20 de janeiro de 2013

Relato: Travessia da Serra da Bocaina pela trilha do Rio Guaripu - A outra Trilha do Ouro

A travessia da Serra da Bocaina, conhecida também como Trilha do Ouro, que liga São José do Barreiro a Mambucaba, em Angra dos Reis no sentido norte-sul é uma daquelas clássicas caminhadas que deveria ser obrigatório para aquem gosta de trekking, mas nessa serra não existe somente essa.
Podemos citar também a Trilha dos 7 Degraus, o Pico do Tira Chapéu, a Pedra da Bacia e muitas outras, mas existe uma travessia que cruza o Parque Nacional de oeste a leste por um longo trecho de mata fechada, conhecida também como a outra Trilha do Ouro.

Foto acima mostrando um trecho original da trilha com calçamento de pedras, construído pelos escravos


É a travessia da Serra da Bocaina pela trilha do Rio Guaripu, que se inicia em Campos Novos (distrito pertencente ao município de Cunha/SP) e segue quase que de oeste a leste, finalizando na Cachoeira do Veado e se encontrando com a tradicional Trilha do Ouro, que vem de São José do Barreiro e segue para Mambucaba.

Fiquei sabendo dessa trilha através do Sérgio Beck, quando alguns anos antes ele postou um pequeno relato no antigo site da sua Revista Aventura Já.
A matéria era bem resumida, mas me atiçou a curiosidade de algum dia completá-la.
Minha intenção era seguir exatamente como ele fez. Ao chegar na Cachoeira do Veado, seguir pela Trilha do Ouro na direção da portaria do Parque ao norte para finalizar em Arapeí.
E em pleno mês chuvoso de Janeiro, chamei velhos amigos de trilha: o Rodrigo e sua namorada Rosana e o Celestino (trilheiro que já tinha trocado inúmeros e-mails).
Já contava que pegaríamos chuva pelo caminho, mas não sei se foi sorte ou azar, pois pegamos dias de muito Sol.
Marcamos com antecedência para iniciar a trip no início de Janeiro (Sábado) e terminá-la possivelmente uns 3 ou 4 dias depois e no dia marcado todos nós 4 se encontramos no Terminal Tietê pouco antes das 06:00 hrs para embarcar em direção a Guaratinguetá.
Chegando em Cunha
Com o ônibus relativamente vazio deu para cochilar por um bom tempo e por volta das 08h30min já estávamos chegando na Rodoviária de Guará.
Aqui compramos as passagens para Cunha para o horário das 09:00 hrs pela empresa São José, levando cerca de 1 hora até lá e assim que desembarcamos na pequena Rodoviária, subimos por uma pequena ladeira até sair em frente a um ponto de táxi.
Acertado o valor com um taxista, seguimos de Uno por cerca de 30 Km até o distrito de Campos Novos por estrada asfaltada e em bom estado, onde chegamos por volta das 10h50min, ao lado da Igreja N. Sra dos Remédios.

30 de julho de 2012

Relato: Travessia Rebouças - Mauá via Rancho Caído - Parque Nacional do Itatiaia

Em 1998 conheci pela primeira vez o Parque Nacional do Itatiaia (PNI) e gostei muito do lugar, voltando depois em 1999, 2003 e 2010.
Na minha primeira vez em 98 e só subi o Pico das Agulhas Negras. 
1 ano depois, em 99, voltei lá e fiz o Agulhas Negras novamente e o Morro da Massena NO, ao lado da antiga Pousada Alsene. 
Em 2003 passei pelo Parque para fazer a Travessia da Serra Negra, que era parte da Transmantiqueira que eu tinha iniciado lá no Pico do Marins, passando pelo Pico do Itaguaré e Serra Fina, em um total de 9 dias caminhando pela crista da Serra. Era a última parte dessa mega caminhada. 
Quando retornei em 2010 com o Sandro (do Fórum Mochileiros) foi para fazer 2 travessias juntas: a da Serra Negra “oficial”, dessa vez iniciando na Vila de Maromba, passando pela Cachoeira do Aiuruoca e a Rui Braga, que liga a parte alta à parte baixa do PNI. 
E o retorno dessa vez era especial, já que iria fazer uma das últimas travessias que me restavam na Serra da Mantiqueira: a Rebouças-Mauá, que passa pelo Rancho Caído.


Foto acima: na trilha, passando ao lado da Pedra do Altar




Rodoviária de Itanhandu
E junto com essa travessia planejava também subir o Morro do Couto e a Pedra do Altar.
E não daria para fazer todo esse roteiro em apenas 1 fim de semana, como a maioria faz; eu precisava de mais alguns dias.
Até convidei algumas pessoas, mas a dificuldade em dispor de alguns dias de folga em dias de semana era um empecilho para muitos, fazendo muitos se recusarem.
Minha intenção era fazer a travessia da seguinte forma: chegar no Posto Marcão (Portaria da parte alta do PNI) numa Sexta à tarde, a tempo de subir o Morro do Couto e depois ficar no Abrigo ou no Camping do Rebouças.
E no Sábado pela manhã iniciar a caminhada até o Rancho Caído onde acamparia, passando antes pelo topo da Pedra do Altar.
Já no Domingo pela manhã desceria até a Vila de Maromba, passando pela Cachoeira do Escorrega e ficando em uma pousada da Vila, retornando a São Paulo na segunda-feira.
Não saiu tudo do jeito que eu queria, mas não tive do que reclamar, já que os dias foram de muito Sol, que valeram muito a pena.
Com quase 1 mês de antecedência, enviei para o Parque a solicitação para a travessia, que é obrigatória. Para variar, demoraram um pouco para responder e com isso tive que ligar lá, mas consegui sem problemas.
Serra Fina ao fundo
Para o Abrigo Rebouças não reservei porque era dia de semana e estava crente que o lugar estivesse com vagas no Abrigo ou pelo menos no Camping. 
Quanto à questão do transporte, fui pesquisar alguns taxistas de Itamonte e marquei com um (Marquinhos), que me cobrou um valor bem baixo, para me deixar junto do antigo Alsene - pesquisei vários outros e todos eram bem caros. Não faltava mais nada e com a Natureza ajudando, prometendo vários dias de Sol, comprei a passagem de SP para Itanhandu/MG saindo Sexta pela manhã.
Novamente os relatos do Sérgio Beck seriam os meus guias. E não dava para reclamar, pois eram 2: um no livro Caminhos da Aventura e outro bem mais recente (ano 2003) na Revista Aventura Já. 
E no dia combinado estava embarcando as 08:00 hrs no Terminal Tietê pela Viação Cometa em direção a Itanhandu. 
A viagem foi tranquila e por volta das 12h30min desembarcava na Rodoviária da pequena cidade e aqui só foi aguardar o circular da empresa Delfim sair as 13h15min em direção a Itamonte.

27 de julho de 2012

Relato: Travessia São Francisco Xavier/SP x Monte Verde/MG pela Trilha do Jorge

Assim que retornei do Parque do Ibitipoca (relato aqui), já queria fazer uma outra caminhada, mas dessa vez na Serra da Mantiqueira. Minha intenção era a travessia de São Francisco Xavier/SP a Monte Verde/MG pela Serra dos Poncianos. 
A logística para essa travessia era relativamente fácil: sair bem cedo de SP em direção a São José dos Campos a tempo de pegar o circular das 10:00 hrs para São Francisco Xavier e de lá cruzar a Serra da Mantiqueira na direção norte para chegar em Monte Verde. Não dei muita sorte porque a Natureza só mandou chuva e com isso essa caminhada não terminou como eu tinha imaginado.

Foto acima: na Trilha do Jorge, antes de chegar na Pedra da Onça

Fotos dessa caminhada: clique aqui
Tracklog para GPS: clique aqui


Ruas de São Francisco Xavier
Meu planejamento era esse: ao chegar em S. Francisco Xavier, seguir até a crista da serra pela Trilha do Jorge e acampar na Pedra da Onça, que é também conhecido pelo nome de Mirante. 
No dia seguinte seguir a trilha à sudoeste pela crista, na direção da Pedra Partida e de lá desceria até o centro de Monte Verde para depois retornar pela Trilha do Jorge e acampar novamente no Mirante ou em algum outro ponto da trilha.
E no outro dia descer para S. Francisco Xavier, completando o circuito. 
No retorno para S. Francisco Xavier encontraria a Márcia e a Sophia e ficaríamos por alguns dias para aproveitar as férias de ambos.
Como ia ser minha primeira vez, já fui com a expectativa de pegar uma trilha fechada com vara mato e alguns perdidos, porém o que me preocupava mais eram as chuvas. Não poderia adiar essa travessia, porque 1 semana depois dessa caminhada tinha agendado a Rebouças-Mauá, no Parque do Itatiaia (relato aqui).
Segundo a meteorologia, apesar da região da Mantiqueira estar nublada a vários dias, havia a perspectiva de melhoras no meu segundo dia na serra e agora era torcer para que as previsões estivessem certas.

20 de julho de 2012

Dicas: Parque Estadual do Ibitipoca/MG - 3 dias curtindo em família

Aqui é um pequeno relato com algumas informações e dicas do que ver no Parque em um roteiro que fizemos pelos 3 circuitos (Das águas, Janela do Céu e Pico do Pião) sem a necessidade de guias, caminhando por trilhas autoguiadas.
Pegamos dias de muito Sol e sempre entrávamos no Parque pela manhã, saindo no final da tarde.
Eu estava com a Márcia e nossa filha Sophia e fomos para lá na época de inverno.



Foto acima: Janela do Céu


Fotos dos 3 dias no Parque: clique aqui



Atualizado com informações recentes ao longo 2022

Praça principal do Distrito

# O Parque está localizado no sul de MG, a cerca de 3 Km do Distrito de Conceição de Ibitipoca, que pertence ao município de Lima Duarte.
E está distante cerca de 27 Km por estrada de terra do município e uns 60 Km de Juiz de Fora.
A estrada em 2022 está em bom estado e quem vai de carro baixo, é preciso ter cuidado. 
Veja nesse vídeo o trajeto completo feito de motocicleta:
www.youtube.com/watch?v=_sv38XuB6zk

# O parque conta com uma boa infra-estrutura, dispondo de portaria, centro de visitantes, estacionamento, restaurante e área de camping para cerca de 30 barracas que conta com vestiário e lavanderia.

As caminhadas pelo parque são divididas em 3 circuitos: das Águas, do Pico do Pião e da Janela do Céu que variam entre 5 a 8 horas de caminhada. 
E todas as trilhas são autoguiadas, com placas indicativas e distâncias, por isso não existe a necessidade de guias. 

Administração do Parque

# Horário de funcionamento: todos os dias das 07:00 às 18:00 hrs.
Ao entrar no Parque, é fornecido um folder que contem um mapa com as principais atrações do lugar, assim como as distâncias entre eles.

# E muita atenção: depois da pandemia, o Parque exige que as visitas devem ser agendadas (inclusive crianças)

Escolha uma opção de circuito e horário:

Circuito Janela do Céu: 90 pessoas por horário: de 07:00 às 08:00 e de 08:00 às 09:00.
Circuito Pico do Pião: 104 pessoas por horário: de 7:30 às 9:00 e de 09:30 às 11:00.
Circuito das Águas: 104 pessoas por horário: de 08:00 às 10:00, de 10:00 às 13:00 e de 13:00 às 15:00.
Agendamento: 

# Valores (ano 2022) 
- Entrada: $20 (segunda a sexta) e $25 (fins de semana e feriados).
- Estacionamento: $20 para motos e $25 para veículos.
- Uso do camping do Parque: $60/pessoa (valor incluso com entrada).

# Telefone do Parque para informações e reservas do camping: (32) 3281-1101
www.ief.mg.gov.br/component/content/192?task=view



Circuito das Águas
É o circuito mais tranqüilo dos três e pode ser feito até por crianças, claro que acompanhadas dos pais. Nós levamos a Sophia e ela adorou.
Tem um percurso de aproximadamente 5 Km, entre ida e volta.
Seu trajeto passa por poços, cachoeiras, praias, lindas formações rochosas e com ótimos visuais. 
É um roteiro que segue paralelo ao Rio do Salto, próximo à base dos paredões para depois retornar pelo topo do mesmo.
Saindo do restaurante e seguindo pela trilha em direção a Ponte de Pedra e no sentido anti-horário tem como atrações: Paredão de Santo Antônio, o Lago das Miragens, a Ponte de Pedra, Cachoeira dos Macacos, Cachoeira da Pedra Quadrada, Prainha, Prainha das Elfas, Lago Negro, Ducha, Lago dos Espelhos e por último a Gruta dos Coelhos, já próximo da sede do PE.
Abaixo segue a relação dos lugares por onde passamos:


15 de julho de 2012

Dicas: Campos do Jordão/SP - 2ª vez curtindo a cidade em família por novas atrações

Novamente estava de volta à Campos do Jordão com a Márcia e dessa vez só ficamos por 3 dias. 
Fizemos circuito diferentes do que tínhamos feitos anos atrás (relato aqui), quando ficamos por 5 dias na cidade.
E estávamos com a Sophia (nossa filha) também, o que nos fez incluir no roteiro passeios tipicamente infantis e que ela pudesse gostar.
Fomos para lá na primeira semana de Julho e sempre pela manhã iniciávamos nossos passeios, retornando a noite.

Foto acima: na base da Cachoeira dos Serranos (ou do Tobogã) em São Bento do Sapucaí


Fotos dos lugares visitados: clique aqui


Atualizado Julho/2020

Parque Floresta Encantada
Nosso roteiro foi:
1º dia: Parque Floresta Encantada e Borboletário Flores que Voam.
2º dia: Cachoeiras do Poção e dos Serranos em São Bento do Sapucaí.
3º dia: Pico do Itapeva e região.


Alimentação
Funciona na cidade o Shopping Market Plaza, localizado no Capivari. Tinham alguns restaurantes na pequena praça de alimentação, semelhantes aos shoppings de São Paulo.

# Restaurantes do bairro do Jaguaribe e Abernéssia são boas opções e a maioria deles fica na avenida principal. Algumas cantinas, pizzarias e churrascarias são boas opções.
Já comemos na Cantina Nonna Mimi, que possui valores justos e boa comida e também no Restaurante Querença da Serra, ambos no Bairro da Abernessia.
Cantina Nonna Mimi: Clique aqui
Querença da Serra: Clique aqui
Cachoeira do Poção
# O Capivari até seria uma boa opção, mas seus preços são bem altos e só compensa para passeios durante a noite ou comer um fondue, que não será barato.


No segundo dia almoçamos em São Bento do Sapucaí no Restaurante e Pizzaria Sabor da Serra - um dos melhores da cidade. Fica próximo do centro.
www.restaurantecomidamineira.com

Hospedagem

# A maioria das pousadas da cidade são extremamente caras.
Se ficar vários dias na cidade, compensa se hospedar em Santo Antônio do Pinhal, onde as diárias chegam a ter os preços abaixo da metade em comparação com as pousadas de Campos do Jordão. E a qualidade é a mesma.
Entre uma cidade e outra são apenas uns 20 minutos. 

# Na cidade existem 2 campings:
- CCB, que fica próximo do Horto Florestal e um pouco longe do cento do Capivari. Só para quem quer sossego mesmo. Clique aqui.
- E o Camping da Malu, que costuma servir de Parking Trailer, onde é possível encontrar algumas vagas. A área de camping é separada e conta com banheiros e chuveiros.
Se localiza próximo à colônia de férias do funcionários públicos de SP e a cerca de 500 metros do centro do Capivari. 
(12) 99749-8167 / (12) 99756-2578 / (12) 98126-0773. (segundo informações recentes, o lugar está fechado - confirme antes de ir).

Abaixo as dicas dos lugares por onde passamos nesses 3 dias: