Eu tinha que voltar lá. Na primeira subida ao topo dessa Pedra chegamos só até a base e devido às chuvas intensas não foi possível alcançar o topo. Foi muito frustrante.
Veja nesse relato aqui.
Mas dessa vez pegamos uma janela de tempo muito boa e acampamos no topo sem chuvas. Depois de ter passado por um baita perrengue, onde não conseguimos chegar no topo por pouco, voltaria lá e tentaria subir, mesmo que estivesse chovendo horrores.
Nesse retorno, a trip não era a mesma da primeira vez.
2 pessoas do grupo não quiseram se arriscar e com isso só estavam eu, a Márcia (que tínhamos ido na primeira vez) e o Jorge Soto que resolveu embarcar com a gente.
Na foto acima, todo o esplendor da Pedra do Frade visto de um mirante na trilha
Fotos com os croquis dessa trilha: clique aqui
Tracklog para GPS: clique aqui
Com pouco mais de 1 ano depois da primeira investida frustrada, as lembranças da trilha ainda estavam frescas.
Eu tinha 2 relatos do montanhista Sérgio Beck, mas ele subiu pelo Hotel do Frade e por lá o pessoal da segurança estava criando caso para liberar o acesso, então nosso único guia seriam as minhas lembranças. E claro, um projeto de croqui que eu tinha feito, baseado nas informações que pegamos com o Carlinhos (dono da Pousada Brejal) e ao longo da trilha. O croqui final é mais detalhado e é o que tá no álbum de fotos. Chega de enrolar né. Vamos ao relato.
Todos os sites de meteorologia davam como 100% de possibilidades de chuvas na Sexta e Sábado e uma diminuída no Domingo. Felizmente não foi o que aconteceu.
No dia combinado, a Márcia e o Jorge passaram de carro em casa para me pegar e seguirmos em direção à Bananal, quase na divisa com o RJ. Tínhamos que sair no máximo até as 09:00 hrs, pois teríamos que chegar em Bananal antes das 14h30min, a tempo ainda de pegar o circular que sobe a serra. O caminho que tomamos para se chegar em Bananal foi seguirmos pela Via Dutra até Queluz e dali passamos por Areias, São José do Barreiro e Arapeí.
Quando passamos por Queluz, seguindo para Areias, para nossa surpresa e espanto, encontramos ao longo da estrada algumas placas indicando ESTRADA INTERDITADA à frente. Nesse momento passamos da tranquilidade ao desespero, pois se voltássemos e seguíssemos por uma outra cidade chamada Silveiras não teríamos tempo hábil para pegar o circular. Ficamos sem saber o que fazer e pensando que poderia haver um desvio. E para nossa sorte, havia um, que passava por uma estrada de terra em uma área de reflorestamento. Mas tínhamos que ir rápido, pois nossa pretensão era almoçar ou comer alguma coisa em Bananal e ainda procurar um lugar para deixar o carro durante os próximos dias.
Sem maiores problemas pela estrada, chegamos em Bananal pouco antes das 14:00 hrs.
No coreto de Bananal |
Pouco antes das 14h30min seguimos para a praça principal, onde ficamos aguardando o ônibus que saiu por volta das 14h45min.
O valor da passagem era de $7 Reais e o ônibus é bem velho e com poucas pessoas dentro.
Inicialmente segue por imenso vale até começar a subir a serra pela Estrada do Sertão da Bocaina, quase sempre em zig zag. Na verdade essa é a SP-247 e nosso destino era a bifurcação para o Bairro Brastel, já no alto da serra, onde chegamos às 16h20min.