em um dos restaurantes e seguimos para a Gruta só com um pequeno cantil. 
Saindo da Praia Vermelha o início da trilha para a Gruta é um pouco confuso (existem bifurcações que levam a algumas casas). 
Tem uma pequena placa indicando a trilha, mas ela está um pouco escondida e a vantagem é que essas bifurcações estão ao lado de inúmeras casas, então é só sair perguntando, se não encontrar a trilha certa.
Baia de Ilha Grande
Da Praia Vermelha até a Gruta do Acaiá foram + - 1 hora de caminhada e o início da trilha é uma longa subida íngreme com a paisagem se abrindo conforme você vai subindo, mostrando todo o visual ao redor. 
A trilha vai subindo até chegar + - 150 metros de altitude e sempre passando por áreas descampadas (aqui o Sol castigou muito nós dois). 
Quando a trilha começou a se estabilizar, já começamos a passar por áreas com mata fechada e desse ponto em diante cruzamos com os escoteiros que estavam no mesmo camping que a gente. 
Diziam que estavam retornando da Gruta, mas não tinham entrado porque acharam o valor do ingresso muito alto. Tinham tentando até reduzir o valor, mas não conseguiram. O grupo era formado por umas 10 pessoas e ia sair muito caro mesmo.
Entrada da Propriedade onde se localiza a Gruta 
A trilha seguia com leve inclinação, passando por uma nascente do lado esquerdo e às 14:00 hrs chegamos ao portão de acesso da propriedade da Gruta. 
Nessa entrada, o portão estava fechado com cadeado e bem ao lado uma placa bem grande de “Propriedade Particular”. 
Nesse momento 3 pessoas estavam saindo e com isso a senhora que cuida de propriedade pediu que fechássemos o portão com o cadeado. 
Ainda caminhamos uns 50 metros até chegar a casa onde é feita a cobrança. 
Lá a senhora idosa nos cobrou um valor justo. Agora ainda tínhamos que caminhar um pequeno trecho até a entrada da Gruta, passando antes por algumas casas e ficamos surpresos por ver como a entrada da gruta era bem diferente de todas as que conhecíamos. 
É como se estivesse entrando num buraco no chão com algumas pedras em volta. 
Dentro da Gruta do Acaiá
Depois de conversar com senhor responsável por guardar a entrada, que não deixou de se certificar se tínhamos mesmo pago antes a senhora.
Iniciamos a descida por uma escada de madeira de + - 5 metros de profundidade e aqui uma lanterna é essencial, mas como não tínhamos, usamos a lanterna do celular. 
Conforme íamos descendo, o buraco ia ficando mais estreito e apertado e só chegamos ao salão interno depois de passar arrastados por entre as pedras. O salão é uma coisa magnífica e olhando para o fundo da gruta se vê uma luz azul ou verde fluorescente (depende da intensidade da luz solar), que na verdade é o sol que reflete no fundo do mar e aparece no fundo da Gruta. 
O salão tem uma altura de pouco mais de meio metro e mais ou menos 20 metros de largura (isso foi até onde podíamos enxergar; talvez seja até maior que isso).
Costão da Gruta do Acaiá
Depois de se arrastar até próximo ao fundo da gruta chegamos a uma local até onde a água do mar chega e aqui ficamos por um bom tempo admirando o fundo da gruta com aquela luz fluorescente. 
Desse ponto até a superfície do mar existe uma fenda submarina e somente com cilindro de oxigênio para atravessá-la. 
Depois de sairmos da gruta ainda fomos conhecer o costão, por onde começa a fenda submarina e por onde passa a água para o interior da gruta. 
Aqui também é o local onde os barcos e escunas ficam ancorados.
Pouco depois das 15:00 hrs iniciamos o retorno para a Praia Vermelha e depois de pegarmos nossas mochilas no restaurante seguimos para o camping da Praia de Provetá. 
Casa abandonada ao lado da trilha
No caminho ficamos pensando em outra alternativa: ficar em uma das casas semi-demolidas que encontramos pela trilha, próximo da Praia do Itaguaçú e nessa praia paramos um pouco para mergulhar nos costões, mas não ficamos muito tempo, porque encontramos algumas águas-vivas na praia e logo seguimos pela trilha. 
Cerca de 20 minutos depois já estávamos nessas casas semi-demolidas e chegamos a conclusão que ali era uma boa opção, pois água potável nós tínhamos encontrado alguns metros antes.
As casas haviam sido abandonadas há muitos anos, pois o mato tinha crescido em volta e tinha muito entulho ao lado. Montamos nossa barraca na sala da antiga casa e bem ao lado de um dormitório onde tinham 2 morcegos. Demos uma p. sorte, pois logo que montamos nossa barraca, começou a chover forte e foi assim o resto da noite.

# 4º dia – Praia de Itaguaçú até a Praia do Aventureiro

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Chegando na Praia de Provetá
Logo pela manhã (Sexta-feira) acordamos com o dia nublado e as 08h20min seguimos pela trilha para a Praia de Provetá, mas como tinha chovido bastante a noite, ela estava um pouco escorregadia. 
Ao passar pela bifurcação para a Praia de Araçatiba, a trilha vai seguindo por mais uma subida de morro até chegar a pouco menos de 200 metros de altitude e quando começamos a descida, cruzamos com um rio onde paramos para tomar o café da manhã. 
Seguindo pela trilha o que não nos agradou foi que ao chegarmos próximo da Vila encontramos toda a mata ao redor desmatada. 
É uma coisa que choca para quem só estava vendo mata fechada próximo das praias e antes de chegar lá, por pouco a Márcia não pisa em uma cobra que estava atravessando a trilha e pela cor e desenhos, parecia ser um filhote de jararaca.
Pequena Vila de Provetá
Fomos chegar na Praia de Provetá as 11:00 hrs e lá paramos para descansar ao lado da Igreja Assembléia de Deus (bem imponente e que se destacava), pois a Vila em sua maioria é formada por evangélicos. 
Encontramos bem ao lado um orelhão e uma pequena mercearia, onde compramos algumas coisas. 
A trilha para Aventureiro se inicia bem no canto esquerdo da praia e lá fomos nós caminhando pela areia, passando ao lado do Camping, que está em frente da praia. 
Ao chegarmos ao lado de uma enorme bica de água (conhecida como Bicão), a trilha segue novamente morro acima em mais uma subida bastante íngreme. 
Praia de Provetá vista da trilha
Logo que se inicia a subida tomamos uma bifurcação da esquerda (na dúvida e só perguntar aos moradores, pois existem várias casas ao lado). 
Depois de + - 10 minutos a trilha se bifurca novamente e seguindo em frente provavelmente vai chegar em algumas casas, mas a trilha correta é pegando a bifurcação da esquerda (nesse local até existe uma placa apontando Aventureiro para a esquerda). 
Aqui chegamos em um mirante que permite ótimas fotos da praia e de toda a Vila. 
Nesse momento chegaram 2 homens (pai e filho) que passaram pela gente seguindo pela trilha e disseram que tinham vindo de Araçatiba e pretendiam retornar no mesmo dia, mas pelo horário avançado (12:00 hrs) iriam aproveitar pouco a Praia do Aventureiro.
Trilha até a Praia do Aventureiro
Daqui pra frente a trilha segue em aclive suave sempre em linha reta passando por várias nascentes, porém o trecho final é bem íngreme o que nos fez parar em vários momentos para descansar, até chegarmos a altitude de + - 350 metros (o ponto mais alto de todos que tínhamos subido).
Daqui já conseguíamos ver a Praia do Sul bem à esquerda, mas Aventureiro estava escondida pela mata. 
A descida até a praia é uma pirambeira daquelas (muito íngreme) e tivemos que tomar muito cuidado para não escorregar, pois tinha chovido muito a noite passada.
Aqui tivemos a certeza que tínhamos acertado em fazer a volta no sentido anti-horário, pois para quem sai de Aventureiro e segue para Provetá, com uma mochila cargueira vai sofrer muito na subida desse trecho. 
Coqueiro da Praia do Aventureiro
A descida foi rápida e as 14:00 hrs chegamos na Praia do Aventureiro. 
Aqui existem inúmeros campings (mais de 15), próximos da areia da praia, mas primeiramente tínhamos que deixar nossa autorização no quiosque da Associação de Moradores que fica do lado direito da praia, junto ao coqueiro caído, que é o cartão postal de Aventureiro. 
No cadastro na TurisAngra tínhamos escolhido um camping próximo da areia e no quiosque ficamos sabendo que existia um camping no morro bem ao lado e que era um lugar bem mais sossegado e tranquilo e até mais barato. Não pensamos 2x e escolhemos esse. 
Praia do Aventureiro
Depois de montada a barraca, fomos conhecer as Praias do Aventureiro e a do Demo que ficam ao lado, mas antes fomos comer um arroz com mexilhão (foi nosso almoço e jantar). 
Entrar na água no canto direito estava fora de questão, pois uma quantidade muito grande de algas estava sendo trazida pelas ondas, mas a praia é um paraíso com areia branquíssima e várias áreas de sombra. 
A Praia do Demo que é separada do Aventureiro por algumas pedras é também uma dádiva (algumas árvores que formam sombra na areia e também um pequeno riacho junto ao costão). 
Aqui vimos uma quantidade muito grande de coqueiros na mata e até conseguimos pegar alguns cocos.
Curtindo o costão da Praia do Demo
Seguimos para o Costão do Demo, que separa a Praia do Sul da Praia do Demo e aqui ficamos até o anoitecer vendo o pôr do Sol e as ondas quebrarem no costão. Observamos também que várias pessoas vinham da Praia do Sul e do Leste e ficamos sabendo que os fiscais do Instituto Florestal só ficam ali para proibir o acesso em feriados prolongados ou alguns fins de semana, pois a região é uma Reserva Biológica.
Por volta das 20:00 hrs voltamos para o camping e nesse momento começou a chover, mas o local onde estávamos era embaixo de uma árvore. Tínhamos colocado também uma lona em cima da nossa barraca e a chuva até ajudou a dormirmos melhor.

# 5º dia – Praia do Aventureiro até a Praia de Parnaioca

Fotos desse dia: Clique aqui
Passando pelo Costão do Demo
Às 08h30min do dia seguinte (Sábado) acordamos. Naquele dia ainda não tínhamos decidido se iríamos ficar mais um dia ou seguiríamos para Parnaioca. 
Ficamos a manhã toda na Praia do Demo e lá decidimos seguir para Parnaioca naquele dia mesmo.
Depois de desmontada a barraca, deixamos o camping por volta das 13:00 hrs e seguimos para a Praia do Leste (ainda cruzamos com 2 garotos com cargueira que provavelmente estavam fazendo a volta da Ilha, no sentido contrário ao nosso). 
A travessia do Costão do Demo exige certo cuidado, pois a pedra é um pouco inclinada e em dias de chuva é arriscado passar por aqui. 
Chegamos na Praia do Sul às 14:00 hrs e encontramos algumas pessoas na areia da praia e aqui tivemos que ficar descalços, pois a areia é muito fofa e a praia muito extensa. 
Manguezal da Praia do Leste
Chegando ao final dela, existe uma trilha que sai para a esquerda em direção ao manguezal e nesse local a água chega a bater um pouco acima dos joelhos.
Depois de atravessado a região do manguezal, chegamos na Praia do Leste que é um pouco menor, mas no final da praia tivemos uma noticia desagradável: um grupo de 3 garotos estava voltando de Parnaioca e diziam que tinham sido barrados por um fiscal do IF, que estava no começo da Praia de Parnaioca e com isso ficamos decidindo o que fazer. 
Já que estávamos ali, nem valeria a pena voltar para Aventureiro para pegar um barco em direção a Parnaioca. Se continuássemos pela trilha e ao chegar na Praia, o que o fiscal poderia fazer com a gente? Fazer a gente voltar? Talvez sim ou talvez não. 
Chegando na Praia de Parnaioca
Paramos para pensar e então decidimos esperar um pouco mais e chegar no final da tarde na praia. 
De repente, chegam 2 garotos de mochilas cargueiras que tinham vindo de Parnaioca e estavam fazendo a volta da ilha também, mas no sentido inverso ao nosso. 
Perguntamos a eles sobre o fiscal e disseram que não tinham encontrado ninguém e pensamos se o fiscal não tinha ido tomar um café, ao banheiro ou tinha ido embora mesmo. 
Com essa dúvida saímos da Praia do Leste as 17:00 hrs em direção a Parnaioca; estávamos inseguros, mas não tínhamos opção. Por volta das 18:00 hrs, quando chegamos na praia, não encontramos nenhum fiscal.
Praia de Parnaioca
Ao cruzarmos o rio, encontramos 4 rapazes acampados na mata, ao lado do rio em camping selvagem e conversando com eles decidimos ficar por ali também. 
Eles disseram que o fiscal do IF tinha ficado na praia até as 15h30min e pediu a eles que não ficassem acampados na areia e que desmontassem as barracas durante o dia. Atualmente nessa praia existem 3 campings estruturados, que são boas opções para quem quiser ficar por alguns dias nessa praia.
Com a barraca montada, ainda fomos dar uma volta pela praia e depois fomos fazer nosso jantar e dormir. 
A chuva que chegava sempre no início da noite, nesse dia não veio.

# 6º dia – Praia de Parnaioca

Fotos dessa praia: Clique aqui
Capela e Cemitério na Praia de Parnaioca
No dia seguinte (Domingo) acordamos com um Sol muito forte e decidimos lavar algumas roupas e colocá-las para secar. 
Depois de desmontar a barraca, colocar na mochila e escondê-la na mata fomos caminhar pela praia, que era muito extensa e só achamos 4 casas próximas da areia e mais 2, um pouco longe da praia. 
Na praia sempre estavam chegando algumas escunas com turistas, que ficavam por um certo tempo lá.
Encontramos também uma pequena Capela e um Cemitério bem ao lado.
Logo depois seguimos rio acima para conhecer as cachoeiras, mas antes fomos na casa da Marta (ao lado do Camping do Silvio) encomendar 2 PFs para o final da tarde.
Praia de Parnaioca
O rio é cheio de pedras com inúmeros poços para tomar banho, mas as cachoeiras não passam de 1 metro. 
Voltamos para montar a barraca e nessa hora começou a chover muito forte e para irmos à casa da Marta precisamos colocar nossas capas de chuva. 
Quando estávamos comendo e conversando com a Marta e o seu marido sobre como é a vida naquele lugar chegou o Silvio (o do Camping). 
Ele mora ao lado e nos disseram que teve épocas piores do que as de hoje, pois quando existia o Presídio em Dois Rios e ocorriam fugas, os presos se dirigiam para essa praia. 
As famílias da época eram muito humildes e só viviam da pesca e hoje com o fechamento do presídio, o turismo trouxe mais visitantes para a praia e os moradores vivem dessa economia. 
Imensa Praia de Parnaioca
O Silvio (um dos moradores mais antigos da praia) nos deu uma verdadeira aula de história sobre o lugar. 
Ficamos conversando sobre os primeiros moradores da ilha e a época dos escravos, quando existiam imensas plantações de café na região.
Saciados da fome voltamos para a barraca e decididos que no dia seguinte seguiríamos em direção à Praia do Caxadaço. 
Durante a noite choveu muito e o rio ao lado, onde estávamos, ficou muito cheio. 
Conversando com os outros 4 garotos, eles decidiram voltar para Abraão com a gente e um deles decidiu ficar para tentar uma carona de barco.

# 7º dia – Praia de Parnaioca até a Praia do Caxadaço

Fotos desse dia: Clique aqui
Seguindo para a Praia de 2 Rios
Na manhã do dia seguinte (Segunda-feira) saímos de Parnaioca as 09:00 hrs pensando que a continuação da trilha fosse no final da praia, mas o Silvio nos encontrou e disse que a trilha para Dois Rios saía atrás da casa da Janete. 
Refeitos do erro, seguimos pela trilha correta, começando com uma subida de morro até chegar a uma altitude de + - 150 metros e na subida os 3 garotos passaram por nós e seguiram na frente. 
A trilha não tem como errar, pois está bem demarcada e sem bifurcações. Só a vegetação que estava molhada e um pouco de lama na trilha. 
Às 11:00 hrs passamos ao lado de uma imensa figueira e um pouco mais a frente ao lado da Toca das Cinzas, que segundo a lenda, era usada como prisão para escravos ladrões, que eram deixados para morrer aos poucos (que coisa mais sinistra!).
A trilha de Parnaioca para Dois Rios é a mais longa de toda a ilha e depois de 2h30min de caminhada chegamos na praia às 11h30min.
Presídio da Praia de 2 Rios
Nesse lugar existia o Presídio que foi demolido em 1994, mas que ainda restaram os muros e as casas dos funcionários. Entramos na parte interna do presídio, mas saímos de lá cheios de pulgas nas pernas. 
Depois disso fomos em um barzinho da Vila (Bar da Tereza) onde almoçamos um PF e um lanche. 
No lugar encontramos um grupo com umas 8 pessoas que tinha acampado na Praia do Caxadaço na noite anterior e disseram que passaram por dificuldade, pois tinha chovido muito e com isso o saco de dormir de alguns deles tinha molhado completamente. A intenção deles era fazer a volta da ilha, no sentido contrário ao nosso, mas depois desse problema e sem perspectiva do tempo melhor, desistiram da ideia. 
Foi uma pena vê-los com mochilas cargueiras e desistindo da volta por causa desses pequenos problemas - felizmente para a gente tinha dado tudo certo até agora.
Trilha até a Vila de Abraão
As 15:00 hrs resolvemos seguir para a Praia do Caxadaço e quando já estávamos saindo da vila um PM nos abordou querendo saber de onde tínhamos vindo e para onde íamos e se conhecíamos a trilha para o Caxadaço (provavelmente a função dele é anotar o destino de todos que passam por ali. Por que? eu não sei). 
Seguimos pela estrada de terra em direção a Abraão por cerca de 10 minutos e logo encontramos a bifurcação para a Praia do Caxadaço à direita. 
A trilha entra na mata fechada e segue na direção leste, passando por alguns vestígios de construções e pelo Caminho das Pedras que tinha sido construído pelos escravos na época em que chegavam por essa praia. 
Praia do Caxadaço
O final da trilha, próximo da praia, é bastante íngreme e um lugar bom para acampar na trilha é próxima a um bambuzal, cerca de 10 minutos antes de chegar na praia, aonde chegamos as 16:00 hrs.
Próximo a um riacho existe também um descampado, onde cabem algumas barracas, mas seguimos em frente. Já na praia existem poucos lugares para montar barracas e encontramos ela totalmente deserta, possuindo uma faixa de areia de uns 15 metros de largura.
Uma peculiaridade da praia é que ela se localiza em uma enseada que fica escondida de quem passa em alto mar, por isso foi usada para desembarque de escravos na época do tráfico negreiro. 
Montamos nossa barraca no descampado de frente para a praia, mas com a desvantagem do local ser um pouco inclinado. 
Pequena Praia do Caxadaço
Até pensamos em ficar no local mais plano, próximo ao rio, mas queríamos acampar ali mesmo, de frente para a praia. Imaginávamos que iria chover a noite, por isso cavamos em volta da barraca para que a água da chuva escorresse, mas de nada serviu, porque a chuva não veio.
A praia eu achei a melhor de todas (a Márcia preferiu Aventureiro) e do costão se consegue ver as Praias de Santo Antônio e Lopes Mendes. 
Depois de banho tomado no rio, fomos fazer o jantar e dormir ouvindo as ondas chegarem na praia. 
Aqui o camping é proibido, mas naquela noite não tínhamos opção, porque em Dois Rios não existe camping e caminhar para Abraão estava fora dos planos, porque ainda tínhamos outras praias para conhecer.

# 8º dia – Praia do Caxadaço até a Praia das Palmas

Fotos desse dia: Clique aqui
No costão com Praia de Lopes Mendes ao fundo
No dia seguinte (Terça-feira) iríamos seguir pela trilha mais difícil de toda a volta da Ilha: em direção à Praia de Santo Antônio. Levamos algumas anotações do livro do José Bernardo (Caminhos e Trilhas de Ilha Grande) e elas foram a nossa referência, pois a trilha possui várias bifurcações que chegam a confundir e quem não tem experiência em trilha na mata fechada, não recomendo fazê-la de maneira nenhuma. 
As bifurcações são semelhantes a da trilha principal e por isso usamos as anotações. 
Saímos da Praia do Caxadaço as 09:00 hrs e pegamos uma trilha que sai atrás da placa indicativa da Trilha T15 - Caxadaço-Dois Rios (sentido nordeste). 
Mais alguns metros e a trilha chega em uma vala à esquerda e daqui para frente segue rente a ela, morro acima. 
Chegando na Praia de Santo Antônio
Uns 10 minutos depois chegamos a uma área de samambaias onde a descida é bastante íngreme e já no final dela começam a aparecer as bifurcações para a direita; a trilha principal segue para a esquerda subindo para mais outro morro e depois segue no plano por um bom tempo, passando por outras bifurcações. 
Com cerca de 1 hora de caminhada, passamos ao lado de uma imensa rocha do lado esquerdo onde escorre um riacho e aqui foi colocada uma pequena corda para ajudar na travessia dessa pedra.
Passamos ao lado de um imenso bambuzal e cerca de 1h30min de caminhada, terminamos a trilha em uma outra bem mais demarcada que leva até a Praia de Santo Antônio.
Aqui viramos para direita chegando na praia pouco antes das 11:00 hrs. O lugar possui um rio que deságua no canto da praia, mas a água não é confiável e se quiser água de qualidade e só seguir no costão à direita por uns 5 minutos. 
Praia de Santo Antônio
A areia da praia não é fofa e acampar aqui também é proibido. 
A praia tem + - 100 metros de largura e do lado esquerdo se consegue visualizar a Praia de Lopes Mendes que está bem próxima. 
De vez em quando ameaçava cair uma garoa, mas a chuva não veio, então ficamos aqui por cerca de 1 hora.
Em seguida voltamos para a trilha e seguimos para Lopes Mendes onde chegamos + - 30 minutos depois - aqui alguns consideram uma das 10 melhores praias do país, mas não achamos tudo isso. 
Sua extensão é de quase 3 kms de areia fofa e inúmeras amendoeiras que fornecem sombra por toda a praia. 
Existe também uma mata com alguns descampados antes de chegar na areia e várias trilhas que conduzem até a praia.
Praia de Lopes Mendes
Nem entramos na água, porque o tempo não estava ajudando e as 14h15min saímos em direção à Praia de Palmas, onde acamparíamos naquele dia. 
A trilha é bem nítida, quase uma estrada e ainda passamos pela praia do Pouso (onde os barcos de Abraão para Lopes Mendes atracam) e a Praia de Mangues. 
Caminhando mais uns 10 minutos chegamos em Palmas, onde existem uns 3 campings e como já tínhamos lido algumas recomendações, ficamos no Camping dos Coqueiros (cujos proprietários Tunico e Carla são pessoas excelentes). 
Ele está + - no meio da praia e não nos arrependemos, pois o lugar é muito bom.
Praia dos Mangues
A praia não tem energia elétrica, mas os chuveiros quentes são aquecidos a gás (o gerador para a energia elétrica fica ligado das 18:00 às 00:00 hrs). 
O camping estava relativamente vazio e resolvemos comer um PF no bar ao lado. 
A chuva no fim da tarde ia a voltava e ficamos planejando o que faríamos no dia seguinte. 
O que faltava para a gente era subir o Pico do Papagaio e conhecer as praias próximas de Abraão (Júlia, Crena e Abraãozinho) e na volta para a barraca decidimos fazer as duas coisas. Só torcíamos para que o tempo ajudasse e amanhecesse um dia de muito Sol.

# 9º dia – Praia de Palmas até a Praia de Abraão

Fotos desse dia: Clique aqui
Praia de Abraão 
No dia seguinte (Quarta-feira) acordamos com o tempo nublado e com poucas esperanças dele melhorar, mas ainda assim saímos do camping em direção à Abraão para tentar chegar no topo do Pico do Papagaio. 
Deixamos todas as coisas no camping e saindo da praia, iniciamos mais uma subida de morro até chegar a + - 200 metros de altitude e lá no topo já vimos que o tempo não tinha melhorado mesmo, pois estava tudo encoberto, chegando na Vila de Abraão cerca de 1 hora depois e dali seguimos pela estrada de terra em direção à Praia de Dois Rios e não demorou muito, começou a chover forte, mas seguimos em frente. 
Chegando na bifurcação do Pico, começamos outra subida forte pela trilha em direção ao topo (como a chuva não parava de cair, decidimos voltar depois de uns 20 minutos de trilha).
Praia Preta
Pensamos que não adiantaria nada chegar no topo se não conseguiríamos ver nada ao redor. Voltamos para a Vila, onde chegamos por volta do 12:00 hrs e de lá seguimos para as Ruínas do Lazareto e para a Praia Preta (praia de areia monazítica que possui propriedades medicinais). 
Depois voltamos para a Vila e fomos conhecer as prainhas do lado direito de Abraão (em Abraãozinho existe um pequeno bar de frente para a areia da praia). 
Às 15:00 hrs voltamos para Abraão para comer e as 17:00 hrs seguimos para Palmas.
Estávamos um pouco tristes, pois esse era nosso último dia em Ilha Grande, mas como o tempo não colaborava e ficar na Ilha com chuva não valia a pena, resolvemos ir embora. 
Já no Camping em Palmas arrumamos as mochilas e deixamos tudo pronto para sair cedo no dia seguinte, pois a Barca para Angra dos Reis saía as 10:00 hrs.

# 10º dia – Praia de Palmas e retorno para São Paulo

Fotos desse dia: Clique aqui
Chegando na Vila de Abraão
Na manhã seguinte, pagamos o camping e seguimos para Abraão onde chegamos as 09:00 hrs.
As 10:00 hrs em ponto a Barca saiu da praia em direção à Angra dos Reis e com ela estávamos levando ótimas recordações.
Pouco antes das 12:00 hrs chegávamos em Angra dos Reis e as 15:00 hrs embarcamos em direção a São Paulo um pouco tristes.
Era hora de voltar para o batente e a correria do trabalho em Sampa.


Algumas dicas e informações úteis (Atualizado Julho/2020)

#
 No relato dessa caminhada, que publiquei também no Fórum Mochileiros, o casal Guilherme Verdiani e Ludmila Pacheco refizeram a volta da ilha em Maio de 2017 e postaram no tópico informações atuais das trilhas, da hospedagem entre outras inúmeras dicas atualizadas para quem pretende refazer essa caminhada.
Clique aqui para ler o que postaram. (Julho/2017).

# São poucos os horários das barcas em direção à Vila de Abraão. Outra opção são os barcos que saem do cais de Santa Luzia: clique aqui.

Ilha Grande possui 16 trilhas sinalizadas – T1 a T16 que muitas vezes liga uma praia a outra.

# Não cheguei a fazer a Trilha T12 que leva até o Farol de Castelhanos. Relatos recentes dizem que essa trilha está se fechando em alguns trechos.

# Da Vila da Abraão até a Praia de Provetá existem postes com cabos de energia que seguem pela trilha e se tiver alguma dúvidas nas bifurcações é só seguir os cabos, eles são a referência até Provetá.

# Camping na Vila de Abraão tem em grande quantidade (se não for em Réveillon e Carnaval se encontra vagas facilmente). Ficamos no Camping do Bicão - local muito limpo, coberto com lonas e um ótimo atendimento, além de banheiros muito limpos - Clique aqui.

A média de preços dos campings na Ilha é de $30 a $50 (ano de 2020).

Outras 2 praias, além de Abraão, que possuem inúmeras pousadas são: Bananal e Grande de Araçatiba.

Saco do Céu não existe camping, o que permitem é acampar nos quintais de alguns moradores.

Na Praia das Palmas existem bons campings para escolher. Ficamos no Camping dos Coqueiros, que pertencem ao Tunico e a Carla: clique aqui.

#
 Recentemente criaram um posto de controle no Saco do Céu para proibir a passagem de mochileiros que estejam fazendo a volta da Ilha. Atente a isso.

# Depois do deslizamento que vitimou algumas pessoas em uma Pousada da Praia de Bananal no início de 2010, a trilha agora segue próxima ao costão. 

Saindo de Freguesia de Santana é possível chegar na Lagoa Azul por trilha de aproximadamente 3 horas.

# Entre a Praia de Ubatuba e a Longa também é possível acampar no meio da trilha, na surdina.

# Se não conseguir chegar na Praia Grande de Araçatiba é possível acampar na Praia do Marinheiro (deserta) na surdina ou em algum quintal de morador da Praia da Longa.

Na Praia da Longa existe uma pequena pousada e um camping sem muita estrutura, que pode ser uma boa opção para quem chegar nessa praia no final da tarde.

#
 Praia Grande de Araçatiba encontramos apenas o Camping Bem Natural; pelo que vimos existe opção de acampar em quintais de alguns moradores que moram em frente à praia (é caso para se informar). Existem também algumas pousadas baratas nessa praia.

# Da Praia Grande de Araçatiba é possível chegar à Lagoa Verde por trilha bem demarcada, do lado direito.

Em Praia Vermelha não existe um camping estruturado. Alguns moradores disponibilizam os quintais de suas casas para os campistas.

Saindo da Praia Vermelha existe uma trilha demarcada que segue direto para a Praia de Provetá. É uma boa opção para quem não quiser voltar até a bifurcação próximo à Praia de Araçatibinha.

Se for visitar a Gruta do Acaiá não esqueça de levar uma lanterna.

Valor para ingresso na Gruta: $20 (ano 2020).

# Na Praia de Provetá existe um camping estruturado, de frente para as areias da Praia.

Para acampar na Praia do Aventureiro pegue autorização na TurisAngra em Angra dos Reis, pois existe um limite de pessoas/dia. Endereço da TurisAngra: em frente à Praia do Anil (Av. Ayrton Senna, 580 - prédio todo azul - atendimento das 08:00 às 20:00 hrs, qualquer dia da semana). Clique aqui para acessar o site.

# Fiquei sabendo que quem está fazendo a volta da Ilha e não possui a Autorização, a Associação de moradores do Aventureiro pode concedê-la na praia mesmo. É feito um cadastro com o documento e as datas de permanência e o camping escolhido. E com isso não precisa passar na TurisAngra para obter a Autorização. O problema é que pode acontecer de os campings estarem lotados.

# É proibido caminhar pelas Praias do Sul e do Leste. Em feriados prolongados e alguns finais de semana, os fiscais do IF ficam na Praia de Parnaioca ou na Praia do Demo barrando quem queira passar. A opção é contratar algum barco.

Na Praia de Parnaioca existem 3 campings: o do Seu Jorge, do Seu Silvio e o da Janete, sendo estes 2 últimos mais estruturados.

#
 Da Praia do Caxadaço até a Praia de Santo Antônio a trilha não está tão demarcada e existem bifurcações que levam para o costão, o que tornam a caminhada complicada (só faça esse trecho se você tiver experiência de trilha em mata fechada e noções de navegação). 

# Um dos melhores sites onde peguei os mapas e algumas informações sobre as trilhas:

# Na Ilha Grande não existem caixas eletrônicos, por isso leve dinheiro. Poucos restaurantes e pousadas aceitam cartão de débito e crédito.

Snorkel e máscara são itens obrigatórios. Em várias praias é possível mergulhar no costão.

# Água não é problema para quem estiver fazendo a volta da ilha; o ideal é sempre levar um cantil.

Somando o percurso das trilhas por onde passamos, chegamos a um total de + - 70 kms.

47 comentários:

  1. rogerklima29 abril, 2013

    Quase sempre dá pra desenrolar com os moradores pra dormir no quintal por uma bagatela

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    1. Isso é verdade Roger.
      E as vezes se conversar um pouco com o morador, ele pode até deixar montar a barraca no quintal de graça.

      No Saco do Céu até queriamos pagar, porque usamos o banheiro com a ducha e ficamos no terreno ao lado da casa.

      É questão de conversar mesmo.

      Abcs

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  2. silvinhoparnaioca29 abril, 2013

    rapazzz que legal que vc conheceu meu pai em parnaioca e meus amigos lá...meu pai se chama silvio...rsrs

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    1. Parabéns Silvinho.

      Seu pai é gente finissima.
      Muito legal ter conhecido ele.
      Adoramos as estórias que ele nos contou sobre o Presidio e a praia de parnaioca.

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  3. debyzagotto29 abril, 2013

    Olá, estou planejando ir pra Ilha Grande com meu namorado no próximo feriado e gostaria de saber se vc pode nos dar dicas. Já fui uma vez pra lá mas só fiquei em Abraão.
    Estamos vendo uma pousada chamada Araçatiba Tropical, pois é a mais em conta pro feriado. Mandei um e-mail pro camping bem natural mas me informaram que o pacote para o feriado seria de R$690,00. Achei um absurdo pra um camping, enfim preferimos mesmo ficar em pousada. Nós iremos pegar o ônibus para Angra às 4 da manha do sábado, 05/09, para poder pegar o barco pra Araçatiba às 8. E os lugares que queremos conhecer são as praias próximas a Araçatiba, Gruta do Acaiá e Aventureiro. Mas só temos sábado, domingo e segunda pra isso, sendo que na segunda 16hs temos que pegar o barco de volta pra Angra. Vc acha que dá tempo de visitar esses lugares por trilha? Ou por causa do pouco tempo é melhor fazermos passeios? Tem algum passeio de Araçatiba pra Aventureiro?
    Outra dúvida, em Araçatiba tem chão ou é tudo areia? Pois as fotos que vi são todas de areia, e a pessoa da pousada me falou que a pousada fica a 300mts do cais, mas não tenho mt noção de qt isso significa, ainda mais se for areia, por causa da nossa mala.
    Se puder me dar mais dicas, meu e-mail é debyzagotto@hotmail.com

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    1. Vc acertou bem em não ficar no Camping Bem Natural.
      A vista de lá é deslumbrante, mas o serviço é péssimo.
      Não recomendaria o lugar.

      Para chegar em Araçatiba com certeza o tempo é bem menor do que se vc fosse para Abraão.
      A Praia Grande de Araçatiba (onde vcs vão ficar) é muito cheia para ficar curtindo a praia. Caminhem para a Praia de Araçatiba (a menor). Lá é bem mais tranqüila e com área de sombra e um costão muito bom para mergulhos com snorkel.
      Para a Gruta do Acaiá, o caminho é só seguir em frente.
      Já para Aventureiro, acho que vc vai caminhar muito hein. Para ir e voltar no mesmo dia vai ser bem cansativo. Esteja preparado para isso.
      Passeios de barco de Araçatiba até Aventureiro, com certeza existe. O ideal é vc contratar no cais ou na pousada mesmo. Eles têm uma relação de barqueiros que fazem o passeio, que não deve ser barato. Talvez nesses passeios eles incluem Gruta e Aventureiro.
      Eu dei uma olhada na pousada que vc vai ficar e vi que ela fica bem no extremo da praia (lado direito de quem olha para o mar), próximo da trilha que vai para Lagoa Verde e para se locomover é sempre pela areia da praia. Só nos extremos é que vc pega trechos de calçadas concretadas. Nada mais.
      O cais fica no outro extremo da praia e ir até lá só pela areia, que é bem fofa.
      Então se prepare para uma caminhada lenta.

      Abcs e aproveite bem o tempo, pois tem muita coisa p/ se ver lá.

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  4. carolemboava29 abril, 2013

    Oi Augusto! Esse é meu próximo objetivo... vou passar toda hora por aqui pra pegar as infos! ;)
    Beijo!

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    1. Oi Carol.
      Pode copiar a vontade.
      O relato é p/ ajudar quem quiser repetir o roteiro mesmo.
      Dei uma atualizada em algumas dicas e informações.
      Tomara que vc pegue um tempo perfeito, porque a ilha é linda.

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  5. Fala Augusto ! Mais uma vez, foi bastante util suas informações, depois vou dar uma olhadas nas fotos dia a dia e posto algumas duvidas. Irei fazer a volta e ja copiei a maioria das suas dicas, Abs

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    1. Blz Rafa.
      Eu dei uma atualizada em algumas das informações, mas é pouca coisa.
      E qdo tiver dúvidas, fique a vontade p/ perguntar.

      Abcs

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  6. carolemboava30 abril, 2013

    Augusto, como pretendo fazer a volta sozinha estou eliminando o que der de peso... vc acha que dá pra ir tranquilo sem saco de dormir? (o meu é muito pesado)
    Pensei na possibilidade de levar uma calça e uma blusa pra dormir e eliminar esse peso!

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    1. Oi Carol.

      Nessa época não faz muito frio na ilha.
      O problema é qdo chove, um pouco de frio também vem junto.
      Eu se fosse vc, não eliminaria esse peso.

      Tente diminuir nas roupas e blusas.
      Ou até na comida, comprando em uma outra praia.

      Vc já chegou a pesar a mochila, p/ ver com qto está ficando?

      Abcs

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  7. carolemboava30 abril, 2013

    Oi Augusto, não arrumei minha mochila ainda... mas semana que vem já começo, hehe!
    Tô pensando em economizar bastante no peso das roupas sim... e tinha pensado em levar uma calça e uma blusa underwar no lugar do saco de dormir... mas vou reavaliar então... ver se arrumo um saco de dormir mais leve! ;)
    Valeu!!!

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    1. Tudo bom Carol.

      Roupas em ilha grande tem de ser bem leve.
      Calças de moleton é muito boa e algumas bermudas, já que a maioria das trilhas na ilha nunca é feita por mata fechada (exceto os trechos Aventureiro-Dois Rios e Caxadaço-Sto Antonio).
      Agua também é um item não tão importante, já que é facil ser conseguida.

      Blusa é outro item desnecessario, na minha opinião. No maximo uma blusa bem fina.

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    2. carolemboava30 abril, 2013

      Oi Augusto!
      Já me ajeitei com um saco de dormir beeem mais leve que o meu! :)
      Roupas, tô levando só coisa leve mesmo!
      Valeu pelas dicas!!!

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  8. phanegreiros30 abril, 2013

    Olá, Augusto.
    Vou dar a volta na ilha e peguei várias informações aqui. Foi o relato de volta na ilha mais completo que li até agora!
    Sei que já tem um bom tempo que vc fez a volta, será que ainda lembra de alguns detalhes?
    Gostaria de saber o tempo de caminhada (sem parar) do saco do céu até freguesia, de freguesia até bananal, bananal até sitio forte e sitio forte até araçatiba.
    Vc pode me passar essas informaçoes por email? phanegreiros@hotmail.com
    Obrigado!
    Pedro

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    1. Blz Pedro.

      Eu não tenho todos esses tempos.
      O que eu tenho são os horarios em que eu saia de uma praia e chegava na outra, mas a gente foi parando varias vezes.
      E esses tempos de parada eu não coloquei no relato. Alguns demoravam uns 10 minutos, outros cerca de 30 minutos.

      Então não dá p/ saber exatamente o tempo de caminhada entre as praias que vc tá perguntando.

      No relato só tem os horarios que eu chegava nas praias.
      Aí vão eles:

      Saco do Céu: 07:40 hrs
      Freguesia de Santana: 10:30 hrs
      Bananal: 12:15 hrs
      Sitio Forte: 16:20 hrs
      Araçatiba: + - 20:00 hrs


      Abcs

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  9. Olá Augusto,

    Parabéns pelo ótimo relato e pelo cuidado em mantê-lo atualizado. Estou pensando em fazer essa volta nesse mês, mas estou com uma dúvida. Tenho alguns compromissos e preciso de um telefone ou de internet pelo menos de 3 em 3 dias. Existe essa estrutura na Ilha?

    Muito Obrigado!
    Vinicius

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  10. E aí Vinicius, blz?

    Só existem 2 lugares onde tem uma certa infraestrutura de telefonia:
    Em Abraão vc encontra locais para acessar a Internet. Lá existem também alguns telefones públicos e se consegue sinal de telefonia celular sem dificuldades.
    Na Praia de Araçatiba é outro lugar onde vc consegue falar em algum telefone público e tem sinal de telefonia celular também.

    Já as praias voltadas para alto mar, não existem telefones e nem se consegue sinal de telefonia celular.

    E quando vc chegar na Praia de 2 Rios, aí vc teria de seguir direto para Abraão.


    Abcs

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  11. Olá Augusto,

    Parabéns pelo excelente relato. Pretendo fazer a volta parecida como voce fez. Entretanto fiquei receioso com o trajeto Caxadaço x Santo Antonio. Li que voce baseou-se em intruções de um livro. Você teria como disponibilizar estas instruções para mim?

    Abraços,
    Rafael.

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    1. Ola Rafael, blz?

      Esse livro nao é meu.
      Na época eu também queria comprar, mas não achei de jeito nenhum.
      Quem me emprestou foi um colega de trilha que nem tenho mais contato.
      O livro é um calhamaço e tanto e eu só tirei cópias desse trecho, já que era o único que eu não tinha encontrado informações.

      Mas se vc tem uma certa experiencia de trilha em mata fechada, não terá problemas.
      Talvez demore um pouco mais do tempo que eu levei, já que as bifurcações levam ao costão, que está bem próximo.

      Pegando uma dessas bifurcações na trilha principal creio que em uns 10 minutos se chega no costão e dali é só retornar e continuar a caminhada.


      Abcs

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  12. Parabéns pela coragem sua e de sua esposa.

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  13. Opa, bem legal o relato, parabens mesmo...
    estou querendo fazer esse role ja ha um bom tempo, e agora que estou organizando tudo, minhas férias só vão sair em agosto e não tenho companhia. é possivel fazer a trilha sozinho, ou voce acha muito arriscado?
    Quanto a peso de mochila, eu me viro na raça, o que eu tenho receio é com animais nas trilhas, principalmente cobra.

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    1. Sempre recomendo que qqer caminhada seja feita em grupos ou até em duplas, porque se ocorrer algum problema, o outro pode ajudar.
      Fazer sozinha toda essa caminhada é possível, mas eu deixaria de lado alguns trechos mais difíceis, como Caxadaço-Lopes Mendes.
      Creio que saindo do Abraão e seguindo até Aventureiro, no mesmo sentido que eu fiz, a caminhada é tranquila e bem demarcada, além de eu considerar bastante segura.
      Eu acho complicado dali p/ frente.

      Qto aos animais na trilha, vc vai encontrar mesmo.
      Vai ser difícil não passar por nenhum.
      Teiú com certeza, se vc encontrar algumas frutas pelo caminho e cobra é perfeitamente normal.
      É só ficar atenta.

      Abcs

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  14. Muito bom o relato Augusto! Além de ser uma bela base de informações para quem quiser realizá-la!
    Estou pensando em passar o feriado do dia 20/11 por lá e fazer o trajeto Aventureiro-Abraão (ou o contrário). Acha que é sussa fazer em 3 dias e meio? Teria alguma outra sugestão?
    Abraço,
    Edson

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    1. Oi Edson, blz?
      Pode ir tranquilo. 3 dias é tempo suficiente para vc fazer o trecho Aventureiro-Abraão.
      E eu recomendaria vc fazer nesse sentido mesmo. E por vários motivos: a logística para sair de Abraão é bem mais fácil; se tiver uma fiscalização na Praia do Leste, é mais fácil conseguir um barco de Aventureiro até Parnaioca do que no sentido inverso; vale a pena dar uma passada na Praia do Caxadaço, se vc estiver indo de Aventureiro p/ Abraão.
      A minha sugestão é: desembarcar no dia 20 em Aventureiro e aproveitar o dia. No dia 21, seguir para Parnaioca e ficar 1 dia lá também ou se gostou muito de Aventureiro, fique 2 dias lá e deixe Parnaioca p/ uma outra oportunidade.
      No dia 22 seguir para Dois Rios e de lá para o Caxadaço e, se puder, acampar por lá.
      E no dia 23 seguir do Caxadaço para Abraão.
      E como vc terá pouco tempo, nem vale a pena tentar fazer a trilha Caxadaço-Sto Antonio.

      É isso aí.
      Boa sorte.

      Abcs

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    2. Valeu pela dica Augusto!!
      Mas eu estava pensando em fazer o sentido horário (Aventureiro, Provetá, Araçatiba, etc). Acha que é uma má idéia?
      Abs,
      Edson

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    3. Ahh..
      Então vc pretende fazer uma meia volta inversa?
      Má ideia de jeito nenhum Edson.
      Qqer caminhada na Ilha Grande vale o esforço.
      Tinha sugerido aquele roteiro porque é bem tranquilo e dá p/ aproveitar todas as praias no percurso.
      De acordo com o seu roteiro, seguem minhas sugestões aproveitando 1 ou outra praia pelo caminho:
      Ao chegar em Aventureiro, fique a primeira noite lá.
      No segundo dia, siga para Araçatiba e se puder não deixe de visitar a Gruta do Acaiá.
      O problema vai ser no terceiro dia: Saindo de Araçatiba, vc vai ter de caminhar muito até o Saco do Céu, onde vc pode tentar acampar em algum quintal de morador.
      Mas como esse trecho é muito desgastante, tente ficar na Praia de Santana da Freguesia ou Japariz.
      E no último dia, seguindo até Abraão.

      Na minha opinião, esse é um trecho com lindos lugares p/ vc conhecer, como a Gruta do Acaiá, Lagoa Verde pela Praia de Araçatiba, Lagoa Azul pela Praia de Freguesia de Santana, Cachoeira da Feiticeira e algumas outras praias desertas, mas no seu caso com pouco tempo disponível, é melhor deixar de lado.

      Boa caminhada

      Abcs

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  15. Que legal! estivemos lá agora em janeiro/2015 para a fazer Abraão-lopes Mendes e confesso que a primeira subida foi bem difícil. Mas estamos querendo retornar para fazer a volta inteira, mas precismos de tempo para isso!

    casaloutdoor.blogspot.com.br

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  16. Ilha Grande tem cada praia mais linda que a outra.
    Desertas, tranquilas, boas para mergulho, sem ondas, etc..
    Tem para todos os gostos.
    Por isso qdo fomos para lá decidimos pela volta completa da Ilha.
    E mesmo assim ficou faltando alguns lugares para conhecer, como as Lagoas Azul e Verde, que são ótimos pontos de mergulho.
    E vale muito a pena fazer a volta da Ilha. E na minha opinião tem de ser com no minimo 10 dias. Menos que isso, vai aproveitar pouco os lugares.

    Abcs

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  17. Este comentário foi removido pelo autor.

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  18. Excelente relato.

    Sabe me dizer se da para chegar a praia dos meros por trilha?
    Sera que alguma dessas bifurcações entre proveta e aventureiro leva pra la?
    Ja fui la uma vez de barco, mas foi muito caro. E achei o snorkel la muito melhor que na lagoa verde e que em palmas.

    Abrço

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  19. Blz Lucas.
    Não existe trilha para a Praia dos Meros.
    Ela fica muito distante de outras praias, por isso não tem como chegar lá.
    Só de barco mesmo.
    Ela é totalmente isolada.
    E na minha opinião, que continue assim.
    Se for com acesso fácil por trilha, não vai demorar muito para se tornar praia degradada.
    Abcs

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  20. Augusto, ótimo relato. Vi no Mochileiros e vim aqui tirar uma dúvida:
    Estou pensando em fazer a volta a pé com uma amiga.
    Temos preparo físico e estamos acostumadas com trilhas.
    Nossa única preocupação: para duas mulheres sozinhas, será que é perigoso?

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  21. Oi Tatylla, tudo bem.

    Não só em Ilha Grande, mas em qqer caminhada só com mulheres é complicado, na questão da segurança.
    Eu fiz em plena alta temporada e sempre encontrava outros grupos na trilha.
    Então era mais seguro.
    Que época pretendem fazer?
    É a primeira trilha que fazem juntas?

    Abcs

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  22. Oi Augusto, obrigada pela atenção.
    Sim, nós estamos acostumadas a fazer trilhas juntas. Moramos em Floripa e fazemos várias trilhas pela ilha. Também já subimos o Cerro Chato (vulcão na Costa Rica), exploramos cavernas, etc.
    A ideia é ir em novembro, pouco antes da alta temporada (já sabemos que com algum risco de chuvas).
    Estamos pesquisando e colhendo o máximo de informação pra nos assegurar.
    Aliás, seu relato foi de grande ajuda.
    Obrigada novamente.
    abs.

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  23. Oi Tatylla.
    Então se estão acostumadas, podem ir sossegadas.
    A trilha é tranquila. E os trechos entre uma praia e outra nao são longos.
    Só nao recomendo fazer o mesmo que fizemos no segundo dia.
    Caminhamos muito e nao aproveitamos as praias.
    Em Novembro vcs já encontram algumas pessoas fazendo a travessia.
    Só tomem cuidado entre Caxadaco e Lopes Mendes.
    E legal que o relato foi útil a vcs.
    Dispõem de qtos dias para fazer a travessia?

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  24. Oi, Augusto. Até o momento, nosso plano é fazer a travessia em cinco dias, mas dispomos de uma margem caso sejam necessários alguns mais. Enfim, certamente, essa viagem vai gerar algumas histórias para a minha Estante de Viagens, um blog em que conto viagens em verso e em prosa. Aliás, ficaria honrada com uma visita sua por lá. O endereço, se me der a licença de publicar aqui, é http://estantedeviagens.com.br. Se passar por lá, me conta o que achou, ok?! abs.

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    1. Oi Tátylla.
      Se vcs só dispõem de 5 dias, só lamento que não conseguirão conhecer tudo da Ilha.
      Caso aceitem sugestões, diria para seguir de 2 Rios direto para Abraão, evitando Lopes Mendes.
      E tente incluir a Gruta. Ela é linda, mas tem de estar um Sol daqueles.
      E tem a Lagoa Azul ou a Verde, que são imperdíveis.
      Não quero desestimular a trip de vcs, mas ficou sabendo da morte de uma jovem na Ilha?
      http://g1.globo.com/rj/sul-do-rio-costa-verde/noticia/2016/09/casal-e-esfaqueado-durante-trilha-em-angra-dos-reis-rj-diz-policia.html

      Seu blog é profissional. Muito bom.
      Nem precisa pedir licença.
      Pode colocar aqui sem problemas.
      Assim que tiver um tempo disponível vou dar uma lida em alguns relatos de lá.
      Parabéns.

      Abcs

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  25. Relato perfeito pra quem planeja ir pra lá. Muito obrigaada, suas informações vão me ajudar muito.

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    1. Obrigado, mas preciso dar uma atualizada em algumas informações.
      Principalmente em relação a alguns campings.
      Já a trilha não mudou.
      Aproveite a caminhada.

      Abcs

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  26. Salve Augusto,

    Estou indo agora em Maio/2018 sozinho para dar a volta. E só me falta uma peça no quebra cabeça. Você tem o livro "Caminhos e Trilhas da Ilha Grande"? Eu estou hesitante quanto a ir de Caxadaço para Santo Antônio. Você teria a bondade de me enviar via e-mail os trechos do livro que relatam esta trilha? Ficaria imensamente grato!

    Meu e-mail é: mattwzu@gmail.com

    Att,
    Matheus

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    1. Oi Matheus, blz.
      Para essa trilha eu levei algumas folhas xerocadas do livro, porém o livro não é meu.
      É de um colega que nem tenho mais contato.
      Mas se vc tem experiência em trilhas de mata fechada, vai conseguir.
      O trecho tem uma ou outra bifurcação, mas todas elas levam para o costão.
      Vai por mim.
      Dá para seguir pela trilha só levando o relato.

      Abcs

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  27. Poxa que pena! Mas agradeço a atenção Augusto. Vou tentar achar o relato para levá-lo.

    Abraço!

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  28. Vai tranquilo.
    Todas as bifurcações levam para o costão.
    Boa sorte.

    Abcs

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  29. Eu fiz essa trilha pra gruta do Acaia, ebcontrei uma corda pendurada em uma árvore no meio da mata fechada, aquelas cordas pra se enforcar, fiz essa trilha agira no carnaval, fiquei bem assustada, a corda estava gasta, você sabe algum relato sobre essa corda?

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    1. Não creio que a corda que vc encontrou tenha essa finalidade.
      Ao longo de toda essa caminhada pela ilha, encontrei vários balanços feitos desse material e que estavam presos nas arvores.
      Com toda certeza foi colocado para a diversão da criançada.

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